Saiba onde admirar 4 obras de Adir Sodré expostas ao ar livre

Um dos mais renomados artistas de Mato Grosso, Adir Sodré, deixou o plano terrestre há pouco mais de um mês aos 58 anos. Suas obras, muitas vezes admiradas nas casas da cuiabania ou em museus, também podem ser vistas na maior galeria ‘livre’ da cidade, a rua. Pensando na importância de Sodré para a arte e cultura, bem como manter homenagear sua obra, o separou 4 pontos da cidade que em você pode admirar o trabalho do artista.

1 – Fachada do Choppão

O mais tradicional restaurante de Cuiabá, o Choppão (aberto desde 1972), ganhou cor e vida com a pintura de Sodré, especialmente em seus arcos na varanda. Fauna, flora e regionalismo se misturam as formas fálicas, que surpreende os que percebem pela primeira vez a ‘perspicácia’ do artista. A manutenção das paredes era feita de forma rotineira.

Luiz Leite

 

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2 – Trincheira do Despraiado

Restaurado em 2017 como fruto do projeto ‘Cidade Viva’, os pilares do viaduto do Despraiado viraram uma galeria com criações em homenagem à cultura cuiabana. Adir foi um dos artistas que participaram da ação em homenagem aos 298 anos de Cuiabá.

Luiz Leite

 

3 – Paredão na avenida Miguel Sutil

Da época em que Cuiabá se preparava para receber a Copa do Mundo de 2014, a pintura é a maior do artista em área pública. Mas, devido ao tempo, está bem desgastada. No desenho, flores e frutas se juntam à bola de futebol, endossando ao clima do campeonato.

Luiz Leite

 

4 – Poste na avenida Lava Pés

A ‘menor’ de todas as obras e também a mais desgastada devido à exposição e o tempo. A pintura de meio poste está quase em frente à Secretaria de Estado de Cultura e pode ser vista por quem passa pela avenida, que também conta com a ilustração de outros artistas pela via.  

Luiz Leite

 

Vida e morte

Adir nasceu em Rondonópolis, mas se mudou para Cuiabá em 1970. Traçou sua carreira no Ateliê Livre da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ao lado de Humberto Espíndola e Dalva de Barros.

De lá pra cá, regionalizou suas criações e as polemizou também. Com traços e cores, levaram suas obras para o mundo, como por exemplo, o Museu de Arte Moderna de Paris.

Última obra contemplada do artista esteve pendurada no Museu de Arte de São Paulo (MASP), integrando a exposição ‘Histórias da Sexualidade’, em 2018. A obra ‘Roberta Close’ chegou a ser capa no jornal Estadão.

A morte de Adir foi repentina, às 18h do dia 10 de agosto. Ele foi encontrado caído em sua casa após uma parada cardíaca. Samu chegou a ser acionado, mas o artista não respondeu aos procedimentos de reanimação.