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Técnicas de Informática Autor: Prof. Antônio Palmeira de Araújo Neto Colaborador: Prof. José Carlos Morilla Professor conteudista: Antônio Palmeira de Araújo Neto Mestre em engenharia de produção pela Universidade Paulista (UNIP, 2013). Especialista em gestão da tecnologia da informação pelo Centro Universitário Uninassau, em Pernambuco (2010) e engenheiro de telecomunicações pela Universidade de Pernambuco (2008). Professor e coordenador geral do Curso Superior em Tecnologia em Gestão da TI na UNIP, leciona também em outros cursos na modalidade presencial e a distância. Professor de disciplinas de tecnologia da informação dos cursos de graduação (presencial e a distância) em Gestão de TI do Centro Universitário Senac. Professor e coordenador do curso técnico em Telecomunicações da Fundação Instituto de Educação de Barueri. Tem experiência de mais de dez anos em gestão e governança de TI e na prestação de serviços de TI a empresas do segmento financeiro e concessionárias de serviços de telecomunicações. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) A663t Araújo Neto, Antônio Palmeira de. Técnicas de Informática / Antônio Palmeira de Araújo Neto – São Paulo: Editora Sol, 2020. 116 p., il. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230. 1. Tecnologias de redes. 2. Tecnologia da informação. 3. Planilha eletrônica. I. Título. CDU 681.3 U507.52 – 20 © Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista. Prof. Dr. João Carlos Di Genio Reitor Prof. Fábio Romeu de Carvalho Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças Profa. Melânia Dalla Torre Vice-Reitora de Unidades Universitárias Prof. Dr. Yugo Okida Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez Vice-Reitora de Graduação Unip Interativa – EaD Profa. Elisabete Brihy Prof. Marcello Vannini Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar Prof. Ivan Daliberto Frugoli Material Didático – EaD Comissão editorial: Dra. Angélica L. Carlini (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT) Apoio: Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto Revisão: Bruno Barros Juliana Muscovick Marcilia Brito Sumário Técnicas de Informática APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7 Unidade I 1 INFORMÁTICA ......................................................................................................................................................9 1.1 Histórico da TI ...........................................................................................................................................9 1.1.1 Evolução tecnológica da humanidade ..............................................................................................9 1.1.2 Evolução dos recursos de TI .................................................................................................................11 1.1.3 Evolução das redes de computadores e telecomunicações................................................... 14 1.1.4 Evolução da área de TI nas organizações...................................................................................... 15 1.2 Conceitos básicos de TI ...................................................................................................................... 17 1.2.1 Dado, informação e conhecimento ................................................................................................. 17 1.2.2 Conceito de TI........................................................................................................................................... 18 1.2.3 Infraestrutura de TI ................................................................................................................................ 18 2 HARDWARE ....................................................................................................................................................... 19 2.1 Computador ........................................................................................................................................... 19 2.1.1 Introdução ................................................................................................................................................. 19 2.1.2 Componentes do hardware ................................................................................................................ 21 2.2 Tipos de computadores ...................................................................................................................... 24 2.2.1 Primeiros computadores ...................................................................................................................... 24 2.2.2 Microcomputadores............................................................................................................................... 25 2.2.3 Notebooks, netbooks, tablets e smartphones ............................................................................. 25 2.2.4 Supercomputadores, mainframes e servidores ........................................................................... 27 3 SOFTWARE.......................................................................................................................................................... 28 3.1 Sistema operacional ............................................................................................................................ 28 3.1.1 Introdução ................................................................................................................................................. 28 3.1.2 Utilização ................................................................................................................................................... 29 3.2 Aplicativos ............................................................................................................................................... 33 3.2.1 Introdução ao software de aplicação ............................................................................................. 33 3.2.2 Aplicações utilizadas nas organizações ......................................................................................... 33 4 REDES DE COMPUTADORES E INTERNET ............................................................................................... 36 4.1 Redes de computadores .................................................................................................................... 36 4.1.1 Telecomunicações ................................................................................................................................... 36 4.1.2 Introdução às redes de computadores........................................................................................... 37 4.2 Internet..................................................................................................................................................... 38 4.2.1 Origem ......................................................................................................................................................... 38 4.2.2 Tecnologias de redes e a internet..................................................................................................... 39 4.2.3 Links de acesso à internet ................................................................................................................... 40 4.3 Acesso à internet .................................................................................................................................. 41 4.3.1 Navegadores ............................................................................................................................................. 41 4.3.2 Pesquisas no Google .............................................................................................................................. 43 Unidade II 5 TELEFONIA MÓVEL CELULAR....................................................................................................................... 52 5.1 Histórico ................................................................................................................................................... 52 5.1.1 Sistema de telefonia móvel celular ................................................................................................. 54 5.2 Smartphones .......................................................................................................................................... 56 5.2.1 Tecnologias em smartphones ............................................................................................................ 56 5.2.2 Aplicativos em smartphones .............................................................................................................. 57 6 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES .................................................................... 59 6.1 Sistemas de informação .................................................................................................................... 59 6.1.1 Conceitos.................................................................................................................................................... 59 6.1.2 Classificação.............................................................................................................................................. 60 6.2 Planejamento de recursos empresariais (ERP).......................................................................... 61 6.2.1 Conceito e histórico ............................................................................................................................... 61 6.2.2 Operação .................................................................................................................................................... 64 6.3 Sistemas que suportam a tomada de decisão .......................................................................... 64 6.3.1 Decisões: conceitos e tipos ................................................................................................................. 64 6.3.2 Processo de tomada de decisão ........................................................................................................ 66 6.3.3 Sistemas de informação gerencial (SIG)........................................................................................ 68 6.3.4 Sistemas de apoio à decisão (SAD) .................................................................................................. 70 7 PLANILHAS ELETRÔNICAS ............................................................................................................................ 70 7.1 Conceitos ................................................................................................................................................. 70 7.1.1 Introdução ao Excel 2016 .................................................................................................................... 70 7.1.2 Utilizando o Excel ................................................................................................................................... 73 7.1.3 Demais componentes ............................................................................................................................ 78 7.2 Utilização do Excel ............................................................................................................................... 79 7.2.1 Básico........................................................................................................................................................... 79 7.2.2 Intermediário ............................................................................................................................................ 84 7.2.3 Fórmulas ..................................................................................................................................................... 88 7.2.4 Funções ....................................................................................................................................................... 91 8 TENDÊNCIAS EM TI ......................................................................................................................................... 97 8.1 Tendências em aplicativos ................................................................................................................ 97 8.1.1 Redes sociais ............................................................................................................................................. 97 8.1.2 Nuvem .......................................................................................................................................................100 8.2 Tendências em infraestrutura .......................................................................................................101 8.2.1 Inteligência artificial............................................................................................................................101 8.2.2 Internet das Coisas ...............................................................................................................................103 APRESENTAÇÃO O objetivo desta disciplina é estudar os conceitos fundamentais de tecnologia da informação (TI), apresentando aplicações, componentes, tendências e a forma de utilização de algumas ferramentas. O escopo deste livro abrange a infraestrutura de TI, incluindo hardware, software, banco de dados e redes de computadores, apresentando as suas subdivisões e o seu uso nas organizações, na vida das pessoas e na sociedade de forma geral. Ao ler este livro-texto, espera-se que o aluno adquira um conhecimento adequado na área de informática, que para muitos é um mistério, mesmo sua presença sendo tão comum no cotidiano das pessoas. Na primeira parte deste livro-texto, serão apresentados os conceitos básicos de informática, de hardware, de software e de redes de computadores. Uma ênfase interessante será dada na internet e nos navegadores, também conhecidos como browsers. Depois, avançaremos um pouco mais nos conceitos de redes, abordando a telefonia móvel celular. Mencionaremos, ainda, os sistemas de informação e uma das ferramentas do pacote Office, que é planilha eletrônica Excel. Para concluir este livro-texto, mencionaremos também as tendências em TI. Boa leitura! INTRODUÇÃO Hoje é praticamente impossível não encontrar a tecnologia da informação (TI) em qualquer lugar que voltemos nosso olhar. É comum dizer que a TI é anywhere/anytime, ou seja, está em todo lugar e em todo momento. Ela, de fato, faz parte das nossas vidas, seja no uso das redes sociais ou de qualquer outro aplicativo no smartphone, ou utilizando o cartão de crédito, ou efetuando um saque no caixa eletrônico, ou seja, em praticamente todas as ações de nossa vida encontraremos a TI. Claro que todo esse aparato tecnológico não surgiu de uma hora para outra, embora seja relativamente tudo novo. As telecomunicações têm pouco mais que cem anos. Os primeiros computadores foram criados ainda no século passado. Os softwares como conhecemos hoje só se estabeleceram quando do surgimento da internet. É tudo muito novo e extremamente mutante em uma velocidade difícil de acompanhar. É justamente essa rapidez de mudança e pela obsolescência tão observada das ferramentas de TI que somos convidados a buscar mais conhecimentos na área. E não somente os profissionais diretamente ligados a TI, mas todos aqueles que de alguma forma a utilizam no seu dia a dia. 7 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Unidade I 1 INFORMÁTICA 1.1 Histórico da TI 1.1.1 Evolução tecnológica da humanidade Antes de fazermos uma viagem pelo histórico da informática e da tecnologia da informação (TI), convém primeiro passarmos pelo histórico da tecnologia propriamente dita. Para isso, é necessário primeiro entendê-la como um conjunto de procedimentos, inovações, processos, métodos, ferramentas e conhecimentos por meio do qual as capacidades humanas de uma sociedade podem ser ampliadas. Assim, é possível dizer que nem toda tecnologia tem necessariamente a ver com o computador ou aquilo que entendemos por informática. Ou seja, basta uma contribuição, uma inovação, um procedimento ou ferramental, que pode já se chamar de tecnologia. Por exemplo, uma caneta esferográfica (que nada tem a ver com TI) é considerada uma grande tecnologia, principalmente quando do seu surgimento. Enfim, tudo que observamos nos dias de hoje é resultado de toda uma evolução tecnológica da humanidade. Por isso, Veloso menciona que: A era da tecnologia, em que vivemos, é resultante do conjunto de inovações e descobertas que a ciência já produziu ou vem produzindo. As consequências das novas tecnologias são inúmeras, e seu poder multiplicador tem se voltado a quase todos os campos da esfera humana, seja no lar, na escola, na indústria, no comércio, na fábrica, na igreja, na cultura ou no lazer. Em todas essas áreas, a tecnologia tem trazido novas linguagens, novas possibilidades, novos conhecimentos, novos pensamentos, novas formas de exploração e sua intensificação aumenta com o incremento tecnológico; por outro se pode afirmar que a humanidade passa a ter condições para uma melhora da qualidade de vida, resultando, por exemplo, em uma média de vida muito maior quando comparada ao início do século XX (VELOSO, 2011, p. 32). Entre os diversos capítulos da nossa história, aqueles que envolvem as guerras e a luta pelo poder econômico são os que mais impulsionaram as sociedades rumo ao desenvolvimento tecnológico. Percebemos isso inclusive nas duas grandes guerras do século XX e principalmente no período da Guerra Fria, em que o bloco capitalista (liderado pelos Estados Unidos) e o bloco socialista (liderado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) travaram uma disputa utilizando meios tecnológicos, e porque não dizer, a TI. É no contexto dessas grandes guerras que surgem as 9 Unidade I armas químicas e em que tanto se utilizou os tanques e aviões de guerra, além do radar para o monitoramento de aeronaves. Com os olhos voltados para os setores da economia (primário, secundário e terciário), observamos o uso de tecnologias na indústria, na agropecuária, no setor de serviços como um todo, contribuindo com o crescimento da produtividade e do bem-estar das pessoas. Tudo isso mudou a maneira como vivemos, nos relacionamos, trabalhamos e encaramos a vida. Enfatizando ainda a relação entre economia e tecnologia, Tigre afirma que: As grandes mudanças tecnológicas são acompanhadas de transformações econômicas, sociais e institucionais, pois a tecnologia não se difunde no vácuo, necessitando de regimes jurídicos, motivação econômica e condições político-institucionais adequadas para se desenvolver. O processo de acumulação primitiva de capital, associado às revoluções burguesas europeias a partir do século XVI, criou as condições necessárias para as inovações técnicas que deram origem à manufatura. Do ponto de vista tecnológico, a Revolução Industrial se caracteriza pela substituição da habilidade e do esforço humano pelas máquinas, pela introdução de novas fontes inanimadas de energia e pelo uso de matérias-primas novas e muito mais abundantes, sobretudo a substituição de substâncias vegetais ou animais por minerais. Além dessas inovações técnicas, ocorreram importantes inovações organizacionais, a exemplo da divisão de trabalho. Cabe lembrar que as inovações dessa época não eram ainda produtos da ciência, mas sim de observações, especulações e experimentação prática. Adam Smith e David Ricardo foram pioneiros na análise das causas e consequências da automação da manufatura, tendo em vista suas preocupações em identificar a origem da riqueza das nações e seus impactos sobre renda e trabalho. A identificação da tecnologia como fator de dinamismo econômico contrasta com o pensamento dos fisiocratas, que sustentavam que somente a terra ou a natureza seria capaz de produzir algo novo. As demais atividades, como a indústria e o comércio, não fariam mais do que transformar os produtos da terra (TIGRE, 2006, p.15). Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre essas relações entre economia e tecnologia, leia: TIGRE, P. B. Gestão da inovação: a economia da tecnologia do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 10 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA 1.1.2 Evolução dos recursos de TI Entrando agora na temática da TI, mais precisamente nos recursos de TI, a primeira coisa que vem à cabeça é o computador, justamente por ele representar de forma mais fiel aquilo que conhecemos dentro da informática. Entender a evolução da informática é, em primeira análise, conhecer de onde veio esse dispositivo tão presente no nosso dia a dia. Exemplo de aplicação Olhe ao seu redor no trabalho, em casa ou em qualquer lugar que estiver agora e tente identificar recursos de TI que estão em uso e os relacione. Para facilitar a compreensão, precisamos entender que, na raiz da palavra, computador e calculador representam a mesma coisa. Claro que, sem características modernas, os primeiros computadores que integram a geração zero foram os dispositivos calculadores que encontram a sua origem há mais de 2000 a.C. com o surgimento do ábaco. Hoje utilizado como um brinquedo de criança, o ábaco é considerado a primeira calculadora, que utilizava varetas deslizantes com contas de madeiras para fazer cálculos binários. Após o seu surgimento, vieram outros dispositivos calculadores, como: • Ossos de Napier: método para efetuar operações fundamentais a partir de cilindros rotativos, criado por John Napier em 1614. • Primeira máquina de calcular mecânica: criada em 1623, por Wilhelm Schickard, para calcular valores a partir do uso de rodas dentadas. • Pascaline: criada por Blaise Pascal em 1642, destinada a cálculos de soma e subtração utilizando oito discos dentados de dez dentes. • Stepped reckoner: criada em 1673, por Gottfried Leibnitz, a partir das ideias de Pascal, destinada a cálculos multiplicação, divisão e de raiz quadrada. • Primeira máquina programável: criada por Joseph-Marie Jacquard, em 1801, como uma calculadora programável, utilizando cartões metálicos perfurados para armazenamento. • Arithmometer: criada em 1818 por Charles Xavier Thomas de Colmar, com características modernas e comercializada até a década de 1920. • Differential engine: criada em 1820 por Charles Babbage, destinava-se a cálculos de polinômios. • Analytical engine: criada em 1833 por Charles Babbage, destinava-se a operações matemáticas sofisticadas por meio de uma calculadora mecânica. 