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'Lições ao Tempo'

Instituto Biapó prepara exposição de Amaury Menezes e Elder Rocha Lima

PX Silveira é responsável pela curadoria | 23.10.20 - 16:20 Instituto Biapó prepara exposição de Amaury Menezes e Elder Rocha Lima (Foto: divulgação)A Redação

Goiânia - 
O Instituto Biapó prepara duas exposições individuais e simultâneas de Amaury Menezes (90 anos) e Elder Rocha Lima (92 anos). Juntas, essas mostras compreendem uma exposição-homenagem, intitulada “Lições ao Tempo”, com exemplares recentes que mostram a vitalidade criativa desses dois artistas plásticos.
 
Ao todo são cerca de 60 obras, nas técnicas de pintura sobre tela, desenhos e gravuras, de linguagem figurativa que retratam ambientes urbanos, temas da convivência humana e o meio ambiente, com destaque para o Pantanal e o Cerrado, e uma obra que trata das queimadas na Amazônia. Também fazem parte da exposição 25 títulos publicados pelos artistas ao longo de sua trajetória.

PX Silveira é responsável pela curadoria e destaca que a mostra é uma forma de homenagear os dois artistas. "Junto ao convite do Instituto Biapó para curar uma exposição do Amaury Menezes e Elder Rocha Lima veio uma enorme dificuldade em tentar conceituá-la. afinal, estamos lidando com dois artistas nonagenários em pleno exercício de suas potencialidades criativas, o que de cara nos chama a atenção. Duas trajetórias vindas de meados do século passado e que, já adentrado o século 21, ainda não se esgotaram. daí surge o título Lições ao Tempo. uma exposição homenagem. como não poderia ser diferente", disse PX ao jornal A Redação. 


PX Silveira (Foto: divulgação)
 
Lançamento
O lançamento e a visitação virtual será a partir do dia 27 de outubro, às 20h, com transmissão pelo canal da Construtora Biapó no YouTube. A partir do dia 5 de novembro, também será possível fazer visitas físicas nos salões do Instituto Biapó, em Goiás, onde as obras estão expostas. A abertura acontece às 19 horas, com uma missa de Ação de Graças na Igreja do Rosário, e posterior deslocamento até o instituto. A visitação pública pode ser feita de terça a domingo, das 9h às 13h.
 
Um vídeo com entrevistas exclusivas dos dois artistas percorrendo a exposição e narrando sobre suas obras será exibido na janela do Instituto Biapó todas as sextas, sábados e domingos, das 19h30 às 22h. A homenagem prestada a Amaury Menezes e Elder Rocha Lima, representantes genuínos da história da arte em Goiás e no Planalto Central do Brasil, revela o vigor e a capacidade criadora de duas pessoas que, ao cruzarem a marca dos 90 anos de idade, mantêm-se ativos, vislumbrando o futuro com novos projetos.
 
Os artistas 
Amaury Menezes é pintor, escritor, desenhista e aquarelista reconhecido nos principais centros brasileiros. Dedica todo seu tempo à atividade artística profissional e às pesquisas, tendo participado de inúmeras exposições no Brasil e no exterior. Seus registros contabilizam ao todo, desde 1988, cerca de 15 mil criações entre aquarelas, desenhos e pinturas. Em 2019, Menezes doou ao então recém-criado Museu Frei Nazareno Confaloni, localizado na antiga Estação Ferroviária de Goiânia, sua biblioteca de livros de arte e mais de 100 desenhos originais que colecionou durante seu convívio com o frei, que também era artista plástico e seu professor.
 
Elder Rocha Lima é pintor, desenhista, aquarelista, arquiteto, crítico de arte, artista gráfico e professor. Depois de ser preso e perseguido pela ditadura militar, dedicou-se ao emblemático Teatro de Emergência, dirigido por João Bênio, que marcou época antes de ser fechado e destruído, também alvo da repressão militar. Realizou ainda projetos de arquitetura na sede central do Banco do Estado de Goiás, na confluência das avenidas Goiás e Anhanguera, na Caixa Econômica Federal em Goiânia, na Assembleia Legislativa de Goiás (em coautoria com Eurico Godoy). Também é autor dos painéis artísticos integrados à arquitetura da Biblioteca Federal de Goiás, da Assembleia Legislativa e do Teatro São Joaquim, entre outros.
 
Vida e obra
O texto de curadoria da mostra, elaborado por PX Silveira, revela as características de suas obras e detalhes do cotidiano desses dois artistas.
 
“Amaury e Elder mantêm residências fixas em Goiás. É possível vê-los, a seus modos, caminhando sobre as centenárias pedras dessa cidade vanguarda das entradas e bandeiras de outrora. Hoje, para eles, não há mais ilusões ou vontades distantes a se concretizar. Tudo é conquista, tudo é presença e realidade [...]. Desde sempre, eles são da terra. São artistas. São universais. E detalhe, não se cansam de trabalhar. Suas artes são entre si complementares. Retratam e defendem a vida, o meio ambiente, as pessoas e o direito ao bem-estar e à felicidade. Amaury se diz um operário da arte, mantém uma rotina de trabalho das 8 às 18h, inclusive aos sábados e domingos. Já Elder é imprevisível. Delonga-se. Antecipa-se. Prolonga-se. Não necessariamente nessa ordem. Ambos recorrem a pesquisas técnicas, referências fotográficas e estudos visuais para criar suas obras. Amaury as finaliza mais rapidamente, talvez fruto de seu período inicial de artista mais dedicado à aquarela, em que começava e terminava a obra em uma única sessão. Elder já prefere deixar o trabalho descansando, para ver depois com novo olhar e retocar antes de finalizar”.
 
“[...] Antes, pós-modernidade. Hoje, pós-pandemia. O que mais virá? Esses dois artistas nos ensinam que não devemos temer, e dão mostras disso em suas obras, que são parte de suas “Lições ao Tempo”, aprendidas no presente e rememoradas no passado. E que certamente poderão ser reconhecidas no futuro. Suas criações pictóricas de temas coloquiais, ambientais, naturais e humanos comprovam que eles exercem no trabalho a tão necessária fé na vida, com um otimismo expresso comedidamente, o que lhes garantem a exigente imunidade dos saberes resistentes ao lento passar das eras. Podemos reparar que são obras de costados provados, de um chã de resistência criativa e dedicação vigilante, de artistas contados em quase dois séculos de vida, que aqui se apresentam com a jovialidade que nunca lhes faltou, 24 horas por dia, com entrega global em domicílio, às margens do Rio Vermelho, para todo o planeta ver, pensar, sentir e aprender suas lições”.
  
Serviço:
Exposição de Amaury Menezes e Elder Rocha Lima
Data do lançamento virtual: 27 de outubro, às 20h.
Data de abertura da vista pública: a partir de 5 de novembro, às 19h (missa inaugural), visitação de terça a domingo, das 9h às 13h.
Exibição do vídeo com entrevistas dos artistas: todas as sextas, sábados e domingos, das 19h30 às 22h.
Local: Instituto Biapó (Rua Dom Cândido Penso, n. 25, Centro Histórico, cidade de Goiás)
Ao visitar fisicamente a exposição, respeite as recomendações indicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mantendo o distanciamento social adequado, o uso obrigatório de máscara e a desinfecção das mãos ao entrar e sair. 

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