Quilombo Brotas implanta Unidade de Referência Agroecológica | ||||||
24.10.2013
Uma dessas URs está localizada no Quilombo Brotas, em Itatiba, SP, tendo em vista as especificidades e necessidades dessa comunidade em consolidar sua inserção local e regional, resgatar sua cultura, fortalecer sua organização e construir processos sustentáveis. O Quilombo Brotas está situado no bairro Santa Filomena II, onde mais da metade das terras encontra-se no perímetro urbano, o que o caracteriza como um quilombo urbano. Assim, Joel de Queiroga, pesquisador e Myrian Ramos, analista do Setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, realizaram em 4 de outubro, reunião técnica em conjunto com o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Universidade São Francisco, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura da Prefeitura de Itatiba, parceiros locais, além de lideranças e moradores do Quilombo, para avaliar as atividades realizadas, discutir e planejar as ações previstas para continuidade do processo de implantação, além da condução e monitoramento da UR que tem como foco a recuperação de nascentes daquela comunidade. Conforme Queiroga, “esta UR reúne ações de plantio e manejo de mudas de árvores frutíferas visando enriquecer um fragmento florestal existente na área, bem como viabilizar a restauração de nascentes com espécies nativas da região. Além disso, a comunidade também está implantando uma horta agroecológica com espécies convencionais e não convencionais para o abastecimento do futuro restaurante de culinária típica africana, como parte do projeto de estruturação e desenvolvimento do turismo ecológico e cultural no Quilombo”. Nesse mesmo dia, foi iniciado o plantio de 75 mudas de frutíferas que contou com a participação dos moradores do quilombo em processo de mutirão. Myrian Ramos explica que será realizado levantamento, caracterização e sistematização de experiências, visando ao fortalecimento da Rede Leste Paulista de Agroecologia e dos processos agroecológicos da região para a troca de experiências e o fortalecimento da transição agroecológica no Quilombo. Ainda segundo Myrian, “os povos quilombolas enfrentam uma situação de invisibilidade muito grande, apesar das diferentes ações governamentais. Com isso, é fundamental contribuir para a inserção econômica e sociocultural dessas comunidades como premissa para o desenvolvimento local sustentável”. Cristina Tordin Jornalista, MTB 28499 |
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