11 Unidade I Todos esses dispositivos antecederam o surgimento do primeiro computador eletrônico conhecido como Eniac, que nem de longe guarda características com os dispositivos computacionais que utilizamos hoje em dia, seja em sua capacidade, no seu tamanho ou na capacidade de resolver problemas. O Eniac praticamente inaugura a primeira geração dos computadores. Ele foi desenvolvido em 1946 nos Estados Unidos, pesando 30 toneladas, consumindo 140 quilowatts de energia, e sendo utilizado durante a Segunda Guerra Mundial para cálculos balísticos mais precisos (lastreando o nosso ponto de vista na relação entre tecnologias e as guerras). Observação Antes do Eniac esses cálculos eram feitos de forma manual e levavam muito tempo para serem concluídos. O Eniac foi só o início daquilo estaria por vir, impulsionado pelo desenvolvimento da engenharia eletrônica. Assim, os computadores foram evoluindo à medida que os dispositivos eletrônicos também evoluíam. O primeiro dispositivo eletrônico, a válvula (utilizada no Eniac) foi seguida do transistor, base para o surgimento de outros computadores ainda menores, fabricados em larga escala por empresas como IBM e DEC, consideradas gigantes de tecnologia nas décadas de 1950 e 1960. Na década de 1960, surge o circuito integrado, também conhecido como chip de computador. Em um desses chips, era possível ter a funcionalidade de dezenas de transistores juntos, favorecendo a integração à escala considerável e a consequente diminuição dos computadores, que até então eram ainda enormes, consumindo muita energia elétrica. Observação A informática foi se desenvolvendo à medida que a engenharia eletrônica também se desenvolvia. Com os circuitos integrados menores, inaugura-se a quarta geração dos computadores em 1980, conhecida pela integração em larga escala, ou seja, a inclusão de milhares de transistores em um chip de circuito integrado. Essa integração promoveu o surgimento do computador pessoal e o surgimento de grandes empresas de tecnologia da informação, como, por exemplo, a Microsoft e a Apple, essa fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak. O primeiro computador pessoal com um processador foi criado em 1973, recebeu o nome de Micral e foi desenvolvido por Thi Truong, sendo comercializado por U$ 1.750,00, mas nunca adentrou no mercado americano. O Altair 8800 marcou também a história dos computadores pessoais, sendo lançado em 1975 com uma capacidade bem superior ao Micral. Ele foi projetado por Ed Roberts, custava U$ 297,00 e teve alta penetração no mercado americano. 12 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Observação O processador é um dos componentes de um computador e tem a função de executar e controlar todas operações do hardware do computador. Por volta de 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak projetaram o Apple I e logo depois, em 1977, o Apple II, computador pessoal um pouco mais parecido com a ideia de desktop que temos hoje. Em 1984, a Apple lança o Macintosh, o primeiro computador com interface gráfica. Hoje encontramos computadores pessoais os mais variados possíveis, com capacidades de processamento e armazenamento adequadas às necessidades dos usuários. O quadro a seguir mostra uma relação entre as gerações de computadores e suas respectivas velocidades de operação. Quadro 1 – Gerações de computadores Geração Tecnologia de eletrônica Velocidade Primeira Válvula 40.000 operações por segundo Segunda Transistor 200.000 operações por segundo Terceira Circuito integrado 1.000.000 operações por segundo Quarta Circuito integrado 1.000.000.000 operações por segundo Adaptado de: Stallings (2017). Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre a história dos computadores, leia o primeiro capítulo do livro: JOÃO, B. N. Informática aplicada. São Paulo: Pearson, 2019. Além da evolução do hardware, é importante destacar a evolução que observamos também nos softwares. Falar em software é necessariamente passar por aqueles que os desenvolveram, conhecidos como programadores. A título de curiosidade, o primeiro programador do mundo foi uma mulher, Ada Augusta King, que em 1842 criou o primeiro código utilizado em máquinas analíticas (percussores dos computadores). No início da era da informática, os códigos (programas) eram praticamente executados em hardware. A programação dos sistemas consistia em “apertar botões” ou “desligar chaves”. Mais tarde, 13 Unidade I os próprios fabricantes de hardware foram criando os seus próprios softwares, que eram executados nos computadores. Um dos softwares mais importantes (que será estudado posteriormente) é o sistema operacional, responsável pelo gerenciamento do hardware que funciona como uma interligação entre os aplicativos (softwares que auxiliam os usuários em uma atividade qualquer) e o hardware. Um dos primeiros sistemas operacionais, desenvolvido na década de 1970, muito utilizado nos primeiros computadores da Apple foi o BASIC. O BASIC, desenvolvido por um aluno da Universidade de Harvard chamado de Bill Gates, foi sucedido por um outro sistema operacional que integra a história da computação, o MS-DOS, desenvolvido já na pequena empresa, na época conhecida como Microsoft. O mercado de sistemas operacionais seria assim dominado pela Microsoft, com o seu famoso Windows lançado na década de 1980 e com diversas versões, entre elas: Windows 3.1, Windows 95, Windows, 98, Windows XP, Windows Vista, Windows 7, Windows 8 e Windows 10. 1.1.3 Evolução das redes de computadores e telecomunicações Além do hardware e software, outros recursos da TI são: as redes de computadores e as telecomunicações. Convém primeiro destacar, que as telecomunicações vieram bem antes das redes de computadores. Compreendendo que as telecomunicações são as formas de se comunicar a distância, encontramos na telegrafia praticamente o primeiro mecanismo de comunicação a distância. Foi por volta de 1843 que o físico norte-americano Samuel Morse (1791-1872) inventou o telégrafo e um código de comunicação conhecido como código Morse. O telégrafo foi o primeiro equipamento de transmitia informações em códigos por meio da eletricidade. Esse dispositivo utilizava a corrente elétrica controlando eletroímãs responsáveis pela emissão e recepção do sinal. O código Morse utilizado na transmissão era composto de pulsos longos e curtos. As combinações de sinais curtos e longos expressam caracteres. O quadro a seguir apresenta exemplos de representações do código Morse. Quadro 2 – Representações de código Morse Caractere Sinais Representação do sinal A .– Curto, longo B –... Longo, curto, curto C –.–. Longo, curto, longo, curto 1 .–––– Curto, longo, longo, longo, longo 3 ...–– Curto, curto, longo, longo Adaptado de: Souza (2011). 14 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Não demorou muito para, praticamente na mesma época, começar a despontar outro tipo de comunicação: a telefonia. Em 1875, Alexander Graham Bell (1847-1922), com a invenção do primeiro sistema telefônico com transmissão elétrica inteligível da voz, através de fio, motivou diversos estudos, trabalhos e inovações em transmissão da informação. A partir desses e de outros inventos, as tecnologias em telecomunicações foram se desenvolvendo proporcionando grandes ganhos para a sociedade moderna no início do século passado. Após a criação dos primeiros computadores, começou-se a pensar em uma maneira de transmitir dados de uma máquina para a outra. Até então, a comunicação estabelecida na época era apenas para a transmissão de voz, de sinais de televisão e de códigos. No final da década de 1960, a Agência de Projetos e Pesquisas Avançadas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos criou aquela que é considerada praticamente a primeira rede de computador e precursora da internet, a Advanced Research Projects Agency Network (Arpanet). A tecnologia da Arpanet interligava servidores a uma distância considerável e a tecnologia Ethernet interconectava computadores localmente situados. Essas tecnologias associadas ao conjunto de protocolos TCP/IP foram o subsídio para o desenvolvimento da internet, que surgiu praticamente na década de 1980 e se popularizou de forma assustadora na década de 1990. Hoje, com a ubiquidade da internet, o uso de smartphone, a Internet das Coisas, a popularização de ferramentas tecnológicas, compras on-line e uso de aplicativos interligados em rede observa-se o tamanho e a proporção alcançada pela tecnologia de comunicação de dados. 1.1.4 Evolução da área de TI nas organizações Mas quando tudo realmente começou em matéria de TI nas organizações? Foi por volta da década de 1960, com os grandes computadores conhecidos como mainframes. Eram computadores de grande porte com alta capacidade de processamento centralizado e extremamente caros, que guardavam certas semelhanças em tamanhos e consumo de energia com os primeiros computadores. Nessa época, a área de TI nas organizações era bem tímida e tinha como objetivo apenas o fornecimento de recursos para suportar os controles operacionais de forma centralizada. Era comum se referir à área de TI como área de Centro de Processamento de Dados (CPD). O CPD tinha finalidade de suportar esse processamento centralizado e manter os terminais de computadores operando de forma adequada. O desenvolvimento de aplicativos e de soluções tecnológicas baseado no uso de computadores ainda era muito incipiente e com estruturas pequenas, utilizando rotinas praticamente “artesanais” para a criação de recursos tecnológicos e programas capazes de atender às necessidades dos negócios. É importante destacar também que, nesse período, as ferramentas tinham uma valorização superior quando comparadas com os processos, de forma que esses sempre tinham que se adaptar às ferramentas. 15 Unidade I Foi na década de 1970 que se começou a mencionar o uso dos primeiros sistemas de informação (SI) nos ambientes empresariais, gerando grandes benefícios para os negócios das organizações. A TI começou a ser percebida como um recurso organizacional importante, inclusive para a tomada de decisão. Isso eleva a TI de um simples recurso de operação a uma ferramenta fundamental para a tomada de decisão, além de contribuir para as inovações e aprendizagem. A década de 1980, caracterizada por grandes mudanças e quebras de paradigmas, apresentou-se muito afetada pela ideia de globalização e internacionalização, favorecendo uma profissionalização da área de TI, trazendo novidades nunca vistas antes, tais como as terceirizações, a integração de sistemas, os sistemas interorganizacionais, os sistemas distribuídos e o uso acelerado das telecomunicações. Também nesse recorte histórico se encontra uma execução de negócios dependente cada vez mais da aplicação da TI. Em 1990, a TI foi convocada a estar presente no centro da discussão estratégica das empresas, favorecendo transformações no negócio e agregando cada vez mais valor às iniciativas organizacionais. Assim, estratégia de TI e estratégia de negócios começam a se unir, gerando a ideia de alinhamento estratégico de TI. No início dos anos 2000, contempla-se uma mudança do modelo cliente-servidor (caracterizado pelo uso de intranets) para os modelos baseados na WEB, em que os sistemas são operados por meio da internet. Tudo isso se torna cada vez mais possível a partir da ubiquidade da internet e pela democratização no uso da banda larga, principalmente nos países desenvolvidos. Também se verifica que os sistemas de software proprietários vão dando cada vez mais espaço a uma proposta de sistemas de software abertos, com o uso do software livre, com destaque para o sistema operacional aberto Linux atuando como o sistema dos servidores das redes no ambiente WEB. Observa-se também uma integração cada vez maior entre as práticas gerenciais e de governança corporativas com as práticas da governança da TI. A qualidade sai do mundo acadêmico e se transforma em uma alternativa quase que obrigatória nos processos e produtos da TI. Todas essas mudanças ocorrem revolucionando a forma como a sociedade, de uma forma geral, enxerga o mundo e realiza as suas tarefas. Um bom exemplo são as novas formas de comércio eletrônico, que possibilitam aos usuários adquirirem produtos por meio de poucos cliques. Vivencia-se um período de grandes transformações e quebras de paradigmas, compartilhando uma grande vitória da humanidade: a informação anywhere/anytime. A partir da informação e das tecnologias que com ela trabalham, nascem as ideias inovadoras e seu uso inteligente pelas pessoas. Assim, as tecnologias da informação têm se tornado cada vez mais uma realidade inerente às vidas das pessoas e das empresas, e também uma ferramenta fundamental para as organizações, gerando aumento da produtividade e qualidade dos produtos e serviços. 16 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA A tecnologia tem auxiliado na habilidade de manipular um grande volume de transações com um custo unitário médio decrescente, de apoiar operações geograficamente dispersas por intermédio do processamento distribuído e de oferecer novos produtos e canais de distribuição. Sobre isso, Albertin e Albertin mencionam que: A tecnologia da informação (TI) tem sido considerada um dos componentes mais importantes do ambiente empresarial atual, e as organizações brasileiras têm utilizado ampla e intensamente essa tecnologia, tanto em nível estratégico como operacional. Essa utilização oferece grandes oportunidades para as empresas que têm sucesso no aproveitamento dos benefícios oferecidos por este uso. Ao mesmo tempo, ele também apresenta desafios para a administração de TI, da qual as empresas passam a ter grande dependência e que apresenta particularidades de gerenciamento. Nesse cenário complexo, um dos desafios críticos é identificar o nível de contribuição que essa tecnologia oferece aos resultados das empresas (ALBERTIN; ALBERTIN, 2012, p. 126). 1.2 Conceitos básicos de TI 1.2.1 Dado, informação e conhecimento O conceito mais básico a ser aprendido quando estudamos TI é aquele que envolve dado, informação e conhecimento. Preliminarmente, dos dados extraímos as informações, e a partir das informações construímos o conhecimento. Segundo Laudon e Laudon (2013), os dados se apresentam como correntes de fatos brutos que representam eventos existentes nas organizações ou nos ambientes físicos antes de terem sido organizados ou arranjados para poderem ser usados. Entre os exemplos de dados, é possível citar uma sequência de letras (a, b, c, d, e, f, g, h, i, j) ou uma sequência de números (1, 2, 3, 4, 5, 6). Tanto a sequência de números quanto a sequência de letras por si só nada representam ou revelam, ou seja, não agregam um valor, é algo bruto e não estruturado, não conduzem à compreensão de algo. Informação é um conjunto de dados organizados com valor adicional, que podem representar algo estruturado. Para melhor exemplificar, considerando-se que os números 1,0; 2,0; 3,0; 5,0 foram colhidos de um diário de classe de um professor sobre um determinado aluno, tem-se a informação das notas de suas provas. Conhecimento é a compreensão sobre o valor das informações e a consciência sobre a maneira de utilizá-las no apoio a tarefas específicas ou para chegar à decisão. A figura a seguir ilustra o conceito hierárquico de dados, informação e conhecimento. Ela também é conhecida como pirâmide do conhecimento. 17 Unidade I Conhecimento Informação Dados Figura 1 – Dados, informação e conhecimento 1.2.2 Conceito de TI Há uma grande confusão no uso dos termos tecnologia, tecnologia da informação, tecnologias da informação, tecnologia da informação e da comunicação. O conceito de tecnologia foi bem apresentado quando mencionamos que toda tecnologia da informação é tecnologia, mas o contrário não é verdadeiro. Mas e os outros quatro termos? Eles podem ser considerados a mesma coisa. No entanto, é comum ao uso o termo tecnologias no plural, referindo-nos a ferramentas ou conjunto de ferramentas. Quando utilizamos o termo no singular tecnologia, estamos nos referindo à área de TI. Outra controvérsia é sobre o uso do termo comunicação, que de certo modo torna-se redundante, porque nos dias de hoje todo tipo de ferramenta de TI envolve comunicação. Assim, podemos definir TI como um conjunto de recursos formados por hardware, softwares, bancos de dados, redes de computadores que, associados a procedimentos, inovações e métodos, auxiliam no processo de transformação de dados em informação e de informação em conhecimento, de modo a gerar valor para as pessoas, organizações e sociedades que dela se utilizam. 1.2.3 Infraestrutura de TI A infraestrutura de TI é todo o aparato de hardware, software, banco de dados e redes/telecomunicações que suporta o funcionamento dos sistemas computacionais. Podemos dizer que a infraestrutura de TI é a base da construção de toda a tecnologia da informação. O primeiro item da infraestrutura de TI é o hardware, que consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as atividades de entrada, saída e processamento de dados. Nesse item, estão inclusas todas as partes físicas dos computadores pessoais, notebooks, mainframes e dispositivos móveis. Como próximo item da infraestrutura de TI, temos o software, que abrange todos os programas de computador que gerenciam as atividades computacionais (software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades básicas nos processos de negócios (software aplicativo). 18 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Os bancos de dados são um outro item da infraestrutura de TI, utilizados como uma coleção de dados organizacionais, contendo informações dos negócios na forma de arquivos relacionados. Eles são componentes fundamentais e valiosos para o funcionamento dos sistemas computadorizados. O último componente da infraestrutura de TI, mas não menos importante, são as redes computadores e as telecomunicações. Elas consistem no conjunto de componentes que proporciona a conectividade de dados, voz e imagem entre as pessoas, por meio de uma transmissão eletrônica de sinais. Uma boa infraestrutura de TI permite um modelo de negócio flexível, de alta disponibilidade, garantindo que as organizações aumentem a sua produtividade e contribuindo para o sucesso das corporações (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007). Em meio aos negócios, tem ocorrido uma mudança nos conceitos de infraestrutura para serviços de infraestrutura, em que os componentes tecnológicos são convertidos em serviços comuns. Por exemplo, hoje em dia nós não “compramos” mais um acesso à internet como um produto, mas compramos como um serviço. Outro exemplo seria o uso de impressoras nas empresas, onde cada vez mais, em vez de se comprar uma impressora, compra-se um serviço de impressão. Sobre isso, Weill e Ross mencionam que: Os serviços de infraestrutura de TI de uma empresa incluem, frequentemente, serviços de rede de telecomunicação; a provisão e o gerenciamento de computação em larga escala (como servidores e mainframe); o gerenciamento da base de dados compartilhada de clientes; a expertise em pesquisa e desenvolvimento, com o fim de identificar a utilidade de tecnologias emergentes para o negócio; e uma intranet para toda a empresa. Esses serviços podem ser prestados internamente ou por companhias terceirizadas, como a IBM Global Services, a Accenture e a HP. A infraestrutura interna da empresa frequentemente conecta-se a infraestruturas externas da indústria (como o sistema de pagamentos bancário) e a infraestruturas públicas (como a internet e as redes de telecomunicações). O conceito de serviços de infraestrutura de TI é muito poderoso, uma vez que os administradores podem valorizar mais prontamente um serviço do que um componente técnico, como um servidor ou um pacote de software. Além disso, o serviço de prover o acesso de um computador laptop à internet e a todos os sistemas da empresa pode ser especificado, mensurado e controlado através de um acordo de nível de serviço (WEILL; ROSS, 2006, p. 37). 2 HARDWARE 2.1 Computador 2.1.1 Introdução O hardware é um dos componentes mais importantes da infraestrutura de TI. Ele nos remete a toda parte física do computador. Com intuito de dar uma definição apresentável sobre hardware, Stair e Reynolds (2011) afirmam que hardware é qualquer maquinário (utilizando circuitos digitais) que auxilia tarefas de entrada, saída, processamento e armazenamento de um sistema computacional. 