Caminhada Viva o Centro a Pé busca um novo olhar para a região de Porto Alegre

Caminhada Viva o Centro a Pé busca um novo olhar para a região de Porto Alegre

Mais uma edição da atividade foi realizada neste sábado

Correio do Povo

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Um novo olhar, a partir do conhecimento da história, contexto e significado de obras de arte em praças e fachadas dos prédios da área central de Porto Alegre, é a proposta da caminhada orientada Viva o Centro a Pé. Na manhã deste sábado, mais uma edição da atividade foi realizada com orientação do professor de escultura José Francisco Alves, do Atelier Livre. Ele é autor do livro A Escultura Pública de Porto Alegre.

O grupo reunido começou o passeio no monumento Júlio de Castilhos na Praça da Matriz, passou pela Biblioteca Pública do Estado, desceu a rua General Câmara (conhecida como Rua da Ladeira) e depois pela rua dos Andradas. O encerramento ocorreu na Praça da Alfândega.

Segundo o professor José Francisco Alves, a atividade faz parte de um projeto maior chamado Viva Porto Alegre a Pé, da Secretaria Municipal da Cultura, que é voltado para a educação patrimonial e acontece em vários bairros da cidade. Temas e roteiros são definidos em cada edição, podendo tratar por exemplo de arte, história, urbanismo e arquitetura. Neste sábado, o foco foi “algumas obras de arte ao ar livre, sejam esculturas e estátuas em monumentos, arte moderna ou arte que está na fachada dos prédios”.

Durante a caminhada, o professor José Francisco Alves repassou as informações e respondeu às perguntas dos participantes, sempre falando com um megafone. “Vamos contando a história, as características, as peculiaridades de cada local, de cada monumento, de cada peça”, detalhou. “Muitos já vêm preparados, de bermuda, com água e a máquina fotográfica”, constatou. “O pessoal gosta muito de fotografar e saber o que está fotografando”, constatou.

Sobre a importância da educação patrimonial, José Francisco Alves destacou que ela possibilita que as pessoas compreendam “um pouco mais a sua história, os seus valores, para que possa ser uma esperança de que ajude a preservar”.

De acordo com o professor, “um dos principais problemas que nós temos é a conservação do patrimônio artístico histórico cultural” e o engajamento das pessoas neste sentido. Como exemplo, ele lembrou o processo de verticalização acentuada de Porto Alegre a partir da década se 1950. “Aqui tinha um patrimônio enorme que se perdeu muito, mas ainda temos bastante coisa. Então vamos preservar o que temos”, enfatizou José Francisco Alves. “É preciso conservar e dar valor”, resumiu. Cada obra, observou, tem “um histórico diferente”.


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