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668 O FESTIVAL CURURU SIRIRI E SEUS IMPACTOS: ESPETACULARIZAÇÃO E INOVAÇÃO DE DUAS TRADIÇÕES MATO-GROSSENSES Aaron Roberto de Mello Lopes Universidade Federal da Bahia – UFBA Doutorado em Etnomusicologia SIMPOM: Subárea de Etnomusicologia Resumo: Este estudo tem o objetivo de analisar o impacto do Festival Cururu Siriri no processo de revalorização da identidade cuiabana. Tal estudo se faz necessário devido ao fato de que durante décadas as tradições do Cururu e do Siriri foram relegadas e tiveram sua importância diminuída na cultura local. Nesse sentido, esta pesquisa relata o caráter inovador e espetacular do evento e toca na questão das adaptações que as tradições fazem para que se integrem ao novo papel que assumem. Por meio de processos de espetacularização, midiatização, hibridação e de interferências do poder público e do turismo, o cururu e o siriri têm sido bastante modificados para se adaptar ao contexto cultural atual da sociedade cuiabana e mato-grossense. Percebe-se que, até o momento, a música tem sofrido pouca alteração, pois os grupos tem buscado por inovações em outras áreas, como dança, figurino e performance. Palavras-chave: Festival Cururu Siriri; Espetacularização; Identidade cuiabana; Transformação/mudança musical. Introdução Estudos contemporâneos em etnomusicologia apontam para a necessidade de pesquisas que abordem as músicas e o fazer musical de tradições dentro de eventos midiáticos e espetaculares. Estes eventos, de caráter eminentemente pós-modernos1, alteram de maneira significativa a música e as culturas tradicionais. Quando espetacularizadas, as tradições brasileiras, no geral, passam por processos de hibridação (CANCLINI, 1998), descontextualização (que, em alguns casos, acarreta inclusive na perda do caráter eminentemente religioso), desterritorialização, midiatização, de interferência do turismo e de mudança do fazer musical visando a performance espetacular. Nesse sentido, essa pesquisa de mestrado desenvolvida buscou compreender o impacto produzido pelo Festival Cururu Siriri nas tradições mato-grossenses do Cururu2 e do Segundo Harvey (2009, p. 19), pós-modernidade é o momento histórico de “legítima reação à ‘monotonia’ da visão de mundo do modernismo universal. ‘Geralmente percebido como positivista, tecnocêntrico e racionalista, o modernismo universal tem sido identificado com a crença no progresso linear, nas verdades absolutas, no planejamento racional de ordens sociais ideais, e com a padronização do conhecimento e da produção’. O pósmoderno, em contraste, privilegia ‘ a heterogeneidade e a diferença como forças libertadoras na redefinição do discurso cultural’. A fragmentação, a indeterminação e a intensa desconfiança de todos os discursos universais ou (para usar um termo favorito) ‘totalizantes são o marco do pensamento pós-moderno”. 2 O Cururu é um gênero tipicamente mato-grossense que tem uma especificidade: dele participam apenas homens, os cururueiros. Tocando viola de cocho e ganzá, eles se organizam em uma grande roda e cantam cantigas da região, comumente de louvação aos santos e músicas de “porfia” (desafios, como a embolada 1 669 Siriri3 e sua música, tentando perceber o que acontece com elas quando espetacularizadas por esse evento. Além disso, buscou-se também encontrar possíveis transformações culturais e musicais ocasionadas pelo novo contexto onde essas tradições se inserem. Por se tratar de um evento midiático de grande dimensão física, o Festival Cururu Siriri trouxe desafios também quanto ao processo de pesquisa de campo. Ao contrário do costume histórico da etnomusicologia em fazer estudos de pequenos grupos humanos através de pesquisas de campo in loco nestes grupos, buscou-se nesta pesquisa estudar um evento de grande porte, o que fez com que muitas metodologias e epistemologias fossem repensadas. Historicamente, o pesquisador etnomusicólogo coletava praticamente sozinho os dados, realizando suas próprias gravações, entrevistando apenas os participantes diretos da cultura estudada e, muitas vezes, se envolvendo com o fazer musical estudado. Nesta pesquisa, muitas dessas metodologias foram repensadas, principalmente a questão das gravações de campo, que feitas em eventos desse porte com gravadores portáteis, se mostram com uma qualidade técnica extremamente ruim, principalmente as gravações musicais. O papel do pesquisador deste trabalho, portanto, além de produzir ele próprio o material estudado, foi também o de coletar dados das mais variadas fontes. Este é só um exemplo da ressignificação do fazer científico na contemporaneidade, em que o pesquisador dispõe de