19 Unidade I Observação O hardware é um dos dispositivos mais importantes e que demandam maiores investimentos na área de TI e até na vida das pessoas. Figura 2 – Computador A ideia do hardware (parte física do computador) é apresentar algo tangível que execute o máximo de tarefas em substituição à pessoa humana, de forma que cada vez mais serviços braçais sejam feitos por máquinas. Observação A parte física do computador é a melhor forma de exemplificar o hardware. Em suma, o grande desejo seria fazer com que computadores substituíssem pessoas. No entanto, esbarramos em alguns problemas que residem na diferença entre homens e máquinas. A primeira grande diferença é que um computador executa todas suas atividades a partir de informações que foram anteriormente prestadas. Ou seja, se não dissermos ao computador o que ele precisa fazer, ele não fará. Lembrete A evolução dos recursos de TI, principalmente do hardware, deu-se a partir da evolução da engenharia eletrônica. Em segundo lugar, o computador, também diferente de nós, só compreende a base de numeração binária. Nós somos educados a ter a compreensão de tudo ao nosso redor com a base decimal. O computador não, ele só entende bits e bytes. 20 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Um bit é a representação de um dígito numérico no sistema de numeração binário. Ou seja, um bit pode ser representado pelo número 1 (um) ou pelo número 0 (zero). Um byte é um conjunto de oito bits. A partir desses bits e bytes são formadas as instruções primitivas e os códigos que fazem o computador funcionar. Esses códigos formam os softwares que o computador utiliza. As instruções primitivas são também chamadas de linguagem de máquina e remetem ao nível mais baixo e concreto de uma estrutura de computador, que não é compreensível pelo usuário. O usuário enxerga a linguagem de alto nível do computador, que está separada e distante da linguagem de baixo nível ou da linguagem de máquina. 2.1.2 Componentes do hardware O hardware do computador se baseia no sistema computacional básico, estabelecido por John Von Newman, e pode ser visto na figura a seguir. Memórias primárias e secundárias Entrada e saída Barramento CPU Figura 3 – Componentes do sistema computacional básico Esse sistema computacional básico é formado por: unidade central de processamentos; memórias; dispositivos de entrada e saída; e barramento. Grande parte desses componentes está instalada na placa mãe, no caso de um computador comum. O primeiro item do sistema computacional a ser mencionado é o processador ou unidade central de processamento (UCP), conhecida também como CPU, que é o seu acrônimo em inglês. É o processador, o coração de todo o sistema, responsabilizando-se pela execução das instruções dos programas de computador. As funções básicas da CPU são: executar programas por meio da busca de uma instrução na memória; interpretação da instrução; busca de dados; processamento de dados; e escrita de dados. De forma geral, a CPU é composta de três componentes: unidade lógica e aritmética (ULA); unidade de controle; e registradores. A unidade de controle é responsável por buscar informações na memória principal. A unidade lógica e aritmética é responsável por realizar os cálculos e comparação entre os 21 Unidade I valores. Os registradores compõem uma memória de alta velocidade (interna à CPU) utilizada para armazenar resultados temporários e para o controle do fluxo de informações. Observação Algumas pessoas erroneamente se referem ao gabinete do computador (artefato metálico em que se situam todas as placas e componentes de hardware) como CPU. Porém, a CPU é um circuito integrado (chip). O segundo componente do sistema computacional é a memória. Considerada como um item da estrutura interna do computador, ela armazena programas e dados, apresentando-se sob diversos tipos, quanto à hierarquia, proximidade da CPU e características próprias. Entre todas as características da memória, duas são fundamentais para o bom funcionamento do computador: tempo de acesso e capacidade armazenamento. O tempo de acesso, também conhecido como latência, é tempo gasto para realizar uma operação de leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais que copiar algo da memória e a operação de escrita é copiar algo na memória. A outra característica importante é a capacidade, que expressa a quantidade de bytes que podem ser armazenados na memória. Os principais tipos de memórias são: • Armazenamento temporário, conhecidas como memórias random access memory (RAM), que significa memória de acesso aleatório. Quando o computador é desligado, tudo que estava na memória é apagado. • Apenas de leitura, conhecidas como memórias read only memory (ROM), que significa memória apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada do que estava na memória é perdido. O terceiro elemento do sistema computacional é o barramento. Ele representa os caminhos elétricos que provêm da ligação de dois ou mais dispositivos. Na história da computação existiram diversos tipos de barramentos; alguns já estão em desuso enquanto outros continuam sendo utilizados por diversas placas. Os principais barramentos são: industry standard architecture (ISA); peripheral component interconnect (PCI); accelerated graphics port (AGP); audio modem riser (AMR); communications and network riser (CNR); advanced communications riser (ACR); serial advanced technology attachment (Sata); small computer system interface (SCSI); universal serial bus (USB). A USB é a tecnologia que permitiu o avanço da comunicação do computador com memórias secundárias. Ela fez com que a comunicação ficasse mais rápida e simples, e também permitiu a qualquer usuário colocar dispositivos no computador e utilizá-lo. O quarto componente do sistema computacional é o conjunto de dispositivos de entrada e saída, responsáveis por fazer a interface do sistema com o mundo exterior, ou seja, com o usuário. 22 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Os dispositivos de entrada e saída são conhecidos como periféricos e são conectados ao restante do sistema computacional por meio de barramentos e portas de comunicação. Entre os principais dispositivos de entrada e saída, é possível citar: teclado, mouse, scanner, leitores de código de barras, microfones, entre outros. O teclado é um dos dispositivos de entrada mais antigos e é composto por teclas que representam um sinal único quando pressionados. Essas teclas trazem códigos alfanuméricos e assumem diversas configurações e tipos. Figura 4 – Teclado Observação O uso intenso de teclados de computador pode causar lesões por esforços repetitivos (LER). Por conta disso, algumas empresas fabricam soluções diferenciadas de teclados que se adaptam ergonomicamente aos usuários. O mouse é outro dispositivo de entrada que permite realizar atividades não relacionadas à digitação, funcionando como um apontador para selecionar opções, efetuar desenhos etc. Esse dispositivo surge no contexto do surgimento dos computadores que funcionam com interface gráfica. Eles podem ser do tipo sem fio ou com fio, ou mesmo da forma touchpad, comum em notebooks como uma superfície sensível ao toque. Figura 5 – Mouse 23 Unidade I Lembrete O primeiro computador com interface gráfica foi criado em 1984 pela Apple. Ele se chamava Macintosh. Outros dispositivos de entrada e saída são: • Scanner: permite realizar a digitalização de documentos, hoje comumente integrado a impressoras, que recebem o nome de multifuncionais. • Leitor de código de barras: dispositivo que efetua leitura de código de barras a partir da utilização de feixes de laser. • Câmera: utilizado para capturar imagens estáticas ou em movimento. • Microfone: utilizado para captação de ondas sonoras. • Monitores de vídeo: utilizados para apresentar o resultado de um processamento por meio de uma imagem e em suas versões touch screen servem como dispositivo de entrada. • Impressora: dispositivo que apresenta resultado de processamento em documentos impressos. • Dispositivos de armazenamento externo: responsável por armazenar dados externamente às memórias principais e secundárias do computador. Um bom exemplo são os gravadores de fita magnética, de DVD/CD e os dispositivos de memória USB. Cada dispositivo de entrada e saída (E/S) consiste de duas partes: o dispositivo em si e o seu controlador. A função principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada e saída, garantindo o acesso ao barramento. 2.2 Tipos de computadores 2.2.1 Primeiros computadores Como pudemos observar anteriormente, os primeiros computadores eram totalmente diferentes daquilo que contemplamos nos dias de hoje. As diferenças residem no tamanho, no consumo de energia, na capacidade de processamento, no desempenho, enfim, todos os requisitos considerados computacionais. Quando entramos no mundo dos computadores pessoais, conhecidos como desktops, os primeiros eram também um tanto rústicos. Um bom exemplo é o computador pessoal projetado por John Blankenbaker em 1971. Seu nome era Kenbak-1. Segundo o Computer History Museum, ele não possuía processador, sendo formado por chips em uma placa de circuito. Foram comercializados apenas quarenta equipamentos (GARCIA, 2016). 24 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Na história dos computadores portáteis, encontramos outra curiosidade. O primeiro pesava aproximadamente 6 quilos, em 1981, e surgiu pelas mãos de Adam Osborne, quando recebeu o nome de Osborne 1, não se parecendo muito com os modelos mais modernos e desenvolvidos de hoje em dia. 2.2.2 Microcomputadores Microcomputadores e computadores pessoais são praticamente sinônimos. Conforme já mencionado, sua história começa na década de 1980 com um mercado bastante explorado pelas empresas IBM, Dell, HP, Apple, entre outras que investiram muito trabalho na fabricação dos mais diversos modelos. Os microcomputadores são computadores de pequeno porte criados para serem utilizados em mesas, por isso muitas vezes são chamados também de desktop. Eles têm praticamente a mesma aparência, são formados por gabinete (em que está situado o sistema computacional básico que envolve CPU, memória e demais placas e circuitos eletrônicos), pelo monitor de vídeo e normalmente por um mouse/teclado. Com a popularização e o crescimento do uso da informática por parte das pessoas na década de 1990, a utilização de microcomputadores passou a ser comum tanto nas empresas como no uso pessoal pelos usuários domésticos para as mais diversas aplicações. No entanto, o uso dos microcomputadores tem experimentado ao longo de anos um declínio, e, gradativamente, os usuários tem optado (principalmente usuários domésticos) pela utilização de computadores portáteis, tablets e smartphones, provocando a aplicação dos microcomputadores para finalidades específicas, como os jogos digitais, por exemplo. Nas organizações, ainda se observa muito o uso dos microcomputadores e as razões para isso se lastreiam na ideia de custos, porque investir em hardware é ainda muito caro. 2.2.3 Notebooks, netbooks, tablets e smartphones Atendendo ao desejo de mobilidade tão atual, os microcomputadores (desktops) estão gradativamente sendo substituídos pelos computadores portáteis, sejam eles notebook, netbooks, tablets ou smartphones. Embora o termo computador pessoal ou seu acrônimo em inglês, personal computer (PC), nos remeta imediatamente a desktops, alguns autores consideram os notebooks, netbooks e similares como computadores pessoais. Observação Os notebooks também são conhecidos como laptops. 25 Unidade I Observa-se também uma evolução no uso desse tipo de dispositivo. Primeiro foram os notebooks que receberam esse nome devido a sua semelhança com um livro. Eles normalmente têm gabinetes dobráveis e com capacidade muito semelhante aos microcomputadores. O fato de serem menores que um microcomputador acarreta um aumento no seu preço, que é compensado pelo benefício da mobilidade, favorecendo a execução de tarefas em qualquer lugar, bastando apenas de uma mochila para carregá-lo. Os netbooks são computadores portáteis ainda menores em praticamente todos os sentidos: capacidade, desempenho e dimensões. Embora sejam considerados uma evolução dos notebooks, os netbooks não tiveram tanta aceitação e hoje estão praticamente fora do mercado. Um dos motivos que levaram à pouca aceitação do netbook reside na ideia de ser algo situado entre o notebook e o smartphone. Os usuários aceitam bem o uso de notebooks, assim como o dos smartphone, mas os netbooks não. Os tablets têm pouco mais que 25 anos de vida. O primeiro foi lançado em 1994 pela Acorn Computers e recebeu o nome de Newspad. O auge do seu uso foi alcançado no surgimento do iPad, lançado pela Apple em 2010, e, no mesmo momento, do Galaxy Tab, lançado pela Samsung. Mesmo com versões lançadas por diversos outros fabricantes (Huawei, Lenovo, LG, AOC etc.), verificou-se uma diminuição consistente na venda de tablet, sinalizando novamente a opção do usuário pelo smartphone ou pelo notebook, quando o desejo é mobilidade. Os smartphones nasceram da ideia de estabelecer uma solução que envolva computação e telefonia. O primeiro smartphone foi criado em 1994 pela IBM e recebeu o nome de Simon, mas não teve sucesso comercial, embora tivesse tela sensível ao toque e conseguisse enviar e receber e-mails. Ainda na década de 1990, os smartphones eram chamados de PDA e, só no final dela, a empresa Ericsson se referiu ao seu PDA como smartphone, cunhando pela primeira vez esse termo. Depois disso, os smartphones começaram a se popularizar com soluções bastante conhecidas (Blackberry, Apple, Nokia, HTC etc.). A explosão da telefonia móvel celular no mundo verificada nesse milênio impulsionou ainda mais o uso dos smartphone, fazendo com que ele fosse um instrumento importantíssimo e presente no dia a dia das pessoas. Exemplo de aplicação Observe quantas soluções de smartphone estão disponíveis no mercado. Faça uma pesquisa sobre pelo menos três características de pelo menos quatro fabricantes diferentes. 26 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA 2.2.4 Supercomputadores, mainframes e servidores Saindo um pouco daquilo que é mais acessível à maioria das pessoas, o mundo dos supercomputadores, mainframes e servidores é bem fascinante e traz uma série de curiosidades. Comecemos pelo mais antigo entre os três, o mainframe. Os mainframes são os computadores de grande porte utilizados no início da TI nas organizações, caracterizados por um alto desempenho e capacidade. A empresa IBM foi uma das primeiras a fabricar e a comercializar essa tecnologia para muitas corporações, tais como bancos, empresas públicas, indústrias. A IBM sofreu forte concorrência de outras empresas, como a Unisys e a HP. Hoje é mais restrito a um número menor de modelos de negócios Os mainframes são mantidos em centros de dados com acesso restrito e processam grandes quantidades de transações, trabalhando com uma computação e processamento centralizados. Os supercomputadores são também potentes, com altíssimo desempenho, mas diferentemente dos mainframes, são utilizados em aplicações específicas que exigem capacidades computacionais extensas e rápidas. Entre as aplicações dos supercomputadores, encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres naturais, pesquisas nas áreas de saúde, entre outras. Os primeiros supercomputadores foram desenvolvidos pela Empresa Cray Research, que durante muito tempo era a principal fabricante desse tipo de tecnologia, mas foi perdendo espaço para outras empresas como IBM, Dell etc. Saiba mais Acesse o site a seguir e conheça a lista dos mais potentes supercomputadores do mundo: www.top500.org As características dos supercomputadores deixam qualquer um impressionado. Por exemplo, o supercomputador mais potente do mundo, segundo a lista Top500 (que divulga os números de supercomputadores do mundo), tem aproximadamente mais de 2 milhões de core (núcleos). Outra curiosidade é o consumo de energia elétrica que é da ordem de mais de 10 megawatt, bem maior que o consumo de algumas cidades do Brasil. Exemplo de aplicação Você sabe qual é o supercomputador mais potente em operação no Brasil? Procure-o em reportagens e utilize também o acesso ao site www.top500.org para conhecê-lo. 27 Unidade I 3 SOFTWARE 3.1 Sistema operacional 3.1.1 Introdução O computador, quando saído da linha de montagem, vem sem softwares instalados, ou seja, sem quaisquer funcionalidades. O primeiro software instalado é o sistema operacional, que normalmente fica em segundo plano e não é observado por nós. Lembrete O software abrange todos os programas de computador que gerenciam as atividades computacionais (software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades básicas nos processos de negócios (software aplicativo). O sistema operacional é um conjunto de programas que controla o hardware do computador, dos recursos de entrada e saída, de armazenagem dos programas e de dados, agindo como interface com os softwares aplicativos, conforme ilustrado na figura a seguir. Processadores de textos Software de aplicação Planilhas eletrônicas Software de sistemas Sistema operacional Geradores de apresentação Memória Hardware Processador Dispositivos de entrada e saída Figura 6 – Software de sistemas e software de aplicação O mais conhecido deles, utilizado em computadores pessoais, é o Windows. Ele possui diversas versões e ao longo de mais de vinte anos esteve e está presente no cotidiano de quem trabalha com computadores. 28 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Observação O Windows 3.1 foi praticamente o primeiro sistema operacional com interface gráfica largamente adquirido em escala comercial. Pensando na plataforma de smartphones, encontramos dois sistemas operacionais extremamente populares: Android e iOS. Utilizado na maior parte dos smartphones (que não são fabricados pela Apple), o Android é propriedade da Google e é utilizado em dispositivos móveis de forma geral, de grandes fabricantes como Samsung, Motorola, LG, Sony, entre outros. O iOS é o sistema operacional desenvolvido para dispositivos móveis fabricados pela Apple, como o iPhone, iPod e iPad. Há controvérsias sobre qual dos dois foi criado primeiro. No entanto, o que se observa é que os dois foram lançados entre 2007 e 2008. 3.1.2 Utilização Ao ligar um computador, é dado início àquilo que chamamos de boot (termo em inglês que significa iniciação), em que os mecanismos de hardware são verificados e testados. Após essa etapa, ocorre a carga (ou carregamento) do sistema operacional, quando ele começa a efetuar as suas funções e dependendo do sistema operacional solicita-se a senha ou um PIN, que nada mais é que um número de identificação pessoal. Observação Evite desligar o computador diretamente pela tomada, principalmente no momento da carga do sistema operacional, porque essa ação pode prejudicar as configurações do sistema. A figura a seguir apresenta a tela inicial de um sistema operacional Windows 10. Figura 7 – Tela inicial do Windows 29 Unidade I Para conhecer as informações sobre o sistema operacional utilizado no computador, basta clicar no botão Iniciar ao lado dele e digite “painel de controle” para abrir as configurações importantes do computador e efetivamente manter contato com o sistema operacional utilizado, conforme figura a seguir. Botão iniciar Figura 8 – Abrindo o Painel de Controle A figura a seguir mostra o painel de controle de um computador. Para verificar as configurações do sistema operacional, é necessário selecionar a opção “Sistema e Segurança”. Figura 9 – “Painel de Controle” 30 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Selecionar a opção “Sistema”, conforme figura a seguir. Figura 10 – Opção de sistema do “Painel de Controle” Nessa opção, encontraremos as configurações de sistema operacional utilizadas por esse computador. Figura 11 – Informações do sistema operacional 31 Unidade I Há dezenas de ferramentas que os sistemas operacionais oferecem, de forma que as aplicações consigam auxiliar os usuários em suas atividades. Não é possível esgotar em poucas linhas todas essas ações disponíveis pelo sistema operacional. No entanto, é possível citar algumas: “Desinstalar programas”; “Backup e restauração”; “Opções de configurações de energia”; “Adicionamento e remoção de dispositivos” etc. Praticamente todas essas ações podem ser encontradas no “Painel de Controle”. É importante citar também o papel do “Gerenciador de Tarefas”, que pode ser acessado (na maior parte das versões do Windows) por meio das teclas control, alt, delete acionadas ao mesmo tempo. Assim, será aberta a janela que pode ser vista na figura a seguir. Figura 12 – “Gerenciador de Tarefas” Por meio dessa janela, é possível checar desempenho e consumo de CPU (processador), memória, disco e GPU (processador para mostrar gráficos no computador), verificando os aplicativos que mais utilizam cada recurso de hardware. 