Para comemorar seus 55 anos de história, o Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) está recebendo a exposição “Eu Vi o Mundo…”, uma mostra de José Barbosa da Silva, um artista brasileiro de carreira internacional que utiliza múltiplos meios de expressão: é pintor, desenhista, entalhador, escultor, ilustrador e gravador.

 O evento de abertura da mostra, que acontece até o dia 29 de maio com o apoio da Prefeitura de Campinas, reuniu muita gente legal da área cultural da cidade e nós fomos conferir!

José Barbosa é de Olinda, pernambuco, aprendeu a entalhar ainda menino com o seu pai, marceneiro, e a pintura, que descobriu de fato mais tarde, quando foi viver em Paris na década de 1970. O título da exposição “Eu Vi o Mundo…”, remete à obra do pintor pernambucano Cícero Dias, “Eu Vi O Mundo… Ele Começava no Recife”. “A monumental tela do modernista pernambucano, realizada em 1929 e considerada como um dos marcos fundadores do Modernismo no Brasil, pertence ao mesmo universo onírico e aventuroso de Barbosa”, diz a curadora da exposição, Maria Hirszman, que escreveu o texto de apresentação.

Nele, a curadora descreve como José Barbosa da Silva sabe combinar, como poucos, um profundo interesse pelo mundo a sua volta com um fascínio permanente por elementos alegóricos, carregados de potência simbólica. “Suas telas e talhas são povoadas por seres místicos, que o acompanham há décadas, como o pássaro branco de asas abertas e bico perfurante, os peixes arredondados que nadam por toda a parte, as figuras femininas ao mesmo tempo sensuais e maternas, ou os buquês de flores que deslumbram por suas formas e cores. São composições complexas, cuidadosamente simétricas num equilíbrio elegante. Uma de suas qualidades é a capacidade de aventurar-se por diferentes caminhos em busca de uma expressão ao mesmo tempo autoral e universal. A capacidade de aliar diferentes referências, temáticas e gêneros dão liberdade à obra do artista”.

 

PERFIL

José Barbosa (Olinda 1948)

1964

Individual de entalhes na Galeria de arte do Recife

Cria com Guita Charifker, Adão Pinheiro, João Camara, Vicente do Rego Monteiro e outros artistas o Movimento de Arte da Ribeira (Olinda)

1965

Organiza o 1º Salão de Arte Popular com Janete Costa (Natal)

Individual na Galeria Goeldi (Rio de Janeiro)

1966

Primeiro Salão de Abril da Petit Galerie – MAM (RJ)

Arte Brasileira em Coleções Americanas. Galeria IBEU (RJ)

Individual. Galeria IBEU. Rio de Janeiro. (Itaú)

Galeria Goeldi (RJ)

Festival Wagner – Bayreuth. Alemanha.

Exposição com Grassmann, Babinsky e Darel. H. Stern (RJ)

1967

1º Salão Esso de artistas jovens. MAM (RJ)

Salão de Abril. Petite Galerie (RJ)

23º Salão de Belas Artes da Cidade de Belo Horizonte

“Primitivos Actuales de América”, no Instituto de Cultura Hispânica (Madrid, Espanha)

3ª Bienal Americana de Gravura, no Museo de Arte Contemporáneo – Prêmio Pablo Neruda (Santiago, Chile)

1968

XVII Salão Nacional de Arte Moderna (RJ)

II Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM (RJ)

Arte no Aterro: um mês de arte pública, no Aterro do Flamengo e Pavilhão Japonês (RJ)

Salão de Belas Artes de Belo Horizonte

1969

“Três Aspectos del Grabado Brasileno” – Mostra Itinerante para América Latina.

Individual na Galeria Irlandini (RJ)

1970

XIX Salão Nacional de Arte Moderna, MAM (RJ) – 1º prêmio em escultura

1971

XX Salão Nacional de Arte Moderna (RJ)

“Brazilian Artists”. Manheim Gallery (Londres, Inglaterra)

Gravura Brasileira em Washington (Washington DC, EUA)

“50 anos de Arte Brasileira”. MAM (RJ)

Individual na Galeria Irlandini (RJ)

1972

“La Gravure Contemporaine” (Paris, França)

Individual na Elvaston Gallery (Londres, Inglaterra)

Individual na Anne Friebe Gallerie (Colônia, Alemanha)

“Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois”, Galeria da Collectio (SP)

1973

Biblioteca Nacional de Paris adquire uma gravura sua

“L’Estampe Contemporaine”. Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris (França)

Individual Gallerie Debret (Paris, França)

“Dix Artistes Brésiliens”. Gallerie Pró-Artkasper (Suiça)

12ª Bienal Internacional de São Paulo

1974

“Interiorité/Naiveté”. Galerie L’Oeil de Boeuf (Paris)

“Formes et Couleurs du Brésil” (Paris e Marseille)

Salon International de Beaux Arts (Paris)

Brasilianischegeneralkonsulat (Munique, Alemanha)

1975

Individual. Ibero-Klub (Bonn, Alemanha)

1976

Atelier em Meudon, com Roseline Granet, Jean-Paul Riopelle

“Formes et Couleurs du Brésil”. Credit Commercial de France. (Marselha, França)

1977

Retorna ao Brasil

Individual na Galeria Gatsby (Recife)

1978

Artistas exclusivos no Recife. Gatsby Arte

35º Salão Paranaense (Curitiba)