recursos diversos para a coleta de dados e pode reprojetar o trajeto da sua pesquisa, como aconteceu com esse estudo, que contou, sobretudo, com o uso das tecnologias contemporâneas. Este artigo, portanto, traz um resumo dessa pesquisa de mestrado em etnomusicologia, defendido em 2011 na Universidade Federal da Bahia, apresentando algumas discussões teóricas e epistemológicas, além das conclusões encontradas com a finalização desta pesquisa. O Cururu, o Siriri e a Viola-de-cocho As tradições do cururu e do siriri matogrossenses são muito antigas eestima-se que elas tenham quase 300 anos (ANDRADE, 1981; ANJOS FILHO, 1993, 2002),mesmo período nordestina). Os cururueiros têm fama de dançar e cantar o cururu durante toda a noite até a manhã do dia seguinte, em festas regadas a muita bebida, especialmente a cachaça. 3 O siriri é uma manifestação típica mato-grossense, que envolve música e dança,existente há mais de 200 anos em comunidades ribeirinhas ao longo do rio Cuiabá e Coxipó e em cidades como Cuiabá, Poconé, Cáceres e Leverger. Por ter caráter religioso, é muito frequente nas festas de santos como São João, Santo Antônio, São Pedro e São Benedito e em festejos religiosos como o do Divino Espírito Santo e do Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Além do caráter religioso, o siriri é dançado também em festas populares e em ocasiões especiais, como no Festival Cururu Siriri. ANAIS DO II SIMPOM 2012 - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUANDOS EM MÚSICA 670 em que começa a corrida pelo ouro e a formação do povo mato-grossense. A origem destas duas manifestações ainda é incerta e não se sabe de fato, há quanto tempo elas existem. Além disso, muito poucos são os registros históricos dessas tradições e tudo o que se sabe sobre a história destas são aproximações e suposições, associados aos processos históricos de colonização do estado e dos encontros culturais que aconteceram naquela região–inúmeras tribos indígenas, bandeirantes paulistas, paraguaios e bolivianos, negros. Portanto, percebemos que estes dois gêneros musicais matogrossenses foram sendo desenvolvidos paralelamente à história do estado de Mato Grosso, marcada por processos de colonização e povoamento (corrida pelo ouro, “marcha para o oeste” e esvaziamento (fim do ouro, guerra do paraguai) (SIQUEIRA, 2002). Um exemplo do hibridismo cultural ocorrido ao longo desses processos acima citados é o instrumento símbolo do cururu e do siriri: a viola-de-cocho4. Sobre a origem deste instrumento, Anjos Filho (1993, p. 23) conta uma versão do Sr. Luis Marques da Silva, cururueiro de renome em Cuiabá: Às margens do Rio Cuiabá, morava um artesão, fabricante de canoas e de objetos de madeira, quando certo dia, atracou na barranca próxima à sua casa uma embarcação trazendo um homem identificado a princípio como sendo de origem “paraguaia”. Este homem que chegara à procura de trabalho, trazia consigo um curioso instrumento de cordas que “principiou a bater”, assim que pisou em terra firme. Após isto transcorrido, o artesão meio que por encanto enfeitiçou-se pela docilidade do instrumento, resolvendo fabricá-lo. Para isso construiu com ferramentas rústicas um cocho de madeira macia, e com a raiz de figueira confeccionou um tampo que fixou sobre o cocho. Fabricou a corda com a pela de um coqueiro conhecido como Tucum. Com as cordas da fibra do Tucum, o artesão terminou sua obra e partiu em direção à Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá, carregando o seu “invento”. Isto despertou a curiosidade de outros que logo perguntaram o nome “daquilo”. Como ele não tinha o que responder, falou: “...viola...” – “Mas, viola? Que viola? Viola-de-cocho?...” . Percebe-se que a origem da viola, assim como do cururu e do siriri, é resultado da hibridação cultural entre a cultura mato-grossense e as diversas culturas que pela região se encontraram. No caso deste relato, resultado do contato da cultura cuiabana com a paraguaia. Atualmente, após décadas de “esquecimento”, o cururu, o siriri e a viola-de-cocho se tornaram os pilares do recente movimento de revalorização da chamada “cuiabania” e da cultura tradicional mato-grossense. Arruda (2007, p. 39) atribui este esquecimento a vários 4 A viola-de-cocho é um instrumento típico mato-grossense, pertencente à família dos alaúdes curtos. Seu nome se deve ao fato de ser feita a partir da escavação de uma tora de madeira inteiriça, como também é feito o “cocho” – recipiente usado para alimentar o gado. ANAIS DO II SIMPOM 2012 - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUANDOS EM MÚSICA 671 fatores: a modernidade; os fluxos migratórios; os sistemas de