32 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA 3.2 Aplicativos 3.2.1 Introdução ao software de aplicação Os softwares também podem ser considerados como softwares de aplicação. Eles auxiliam na execução das tarefas de usuário, ou seja, são voltados para expectativas específicas dos usuários, atendendo a finalidades gerais e específicas. Por exemplo, os processadores de texto, planilhas eletrônicas, softwares de e-mail, geradores de apresentação etc. Segundo Stair e Reynolds (2011), os softwares de aplicação interagem com os softwares de sistemas para utilizar os recursos de hardware necessários a sua operação e assim exercer suas funcionalidades. Os softwares de aplicação podem ser divididos em: verticais e horizontais. Os verticais executam tarefas comuns a um determinado ramo de negócio. Os horizontais são dedicados a todos os ramos de negócio, pois automatizam processos comuns a todas as indústrias. Os softwares de aplicação também podem se dividir em softwares proprietários e softwares de prateleira. O software proprietário é desenvolvido para atender a uma necessidade específica da organização. Pode ser desenvolvido internamente (pelos profissionais de TI) ou por empresas terceirizadas com expertise suficiente. Quando esse desenvolvimento ocorre internamente na organização, permite maior controle sobre os processos de desenvolvimento e, consequentemente, sobre os resultados. Existem dezenas de aplicações disponíveis para computadores pessoais, e para abrir qualquer uma delas basta clicar no botão Iniciar do computador e verificar os programas que estão disponíveis. 3.2.2 Aplicações utilizadas nas organizações Uma das decisões mais importantes nas organizações reside na escolha dos melhores e mais adequados softwares, sejam eles de sistemas e de aplicações para quaisquer tipos de computadores e infraestrutura de TI. Sobre as aplicações, deve-se pensar nas vantagens de se comprar o software ou desenvolver internamente o seu próprio. É o tipo de decisão conhecida como make or buy. Um dos softwares mais utilizados em uma organização e pelas pessoas de forma geral é o processador de texto. Trata-se do aplicativo mais popular, porque permite aos usuários criarem, editarem, revisarem e imprimirem textos com aparência profissional por meio da disponibilização de diversas ferramentas de criação e formatação de frases, expressões e parágrafos. Os processadores de textos mais populares atualmente são o Microsoft Word, da Microsoft e o BrOffice. No entanto, já existem soluções de processadores de texto na própria nuvem da internet, como, por exemplo, o do Google Docs. 33 Unidade I Figura 13 – Janela inicial do Microsoft Word Por meio de recursos avançados como corretores ortográficos, os processadores de textos identificam e corrigem erros de grafia, sugerem formação de frases e melhorias no texto redigido, além de implementarem correções gramaticais e de pontuação. A maioria dos processadores de textos permite que o usuário crie documentos com gráficos, formas, imagens e figuras concebidas e diagramadas a partir dos recursos de ilustração do próprio processador de texto ou importadas de outros processadores. Outro software aplicativo extremamente popular é a planilha eletrônica, que se revela como uma grande aliada na montagem de modelagem, no planejamento e na análise de negócios que requerem cálculos diretos e interdependentes, com apresentação de resultados gráficos, tendências, objetivos etc. Uma das funcionalidades mais importantes de uma planilha eletrônica é a capacidade de formatação gráfica dos dados em análise. A grande maioria das planilhas de mercado é apresentada por meio de gráficos do tipo colunas, linhas, pizza, barras, área, dispersão e outros mais variados tipos, os quais permitem que o usuário faça uma análise visual das informações ali contidas de forma a identificá-las rapidamente e, assim, partir para uma tomada de decisão imediata. A planilha eletrônica mais conhecida é o Microsoft Excel, que integra o pacote Office e será estudada posteriormente. 34 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Figura 14 – Janela inicial do Microsoft Excel Os softwares aplicativos geradores de apresentação têm também grande importância por serem uma auxílio na montagem de apresentações, as quais exigem recursos multimídia como gráficos, fotos, animações, imagens e videoclipes. Normalmente, os softwares aplicativos geradores de apresentação se apresentam em slides, os quais são a área de trabalho do usuário. Assim como em uma prancheta de desenho, o usuário pode montar sua apresentação utilizando todos os recursos gráficos e de multimídia disponibilizados pela ferramenta. Por meio dessas funções, é possível criar novas apresentações ou lançar mão de apresentações predefinidas para modelar seus dados. Os recursos de apresentação têm como finalidade chamar a atenção da plateia ou público para informações importantes nos slides e proporcionar certa dinamização da apresentação. Os geradores de apresentação normalmente disponibilizam animações de slides do tipo desvanecimento, entrada de texto pela direita, entrada de texto pela esquerda, de cima para baixo, de baixo para cima, granularização, efeito persiana vertical e horizontal, entre outros. O principal e mais conhecido gerador de apresentação é o Microsoft Power Point, que integra o pacote Office. 35 Unidade I Figura 15 – Janela inicial do Microsoft Power Point 4 REDES DE COMPUTADORES E INTERNET 4.1 Redes de computadores 4.1.1 Telecomunicações As redes de computadores e as telecomunicações revolucionaram nas últimas duas décadas o uso da tecnologia da informação nas corporações. Desde o surgimento da internet, os processos de negócios não são mais os mesmos. As redes criaram uma nova comunidade global, aproximaram pessoas que até então estavam distantes. Hoje é possível, graças aos recursos que funcionam suportados pelas redes, manter amizades e relacionamentos com pessoas do outro lado do mundo, sem qualquer delay. As notícias não demoram tanto a chegar até as pessoas como antigamente. Estando no Brasil, é possível acompanhar on-line fatos que se sucedem no Japão e vice-versa. São tantos sites de notícias que às vezes é até trabalhoso lidar com tantas informações. Suportado pelas redes de computadores, as redes sociais têm causado uma verdadeira revolução no modo como as pessoas se relacionam, criando ambientes e comunidades colaborativas, em que não só o fluxo de informação é importante, mas voz e imagem também. 36 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA A área educacional é outra que sofreu muitas mudanças e recebeu diversas inovações, como a educação a distância, suportada por ferramentas de colaboração, videoconferência, chats, fóruns, entre outros. As telecomunicações impactaram muito o modo como se prestam serviços. Um bom caso a ser citado seria o modo como os bancos comerciais operam. Não há mais tanta necessidade de ter a prestação de serviço bancário presencial (a não ser fazer saques em dinheiro), porque por meio da internet é possível fazer pagamentos de boletos, transferências de fundos, aplicações em ações ou qualquer outro investimento. Telecomunicação é a transmissão efetuada entre duas entidades distantes por meio de sinais de comunicações, permitindo que as organizações realizem seus processos e tarefas por meio de redes efetivas de comunicação. 4.1.2 Introdução às redes de computadores As redes de computadores são um conjunto de componentes capazes de favorecer a troca de informações e o compartilhamento de recursos, interligados por um sistema de comunicação. O objetivo principal das redes é propiciar o tráfego de informações entre um computador situado na origem e outro no destino, por meio de ferramentas de hardware e software e utilizando um conjunto de regras. Assim, consideramos que os seus componentes fundamentais são: protocolos, meios de comunicação, dispositivos e mensagens. O primeiro componente é o protocolo, que representa o conjunto de regras que regem o processo de comunicação. Eles atuam de forma a não termos uma bagunça na transmissão da informação e são estabelecidos na forma de modelos que favorecem a conectividade. E para não ficar apenas nos conceitos, é possível citar um dos protocolos mais conhecidos na atualidade, o internet protocol (IP), que proporcionou o surgimento da internet que utilizamos nos dias de hoje. O segundo componente é o meio físico, utilizado para interligar dispositivos. Esse meio pode se apresentar como cabos de pares metálicos ou como cabos de fibra ótica, e também como meios sem fio, quando não temos a utilização de cabo para a transmissão de sinais. O terceiro componente são os dispositivos. Eles são fundamentais no processo de comunicação ou para acesso do usuário final. Por exemplo, os roteadores de redes sem fio, os computadores, os smartphones, entre outros. Não menos importante, temos o quarto componente, que são as mensagens, representando aquilo que se deseja transmitir entra a origem e o destino. A formação, codificação e formatação da mensagem obedece a regras que, como já vimos, são chamadas de protocolos. Além das redes de computadores, existem outros sistemas de comunicação que se utilizam dos mesmos elementos que elas. Entre os principais sistemas de comunicação, é possível citar: 37 Unidade I • Sistemas de transmissão de TV: utilizam comunicação sem fio, ou seja, ondas eletromagnéticas que são transmitidas e recebidas por antenas desde a emissora até o receptor de TV. • Sistemas de telefonia fixa: utilizam pares de fios metálicos para transmitir sinais de voz por meio de uma corrente elétrica em um cabo. • Sistemas de comunicação via satélite: utilizam a comunicação sem fio para transmitir sinais entre estações terrenas e estações remotas na órbita do planeta. • Sistema de telefonia celular: sistema de comunicação sem fio, constituído de equipamentos móveis de rádio que se comunicam com uma estação rádio base (ERB), dentro de uma área conhecida como célula. 4.2 Internet 4.2.1 Origem Quando observamos a internet e a sua utilização, logo se questiona como ela começou. Antes disso, precisamos nos lembrar que o desenvolvimento de grande parte das tecnologias na humanidade está associado ao período de guerras. É justamente a esse período que queremos nos remeter agora. Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo estava completamente dividido entre países capitalistas e países socialistas. O mundo capitalista era liderado pelos Estados Unidos e aliados europeus, e, na outra ponta, no mundo socialista, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas liderava juntamente com China comunista. Esse antagonismo fez o mundo passar por outro tipo de guerra, bem diferente da anterior, chamada de Guerra Fria. É nesse contexto que é lançado o primeiro satélite artificial em 1957, o Sputnik. Os russos foram os responsáveis por essa façanha, gerando um alvoroço no mundo capitalista, impulsionando o Estados Unidos na busca de um maior desenvolvimento de tecnologias de telecomunicações. Então, no final da década de 1960, a Agência de Projetos e Pesquisas Avançadas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos criou a Arpanet, considerada praticamente a primeira rede de computadores e precursora da internet, que tinha por objetivo prover a conexão entre o Departamento de Defesa, agências de pesquisa e universidades que desenvolviam pesquisas utilizando recursos financeiros militares. A Arpanet teve uma rápida evolução e, por questões de segurança, em 1983, foi subdividida nas redes Milnet (uma rede paralela apenas para fins militares) e a Arpanet (composta por comunidades acadêmicas e agências de pesquisa). 38 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Mesmo tendo surgido da Arpanet, não há uma data que realmente marca o início da internet, porque na verdade as redes de computadores e telecomunicações dos países foram se interligando pouco a pouco na década de 1980 e o que se viu foi todo o mundo praticamente interligado em uma rede mundial de computadores. O crescimento explosivo da internet é o maior e mais importante fato tecnológico dos dias de hoje, sempre em constante expansão à medida que cada vez mais empresas, organizações, usuários, computadores e redes aderem a essa rede mundial. Só no Brasil, estima-se que em 2019 mais de 70% da população tenha acesso à internet, perfazendo um total de mais de 149 milhões de brasileiros, colocando-nos na quarta posição do ranking mundial, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos, estimulado pelo crescente uso e disseminação dos smartphones em praticamente todos os níveis da sociedade. 4.2.2 Tecnologias de redes e a internet Com o crescimento exponencial do uso da internet pela sociedade, percebem-se diversas tecnologias e ferramentas que têm modificado a forma como se dão as atividades e rotinas das pessoas. Claro que tudo começou a partir da primeira necessidade que os computadores tinham de se interligar e compartilhar recursos. Hoje, o mundo está praticamente todo interligado e as ferramentas de redes são cada vez mais utilizadas e diversos aplicativos em plataforma mobile têm feito toda diferença. Fazendo grande sucesso, é possível citar primeiro as redes sociais. Elas fornecem toda estrutura de comunicação entre grupos de pessoas, possibilitando a troca de interesses e informações. Elas surgiram por volta da década de 1990 com grande sucesso e destaque para as redes classmates e ICQ e hoje alcançam praticamente todos os usuários da internet através de conhecidas plataformas como Facebook, LinkedIn, Twitter, Instagram etc. Com grande penetração em praticamente todos os tipos de públicos, as redes sociais se apresentam como verdadeiras oportunidades para alavancar negócios, agregar valor a produtos por meio de propagandas e até mesmo fornecer informações para as empresas conhecerem melhor o perfil dos consumidores. Além das redes sociais, outra grande tecnologia é a de computação nas nuvens, que permitiu o compartilhamento de muitos recursos antes utilizados em computadores isolados. As tecnologias de computação em nuvem permitem o compartilhamento de capacidades de armazenamento, cálculos e aplicativos centralizados que podem ser acessados por qualquer computador com acesso à internet. Um exemplo são os recursos como One Drive da Microsoft e do Google Drive, utilizados por pessoas no mundo inteiro. É possível citar também a videoconferência como importante ferramenta de comunicação, contribuindo muito para a agilidade dos processos de negócios, pois permite que pessoas realizem uma conferência combinando ao mesmo tempo voz e imagem. Os executivos, que antes gastavam horas 39 Unidade I se deslocando em viagens aéreas e/ou terrestres, podem alcançar muito mais eficiência por meio da videoconferência para se reunir com clientes, funcionários e fornecedores. Até a justiça brasileira aderiu ao uso dessa ferramenta. A lei n. 11.900, de 8 de janeiro de 2009, permitiu o uso videoconferência para o interrogatório e oitiva de testemunhas. Entre as vantagens do uso da videoconferência estão: economia de tempo, economia de recursos financeiros investidos em viagens, agilidade no processo de tomada de decisão. O tráfego de voz sobre o protocolo IP foi também uma das inovações em telecomunicações que mais agregaram valor aos negócios. Essa tecnologia permite a transmissão da voz através de pacotes de dados do IP, em vez do uso do sistema comutado de telefonia. O objetivo da tecnologia de voz sobre IP é prover uma alternativa aos sistemas tradicionais de telefonia, mantendo a qualidade (disponibilidade, confiabilidade e capacidade recuperação) das redes públicas comutadas. A grande limitação dessa tecnologia está em não ter, em algumas situações, uma conexão de internet com largura de banda e qualidade necessárias ao bom funcionamento das chamadas. As principais vantagens da tecnologia de voz sobre IP são: diminuição nos custos com telefonia, convergência de serviços de telecomunicações e interligação a uma rede de voz mundial. 4.2.3 Links de acesso à internet Antes de qualquer acesso à internet, é necessário que o usuário tenha um link de dados instalado em sua casa ou no seu smartphone. Esse link também é chamado de acesso à internet e é disponibilizado por uma operadora (concessionária) de telecomunicações. Esses links são oferecidos nos mais variados preços e velocidades, sendo de grande importância que o usuário se atenha à velocidade – também conhecida como largura de banda –, pois ela aponta quantos bits podem ser transmitidos por segundo. Existem inúmeras tecnologias de acesso à internet que podemos utilizar em nossas casas. Hoje em dia, as mais comuns são as Tecnologias ADSL e as Tecnologias FTTH. As tecnologias ADSL transmitem os seus sinais no mesmo cabo de par metálico utilizado pelo telefone fixo. As tecnologias FTTH utilizam a fibra óptica para a transmissão de sinais, sendo essas as que alcançam maiores velocidades. Em simples buscas em sites de operadoras de telecomunicações, encontram-se opções variadas, com velocidades entre 35 e 500 megabits por segundo. Um dado muito importante é que essa velocidade comercializada nem sempre corresponde à velocidade real de transmissão, por isso é importante conversar com a operadora e verificar as velocidades reais garantidas para download e para upload. O download é a transferência de dados de host (computador ou servidor) remoto para o computador, e o upload é a transferência de dados do computador para um host (computador ou servidor) remoto. 40 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA 4.3 Acesso à internet 4.3.1 Navegadores Para navegar pelo conteúdo da internet, é necessário que tenhamos uma aplicação (software aplicativo) conhecido como browser ou navegador de internet. Os mais conhecidos são: Internet Explorer, Microsoft Edge, Google Chrome, Opera, Safari, Dolphin, Vivaldi etc. Considerado pelos críticos da área de redes um dos melhores navegadores de internet, o Google Chrome foi lançado em 2008 para uso em computadores com sistema operacional Windows e pouco depois se estendeu para computadores com outros sistemas operacionais. Em pouco menos de cinco anos, o Chrome passou a ser o browser mais utilizado do mundo, desbancando grandes concorrentes como Internet Explorer e o Firefox. Figura 16 – Google Chrome Outro bem conhecido é o browser Internet Explorer. Seu lançamento data do ano de 1995 pela Microsoft e sua última versão lançada junto com o Windows 10 será substituída pelo navegador Microsoft Edge. O Internet Explorer já foi o navegador mais utilizado pelo mercado, mas aos poucos foi sendo ultrapassado pelo Chrome e por outros navegadores. 41 Unidade I Figura 17 – Internet Explorer O Microsoft Edge foi lançado oficialmente em 2015, mas agora, com o Windows 10, tem sido mais utilizado. Ele é o sucessor do Internet Explorer. Figura 18 – Microsoft Edge 42 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA 4.3.2 Pesquisas no Google Para fins didáticos, utilizaremos como exemplo o browser Google Chrome por ser o mais utilizado pelos usuários. A figura a seguir apresenta a tela do navegador e uma seta apontando para a barra de endereço. É lá que o usuário deverá digitar a página de internet que deseja ver. Figura 19 – Barra de endereços do Google Chrome Em vez de digitar um endereço válido da internet, é possível digitar uma palavra qualquer ou um conjunto de palavras e automaticamente o navegador entenderá que se está desejando fazer uma pesquisa no site do Google. Observação Originalmente o site do Google é um buscador da internet. A figura a seguir apresenta uma pesquisa da palavra “Universidade Paulista” e em seguida é mostrada uma série de resultados. 43 Unidade I Figura 20 – Pesquisa no Google Os buscadores são fundamentais na navegação na internet. É por meio deles que encontramos os conteúdos que desejamos, por isso, é importante saber como utilizar essas ferramentas. Vamos tomar como exemplo o Google. Para fazer uma busca no Google, basta apenas digitar a palavra ou o conjunto de palavras e o site retornará os resultados. O que pouco gente sabe é a possibilidade de buscas avançadas, que refinam ainda mais o objeto, imagem ou texto buscado nas pesquisas. A primeira forma avançada é utilizar aspas. Elas podem ser empregadas quando se quiser respostas com frases idênticas às digitadas entre aspas. Na figura a seguir, foi feita uma pesquisa com a frase “o Brasil é o país do futuro” e o buscador Google retornou a resposta com páginas da internet contendo essa frase na íntegra. Figura 21 – Pesquisa avançada com aspas no Google 44 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Existem diversas outras formas de pesquisas avançadas. Entre elas, é possível citar: uso de asteriscos e aspas; uso do sinal de subtração; pesquisas avançadas dentro de um site. No uso de asteriscos e aspas, é possível ao usuário utilizar aspas em uma frase e substituir uma das palavras da frase por asterisco. Essa substituição vai prover um resultado contendo a frase inteira com qualquer palavra no lugar do asterisco que foi utilizado. Por exemplo, ao pesquisar a frase “O * é o melhor hospital do Brasil”, a pesquisa retornará todas as páginas da internet com a frase citada e o asterisco substituído por qualquer palavra. A figura a seguir apresenta essa ideia. Figura 22 – Pesquisa avançado no Google com asteriscos e aspas No uso do sinal de subtração, é possível fazer uma pesquisa querendo desconsiderar totalmente os resultados que tragam uma palavra. Para isso, basta acrescentar nos parâmetros da pesquisa a palavra que se deseja excluir e um sinal de subtração imediatamente antes e grudado a ela. Por exemplo, ao querer encontrar uma agência bancária no estado de Pernambuco, mas não em Recife, basta digitar: agências bancárias em Pernambuco – Recife. 45 Unidade I Figura 23 – Pesquisa com sinal de subtração Ao pesquisar qualquer assunto no Google, filtrar o que deseja escolhendo uma das opções dentre: Shopping, Imagens, Notícias, Maps, Vídeos, Livros, Voos, Finanças, entre outros. A figura a seguir apresenta essas opções quando são digitadas na busca as palavras carro do ano. Figura 24 – Opções do Google Por padrão, sempre aparecerão todas as informações (Shopping, Imagens, Notícias etc.), mas se, por exemplo, se quiser ver ofertas de carro, ao digitar palavra carro do ano e escolher a opção Shopping aparecerão ofertas e preços de carros, bem como links para ver cada informação. A figura a seguir apresenta essa ideia, utilizando a opção Shopping. 