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Saúde

Doenças oncológicas: Uma pessoa morre a cada três dias em Cabo Verde

O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Evandro Monteiro, informou nesta quinta-feira, 24, que Cabo Verde regista anualmente cerca de 600 casos ligados a doenças oncológicas, sendo que uma pessoa morre a cada três dias, vítima de cancro, no país.

Evandro Monteiro avançou esta informação à margem da cerimónia de inauguração da Sala de Tratamento e lançamento do guia de tratamento de doentes em quimioterapia, no Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN).

Segundo a mesma fonte, mais de 100 pessoas morrem anualmente vítimas de cancro em Cabo Verde, um número que segundo diz, revela que o país tem ainda um longo caminho a percorrer na luta contra as doenças oncológicas.

Tendência para aumentar novos casos

Considerando que as doenças oncológicas se afiguram entre as principais causas de mortalidade e morbilidade em Cabo Verde, este governante avancou que continua em progressivo crescimento, tanto em números, como na diferenciação.

“No HUAN só para se ter uma ideia, houve um aumento de 10% de novos casos em 2021. Em Cabo Verde diagnosticamos cerca de 600 casos, anualmente, e ligada a doenças oncológicas directa ou indirectamente morre a cada três dias uma pessoa, são números importantes, são números que demonstram que o caminho a ser percorrido ainda é longo porque temos de trabalhar todo esse processo”, alertou.

Com este quadro, referiu sobre a necessidade de se adequar de uma forma progressiva o serviço de saúde já que a capacidade diagnóstica e as novas tecnologias em saúde sofrem alterações de forma rápida.

Quimioterapia com mais qualidade

Quanto à inauguração da Sala Tratamento, Evandro Monteiro afirmou que com este novo espaço está-se a trabalhar na criação de condições para que os tratamentos ligados à quimioterapia sejam feitos com mais qualidade.

O referido espaço, apontou, tem características especiais por ser inclusivo no que tange ao acesso para que os familiares dos doentes oncológicos possam participar no processo de tratamento oncológico, que, por sua vez, acarreta dificuldades do ponto de vista social e familiar.

“Indirectamente traz uma outra valência que é muito importante que é o de permitir a participação e assegurar a responsabilidade social dos familiares neste processo de cura de uma doença, que é prolongada e que precisa de apoio do ponto de vista psicológico” asseverou, realçando que esta iniciativa traz benefícios enormes para todo o sistema de saúde e principalmente para os doentes oncológicos.

Relativamente ao guia do doente, referiu que o mesmo tem informações importantes ligadas às eventuais complicações e o medicamento utilizado no processo da quimioterapia, acrescentando que este instrumento irá reforçar a literacia em saúde e permitir que o próprio paciente tenha as informações de forma individual.

C/Inforpress 

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