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Seleção brasileira

14 de junho de 2010

Seleção asiática só participou do Mundial uma vez na história e foi a grande zebra da Copa de 1966. Contra o Brasil, eles acreditam na vitória. Enquanto isto, Dunga e a imprensa brasileira estão em pé de guerra.

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Kaká e Robinho são a promessa de gols do BrasilFoto: picture-alliance/dpa

O Brasil inicia nesta terça-feira (15/06) sua campanha na Copa do Mundo de 2010, com um jogo contra a Coreia do Norte, no Ellis Park, em Johanesburgo. Depois de vencer a Copa das Confederações e terminar a Eliminatória Sul-americana na primeira posição, a seleção de Dunga chega à Copa do Mundo como um dos favoritos.

Dentro de campo, o time poderá contar com o que tem de melhor. O goleiro Júlio César já está recuperado da contusão nas costas sofrida no amistoso contra Zimbábue e tem condições de jogo. O meia Kaká, que andou reclamando de dores, também está confirmado.

O quarto rival

Se em campo está tudo bem, fora dele nem tanto. A relação de Dunga com a imprensa brasileira nunca foi boa nos quase quatro anos em que ele esteve à frente da seleção. O senso comum é de que seu estilo é defensivo demais e de que falta talento e criatividade ao time.

Fußballtrainer WM 2010 Carlos Dunga Brasilien
Dunga e a imprensa brasileira não se entendemFoto: AP

No momento, Dunga e a imprensa estão em pé de guerra. O treinador proibiu os jornalistas de acompanharem os treinos a partir da última sexta-feira, quando alguns veículos de comunicação falaram sobre uma suposta briga entre Daniel Alves e Júlio Baptista. Com isto, os quase 400 repórteres que acompanham a rotina da seleção tiveram o trabalho prejudicado e, assim, despejaram novas críticas.

"Ele escolheu a mídia – e não Coreia do Norte, Portugal ou Costa do Marfim – como seu principal rival", reclamou Luís Prosperi, do Jornal da Tarde, de São Paulo, referindo-se às seleções que compõem o Grupo G, o chamado "grupo da morte".

De fato, Dunga chegou a acusar a imprensa brasileira de torcer contra a seleção. "Nós temos uns 300 repórteres do Brasil que esperam que nós não ganhemos para que eles possam dizer que ele (Dunga) deu sorte nos títulos da Copa América e da Copa das Confederações", disse o treinador, no início do mês.

"Nós temos que respeitar os coreanos"

Sobre o time norte-coreano, o Brasil admite saber muito pouco. A Coreia do Norte tem pouca expressão no cenário internacional e participou de apenas uma Copa do Mundo. Em 1966, na Inglaterra, surpreendendo a todos com uma vitória de 1 a 0 sobre a Itália.

"Nós temos que respeitar os coreanos. Quando olhamos para a história, o Brasil pode ter muito mais títulos que eles, mas quando o jogo começa, temos que ter por eles o mesmo respeito que temos por qualquer time", argumentou Elano, que deve formar o meio-campo com Gilberto Silva, Felipe Melo e Kaká.

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A desconhecida seleção norte-coreanaFoto: AP

"Nem sempre vence o melhor"

Em 105º lugar no ranking da Fifa, a Coreia do Norte chega como franco-atirador no Grupo G. Mesmo assim, tem seus objetivos na Copa do Mundo.

"Nossos oponentes no Grupo G são muito fortes, mas no futebol não necessariamente vence o melhor. Nós vamos dar o nosso melhor. Nós sabemos que precisamos vencer para chegar à segunda fase, então seja contra quem for nós vamos buscar os três pontos", disse o técnico Kim Jong-Hun ao site da Fifa.

O capitão Hong Yong-Jo pensa de maneira semelhante: "O Brasil tem sim um time mais forte que o nosso, mas podemos usar nossas táticas para contra-atacar. Nunca se sabe o que vai acontecer até que a partida acabe. Eu estabeleci um objetivo para mim mesmo, que é motivar meus companheiros e ajudar meu país a chegar às oitavas de final".

TM/afp/dpa/rtr

Revisão: Carlos Albuquerque