46 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Figura 25 – Pesquisas no Google utilizando a opção Shopping Outra opção interessante, principalmente para trabalhos acadêmicos, é a utilização do Google Acadêmico. Nele, é possível pesquisar trabalhos acadêmicos, artigos científicos, monografias, dissertações, entre outros. Podemos inclusive utilizar filtros para melhorar as pesquisas por ano, relevância e idioma. Saiba mais Para acessar o Google Acadêmico, basta entrar no link a seguir ou apenas digitar na caixa de pesquisa do Google a palavra acadêmico. https://scholar.google.com.br A figura a seguir apresenta uma pesquisa do nome Amazônia no Google Acadêmico. Figura 26 – Pesquisa no Google Acadêmico 47 Unidade I Outra ferramenta bem interessante no Google são os Trends, palavra em inglês que é traduzida como tendência. O Google Trends apresenta por meio de gráficos e filtros a frequência na qual determinados termos e palavras são procurados no buscador. A figura a seguir apresenta a tela principal do Google Trends. Figura 27 – Tela principal do Google Trends A figura a seguir apresenta um resultado do termo Amazônia apresentando no Google Trends com um filtro dos últimos 90 dias. Figura 28 – Resultado Google Trends com a palavra Amazônia 48 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Resumo Foram estudados os principais tópicos em informática e os conceitos básicos de TI. Inicialmente, foi apresentado os fundamentos da informática, abordando a infraestrutura de TI, sua composição, o histórico e a apresentação do processo de evolução da tecnologia da área de TI e das redes de computadores. Depois, foi dada grande ênfase ao hardware, com uma abordagem especial para o computador e seus componentes (processador, memória, dispositivos de entrada/saída). Além disso, foi dada uma explicação sobre os tipos de computadores, apresentando sua utilização. Posteriormente, foi explorada a temática do software e foram mencionados conceitos de sistemas operacionais e de aplicativos, enfatizando inclusive alguns aplicativos muito utilizados no dia a dia do usuário de informática. Estudou-se as questões voltadas para as redes de computadores, incluindo os conceitos de telecomunicações e internet. Com uma abordagem histórica das redes e da internet, apresentou-se o contexto histórico das redes e focou-se no seu funcionamento nos dias de hoje. Por fim, abordou-se os navegadores de internet, com ênfase especial no Google Chrome. Exercícios Questão 1. (INAZ do Pará 2019) Dentro do contexto dos fundamentos dos sistemas de informação, é correto afirmar: A) O componente “tecnologia” diz respeito a todas as máquinas e os equipamentos que são utilizados no Sistema de Informação, sejam elas analógicas ou digitais. B) Apresenta um componente adicional chamado “feedback”, que possui grande importância pelo fato de exercer uma função de controle nos dados de entrada no SI. C) Assim como todos os tipos de sistemas, apresenta também três componentes ou funções básicas de interação, quais sejam: entrada; desenvolvimento; e saída. D) São formados por quatro elementos interdependentes que se conectam e se complementam para que o SI desenvolva suas funções de forma eficiente e eficaz. 49 Unidade I E) Software de sistema; software aplicativo, e procedimentos são exemplos de recursos de software necessários ao adequado funcionamento de um SI. Resposta correta: alternativa E. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: é possivel entender a tecnologia como um conjunto de procedimentos, inovações, processos, métodos, ferramentas e conhecimentos por meio do qual as capacidades humanas de uma sociedade podem ser ampliadas. B) Alternativa incorreta. Justificativa: o feedback é a retroalimentação de um sistema, é a resposta do usuário às ações já feitas pelo sistema. É a forma pela qual o sistema sabe como ele está atuando. C) Alternativa incorreta. Justificativa: são quatro ou mais etapas. A mais aceita é a de 5 etapas: entrada, armazenamento/ processamento, saída, retroalimentação/feedback e controle/correção. D) Alternativa incorreta. Justificativa: os elementos não são independentes. Existe uma sequência de dependência. E) Alternativa correta. Justificativa: o software é tudo aquilo que abrange todos os programas de computador que gerenciam as atividades computacionais (software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades básicas nos processos de negócios (software aplicativo). Questão 2. (FUNDEP 2019). Analise o trecho a seguir: O ______________ fornece uma lista personalizada de programas ao usuário para começar a usar o sistema operacional Windows, assim como uma lista de documentos abertos recentemente; ele é uma forma de encontrar arquivos e obter ajuda e acesso à configuração do sistema. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna existente. A) Painel de controle. B) Menu iniciar. 50 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA C) Instalador de arquivos. D) Organizador de arquivos. E) Executar. Resposta correta: alternativa B. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: o Painel de Controle fornece informações sobre o sistema operacional utilizado no computador. B) Alternativa correta. Justificativa: a partir do Menu Iniciar são encontradas as funções do sistema operacional, além de ter a disposição os arquivos abertos recentemente e adicionados recentemente, facilitando a busca por algo. C) Alternativa incorreta. Justificativa: é um pacote pelo Sistema Operacional Windows para instalar programas. Consiste em um pacote que inclui informações de instalação de um programa específico e que pode ser extraído com uma ferramenta de descompactação de arquivos. D) Alternativa incorreta. Justificativa: o organizador de arquivos é uma ferramenta que ajuda na organização dos arquivos. E) Alternativa incorreta. Justificativa: é um comando que informa ao programa que ele deve proceder a uma determinada operação. 51 Unidade II Unidade II 5 TELEFONIA MÓVEL CELULAR 5.1 Histórico A telefonia móvel celular surgiu praticamente no final da década de 1970 e entrou em escala comercial nos Estados Unidos no início da década de 1980, com o padrão advanced mobile phone service (AMPS), sendo considerada a primeira geração da telefonia móvel celular, também conhecida como 1G. Além dos Estados Unidos, os primeiros sistemas 1G foram implantados entre as décadas de 1970 e 1980 na Inglaterra (tecnologia total access communications system – TACS), no Japão (tecnologia Japan total access comunications system – ETACS ou JTACS), na Escandinávia (tecnologia nordic mobile telecommunication – NMT) e na Alemanha (tecnologia C450). O AMPS foi um padrão dominante no mundo e a primeira tecnologia dessa espécie implementada no Brasil em 1992. A cidade do Rio de Janeiro foi a primeira a recebê-la, quando a operação da telefonia no Brasil ainda era um monopólio público, controlado pelo sistema Telebrás. Após isso, outras grandes cidades foram implementando redes de telefonia móvel celulares, provocando uma expansão das redes de comunicação de voz no país. No Brasil, o norte-americano AMPS operava na faixa de frequência entre 800 MHz e 900 MHz. Essa faixa era dividida em duas subfaixas, chamadas de banda A e banda B, sendo utilizadas para comunicação de voz. Esse tipo de tecnologia foi descontinuado no Brasil em 2008. É importante citar que no início do 1G, a telefonia móvel celular era acessível apenas às camadas sociais mais altas da população, por causa de seus custos, tanto na aquisição de linhas quanto na de aparelhos celulares. Observação A primeira geração da telefonia móvel celular é conhecida como geração analógica e não provia comunicação de dados. Com a substituição das tecnologias analógicas pelas tecnologias digitais, iniciou-se a segunda geração, a das redes 2G. Os telefones celulares eram agora conhecidos como telefones digitais e toda a voz era digitalizada no transmissor e enviada na forma de zeros e uns. 52 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Lembrete Mencionar zeros e uns significa dizer que os telefones celulares só compreendiam bits e bytes. Nas redes 2G, o consumo de potência era menor devido à transmissão ser digital, possibilitando assim um maior aproveitamento da bateria. Também foi nesse momento que se iniciaram os primeiros acessos à internet a partir do telefone celular, mas sem uma velocidade considerável. As principais tecnologias utilizadas nas redes de segunda geração foram efetivamente implementadas por volta da década de 1990 nos Estados Unidos e eram conhecidas como tecnologia time division multiple access (TDMA) e tecnologia code division multiple access (CDMA). No final da década de 1990, essas tecnologias chegaram até o Brasil e as operadoras de telefonia móvel celular do Nordeste e do Sul do país optaram pela TDMA e o restante do país pelo CDMA. A tecnologia GSM, disponível desde de 1992 na Europa, chegou ao Brasil pouco depois das tecnologias TDMA e CDMA. Adotada pelas novas operadoras de telefonia móvel celular, começaram a operar em subfaixas de frequências conhecidas como banda D e E e ofereciam conexão para transmissão de dados com velocidades inferiores a 14,4 kbps. Observação Apenas para se ter uma ideia dessa velocidade de conexão, comparando com números atuais, um link de internet mais lento disponível no mercado hoje opera com velocidade pelo menos mil vezes maior. Uma considerável evolução das redes 2G foram as tecnologias aderentes às redes 2,5G. Sua característica primordial foi a elevação das taxas de transferência de dados, alcançada graças às novas formas de conexão e transmissão conhecidas como comutação por pacotes. As principais tecnologias de redes 2,5G desenvolvidas foram: CDMA2000 1xRTT, general purpose radio services (GPRS); enhanced data rates for global evolution (EDGE). A tecnologia GPRS, traduzida como serviço por rádio de pacote geral, é praticamente uma atualização da tecnologia GSM, funcionando da mesma forma que sua predecessora. Sua principal diferença reside no aumento das taxas de transferência, devido à ampliação do sistema de codificação, fazendo com que a velocidade nos acessos à internet chegassem a 21,4 kbps. O CDMA2000 1xRTT é uma atualização da tecnologia CDMA. A principal diferença de sua predecessora está no aumento do tamanho do código e do processo de modulação que implicou em um aumento na velocidade transmissão com a taxa chegando a 144 kbps. 53 Unidade II Considerada também uma atualização da tecnologia GSM, a tecnologia enhanced data rates for global evolution (EDGE) sucedeu também a tecnologia GPRS, com um aumento nas taxas de transferência para 139,2 kbps. Alguns estudiosos e técnicos da área de telecomunicações consideram que essa tecnologia é considerada de redes 2,75, devido ao fato de ter surgido após a tecnologia GPRS. Considerada como o marco no uso da banda larga móvel, as tecnologias de terceira geração ou 3G elevaram ainda mais as taxas de transferência. As principais tecnologias utilizadas nas redes 3G são: wideband code division multiple access (WCDMA); CDMA 2000 evolution data and voice (1XEVDV); CDMA 2000 evolution data optimized (1XEVDO); high speed packet access (HSPA). De todas essas tecnologias de terceira geração é importante citar que, no conjunto de padrões HSPA, uma grande evolução foi a criação do HSPA+ como um dos primeiros a utilizar comutação de pacotes tanto para dados quanto para voz nas comunicações móveis. Na quarta geração, encontram-se as tecnologias que migraram toda a comunicação dados e voz para as redes TCP/IP, provendo uma velocidade de conexão de mais 100 mbps para usuários em movimento e quase 1 gbps para usuários parados. O principal conjunto de tecnologias de 4G é o long term evolution (LTE), adotado por operadoras no Brasil. No final de 2018, surgiram as redes de quinta geração, que estão cada vez mais se expandindo e atendendo a necessidade de interconectar bilhões de dispositivos em uma rede de comunicação móvel, com velocidade de até 10 gbps. 5.1.1 Sistema de telefonia móvel celular A telefonia celular é definida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como telefonia móvel, caracterizada por três serviços: serviço móvel pessoal; serviço móvel especializado e serviço especial de radiochamada. O serviço móvel pessoal é o serviço que permite a comunicação entre celulares ou entre um celular e um telefone fixo. Tecnicamente, é definido como o serviço de telecomunicações móvel terrestre de interesse coletivo que possibilita a comunicação entre estações móveis e entre estações móveis e outras estações. O serviço móvel especializado é o serviço que possibilita a comunicação por meio de despacho via radiocomunicação para uma pessoa ou grupo de pessoas previamente definidos. Semelhante ao celular, é tecnicamente definido com o serviço de telecomunicações móvel terrestre de interesse coletivo que utiliza sistema de radiocomunicação, basicamente, para a realização de operações tipo despacho e outras formas de telecomunicações. 54 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA O serviço especial de radiochamada, conhecido como bip ou paging, é o serviço que permite o envio de informação/recado de uma central para outro ponto. Tecnicamente é definido como serviço especial de telecomunicações, não aberto à correspondência pública, com características específicas, destinado a transmitir, por qualquer forma de telecomunicação, informações unidirecionais originadas em uma estação base e endereçadas a receptores móveis, utilizando-se das faixas de radiofrequências de 929 a 931 MHz (SOARES NETO, 2015, p. 141). O sistema de telefonia celular é caracterizado pela construção de uma rede de comunicações, baseado na divisão de uma região em células. Em cada célula, encontra-se uma estação rádio base (ERB) que possibilita a comunicação do terminal móvel (telefone celular). Os tipos mais comuns de células são as omnidirecionais e as setorizadas. As células omnidirecionais são constituídas por ERB, cujas antenas irradiam sinais em todas as direções. As células setorizadas são constituídas por ERB com várias antenas diretivas, oferecendo cobertura em toda uma área. A figura a seguir apresenta a ideia da construção de um sistema de telefonia móvel celular com os seus componentes básicos. ERB ERB CCC ERB Figura 29 – Sistema de telefonia celular A ERB está interligada a uma central de comutação e controle (CCC). A CCC conecta a rede de telefonia celular à rede de telefonia fixa comutada. Uma área de cobertura pode ser constituída por uma ou mais células, e, em cada uma delas, há um processo de comunicação com frequências diferentes, porque podem ocorrer ligeiras sobreposições de uma área em outra. Aquelas células mais distantes podem operar na mesma frequência, possibilitando o reúso de frequência. 55 Unidade II A área de uma célula é estabelecida a partir da densidade de tráfego. Desse modo, quando o tráfego é relativamente alto, o tamanho da célula é relativamente baixo e vice-versa. Essa área pode também variar de acordo com o ambiente, não sendo circular (ideal), além de apresentar áreas de sombras, justamente por conta da presença de prédios e outros obstáculos, que podem ser naturais ou não. Quando o assinante está realizando uma chamada e precisa se deslocar entre células adjacentes, afirma-se que houve uma operação de handoff ou handover, que, em tese, é totalmente imperceptível. Observação Ambas as palavras handoff (inglês americano) e handover (inglês britânico) significam passagem. Se o assinante se deslocar para fora de sua área de cobertura em direção à área de cobertura de outra CCC, ocorrerá um roaming. Assim, uma nova posição é transmitida para a CCC de origem, de modo que o assinante (longe de sua área original) receba chamadas em roaming. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre as regulamentações de sistemas de telefonia fixa e celular, acesse o site: www.anatel.gov.br 5.2 Smartphones 5.2.1 Tecnologias em smartphones Quando falamos em smartphones, logo pensamos naquele dispositivo que cabe em nossos bolsos, que possibilita o uso das redes de comunicação móvel celular. Essa visão moderna contrasta um pouco com os primeiros telefones celular, que pesavam mais de 1 quilo, dimensões da ordem de 30 centímetros e com preços absurdamente altos. A empresa Motorola criou o primeiro telefone celular para essa geração, conhecido como DynaTAC. Esses eram os telefones celulares da primeira geração da telefonia móvel celular. Na segunda geração, os telefones celulares ficaram com uma outra cara. Evoluíram para tamanhos, pesos e custos menores. Eles ainda eram monocromáticos e também possibilitavam o envio e recepção de short message service (SMS). Isso era possível graças ao tipo de teclado utilizado nos aparelhos que em suas teclas numéricas continham letras: 56 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA • Número 2: ABC. • Número 3: DEF. • Número 4: GHI. • Número 5: JKL. • Número 6: MNO. • Número 7: PQRS. • Número 8: TUV. • Número 9: WXYZ. Mas foi na terceira geração que surgiram de vez os smartphones com seus sistemas operacionais, com acesso rápido à internet e uma série de aplicativos disponíveis para download e uso. Com grande importância na história e evolução de smartphones, a Apple lança em 2007 o iPhone, seu primeiro smartphone. O iPhone sacudiu o mercado e provocou em seus rivais (HTC, Blackberry, Samsung, entre outros) uma ânsia pelo lançamento de produtos que pudessem fazer frente às inovações trazidas pelo iPhone. Embora com pouco protagonismo nos dias de hoje, a Blackberry e a Motorola viveram momentos áureos no lançamento dos seus telefones celulares. A Blackberry, por exemplo, fazia muito sucesso no mundo corporativo com seus smartphones que enviavam e recebiam e-mail. A Motorola dominou praticamente a primeira e a segunda gerações com os seus telefones celulares starTAC, que agregavam muito valor por meio do seu desempenho e praticidade. 5.2.2 Aplicativos em smartphones É comum afirmamos que os smartphones substituíram uma série de ferramenta que utilizávamos em nosso cotidiano, e não são poucas substituições. Apenas para citar alguns exemplos, temos: despertadores, mapas, espelhos, livros, controle remoto, câmeras fotográficas, rádio, TV, bloco de anotações, vídeo games, scanner, afinador de instrumentos musicais, lanterna, bússola, calculadora etc. Todos esses elementos foram substituídos por algo praticamente igual e melhor que os dispositivos/ ferramentas originais. Os aplicativos – ou simplesmente apps –, baixados diretamente de lojas de fornecedores como Google Play, juntamente com os apps nativos, fornecem diversas funcionalidades. Encontramos aplicações para atender quase todo tipo de necessidade pelos mais variados custos possíveis, sendo em sua grande maioria com custo zero ou próximo a isso. Ao adquirir um smartphone, ele já vem dotado de sistema operacional e diversas aplicações que podem ser executadas pelo usuário. Os outros apps são baixados diretamente nas lojas de fabricantes. 57 Unidade II Um smartphone que contém o sistema operacional Android tem como opção o Google Play para baixar os mais diversos aplicativos disponíveis. A figura a seguir apresenta a tela principal da Google Play. Figura 30 – Google Play Na tela do Google Play, é possível ver os apps já instalados, jogos novos e atualizados, aplicativos recomendados, novidades, produções nacionais, entre outros. Para instalar um aplicativo no smartphone, basta localizá-lo, digitando na barra de pesquisa do Google Play o nome do app e depois proceder com a instalação que ocorre de forma automática, sem muitos problemas para o usuário. Entre as mais diversas aplicações instaladas nos smartphones, é possível citar: acesso a redes sociais (por exemplo: Facebook, Instagram, entre outras); acesso a serviços de streaming e multimídia (por exemplo: Youtube, Netflix, entre outros); serviços de mensagens instantâneas (por exemplo: Whatsapp, Telegram, entre outros). Os modelos de negócios utilizados pelas empresas e pessoas que desenvolvem aplicativos são bem interessantes e, de forma geral, encaixam-se em quatro tipos diferentes: venda direta, publicidade, assinatura e suporte à operação do negócio. No modelo de venda direta, o app é disponibilizado no Google Play e é cobrado um valor por seu download. No modelo de publicidade, o app é disponibilizado gratuitamente no Google Play e empresas terceiras que desejam anunciar na plataforma do sistema remuneram os donos do app. 58 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA No modelo de assinatura, o app é disponibilizado gratuitamente, mas o usuário deve remunerar o dono do app mensalmente pelo consumo da assinatura do serviço. Um bom exemplo é o Spotify, utilizado para ouvir músicas. No modelo que suporta a operação do negócio, encontramos apps disponibilizados gratuitamente e que se comportam como um complemento ao serviço prestado. Por exemplo, os apps de bancos. 