Sobre Clerisvaldo Chagas

Romancista, historiador, poeta, cronista. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.


Blog do Clerisvaldo: Monte Sinai, sagrado e inóspito

18 setembro 2017


Foto: Bispo Eliel Luna

De certa forma há uma lembrança particular, espiritual e doída sobre o Monte Sinai, relembrada pela reportagem da Record do último dia 10. Com mais algumas informações abaixo o objetivo maior deste trabalho é muito mais geográfico de que religioso.

Talvez não exista monte com maior destaque literário na Terra do que o Monte Sinai, no Egito, também chamado de Monte Horeb. E diante de tanta fama imaginamos uma serra igual a um paraíso como foram em nosso município as serras do Poço e do Gugi.

Nada disso, porém, é verdade. O Sinai é um pico de granito com uma altitude de 2.285 metros que segundo a tradição judaica Moisés teria recebido do Senhor as Tábuas da Lei.

A primeira vista são vários montes como se tivesse sido no passado apenas um que houvesse sofrido longo processo de erosão e ficasse repartido em montes menores. A desilusão, todavia, é com sua estrutura física completamente rochosa e inteiramente fragmentada com pedras de todos os tamanhos e formas.

Pode-se dizer: um grande amontoado de rochas peladas, sem beleza nenhuma. Quando aparece alguma espécie vegetal é de forma solitária, em pés pequenos, imprensado em frestas. As pedras são ligeiramente róseas e, a subida até o cimo leva horas até para quem tem boa forma física. Um monte sagrado, feio, horrível e inóspito.

Estar o Monte situado no Egito, no sul da Península do Sinai. Para quem não sabe, península é uma grande porção de terra que avança pelo mar. O local é sagrado para o cristianismo, Judaísmo e Islamismo. Muito abaixo do pico existe uma plataforma onde Aarão e os 70 sábios aguardaram Moisés na recepção as Tábuas da Lei.

Existe uma caverna onde Deus falou com Elias, após a caminhada de 40 dias pelo deserto. Ali perto, um monte onde viveu São Gregório e, logo abaixo desse monte, a planície de ar-Raaha onde os israelitas aguardaram Moisés e depois foi erguido o primeiro tabernáculo.

Enfim, a região está repleta de histórias as mais diversas, principalmente porque a religiosidade é disputada pelas três religiões. Muitas certezas, quase certezas e bastantes controvérsias irradiadas em solo egípcio.
Interessou-se pelo assunto? Pesquise mais. É um tema sem fim.

Clerisvaldo B. Chagas, 18 de setembro de 2017

Crônica 1.739 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

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