comunicação e de mídia e a uniformização da produção cultural, com regras estabelecidas nos grandes mercados (globalização). Este movimento foi responsável por um novo momento na cultura local, através de sua regionalização. Nos últimos anos a cultura popular voltou a ganhar força, principalmente em Cuiabá, através do recente registro da construção da viola-de-cocho pelo IPHAN, dos incentivos de novas políticas públicas para a cultura popular do estado, e da ação popular e o Festival Cururu Siriri se tornou um evento que reflete esse momento de regionalização da cultura cuiabana. O espetacular e pós-moderno Festival Cururu Siriri Eu navego na internet, E eu danço o rebolation Mas a minha tradição Isso é que não me esqueço. (Música do grupo Raízes Cuiabanas) Este texto transcrito acima corresponde a um siriri do grupo Raízes Cuiabana (sic) apresentado no 9º Festival Cururu Siriri. Por se tratar de um grupo de siriri infantil, o trecho da canção em destaque acima representa bem a nova geração de siririeiros que está sendo formada e suas diversas identidades culturais que, como afirma Hall (2006), transitam e dialogam de maneira bastante natural nos sujeitos pós-modernos. Conforme o autor, a identidade dos sujeitos pós-modernos não é “fixa, essencial e permanente. Ao contrário, a identidade torna-se uma ‘celebração móvel’ (HALL, 2006, p. 1213)” e para ele: O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um ‘eu’ coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas. (HALL, 2006, p. 13). Ainda conforme Hall, no mundo pós-moderno estamos expostos a uma “multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis”, o que acaba por fragmentar os sujeitos e suas identidades. Para afirmar ainda mais o seu pensamento, o autor conclui o raciocínio finalizando que “a identidade unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia.” (HALL, 2006, p. 13). ANAIS DO II SIMPOM 2012 - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUANDOS EM MÚSICA 672 Essa fragmentação dos sujeitos pós-modernos está claramente exemplificada pela música citada no início desse capítulo. O diálogo de duas identidades aparentemente antagônicas como o pagode baiano e o siriri mato-grossense faz dos integrantes desse grupo, sujeitos tipicamente pós-modernos. Além disso, esse festival, assim como outros eventos de cultura popular – como, por exemplo, os desfiles das escolas de samba do rio e o boi-bumbá de Parintins – tem em comum o fato de buscarem e incentivarem as inovações das tradições, visando incrementar cada vez mais o espetáculo5. Além do aspecto espetacular, o festival também envolve o cururu e o siriri em outros processos, como o de desterritorialização, perda do caráter eminentemente religioso – devido à estética do entretenimento do evento - e o envolvimento do poder político – o festival se tornou um grande palanque político, com uma maciça promoção publicitária dos gestores públicos locais. Percebemos, portanto, que o Festival Cururu Siriri é apenas um reflexo dessa estética espetacular da sociedade pós-moderna capitalista. Este evento, portanto, tem alterado de maneira significativa a relação destas duas tradições com a cultura local e tem transformado profundamente o seu fazer musical e cultural. O Cururu e o Siriri estão se reinventando para se adaptar à nova realidade social cuiabana, buscando, com isso, se incluir na chamada pósmodernidade. A música no Festival Apesar de tantas mudanças culturais proporcionadas pelo Festival, a música do cururu e do siriri é um dos poucos elementos que os participantes dos grupos buscam alterar o mínimo possível. No entanto, algumas micro-mudanças podem ser percebidas com relação às músicas produzidas dentro e fora do festival. Alguns grupos que participam do evento tem tocado o ritmo do siriri mais rápido do que usual – “a cada ano, o ritmo original, que é de 2/2, tem sido tocado mais rápido, em 2/4.” (Martins Jr. In LUCCA, 2005). 5 Segundo Kellner (2004,pg.6) “Argumento que espetáculos são aqueles fenômenos de cultura da mídia que representam os valores básicos da sociedade contemporânea, determinam o comportamento dos indivíduos e dramatizam suas controvérsias e lutas, tanto quanto seus modelos para a solução de conflitos. Eles incluem extravagâncias da mídia, eventos esportivos, fatos políticos e acontecimentos que chamam muito a atenção, os quais denominamos notícia – fenômenos que têm se submetido à lógica do espetáculo e à compactação na era do sensacionalismo da mídia, dos escândalos políticos e contestações, simulando uma guerra cultural sem fim e o fenômeno atual da Guerra do Terror”. ANAIS DO II SIMPOM 2012 - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUANDOS EM MÚSICA 673 Além disto, o grupo instrumental também varia na quantidade de elementos. Geralmente os grupos apresentam no festival a formação de uma ou duas violas de cocho, um ou dois ganzás, um mocho – tocado por um ou dois músicos, no mesmo instrumento – coro de três pessoas e solista. No contexto tradicional há o mesmo número de tocadores de mocho e ganzá, mas as violas são em quantidade bastante superior – todos os violeiros que tiverem na festa e desejarem podem tocar – bem como o coro é cantado apenas pelos dançarinos, sem a figura de cantores isolados. Além dos instrumentos tradicionais, o Festival tem a característica de acrescentar novos instrumentos – como violão, teclado e/ou sanfona - à formação básica do Siriri, mas estes instrumentos não tocam a música do siriri, apenas os outros gêneros que os grupos executam nas suas performances. No evento os grupos são livres para executar qualquer gênero musical – em algum dos vários momentos de suas performances - mas a maior parte da apresentação é formada de cantigas tradicionais de Siriri acompanhadas do mocho, da viola de cocho e do ganzá. Praticamente todos os grupos que se apresentaram nos 8º e 9º Festival Cururu Siriri tocam músicas de outros gêneros, como gospel, pop, vaneirão, baião, xaxado, entre outros gêneros musicais. No evento, o aspecto visual é mais valorizado do que o aspecto musical, o que segundo Cavalcanti (2002) é a tendência do espetáculo. Por isso, as inovações giram em torno da dança – com hibridizações da dança do siriri com outras como a dança do São Gonçalo e as quadrilhas juninas - e do figurino – antes feitos com tecidos de xita e agora feitos de diversos tecidos e com muitas influências de roupas de outros contextos, como a flamenca. Conclusão Acreditamos que o estudo de grandes eventos de cultura popular como do Festival Cururu Siriri é um tema muito importante para a etnomusicologia contemporânea, já que estes eventos tem o caráter de alterar significativamente a maneira com que as tradições brasileiras lidam com o contexto cultural pós-moderno. Através de processos de Espetacularização, Hibridação, Midiatização, inovação, desterritorialização, descontextualização e de interferências do poder público e do turismo cultural, as tradições que se envolvem nestes eventos tem que lidar com estes fenômenos contemporâneos e tentar dialogar com eles, de maneira que as transformações/mudanças que de fato ocorram não descaracterizem o seu estilo e a sua “essência”. ANAIS DO II SIMPOM 2012 - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUANDOS EM MÚSICA 674 A Espetacularização das tradições é uma das formas com que manifestações como o Cururu e o Siriri fazem para se inserirem no contexto atual e é um exemplo do processo de fragmentação identitária do sujeito pós-moderno, já que o Festival Cururu Siriri tem também um apelo identitário muito forte. Concluímos que o Festival Cururu Siriri é atualmente o evento que mais tem (re)valorizado as tradições do cururu e siriri, apesar de muitas das conotações negativas que ele pode ter, e o seu crescimento vem gerando um processo de expansão dessas duas tradições para regiões do estado em que não existiam, além de também incluir as tradições – em especial o siriri – em camadas da sociedade cuiabana onde ainda não estavam presentes, como escolas regulares e de educação especial e grupos de dança. Não se sabe ainda quais os reais impactos deste evento para a cultura mato-grossense como um todo, mas este evento demonstra que a sociedade cuiabana tem tido um interesse crescente pela sua tradição e pela música e dança do cururu e siriri, coisa que há poucos anos atrás não acontecia. Referências ANDRADE, Julieta de. Cocho mato-grossense: um alaúde brasileiro. São Paulo: Escola de Folcore, 1981. ANJOS FILHO, Abel Santos. Viola-de-cocho: Novas Perspectivas. 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ANAIS DO II SIMPOM 2012 - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUANDOS EM MÚSICA 675 KELLNER, Douglas. A cultura da mídia e o triunfo do espetáculo. In: RevistaLíbero, Ano VI, N.6, vol.11, 2004. Disponível em: <http://www.revistas.univerciencia.org/ index.php/libero/article/viewFile/3901/3660>. Acessado em: 28/04/2009. LUCCA, Gus de. 8º Festival Cururu Siriri de Cuiabá. In: Ig Turismo. Disponível em: <turismo.ig.com.br/noticia/2009/08/31/festival+cururu+siriri+de+cuiaba+8185972. html>. acessado em setembro de 2009. SIQUEIRA, Elizabeth Madureira. História de Mato Grosso: Da ancestralidade aos dias atuais. Cuiabá: Entrelinhas, 2002. ANAIS DO II SIMPOM 2012 - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUANDOS EM MÚSICA