6 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES 6.1 Sistemas de informação 6.1.1 Conceitos Para entendermos o que significa sistemas de informação, precisamos conhecer o conceito de sistema. Define-se sistema como um conjunto de elementos interconectados, de modo a formar um todo organizado. Assim, muito mais do que apenas um software, o sistema de informação é um conjunto inter-relacionado de pessoas, hardwares, softwares, redes de computadores e recursos de armazenamento de dados que coletam, transformam e disseminam informações em uma organização. Um sistema de informação é um sistema de computador utilizado em uma empresa, uma entidade, ou seja, por um conjunto de pessoas dentro de uma organização. Entre os principais papéis dos sistemas de informação, é possível mencionar o fornecimento de soluções que dê suporte aos processos utilizados na operação do negócio, nos processos de tomada de decisão e no suporte de estratégias em vista de se alcançar vantagens competitivas. Dessa forma, os sistemas de informação são vistos a partir de três perspectivas distintas: organizacional, tecnológica e humana. Essa tríade segue a ideia da entrega de uma solução em informática que considera processos, pessoas e ferramentas como itens relacionados. A primeira perspectiva é a organizacional. Precisamos compreender que são as organizações que utilizam e precisam dos sistemas de informações para deixar seus processos mais robustos. Não há como desenvolver e implementar um sistema sem considerar a importância do processo que vai utilizá-lo. Observação Um processo é um conjunto de tarefas em vista de um objetivo. A segunda perspectiva, humana, aponta para a importância das pessoas quando pensamos, concebemos ou utilizamos os sistemas de informação. Não precisamos procurar muito e encontramos, ainda nos dias de hoje, sistemas de informação que não consideram o usuário que deve utilizá-lo. 59 Unidade II Como última perspectiva, apontamos a tecnologia, que nos remete ao ferramental adequado que automatiza os sistemas de informação e agrega os recursos de TI: banco de dados, redes de computadores, hardware e software. Os sistemas de informação favorecem o aumento da excelência operacional, melhoria na qualidade no processo de tomada, aprimoramento das relações com clientes e fornecedores, além de cooperar para a sustentabilidade dos negócios. Eles podem fazer a diferença entre tomar uma decisão acertada ou uma decisão com consequências desastrosas. 6.1.2 Classificação Partindo do pressuposto da abrangência, os sistemas de informação podem ser divididos em três tipos: sistemas departamentais, sistemas integrados e sistemas interorganizacionais. Essa classificação pode ser vista na figura a seguir. Sistemas de informações empresariais Quanto à abrangência Departamentais (funcionais) Destinam-se a suprir as demandas de um departamento específico Integrados (ERPs) Integram as informações de todas as áreas de uma organização Interorganizacionais (IOSs) Integram informações de várias empresas Figura 31 – Classificação dos sistemas de informação quanto à abrangência A fim de atender uma determinada área ou departamento, os sistemas departamentais são implementados de forma isolada, atendendo à demanda de processos específicos. Esses sistemas têm seus próprios bancos de dados, que não são compartilhados com outros sistemas. Os sistemas integrados são aqueles que servem diversos departamentos de forma integrada, com um mesmo banco de dados. Eles são conhecidos pelo seu acrônimo entrerprise resource planning (ERP) ou sistemas de planejamento de recursos empresariais. A ideia do ERP é fornecer um acesso totalmente integrado de forma automatizada para os departamentos, por meio de módulos de softwares específicos. Os sistemas interorganizacionais são aqueles utilizados de forma conjunta por mais de uma organização com titularidades e gerências independentes. Quanto ao nível decisório, os sistemas podem ser classificados em: operacional, tático e estratégico. A figura a seguir apresenta essa classificação. 60 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Sistemas de informações empresariais Quanto ao nível decisório Sistemas de processamento de transações (SPTs) Registro dos dados produzidos pela operação Sistemas de informações gerenciais (SIGs) Sistemas de informações estratégicas (SISs) Infomações gerenciais, planejamento e gestão da operação Sistemas de apoio à decisão (SADs) Sistemas de apoio aos executivos (SAEs) Apoio às decisões complexas, simulações, modelagem de problemas Visão estratégica dos negócios, indicadores críticos de desempenho Figura 32 – Classificação dos sistemas de informação quanto ao nível decisório A figura a seguir apresenta a disposição desses sistemas considerando a pirâmide do conhecimento. Conhecimento SAEs SADs Sistemas de apoio aos executivos Alta gestão Sistemas de apoio à decisão Nível estratégico SISs Gerência sênior Informações SIGs SPTs Sistemas de informações gerenciais Gerência intermediária Sistemas de processamento de transações Nível operacional Dados Figura 33 – Pirâmide do conhecimento e os sistemas de informação Lembrete Os sistemas de informação são sustentados pela infraestrutura de tecnologia da informação das organizações. 6.2 Planejamento de recursos empresariais (ERP) 6.2.1 Conceito e histórico As organizações foram percebendo a importância da TI e dos sistemas de informações. Assim, constatou-se a utilização de muitas aplicações com suas próprias bases de dados, sem uma 61 Unidade II integração entre departamentos e setores, de forma que a multiplicidade de sistemas reinasse em uma mesma empresa. Uma tomada de decisão eficiente envolvendo mais do que uma área dentro do ambiente organizacional gerava a necessidade dos mais variados dados relacionados a diversos sistemas de processamento de transação (SPT). Esses dados, em muitas situações, não apresentavam consistência, além de serem imprecisos, resultando em um material inadequado para a tomada de decisão. É nesse contexto de falta de integração entre sistemas que se menciona o conceito de silos organizacionais como entidades isoladas e sem comunicação. Há vários tipos de silos que acabam limitando as tarefas das organizações, o que o impede de atingir seus objetivos de negócio. Por natureza, os silos apresentam-se como verticais, em uma perspectiva totalmente diferente ao atendimento a qualquer cliente, que requer uma visão horizontal. As organizações precisam combater esses silos percebidos na falta de integração tecnológica, a fim de se tornarem mais ágeis, flexíveis, resilientes e eficazes, além de proverem de forma efetiva o relacionamento entre clientes, usuários e outros atores envolvidos nos processos. Nos dias de hoje, não é mais concebível aplicações isoladas. A exigência de interface entre as aplicações para atender uma necessidade de negócios é mandatária, requerendo que uma comunicação, ou seja, uma integração, seja capaz de lidar com diversos desafios. Entre os desafios, é possível citar: redes de comunicações com baixa confiabilidade e lentidões, aplicações desenvolvidas em diferentes formato e linguagens, plataforma que não atendem as necessidades de negócio etc. Tudo isso torna a integração da empresa por meio de um sistema de informação uma tarefa complexa. Diante do contexto exposto, convém dizer ainda que três grandes problemas surgem em consequência da falta de integração. São eles: redundância de dados, retrabalho e falta de integridade de informações. A redundância de dados é verificada quando da existência de diversas bases de dados repetidas, devido a vários processos de negócios operando com os mais diversos sistemas de processamento de transações. Assim, por exemplo, informações que estão nos sistemas da área financeira também se encontram nos sistemas de recursos humanos. O retrabalho é uma consequência direta de processos interligados e sistemas independentes. Dessa forma, a saída de um sistema precisa ser digitada como entrada do outro sistema, gerando o retrabalho e o consumo de uma mão de obra que poderia ser substituída por uma integração eficiente. A falta de integridade de informações surge, a partir da redundância e o retrabalho mencionados, como o problema mais crítico. A sua criticidade reside no desencontro e na inconsistência de informações utilizadas pelos processos de negócios. 62 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA A fim de resolver todos esses problemas, é possível o desenvolvimento dos sistemas integrados de gestão. Esses sistemas trazem diversos benefícios tangíveis e intangíveis. Entre os benefícios tangíveis estão: redução de pessoal, aumento de produtividade, aumento de receitas/lucros e entregas pontuais. Entre os benefícios intangíveis, é possível citar: aprimoramento dos processos, padronização dos processos, flexibilidade e agilidade. Os sistemas integrados de gestão também são conhecidos como sistemas de planejamento de recursos empresariais ou ERP. Os sistemas ERP são um conjunto integrado de programas que gerenciam as operações vitais dos negócios de uma empresa para uma organização global com múltiplas localizações. O ERP é uma solução capaz de gerar uma integração de toda a corporação, com banco de dados único, abrangendo todos os setores e os processos vitais do negócio. Eles se fundamentam a partir de um conjunto de módulos de software integrados e dedicados a cada uma das áreas do ambiente organizacional. A figura a seguir apresenta essa ideia de integração: Finanças e contabilidade Vendas e marketing Dinheiro em caixa Contas a receber Crédito ao cliente Receita Banco de dados centralizado Pedidos Precisões de venda Pedidos de devolução Alterações de preço Recursos humanos Horas trabalhadas Custo do trabalho Requisitos de cada cargo Manufatura e produção Matérias-primas Programações de produção Datas de expedição Capacidade de produção Compras Figura 34 – Arquitetura de um ERP A integração promovida pelos sistemas ERP pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras etc.) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão etc.). Os sistemas ERP começaram a ser utilizados mundialmente no início da década de 1990. No Brasil, as primeiras implementações ocorreram por volta de 1997 e 1998. Em razão do alto valor, eram viáveis apenas para 63 Unidade II grandes corporações e multinacionais. Podemos caracterizar os sistemas ERP como uma evolução do MRP – material requirement planning, cuja principal função é calcular as necessidades de materiais em manufatura, e dos MRP II – material resource planning, que envolvem o planejamento de recursos de manufatura, abrangendo todos os processos de produção (CAIÇARA JUNIOR, 2015, p. 98). O conceito integrativo que cerca o ERP foi desenvolvido pela empresa alemã SAP, quando lançou o seu primeiro produto chamado de R/2 na década de 1990, atualizado para o R/3, dotado de arquitetura mais moderna. 6.2.2 Operação A fim de atender a integração de dados em tempo real, o ERP trabalha com um único banco de dados compartilhado por todos os módulos, conforme perfis de acesso configurados pelo administrador do sistema. O ERP é formado por módulos de software para atender às mais diversas demandas de processamento e de integração de dados e informação em uma organização. Entretanto, a composição de um ERP varia de empresa para empresa, mesmo que sejam do mesmo ramo de negócio porque normalmente demandam funcionalidades e apresentam processos operacionais, administrativos e produtivos diferentes entre si. Os módulos do ERP são agrupamentos de funcionalidades e podem se dividir em dois tipos distintos: • Módulos horizontais: módulos básicos comuns a todos os ramos de negócios. Alguns exemplos seriam os módulos financeiro, de compras, de produção, entre outros. • Módulos verticais: módulos específicos de cada ramo de negócio. Alguns exemplos seriam os módulos de empresas de call center, de empresas de agronegócio, universidades, entre outros. Na implementação de um ERP, é possível que uma corporação comece com a implantação de módulos básicos de vendas, contabilidade e finanças. Quando o sistema e a organização ganham maturidade em seu uso, outros módulos podem ser implantados sem prejuízo para os módulos em operação e sem grandes atropelos para a corporação. 6.3 Sistemas que suportam a tomada de decisão 6.3.1 Decisões: conceitos e tipos Decidir é uma ação à qual pessoas e entidades estão permanentemente submetidas. As decisões podem variar das mais simples, como “que camisa usarei hoje”, às mais complexas, como a de uma grande organização que 64 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA deve optar se compra ou não os ativos de uma outra empresa, com todas as vantagens e dificuldades que isso pode representar. A esse respeito, dois pontos devem ser comentados desde já. O primeiro diz respeito à tendência que muitos executivos têm de confiar cegamente na sua capacidade de decidir com base na experiência ou na intuição, sem levar em conta informações e metodologias que lhes permitam ter muito mais clareza e eficácia naquilo sobre o que decidem. É evidente que, em muitos desses casos, o resultado pode ser adverso, para desagradável surpresa dessas sumidades. O segundo ponto a deixar claro é que nem sempre a melhor decisão conduz ao melhor resultado. Isso decorre de que, muitas vezes, há informações e realidades que não estão disponíveis ao decisor no momento em que faz a sua opção. Ou seja, em geral, influi no resultado de uma decisão o famoso “fator sorte”, que pode agir positiva ou negativamente, e que em última análise, embute os efeitos de diversos fatores desconhecidos, devido às causas ditas aleatórias, impedindo uma tomada de decisão perfeita e isenta de erros. Não se deve, portanto, avaliar a qualidade de uma decisão e do método em que foi baseada apenas em consequência dos seus resultados. Uma coisa, entretanto, se pode afirmar: é muito mais provável que se colham melhores resultados com decisões tomadas com o amparo de técnicas adequadas, em condições favoráveis, do que através daquelas feitas sem esses devidos cuidados (COSTA NETO, 2007, p. 1). Cada nível hierárquico dentro de uma corporação demanda um tipo de decisão diferente, tendo como base os diversos tipos de informação resultante dos sistemas de informação. A figura a seguir mostra os níveis hierárquicos de uma corporação. Nível estratégico Nível tático ou gerencial Nível operacional Figura 35 – Níveis hierárquicos na tomada de decisão Para cada nível hierárquico há um tipo de decisão diferente. Para o nível estratégico (mais alto de gerência) temos as decisões não estruturadas. Para o nível tático, temos as decisões semiestruturadas. Para o nível operacional (mais baixo de gerência), temos as decisões estruturadas. As decisões não estruturadas são normalmente inusitadas, importantes e não rotineiras. A classificação não estruturada quer dizer que os problemas enfrentados ao tomar essa decisão são aqueles em que pouco se conhece sobre suas causas e relações. Por isso, elas são mais comuns aos níveis mais altos de gerência, que é normalmente estratégico. 65 Unidade II Observação O nível estratégico sempre nos remete ao futuro e a questões de longo prazo. As decisões estruturadas são normalmente repetitivas e rotineiras. Elas sempre envolvem procedimentos predefinidos e bem comuns aos níveis mais baixos de gerência. Essas decisões se relacionam à resolução de problemas estruturados, ou seja, aqueles em que se conhecem as causas e efeitos. As decisões semiestruturadas têm características das estruturadas e das não estruturadas, sendo associadas aos níveis táticos. As decisões precisam também ser baseadas em fatos e dados, em vez de palpites ou opiniões subjetivas sem qualquer embasamento técnico. No processo de tomada de decisão, é importante transformar os dados em informações, bem como as informações em conhecimento. É justamente daí que nasce a necessidade dos sistemas que suportam as decisões: para tomar as melhores decisões, resolver problemas e ajudar as corporações a atingir os seus objetivos. O desempenho desses sistemas depende da qualidade das decisões e da complexidade dos problemas. Os sistemas de apoio à decisão são ferramentas fundamentais para a evolução do processo de tomada de decisão dentro dessa nova realidade empresarial, pois as atividades empresariais e necessidades dos clientes estão em constante mutação, o que torna as decisões um fator de suma importância. Os sistemas de suporte à decisão podem se dividir em dois tipos: • Sistema de informação gerencial (SIG): conjunto integrado de pessoas, procedimentos, bancos de dados e dispositivos que fornece aos gerentes e aos tomadores de decisão informações que ajudam a alcançar os objetivos organizacionais. É projetado para problemas estruturados. • Sistema de apoio à decisão (SAD): é semelhante ao SIG, mas é projetado para decisões não estruturadas. 6.3.2 Processo de tomada de decisão A tomada de decisão não é algo fácil, é um processo efetuado de modo racional, em que devem ser utilizadas técnicas, por meio das quais atingem-se os objetivos organizacionais. Alguns fatores devem ser considerados para que as decisões sejam tomadas com alto grau de qualidade. Por isso, Costa Neto (2007) estabelece que as decisões precisam ser tomadas racionalmente, como fruto de um cuidadoso processo de reflexão, baseadas na experiência e em indicadores, visando o futuro, sem deixarem de ser criativas e inovadoras. 66 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA A presteza na tomada de decisão é fundamental no dia a dia de um empreendedor devido a toda incerteza associada aos cenários com que se deparam. Por isso, o processo de tomada de decisão e resolução de problemas deve acontecer em cinco fases: • Primeira (inteligência): descobrir, identificar e entender os problemas (organizacionais, tecnológicos e humanos) que estão ocorrendo na organização. • Segunda (projeto): identificar e investigar várias soluções possíveis para o problema. • Terceira (escolha): escolher uma das alternativas de solução. • Quarta (implementação): fazer a alternativa escolhida funcionar. • Quinta (monitoração): monitorar a solução escolhida. A figura a seguir apresenta a ideia desse processo. Inteligência Tomada de decisão Projeto Escolha Solução do problema Implantação Monitoração Figura 36 – Processos de tomada de decisão 67 Unidade II 6.3.3 Sistemas de informação gerencial (SIG) O propósito principal do sistema de informação gerencial é auxiliar uma organização a alcançar seus objetivos, fornecendo aos gestores uma percepção detalhada das operações regulares da organização para que possam controlar, organizar e planejar de forma eficaz (STAIR; REYNOLDS, 2011). Os SIG representam um grande apoio à gestão empresarial, assistindo ao processo de tomada de decisão tática. É comum alguns autores se referirem aos sistemas de informação gerencial pelo seu acrônimo em inglês management information system (MIS), de forma a ser possível utilizar de forma indiscriminada SIG ou MIS para expressar o mesmo tipo de sistema. A figura a seguir mostra ideia geral do papel dos SIGs, além do seu fluxo de informações em uma organização. Fornecedores e outros interessados Extranet corporativa Funcionários Banco de dados internos corporativos Intranet corporativa Banco de dados externos Sistemas de apoio à decisão Cadeia de fornecimento e transações empresariais Sistemas ERP e TPS Banco de dados operacional Bancos de dados com transações válidas Inserções e listas de erros Sistemas de informação Banco de dados de aplicativos Sistemas de apoio às informações executivas Sistemas de informações especializadas Relatórios detalhados Relatório de exceções Relatórios solicitados Relatório sobre os indicadores-chave Relatórios agendados Figura 37 – Sistema de informação gerencial As informações utilizadas e geradas pelo SIG para a tomada de decisão da organização são estruturadas com base nas informações recebidas da operação e alinhadas à estratégia empresarial. Os dados e as transações do nível operacional são processados e se transformam em informações gerenciais e/ou táticas, que serão utilizadas principalmente pela alta direção. 68 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Esses sistemas utilizam dados sintetizados ou de forma agrupada das funções empresariais da organização e dos setores ou departamentos da organização, estando em sinergia com as demais unidades de negócio caso a organização tenha filiais ou departamentos separados que trabalhem de forma individualizada. É comum afirmar que os SIGs auxiliam a média gerencial por justamente estarem no nível tático, entre o estratégico e o operacional, trazendo assim o suporte para tomada de decisão estruturada. Sendo a decisão estruturada para problemas estruturados. Esse suporte ocorre a partir de relatórios gerados que mostram o desempenho da empresa nas mais diversas áreas ou setores, a fim de se controlar e monitorar melhor a performance da operação do negócio como um todo, atuando de maneira proativa. Os SIGs se interligam aos sistemas que trabalham no nível de operação (um sistema de processamento de transações, por exemplo) ou diretamente ligado ao ERP. As saídas dos sistemas que se situam na camada de operação são entradas utilizadas pelos SIG, que podem possuir um banco de dados próprio. Para a entrada, os SIGs também se utilizam de fontes externas de informações, incluindo clientes, fornecedores, concorrentes e acionistas, além de outros dados que não são entregues pelos sistemas de processamento de transações e o ERP. Como saídas, os SIGs geram um conjunto de relatórios para os gestores. Observação Mas se o gerente precisa de uma informação, por que não extraí-la diretamente do sistema de processo de transações ou do ERP? O problema é que os relatórios fornecidos por esses sistemas apresentam informações necessárias e desnecessárias, prolongando a tomada de decisão. Entre os principais benefícios dos sistemas de informação gerencial, é possível citar: • Relatórios que proporcionam à organização uma análise de suas forças e fraquezas a partir da análise dos seus recursos, identificando aspectos que podem ajudar a empresa a melhorar seus processos de negócios e operações. • Disponibilidade dos dados do cliente e feedback, auxiliando a empresa a alinhar seus processos de negócio de acordo com as necessidades dos clientes. • Eficácia e eficiência na gestão de dados, contribuindo com o trabalho de diversas áreas da estrutura organizacional. • Velocidade na tomada de decisão tática, contribuindo na boa definição das ações operacionais e suportando as estratégias de negócios. 