Guaianazes I – Abelardo Rodrigues Galeria de Arte (Recife)

1979

Individual Galeria Sergio Milliet – Funarte (RJ)

II Mostra Anual de Gravura (Curitiba)

2º Salão Nacional de Artes Plásticas (RJ)

Escultura Brasileira. Galeria Artespaço (Recife)

XXXII Salão Oficial de Arte. Museu do Estado (Recife)

1980

Individual. Galeria Artespaço (Recife)

“Atelier José Barbosa”. Museu de Arte Contemporânea (Olinda)

Coletiva. Galeria Lautréamont (Olinda)

33º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife)

1981

Coletiva de Inverno. Galeria Lautréamont (Olinda)

4º Salão Nacional de Artes Plásticas (RJ)

Individual. Renato Magalhães Escritório de Arte (SP)

5ª Mostra de Desenho Brasileiro como artista convidado (Curitiba)

1982

Panorâmica da Arte Atual de Pernambuco (Recife)

Aquarelas. Galeria Estampa (RJ)

5º Salão Nacional de Artes Plásticas. MAM (RJ)

35º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco. (Recife)

4 Cantos de Olinda (Belo Horizonte)

1983

Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas. MAC (Olinda)

Escultores de Pernambuco. MAC (Olinda)

36º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife)

VI Salão Nacional de Artes Plásticas MAM (RJ)

1984

“Tradição e Ruptura”. Fundação Bienal de São Paulo

Esculturas, Entalhes e Pinturas. Galeria Artespaço (Recife)

Bienal de Cuba (Havana, Cuba)

Organiza com Madalena Arraes amostra Dix Artistes de recife. Centre Latino-Americain (Paris)

Individual na Galeria Bonino (RJ)

37º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife)

“A Xilogravura na História da Arte Brasileira”. (Rio de Janeiro e Curitiba)

1985

Quadros Premiados do Museu do Estado do Pernambuco de 1940 a 1985 (Recife)

Coletiva na Galeria Futuro 25 (Recife)

Individual no Centre Latino-Americain (Paris)

38º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco (Recife).

1986

Coletiva Lautréamont (Olinda)

Individual Galeria Gamela (João Pessoa)

9º Salão Nacional de Artes Plásticas (Recife)

Recife 450 anos. Galeria Futuro 25 (Recife)

Leilão Campanha Pró-Arraes (Recife)

1987

“L’Art Fantastique du Brésil” (Paris)

Individual Galeria Montesanti-Roesler (SP)

Individual na Artespaço Galeria de Arte (Recife)

44º Salão Paranaense (Curitiba)

1988

“A Mão Afro Brasileira”. MAM (SP)

“Brasiliana: o Homem e a Terra”na Pinacoteca do Estado (SP)

1989

8ª Mostra do Desenho Brasileiro (Curitiba)

Individual na Galeria Artespaço (Recife)

“Viva Olinda Viva” (Olinda)

1990

Arte Sobre Papel. Galeria Gamela (João Pessoa)

“Corpo, Luz e Cor”. Prefeitura de Maringá

1991

“A Mulher”. Mostra temática organizada pela Futuro 25 (Recife)

Complexo Cultural MAC (Olinda)

Arte Catarinense na OEA (Washington, EUA)

Exposição Casa Cultura Caçador (SC)

Galeria da Caixa Econômica. Caçador (SC)

Feira do Verde – PROERB. Blumenau

1992

“Visões de Fernando de Noronha”, MAC (Olinda)

Individual Galeria Bonino (RJ)

1993

Coletiva Galeria Tina Zappoli (Porto Alegre)

1994

“Um olhar Sobre os Trópicos”. Projeto Cumplicidades. Museu do Teixeira (Vila Nova de Gaia, Portugal)

1995

Individual na Artespaço Galeria de Arte (Recife)

1996

Individual na Galeria Futuro 25. (Recife)

Individual na Galeria Irlandini (RJ)

1997

Individual no Espaço Cultural Bandepe (Recife)

Individual na Galeria Candido Mendes (RJ)

“Os 4 Zés”. Galeria Artespaço (Recife)

1998

Individual na Reitoria da Furb (Blumenau)

José Barbosa: 20 ans après, na Chez Sophie et Fred Bazin (Paris)

Accrochage. Galerie L’Oeil de Boeuf (Paris)

1999

Individual na Galeria Jaques Ardies (SP)

2003

“A Torre e o Tempo”. 45º Salão do Estado do Pernambuco (Recife)

“Arquétipos da Natureza”, na Galeria Jacques Ardies (SP)

2005

Recife 468 anos. Galeria Ranulpho (Recife)

2007

Novíssimos de Pernambuco. Galeria Ranulpho (Recife)

2008

Coletiva de outono. Galeria Ranulpho (Recife)

Reabertura da Galeria Lautréamont (Olinda)

Oficina de Madeira. Facamp (Campinas)

2009

Individual Galeria Jacques Ardies (SP)

2010

“Naturezas Vivas – Pinturas, Entalhes e Esculturas” (Pernambuco)

2011

“Naturezas Vivas – Pinturas, Entalhes e Esculturas”. Galerie Bansard (Paris)

2013

“Paraísos”. Galeria Arte Plural (Recife)

2016

“Ateliês Pernambucanos, 1964-1982”. Museu do Estado de Pernambuco (Recife)  

 

 

 

Fotos: Paulo Fleury / Circuito Fechado