Um ano depois da batalha na ilha flutuante de Anistia, Anderson Coelho tenta levar a vida da maneira mais normal possível – mesmo visitando o Reino Onírico todas as noites e estando em dívida com um deus esquecido. Entre provas finais e pesadelos, a calmaria da cidade de Rastelinho é abalada pela influência do magnata Wagner Rios. Ao mesmo tempo, o meio-caipora Zé desaparece após ser enviado para uma missão secreta no Alto Sertão sergipano. Uma força-tarefa de resgate é montada às pressas, e Anderson conta com novos aliados para se infiltrar no reino dos gorjalas – gigantes que se alimentam de carne humana e parecem ter uma relação muito próxima com a Rio Dourado. Algo terrível cresce nas sombras e nos pesadelos, enquanto o passado das pessoas mais próximas de Anderson começa a complicar ainda mais o que já parece uma missão suicida. Com bruxas do sertão, batalhas no Rio São Francisco, uma poderosa semisséria grávida de 28 meses e um cangaceiro de All Star, Ferro, Água & Escuridão é a terceira parte da série de fantasia que recria os mitos do folclore brasileiro de maneira nunca antes vista.
Felipe Castilho é autor da saga O Legado Folclórico, formada pelos livros Ouro, Fogo & Megabytes (Gutenberg, 2012), Prata, Terra & Lua Cheia (2013) e Ferro, Água & Escuridão (2015). A sua fantasia Ordem Vermelha: Filhos da Degradação (Intrínseca, 2017) chegou às listas de Mais Vendidos em 2018. É autor da antologia de contos do audiolivro Futuros Malfeitos, Pretéritos Imperfeitos (Tocalivros, 2018), e recentemente publicou seu quinto romance, Serpentário (Intrínseca, 2019).
Entre suas obras em quadrinhos, Felipe escreveu o "steamfantasy" Desafiadores do Destino: disputa por controle (AVEC, 2018) e Savana de Pedra (2016), obra finalista do Prêmio Jabuti de Histórias em Quadrinhos.
O livro é muito bom. O Felipe fez um trabalho incrível de ambientação, conseguiu coordenar uma quantidade grande de personagens, e entregou um texto bastante maduro que não subestima o leitor juvenil. Tudo que ele iniciou em "Ouro, Fogo e Megabytes" ainda tateando, descobrindo seu espaço, e aprimorou em "Prata, Terra e Lua Cheia", que traz uma história veloz e de bastante ação, aqui chega a um ponto ideal que me encheu de expectativas para o próximo e último livro da saga.
Eu não sei nem se tem outro jeito de começar essa resenha a não ser gritando.
Meu Deus, que livro. Ferro, Água & Escuridão definitivamente acabou comigo. Várias e várias vezes. Cheguei num ponto que eu estava apenas tendo que parar a leitura pra chorar e respirar e gritar antes de continuar lendo.
O primeiro livro da série, Ouro, fogo & megabytes, foi fofíssimo. Eu li e me apaixonei pelo Anderson e por todos os personagens folclóricos reescritos de um jeito incrível (principalmente pelo Chris por motivos óbvios ¯\_(ツ)_/¯). Prata, terra & lua cheia foi ainda melhor, um pouco mais pesado e de tirar o fôlego. Mas Ferro, Água & Escuridão conseguiu pegar todos esses personagens que eu já amava e apresentar alguns outros novos e me fazer amá-los ainda mais, além de adicionar mais umas dez camadas hardcore na série toda (a tal ponto que eu já estou desesperada pelo lançamento do último livro de O Legado Folclórico).
Enquanto os dois primeiros livros se passam em Minas Gerais, São Paulo e, basicamente, em uma ilha mágica, o terceiro livro da série nos leva para Sergipe, onde Wagner Rios e os gorjalas, gigantes inescrupulosos, escravizaram uma cidade inteira para seguir com seus planos. Severino, um garoto sergipano, vem para São Paulo pedir a ajuda da Organização - e logo Anderson, Patrão, Chris e os outros seguem para lá para descobrir segredos , encontrar novas criaturas folclóricas , enfrentar um deus adormecido e comprar umas castanhas para Kuara, a arara.
Como se isso não fosse o suficiente, Anderson pede para seus amigos humanos ajudarem a desvendar o papel da empresa de Rios em seus planos e ainda descobre mais sobre o passado de Anselmo , além de ter que lidar com uma nova realidade quando tudo parece resolvido.
Sem perder as lições de moral, as piadas hilárias, as referências na hora certa e o poder do amor e da amizade tão presentes nos dois primeiros livros, Ferro, Água e Escuridão fica ainda mais pesado conforme o fim da série se aproxima, mas eu amei. Mal posso esperar para ler a conclusão da série - e fico na torcida para mais obras que aproveitem tão bem o nosso folclore nacional :'))
Meu. Deus... Eu comecei a ler essa série pensando se tratar de uma trilogia. Descobri que está faltando um livro a ser publicado literalmente no último capítulo desse livro e agora quero, sei lá, sequestrar o sr Felipe Castilho e obrigá-lo a finalizar tudo. Necessito. Tanto quanto necessito de água ou ar (que não foi publicado ainda ;-;). Eu tenho bem poucas ressalvas. O livro é extremamente instigante, e não dá vontade de parar de ler hora nenhuma. Além de um determinado plot-twist que quase me fez gritar aqui em casa. É visível a evolução do primeiro livro até esse aqui; os personagens estão muito mais bem-construídos e únicos, o protagonista não está tão tapado e os cenários e as questões folclóricas estão muito mais intrínsecos ao restante das questões. Outra questão que ganhou vários pontos positivos comigo foi a crescente cada vez maior de representatividade. Alguns dos pouquíssimos pontos que não me agradaram tanto foram a previsibilidade (que, sejamos justos, ainda assim diminuiu demais da conta em comparação com Ouro, Fogo & Megabytes) e a maneira com a qual o autor escolheu retratar a humanização do antagonista principal ou nem tanto assim mais , penso eu, e isso é opinião pessoal, okay?, que havia outros meios mais interessantes. Mas, de novo, é uma opinião minha. Eu recomendo muito a leitura dessa série, porque ela só melhora! E quanto mais pessoas lerem e juntarem-se pra cobrar o Castilho, maiores são as chances de a gente conseguir o último livro da quadrilogia.
É bonito ver como essa trilogia foi ganhando força ao longo dos livros e os personagens vão ganhando camadas ao longo do desenrolar da trama. A terceira parte é praticamente um filme de ação com uma ambientação deliciosamente brasileira. Excelente para os jovens leitores.