69 Unidade II Os relatórios produzidos pelos SIG podem ser classificados em: • Programados: produzidos em uma periodicidade diária, semanal ou mensalmente. • Indicadores-chaves: resumem as tarefas fundamentais do dia anterior e disponíveis no início de cada dia de trabalho. • Sob demanda: criados para o fornecimento de informações requisitadas. • De exceção: automaticamente gerados ao ocorrer uma situação incomum ou se requerer uma ação de gestão. • Detalhado: gerados para detalhar situações particulares. 6.3.4 Sistemas de apoio à decisão (SAD) Embora seja um pouco parecido com os sistemas de informação gerencial (SIG), os sistemas de apoio à decisão (SAD) suportam decisões estratégicas de negócio, contribuindo para a solução de problemas não estruturados e não rotineiros, ou seja, aqueles em que não se conhece bem os relacionamentos e as consequências. As entradas utilizadas nesses sistemas são provenientes de sistemas de informação gerencial e de sistemas de processamento de transações, além de dados e informações oriundas do ambiente externo da organização, combinando assim fatores endógenos e exógenos ao negócio. Os SADs atuam na resolução de problemas únicos e que sofrem alterações rápidas. Esses problemas não têm uma solução pré-concebida, sendo justamente esse o motivo de sua utilização. De forma geral, para cumprir o seu papel, os SADs precisam de regras de negócio e funções bem definidas no processo de tomada de decisão, além de necessitarem de contextos adequados para as decisões específicas. O SAD opera com uma base de conhecimento também chamada base de modelos, que contém informações, subprogramas administrativos e sistemas geradores de relatórios. 7 PLANILHAS ELETRÔNICAS 7.1 Conceitos 7.1.1 Introdução ao Excel 2016 O Microsoft Excel é um dos programas mais conhecidos de grande parte dos usuários de tecnologias da informação. Esse aplicativo deve ser utilizado para criar e gerenciar planilhas eletrônicas em formato matricial composto por células organizadas em linhas e colunas. O Excel é um poderoso aplicativo que permite armazenar diversos dados, manipulá-los, criar gráficos, fazer tratamento estatísticos, entre uma série de outras tarefas que podem ser executadas nas mais diversas áreas do ambiente organizacional. 70 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA A versão 2016 é destinada a computadores pessoais e pode ser instalada separadamente ou no pacote de aplicativos conhecido como Pacote Office 365 da Microsoft, vendido como um serviço de assinatura alojado na nuvem. Há também a possibilidade de obtenção de licença vitalícia. Observação Os outros integrantes básicos do pacote office são: Microsoft Word, Microsoft Power Point, Microsoft Outlook e o One Note. O Excel pode ser utilizado também em plataformas MAC (de propriedade da Apple) e também há uma versão mobile disponível para uso em smartphone com plataformas Android ou iOS. Observação As pastas de trabalho do Excel são salvas no formato .xlsx e podem utilizar planilhas das versões anteriores entre a de 2007 e a de 2016. As versões anteriores a 2007 não são compatíveis com o Excel 2016. Para abrir a aplicação Excel 2016, o usuário pode localizar o programa diretamente no botão Iniciar da barra de tarefas, clicar em todos os programas e procurar o Excel 2016 ou simplesmente digitar o nome do programa na opção de pesquisa próximo ao botão Iniciar, conforme pode ser visto na figura a seguir. Figura 38 – Abertura do Microsoft Excel 71 Unidade II Ao abrir o programa, será colocado à disposição do usuário uma série de modelos internos de ferramentas e recursos pré-formatados utilizando o Excel. A figura a seguir apresenta algumas opções disponíveis. Figura 39 – Opções do Excel Para fins didáticos, neste material será mantido o foco na planilha em branco. Dessa forma, ao selecionar a pasta de trabalho em branco, o usuário terá à disposição uma pasta contendo diversas planilhas em branco que podem ser vistas na figura a seguir. Figura 40 – Planilha Excel 72 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA É possível modificar os nomes das planilhas de trabalho do Excel conforme o usuário desejar. Essas planilhas funcionam como uma subdivisão da pasta de trabalho na barra de guias. Figura 41 – Subdivisão de pastas 7.1.2 Utilizando o Excel A figura a seguir apresenta uma visão geral de uma planilha em branco do Excel e as suas ferramentas. Barra de ferramentas de acesso rápido Barra de fórmulas Faixa de opções Cabeçalho de colunas Cabeçalho das linhas Barra de status Barra de rolagem Barra de zoom Figura 42 – Ferramentas do Excel O primeiro componente a ser compreendido é a faixa de opções. É por meio dela que o usuário executará uma série de comandos, tais como inserir, editar, formatar dados, entre outros. Esses comandos são agrupados por semelhança em guias dedicadas a tarefas específicas. Assim, a faixa de opções é composta pelas seguintes opções: • Guias: abas que organizam os grupos e comandos. • Grupos: conjunto de comandos organizados de forma lógica. • Comandos: botão, caixa ou menu que produz alterações no documento ou programa. 73 Unidade II A figura a seguir apresenta a faixa de comandos, em que aparecem guias e grupos. Guias Comando Grupo Figura 43 – Faixa de comandos As principais guias do Excel 2016 são: “Página Inicial”, “Inserir”, “Layout de Página”, “Fórmulas”, “Dados”, “Revisão”, “Exibir”. A guia “Página Inicial” tem a finalidade de promover a formatação e edição do conteúdo das planilhas. A figura a seguir mostra a guia “Página Inicial”. Figura 44 – Guia “Página Inicial” A guia “Inserir” apresenta todos os elementos que podem ser inseridos na planilha, entre eles as tabelas, gráficos, figuras e ilustrações. A figura a seguir apresenta essa guia. 74 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Figura 45 – Guia “Inserir” A guia “Layout de Página” disponibiliza ferramentas que auxiliam na configuração de propriedades de páginas, temas, cores, opções de impressão, entre outros. A figura a seguir apresenta a guia “Layout de Página”. Figura 46 – Guia “Layout de Página” A guia “Fórmulas” apresenta a possibilidade do uso de fórmulas, exibidas por categoria. A figura a seguir apresenta essa guia. Figura 47 – Guia “Fórmulas” 75 Unidade II A guia “Dados” suporta comandos com a finalidade de manipular dados internos com fontes externas, filtros e conexões. A figura a seguir apresenta essa guia. Figura 48 – Guia “Dados” A guia “Revisão” permite executar tarefas relacionadas à revisão de texto, tradução de idiomas, além de inserir comentários e alterar a pasta trabalho. A figura a seguir apresenta essa guia. Figura 49 – Guia “Revisão” A guia “Exibir” auxilia o usuário na alteração do modo de exibição da planilha, modificação de zoom, organização de janelas e criação de macros. A figura a seguir apresenta essa guia. Figura 50 – Guia “Exibir” 76 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Outra guia importante é guia de arquivo, presente nos aplicativos da Microsoft desde as versões 2010. Por ela é possível criar novos trabalhos, abrir planilhas recentemente utilizadas, além de imprimir, compartilhar, entre outros. A figura a seguir apresenta detalhes dessa guia. Figura 51 – Guia “Arquivo” É possível acessar as guias por meio da tecla de atalho <alt> e depois a tecla correspondente à guia desejada, conforme o quadro a seguir. Quadro 3 Guia Tecla correspondente Arquivo A Página Inicial C Inserir T Layout de Página P Fórmulas U Dados S Revisão V Exibir K 77 Unidade II 7.1.3 Demais componentes A “Barra de Ferramentas de Acesso Rápido” opera de forma independente da guia que o usuário selecionou. Entre as opções disponíveis na barra ferramentas, é possível citar: botão Salvar, botão Desfazer, botão Refazer etc. A barra pode ser personalizada e conter novos itens que podem ser colocados ou retirados conforme a necessidade do usuário. Para isso, é necessário clicar no botão Personalizar, conforme indicado na figura a seguir, e selecionar as opções desejadas. Botão Personalizar Figura 52 – “Barra de Ferramentas de Acesso Personalizada” A barra “Título” situa-se na parte superior do programa e apresenta os seguintes componentes: “Barra de Ferramentas de Acesso Rápido”, “Nome do arquivo”, botão Entrar, “Opções de Exibição da Faixa de Opções”, “Minimizar”, “Maximizar” e “Fechar”. Os outros componentes do Excel são: caixa “Nome”, “Barra de fórmulas”, “Células”, “Guias de Planilha”, “Barra de rolagem”, “Barra de status” e “Barra de zoom”. A caixa de nome apresenta a descrição da célula selecionada. No caso de seleção de mais de uma célula, a caixa de nome apresenta o intervalo de seleção. A barra de fórmulas fica praticamente ao lado da caixa de nome e abaixo da faixa de opções. A figura a seguir apresenta a barra de fórmulas e a caixa de nome. 78 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Barra de fórmulas Caixa de nome Figura 53 – Barra de fórmulas e caixa de nomes As barras de rolagem, de status e de zoom situam-se na parte inferior da planilha. Elas servem respectivamente para rolar a visualização dos dados, exibir informações referentes às células selecionadas e alterar o tamanho de exibição da planilha. A figura a seguir apresenta cada uma dessas barras mencionadas. Barra de rolagem Barra de status Barra de zoom Figura 54 – Barras de rolagem, status e zoom 7.2 Utilização do Excel 7.2.1 Básico Em apenas uma planilha do Excel salva no formato .xls é possível encontrar 16.777.216 células, 65.536 linhas e 256 colunas. Caso seja no formato .xlsx a capacidade aumenta consideravelmente e chega a 17.179.189.184 células, 1.048.576 linhas e 16.384 colunas. 79 Unidade II A fim de melhorar a utilização de uma planilha, é necessário que o usuário algumas vezes insira células, colunas ou linhas. Para executar esse processo, selecionar a célula – ou linha ou coluna – e depois clicar com o botão direito do mouse e fazer a inserção, conforme a necessidade. Outro caminho adequado é o uso do botão Inserir situado no grupo “Células”, dentro da guia “Página Inicial”, conforme descrito na figura a seguir. Figura 55 – Inserções A formatação de células pode ser executada a partir da guia “Página Inicial”, por meio de diversos botões, tais como: “Fonte”, “Tamanho de fonte”, “Opções de alinhamento”, “Formato de número”, “Estilos de células e tabelas”, “Negrito”, “Itálico”, “Sublinhado”, “Bordas”, “Cor de preenchimento”, “Cor da fonte”. A figura a seguir mostra as opções da guia “Página Inicial” que auxiliam no processo de formatação de células. Figura 56 – Opções da guia “Página Inicial” 80 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Para inserir dados em uma célula, o usuário poderá digitar o valor diretamente na célula ou na barra de fórmulas, sendo possível o preenchimento de uma sequência de células em ordem crescente. Para criar essa sequência, por exemplo, em ordem crescente, o usuário deverá selecionar as células já preenchidas e arrastar o mouse a partir de um sinal em forma de cruz exibido na alça de preenchimento. A figura a seguir denota esse processo de preenchimento. Caso seja selecionada apenas uma célula, essa operação resulta na cópia do conteúdo da célula sem a adição. Figura 57 – Preenchimento de células Para copiar, recortar e colar dados de uma célula para outra, o usuário poderá utilizar as teclas de atalho, respectivamente Ctrl+C, Ctrl+X e Ctrl+V. A exclusão de uma célula deve ocorrer pelo grupo de comando “Células” contido na guia “Página Inicial” ou apenas selecionando a célula e utilizando o botão direito do mouse. Finalizada a modificação de células, linhas e colunas, o usuário poderá promover ajustes em seu tamanho, por meio do botão formatar no grupo “Células” e na guia “Página Inicial”, ou utilizando o botão direito do mouse. 81 Unidade II Figura 58 – Formatando altura da célula Existem diversas operações que podem ser executadas nas planilhas. Entre elas: “Inserir”, “Renomear”, “Mover”, “Copiar”, “Excluir” e “Ocultar”. Para inserir uma planilha, o usuário poderá acessar a guia “Página Inicial” e no grupo de botões de células, escolher a opção “Inserir Planilha”, conforme a figura a seguir. Figura 59 – Inserção de planilhas Outra forma de inserir uma planilha é por meio da tecla de atalho Shift+F11. Ao aproximar o cursor do mouse na opção de “Inserir Planilha” é apresentado ao usuário a tecla de atalho. 82 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Mais uma forma de inserir planilhas, é clicando simplesmente em “Nova planilha”, localizadoa na parte inferior à direita do nome da planilha, conforme pode ser visto na figura a seguir. Figura 60 – Inserção de planilhas por meio da tecla de atalho Para renomear a planilha, basta proceder com duplo click na guia da planilha na parte inferior da pasta ou clicar com o botão direito do mouse sobre a guia da planilha e efetuar a alteração. A figura a seguir mostra essa alteração. Figura 61 – Renomeando planilhas Na verdade, todas as outras atividades de selecionar, mover e excluir são executadas por meio do botão direito do mouse, que abre uma série de opções, tais como: “Proteger Planilha”, “Cor da Guia”, “Ocultar”, “Reexibir”, “Selecionar Todas as Planilhas”. Além das tarefas executas pela guia de planilhas, é possível fazer outras configurações importantes nas planilhas. Uma delas é a de congelar painéis, muito útil quando se tem muitos dados. O congelamento de painéis pode ser executado de três formas: congelamento de linhas e colunas, congelamento de linha superior e congelamento de primeira coluna. Para utilizar esse recurso, o usuário precisa acessar a guia “Exibir” e o grupo de comandos “Janela”, onde encontrará as três opções de congelamento, conforme pode ser visto na figura a seguir. 83 Unidade II Figura 62 – Congelamento de painéis 7.2.2 Intermediário Conhecer a manipulação de dados e de células no Excel é importante para o uso eficiente da ferramenta. Por isso é necessário aprender a configurar adequadamente números, textos, filtros, fontes e etc. Como grande de parte dos dados da planilha são numéricos, convém entender como eles devem ser formatados. Esses números podem representar valores em moeda, data, hora, porcentagem, fração etc. Todas essas formatações são encontradas na guia “Página Inicial” e no grupo de comandos “Número”, conforme pode ser visto na figura a seguir. Figura 63 – Formatação do “Número” 84 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Assim, é possível configurar uma célula para apresentar um dado conforme a classificação numérica desejada pelo usuário. Qualquer mudança nessa configuração pode ser feita com o uso do botão direito do mouse e a escolha da opção “Número”, conforme pode ser visto na figura a seguir. Figura 64 – Formatação de células A fim de organizar melhor a planilha, é possível classificar linhas e colunas. Para isso, o usuário precisa acessar a guia “Dados” e o grupo de comandos “Classificar” e “Filtro”, conforme pode ser visto na figura a seguir. 85 Unidade II Figura 65 – Formatação de filtro A classificação pode ser feita de A a Z, Z a A, menor para maior, maior para menor. Existem opções de alinhamento de células que tratam de recuo de conteúdo, alteração e orientação de conteúdo, quebra de texto, entre outros. Essas opções estão disponíveis na guia “Página Inicial” no grupo de comandos de alinhamento, conforme pode ser visto na figura a seguir. Figura 66 – Formatação de alinhamento Interessante opção das formatações de alinhamento é a de mesclar células. Esse recurso auxilia o usuário a combinar mais de uma célula em apenas uma. Para mesclar células, o usuário precisa selecionar as células e clicar no botão “Mesclar Células”. 86 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Figura 67 – Mesclagem de células Observe que a frase “O Brasil é o país do futebol” está inserida em apenas uma célula e em três células mescladas. É possível também proteger células em uma planilha para coibir alterações indevidas por parte de usuários não autorizados. Para proteger células, selecionar a célula a ser protegida e, na guia “Página Inicial”, grupo de comandos “Célula”, clicar no botão “Formatar” e logo depois em “Proteger Planilha”. Figura 68 – Proteção de células Em seguida, será aberta uma caixa de diálogo para preencher a senha e marcar as opções de proteção necessárias para o usuário. 87 Unidade II Outro recurso muito utilizado é a inserção de comentário, anotações anexadas das células e visíveis cada vez que o usuário aproxima o mouse. Para adicionar um comentário, clicar primeiro na célula e depois na guia “Revisão” e escolher o comando “Novo Comentário”. A figura a seguir apresenta esse processo. Figura 69 – Inserção de comentários Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre dados e planilhas, leia os capítulos 4 e 5 do livro: PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. 7.2.3 Fórmulas As fórmulas são elementos fundamentais que aumentam a qualidade do uso de planilhas eletrônicas. Esse recurso fornece uma série de equações que auxiliam o usuário a executar cálculos, incluindo uma série funções. Observação Qualquer operação desejada deve ser precedida do sinal = 88 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Praticamente todas as fórmulas têm uma anatomia bem definida com os seguintes elementos: funções, referências, operadores e constantes. Observe o exemplo a seguir: =MEDIA (A1:D1) – 50 Nesse caso em particular, temos a função que é a média. As referências são as células A1 e D1. O operador é o sinal de (-) utilizado na subtração do exemplo. Existem alguns estilos de referências-padrão que ajudam a construir as fórmulas. Esses estilos não geram cálculos, apenas referenciam células, linhas e colunas. O quadro a seguir apresenta esses estilos. Quadro 4 – Estilos Referência Utilização A célula na coluna H e linha 10 H10 O intervalo de célula na coluna G e linha 1 a 30 G1:G30 O intervalo de células na linha 7 e coluna A até I A7:I7 Todas as células na linha 1 1:1 Todas as células na linha 1 a 3 1:3 Todas as células da coluna J J:J Todas as células nas colunas D e E D:E O intervalo de células nas colunas A até F e linhas 6 a 8 A6:F8 Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 133). Além dos estilos de referência, tem-se os operadores como peças fundamentais na construção de fórmulas. Eles determinam o tipo de cálculo a ser feito, podendo ser do tipo: aritmético, comparação, concatenação de texto e referência. Os operadores aritméticos calculam operações matemáticas, tais como adição, subtração, multiplicação, divisão, porcentagem e exponenciação. O quadro a seguir apresenta esses operadores. Quadro 5 – Operadores aritméticos Operador Significado Exemplo + Adição 1+1 - Subtração 2-1 * Multiplicação 2*2 / Divisão 6/3 % Porcentagem 20% ^ Exponenciação 9^2 Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 134). 89 Unidade II Os operadores de comparação relacionam (comparam) dois valores lógicos e retornam verdadeiro ou falso. O quadro a seguir apresenta esses operadores. Quadro 6 – Operadores de comparação Operador Significado Exemplo = Igual a X=Y > Maior que X>Y < Menor que X<Y >= Maior ou igual que X>=Y <= Menor ou igual que X<=Y <> Diferente de X<>Y Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 134). O operador de concatenação é utilizado para ligar uma ou mais sequências de caracteres e gerar um único texto. O caractere utilizado por esse operador é o “&”, conhecido como “e comercial”. Um exemplo pode ser visto na figura a seguir. Figura 70 – Operador de concatenação Os operadores de referência servem para a combinação de intervalos de células e cálculos. O quadro a seguir apresenta esses operadores. Quadro 7 – Operadores de referência Operador Significado Exemplo : Operador de intervalor, que produz uma referência a todas as células entre duas referências, incluindo-as. A1:A10 ; Operador de união capaz de combinar diversas referências em uma. MÉDIA(A1;A10;B1;B10) Espaço Operador de intersecção, que produz uma referência nas células comuns a duas referências. A1:A5 A2:A6 Fonte: Perez e Andrade (2016, p. 135). 90 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Para a criação de fórmulas, é necessário primeiro clicar sobre a célula em que se deseja criar a fórmula, depois digitar o sinal de igual (=) e digitar a fórmula seguida da tecla <enter>.A figura a seguir apresenta um exemplo. Figura 71 – Criação de fórmulas Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre fórmulas, leia o capítulo 6 do livro: PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. 7.2.4 Funções Segundo Perez e Andrade (2016, p. 151): “funções são fórmulas predefinidas utilizadas para cálculos por meio de valores específicos, chamados argumentos, obedecendo a uma determinada ordem ou estrutura”. A estrutura de uma função é praticamente igual à de uma fórmula e um detalhe especial se volta para os seus argumentos, conhecidos como argumentos da função. Por exemplo, a função “Soma” é utilizada para calcular as somas dos argumentos descritos nos parênteses. Para inserir uma função, o usuário deve clicar na célula em que se deseja estabelecer a função e procurar a fórmula na biblioteca de funções na guia “Fórmulas”, conforme descrito na figura a seguir. 91 Unidade II Figura 72 – Opção de fórmulas e funções O usuário poderá procurar a função nas categorias situadas na biblioteca ou clicar em “Inserir Função” e buscar a função desejada. Nessa biblioteca, também é possível encontrar funções recentemente utilizadas pelo usuário. Dentre as categorias interessantes, encontram-se as de autosoma, financeira, lógica, texto, data/hora, pesquisa/referência, matemática/trigonométrica, entre outras. Uma ênfase especial se dá às funções financeiras que podem ser vistas na figura a seguir. Figura 73 – Funções financeiras 92 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA A primeira função financeira notável é a função VP, que retorna o cálculo do valor presente de um investimento. A anatomia dessa função é: =VP(taxa; Nper; [VF]; [Tipo]). Os argumentos dessa função são os seguintes: • Taxa: taxa de juros do período. • Nper: total de períodos de pagamento em uma anuidade. • Pgto: pagamento realizado em cada período. • VF: valor futuro, também conhecido como saldo, sendo o valor desejado após o último pagamento. • Tipo: argumento opcional que caso seja zero (0) ou estiver omitido (1), o pagamento será no início do período. A segunda função financeira importante é o VF, que retorna o valor futuro de um investimento relacionado a pagamentos periódicos e constantes com taxa de juros constante. A anatomia dessa função é: =VF(taxa; Nper; [VP]; [Tipo]). Os argumentos dessa função são: • Taxa: taxa de juros aplicada ao período. • Nper: número total de períodos em meses, quinzenas, trimestres etc. • Prazo: pagamento realizado em cada período. • VP: valor presente ou valor total que corresponde a uma série de pagamentos futuros. • Tipo: argumento opcional que caso seja zero (0) indica o pagamento no final do período e caso seja um (1), no início do período. As funções lógicas também são de grande importância por auxiliarem na manipulação de dados. A figura a seguir apresenta essas funções. 93 Unidade II Figura 74 – Funções lógicas A função SE retorna um determinado valor se a condição especificada for validada como verdadeira e retorna outro valor caso seja falsa. A figura a seguir mostra a função SE. Figura 75 – Função SE 94 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Os parâmetros utilizados na função SE são: • Teste_lógico: quaisquer valores ou expressões que possam ser avaliados como verdadeiros e falsos. • Valor_se_verdadeiro: valor desejado caso o teste_lógico seja verdadeiro. • Valor_se_falso: valor desejado caso o teste_lógico seja falso. A função OU é aquela que retorna verdadeira quando quaisquer dos argumentos forem verdadeiros. A figura a seguir apresenta essa função. Figura 76 – Função OU A sintaxe da função OU possui apenas os parâmetros lógico, de lógico1, lógico2 até lógicon. A função E é similar à função OU. A diferença reside no retorno de verdadeiro somente quando todos os parâmetros lógicos forem verdadeiros. A figura a seguir apresenta a função E. 95 Unidade II Figura 77 – Função E Existem algumas funções conhecidas como funções de texto, chamadas dessa forma pelo fato de viabilizarem o trabalho com textos na planilha. São elas: • Função maiúscula: converte o texto de uma célula para um texto formado apenas por letras maiúsculas. • Função minúscula: converte o texto de uma célula para um texto formado apenas por letras minúsculas. • Função agora: retornam a data e a hora atual do sistema. • Função hoje: retornam o número da data atual. A figura a seguir apresenta a relação de funções de texto: 96 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Figura 78 – Função de texto Existem diversas outras funções que no uso avançado do Microsoft Excel oferecem diversas funcionalidades. Exemplo de aplicação Tente construir uma planilha com seus gastos e suas receitas/rendas e não se esqueça de enriquecê-la com fórmulas e funções. 8 TENDÊNCIAS EM TI 8.1 Tendências em aplicativos 8.1.1 Redes sociais As redes sociais são grupos de pessoas formados em uma mesma estrutura que possibilita a troca de interesses e informações. Elas surgiram por volta da década de 1990 com grande sucesso e destaque para as redes Classmates e ICQ, e hoje alcançam praticamente todos os usuários da internet através de conhecidas plataformas como Facebook, LinkedIn, Twitter, Google+, Instagram etc. 97 Unidade II Com grande penetração em praticamente todos os tipos de públicos, as redes sociais se apresentam como verdadeiras oportunidades para alavancar negócios, agregar valor a produtos por meio de propagandas e até mesmo fornecer informações para as empresas conhecerem melhor o perfil dos consumidores. Elas também têm contribuído muito para as discussões na sociedade e para o desencadeamento de processos de mobilização de massa, além de favorecer a criação de vínculos e amizade entre as pessoas. Não obstante, é importante dizer que mesmo com grandes benefícios oferecidos, o uso das redes sociais infelizmente tem cooperado para criação de ambientes, que podem ser considerados estranhos ao convívio humano. Infelizmente, sua utilização está associada algumas vezes a manifestações racistas, brigas ideológicas sem sentido e às vezes até irracionais. Entre as redes sociais, uma das mais conhecidas é o Instagram. A ideia dele é prover o compartilhamento de fotos e vídeos dos seus usuários. Esse compartilhamento inclusive pode ser feito para outras redes sociais, como o Facebook, por exemplo. O Instagram foi criado em 2010 e em 2012 foi adquirido pelo Facebook por mais de 1 bilhão de dólares. O Instagram também está disponível em plataformas de smartphone. Figura 79 – Tela inicial do Instagram O Facebook é uma outra rede social que surgiu em 2004 e durante muitos anos foi a principal e imbatível em número de acessos. Ele foi fundado por Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes. Sua história ficou bem conhecida no Brasil, ainda mais pelo fato de um de seus fundadores, Eduardo Saverin, ser brasileiro e por causa do filme A rede social, lançado em 2010. A sua aplicação pode ser baixada em celulares ou utilizada por meio do seu website de forma gratuita, em que os usuários criam seus perfis e compartilham imagens, vídeos, textos, além de terem acesso a propagandas e informações sobre produtos, sendo esse último a principal fonte de receitas do Facebook. 98 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Figura 80 – Tela inicial do Facebook Saiba mais Para conhecer mais sobre a história do Facebook, assista ao filme: A REDE Social. Direção: David Fincher. EUA: Columbia Pictures, 2010. 120 min. Outra interessante rede social é o LinkedIn, que foi lançada em 2003 como uma rede de relacionamentos mais voltada para área de negócios e para o ambiente empresarial. Nesse campo, é a mais utilizada, inclusive no Brasil, e foi adquirida pela Microsoft em 2016. A ideia do LinkedIn é favorecer a relação entre profissionais, oferta de mão de obra e de vagas de trabalho, fornecimento de histórico profissional, entre outros. Figura 81 – Tela inicial do LinkedIn 99 Unidade II 8.1.2 Nuvem As aplicações na nuvem são possíveis graças a uma tecnologia conhecida como computação nas nuvens ou clould computing. A computação nas nuvens é a tecnologia que permite o compartilhamento de capacidades de armazenamento, cálculos e aplicativos centralizados que podem ser acessados por qualquer computador com acesso à internet. Ou seja, a ideia é não ter mais armazenado arquivos no computador ou smartphone, mas em servidores na internet. Essa ideia já é muito utilizada hoje em dia. Um bom exemplo é o Google Drive, que possibilita o armazenamento de arquivos diretamente nos servidores do Google. A ideia desse modelo é ter um serviço de armazenamento em nuvem (na internet). Figura 82 – Google Drive Tem se popularizado bastante a ideia de aplicações em nuvem e podemos recorrer ao Google Docs como exemplo. Lá, é possível encontrar planilhas eletrônicas, editores de texto, slides e formulários. O mais interessante é que, como os arquivos são salvos na nuvem, o ambiente de trabalho com esses documentos pode ser compartilhado e os documentos alterados ao mesmo tempo por mais de um usuário. Por exemplo, dois usuários podem trabalhar com a mesma planilha e alterá-la ao mesmo tempo estando em lugares diferentes. 100 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Figura 83 – Google Docs 8.2 Tendências em infraestrutura 8.2.1 Inteligência artificial O termo inteligência artificial é utilizado para se referir a sistemas computacionais capazes de simular as funções de um cérebro humano e os comportamentos e padrões humanos. Os sistemas de inteligência artificial são o conjunto de pessoas, procedimentos, hardwares, softwares, dados e conhecimentos necessários para desenvolver sistemas computacionais e máquinas que demonstram características inteligentes. As principais características do comportamento inteligente que os sistemas de inteligência artificial tentam reproduzir com muitas dificuldades são: • aprender com a experiência e aplicar conhecimentos adquiridos pela experiência; • lidar e resolver situações complexas; • resolver problemas, mesmo que faltem informações; • determinar o que é importante; • reagir rápida e corretamente diante de novas situações; 101 Unidade II • entender imagens; • interpretar e manipular símbolos; • ser criativo e imaginativo. Observação É necessária a modelagem do conhecimento humano de modo que se possa representá-lo por meio de sistemas computacionais. O quadro a seguir mostra uma comparação entre a inteligência natural (humana) e a inteligência artificial (sistemas computacionais). Quadro 8 – Comparação entre as inteligências natural e artificial Capacidades Inteligência natural Baixa Inteligência artificial Alta Baixa Alta Usar sensores X X Ser criativo e imaginativo X X Aprender com a experiência X X Adaptar-se a novas situações X X Arcar com o custo de adquirir informação X X Adquirir um grande volume de informações externas X X Usar uma variedade de fontes de informações X X Fazer cálculos complexos e rápidos X X Transferir informações X X Fazer cálculos rapidamente e com precisão X X Fonte: Stair e Reynolds (2011, p. 420). A inteligência artificial envolve diversas especialidades, sendo por isso multidisciplinar. Os principais ramos da inteligência artificial são: robótica, sistemas de visão, processamento da linguagem natural, reconhecimento de voz, sistemas de aprendizagem, sistemas de lógica difusa, algoritmos genéticos e as redes neurais. A robótica é o ramo que trata do desenvolvimento de dispositivos mecânicos ou computacionais que desempenham tarefas humanas em que é exigido alto grau de precisão, como atividades rotineiras e perigosas para as pessoas que a desempenham. Os sistemas de visão são compostos por hardware e software que permitem a captura, o armazenamento e a manipulação de imagens por parte de um sistema computacional. 102 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA Os sistemas de processamento de linguagem natural e reconhecimento de voz são aqueles que permitem que um computador compreenda e reaja a declarações e comandos feitos em uma linguagem natural das pessoas humanas. Normalmente o processamento de linguagem natural corrige erros de soletração e converte abreviações e comandos. Os sistemas de aprendizagem são aqueles que combinam hardware e software que permitem ao computador mudar seu modo de funcionamento ou reagir a situações com base na realimentação que recebe. Os sistemas de lógica difusa são tecnologias baseadas em regras próprias para trabalho com imprecisões, descrevendo um processo de modo linguístico e depois representando por meio de regras. Os algoritmos genéticos são sistemas que encontram soluções ideais de um problema específico baseando-se em métodos inspirados na biologia evolucionária, mutações e cruzamentos. As redes neurais são sistemas computacionais que simulam o funcionamento de um cérebro humano. Esses tipos de sistemas utilizam um alto poder processamento paralelo em uma arquitetura própria parecida com a estrutura cerebral das pessoas. As redes neurais são utilizadas para resolver problemas complexos, com o uso de grande quantidade de dados por meio do aprendizado de padrões e modelos. Saiba mais Para conhecer um pouco mais sobre sistemas inteligentes e inteligência artificial e as suas diferenças em relação à inteligência natural, leia: STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. 8.2.2 Internet das Coisas A Internet das Coisas, também conhecida por Internet of Things (IoT), é uma tecnologia para interconexão dos mais variados objetos físicos à rede mundial de computadores, de forma a propiciar a transmissão de dados entre essas coisas. Para a surpresa de muitos, a IoT já uma realidade bem acessível a muitos de nós, como, por exemplo, quando utilizamos uma SmartTV que está conectada à internet. Agora imagine todos os dispositivos de sua casa (geladeira, ar condicionado, micro-ondas, purificador de agua, fogão, entre outros). Todos esses, em um futuro não muito distante, estarão conectados à rede mundial de computadores por meio de tecnologias IoT. Podemos estender essa ideia inclusive para escritórios, hospitais, escolas, presídios, órgão públicos, enfim, para um sem número de outras coisas quem podem ser conectadas à internet, aumentando 103 Unidade II nossa produtividade, melhorando os nossos processos e fazendo com que a sociedade, de forma geral, passe a um outro patamar em matéria de tecnologia. Existem diversas reportagens no mundo da tecnologia que apontam para um número de pelo menos 25 bilhões de objetos físicos conectados à internet no ano de 2020 e com um viés de subida exponencial. Tudo isso vai proporcionar o surgimento de cidades mais inteligentes, com um trânsito melhor gerenciado, com um sistema de iluminação pública eficiente, entre outras melhorias. Resumo Foram estudadas as redes e telecomunicações, abordando a telefonia móvel celular, incluindo seu histórico e funcionamento. Ainda, contemplou-se uma abordagem sobre os smartphones e seu uso pela sociedade. Depois, o foco recaiu sobre o ambiente empresarial, mencionando a utilização dos sistemas de informação como fator crítico de sucesso para os negócios de uma organização. Além disso, apresentou-se o sistema ERP como uma ferramenta para integração de área em uma organização. Em seguida, compreendeu-se sobre o processo de tomada de decisão e o uso de sistemas que permitem alcançar o sucesso na gestão empresarial. Apresentou-se, também, de forma prática, o uso de uma das mais importantes ferramentas do pacote Office da Microsoft, a planilha eletrônica Excel, com suas ferramentas, guias, comandos e configurações. Concluiu-se com uma abordagem sobre as principais tendências em TI, conferindo importância para as redes sociais, as aplicações em nuvem, a inteligência artificial e a Internet das Coisas. Exercícios Questão 1. (CESGRANRIO 2018) O SAP-ERP foi desenvolvido e aprimorado durante décadas, tendo como princípio básico as melhores práticas de processos existentes no mercado. Essas melhores práticas têm o objetivo de propiciar às empresas: A) Aumento da complexidade dos processos, em função dos diversos módulos, transformando-as em empresas de grande porte. B) Redução do número de processos e, consequentemente, diminuição da complexidade das rotinas diárias, gerando 30% de aumento de receita. C) Maximização das integrações entre as áreas/departamentos, eliminando redundâncias de processos na tentativa de reduzir os custos. 104 TÉCNICAS DE INFORMÁTICA D) Integrações entre as áreas/departamentos, mantendo as redundâncias de processos na tentativa de reduzir os custos. E) Eliminação de todas as áreas/departamentos, já que se trata de um único sistema integrado capaz de realizar as operações de todas as áreas. Resposta correta: alternativa C. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: os ERPs têm o objetivo de reduzir a complexidade dos processos. B) Alternativa incorreta. Justificativa: o número de processos depende da empresa. O ERP faz a integração desses processos. C) Alternativa correta. Justificativa: a fim de atender a integração de dados em tempo real, o ERP trabalha com um único banco de dados, compartilhado por todos os módulos, conforme perfis de acesso configurados pelo administrador do sistema. O ERP é formado por módulos de software para atender às mais diversas demandas de processamento e de integração de dados e informação em uma organização. Entretanto, a composição de um ERP varia de empresa para empresa, mesmo que elas sejam do mesmo ramo de negócio. Isso ocorre porque empresas diferentes demandam funcionalidades e processos operacionais, administrativos e produtivos diferentes. D) Alternativa incorreta. Justificativa: o ERP faz a integração dos processos eliminando as redundâncias. E) Alternativa incorreta. Justificativ: os ERPs não alteram a estrutura organizacional da empresa. Ele faz a integração dos dados. Não faz a integração dos departamentos. Questão 2. (IBFC 2019) Existem muitas estratégias de multiplexação, segundo o protocolo de comunicação empregado, que se pode combiná-las para alcançar um uso mais eficiente. As estratégias de multiplexação mais conhecidas são: A) XDMA – TDMA – FDMA. B) CDMA – TDMA – FDMA. 105 Unidade II C) CDMA – XDMA – FDMA. D) CDMA – TDMA – XDMA. E) XDCMA – TDMA – FDMA. Resposta correta: alternativa B. Análise da questão São usadas em redes a tecnologia Time Division Multiple Access (TDMA) e a tecnologia CODE DIVISION MULTIPLE ACCESS (CDMA). Essas tecnologias foram desenvolvidas na década de 1990 e são a base da tecnologia 2G de telefonia celular. Além dessas é encontrada a tecnologia Frequency Division Multiple Access (FDMA). A diferença básica entre elas é: FDMA - coloca cada chamada em uma frequência separada. TDMA - separa para cada chamada, uma porção de tempo em uma determinada frequência. CDMA - dá a cada chamada um código único que se espalha por todas as frequências disponíveis no sistema. As siglas XDMA e XDCMA não têm significado e, portanto, não indicam tecnologias usadas na telefonia celular. Assim, como a única alternativa que não contém XDMA e XDCMA, é a alternativa B, essa é a alternativa certa. 106 ILUSTRAÇÕES E FIGURAS Figura 1 COSTA, I. et al. Qualidade em tecnologia da informação: conceitos de qualidade nos processos, produtos, normas, modelos e testes de software no apoio às estratégias empresariais. São Paulo: Atlas, 2012. p. 2. Figura 2 APPLE-691633_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2015/03/26/10/36/ apple-691633_960_720.jpg. Acesso em: 14 nov. 2019. Figura 3 STALLINGS, W. Redes e sistemas de comunicação de dados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 51. Figura 4 KEYBOARD-561124_960_720.JPG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/photo/2014/12/08/16/44/ keyboard-561124_960_720.jpg. Acesso em: 14 nov. 2019. Figura 5 COMPUTER-MOUSE-152249_960_720.PNG. Disponível em: https://cdn.pixabay.com/ photo/2013/07/12/17/41/computer-mouse-152249_960_720.png. Acesso em: 14 nov. 2019. Figura 29 SOARES NETO, V. Redes de telecomunicações: sistemas avançados. São Paulo: Érica, 2015. p. 142. Adaptada. Figura 31 ELEUTÉRIO, M. A. N. Sistemas de informações gerenciais na atualidade. Curitiba: Intersaberes, 2015. p. 96. Figura 32 ELEUTÉRIO, M. A. N. Sistemas de informações gerenciais na atualidade. Curitiba: Intersaberes, 2015. p. 98. Figura 33 LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 10. ed. São Paulo: Pearson Pratice Hall, 2013. p. 325. 107 Figura 34 LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de informação gerenciais. 10. ed. São Paulo: Pearson Pratice Hall, 2013. p. 296. Figura 35 STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. p. 45. Figura 36 STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. p. 439. Figura 37 STAIR, R. M.; REYNOLDS, G. W. Princípios de sistemas de informação. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. p. 444. Figura 42 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 25. Figura 43 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 25. Figura 44 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 26. Figura 45 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 26. Figura 46 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 26. Figura 47 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 26. 108 Figura 48 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 26. Figura 49 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 27. Figura 50 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 27. Figura 51 PEREZ, C. C. S; ANDRADE, D. F. Excel 2016: conceito e prática. Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2016. p. 28. REFERÊNCIAS Audiovisuais A REDE Social. Direção: David Fincher. EUA: Columbia Pictures, 2010. 120 min. Textuais AKABANE, G. K. Gestão estratégica da tecnologia da informação: conceitos, metodologias, planejamento e avaliações. São Paulo: Atlas, 2012. ALBERTIN, A. L.; ALBERTIN, R. M. M. Dimensões do uso de tecnologia da informação: um instrumento de diagnóstico e análise. Revista de Administração de Pública, São Paulo, v. 46, p. 125-151, 2012. BANZATO, E. Tecnologia da informação aplicada a logística. São Paulo: Iman, 2005. BEAL, A. 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