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Lula e Zema lamentam morte de Ziraldo; confira a repercussão

Lula, Zema, Pacheco e Fuad Noman lamentam morte do autor de “O Menino Maluquinho” neste sábado (6)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador de Minas Romeu Zema (Novo) e diversas personalidades lamentaram a morte do cartunista Ziraldo, aos 91 anos, neste sábado (6).

Nascido em Caratinga (MG), na região Leste de MG, o autor faleceu enquanto dormia no apartamento que morava no Rio de Janeiro. A sua obra venceu o Prêmio Nobel Internacional de Humor e o Prêmio Jabuti.

O presidente Lula afirmou que o Brasil perdeu “um dos maiores expoentes da cultura”, citando a obra mais famosa de Ziraldo: “O Menino Maluquinho” (1980).

“Chargista, caricaturista, escritor e jornalista, o mineiro Ziraldo é nome onipresente na cultura popular brasileira”, escreveu o presidente no X (ex-Twitter), neste sábado (6).

“O Menino Maluquinho, seu personagem mais conhecido, povoou mentes e a imaginação de crianças de todas as idades em todas as regiões. Um livro que virou filme, peças, pautou músicas e vem sendo passado de pais para filhos como sinônimo de inocência, curiosidade e beleza”, completou o presidente da República.

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O Pasquim

Lula ainda destacou o papel de Ziraldo na resistência política ao longo da ditadura militar brasileira (entre 1964-1985), à frente de “O Pasquim”, que “driblava” a censura do regime. O autor foi um dos fundadores da revista.

O presidente disse que ele atuava na “defesa da imaginação, de um Brasil mais justo, com democracia e liberdade de expressão”.

Ziraldo foi preso pela ditadura militar um dia após a decretação do AI-5, que suspendia direitos políticos no Brasil, sendo levado para o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

“Nesse momento de imensa tristeza, me solidarizo com os familiares, amigos, parentes e fãs de Ziraldo”, finalizou Lula.

“Menino sonhador entristecido”

O governador Romeu Zema (Novo) emitiu um comunicado neste sábado (6), expressando profunda tristeza e se identificando com o “espírito de menino sonhador entristecido” pela morte de Ziraldo (1932-2024).

“O desenhista e cartunista deixa três filhos e um legado incomensurável para a literatura infanto-juvenil brasileira”, declarou o governador de Minas Gerais, citando os personagens de “O Menino Maluquinho” e a “Turma do Pererê”.

Zema destacou o legado de Ziraldo não apenas para a literatura infanto-juvenil, mas também como escritor, desenhista, chargista, poeta, dramaturgo, cronista e jornalista - citando seu papel como fundador de “O Pasquim” durante a ditadura.

Diversos políticos também manifestaram pesar pelo falecimento de Ziraldo, como os senadores Rodrigo Pacheco e Carlos Viana e o prefeito de BH Fuad Noman, entre outros.

“Ídolo de uma geração”

O presidente no Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), definiu Ziraldo como o “ídolo de uma geração de crianças”.

“Um dos maiores cartunistas do país, inspiração para todos os brasileiros. Seus personagens, principalmente o Menino Maluquinho, marcaram gerações”, escreveu o presidente do Congresso Nacional no X (ex-Twitter), neste sábado (6).

Pacheco, por fim, expressou seus sentimentos à família, aos amigos e aos admiradores de Ziraldo.

“Li para os meus filhos”

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), afirmou que Ziraldo “ultrapassou gerações”.

“Li para os meus filhos, que leram para os meus netos. Certamente seguirá na memória dos brasileiros. Sua obra permanecerá viva, Ziraldo”, escreveu Fuad no X (ex-Twitter), neste sábado (6).

O senador Carlos Viana afirmou: “Missão cumprida. Com tristeza recebi a notícia da morte do escritor e jornalista, Ziraldo. O mineiro de Caratinga tinha 91 anos e construiu uma história admirável. Deixa uma coleção de obras literárias, entre elas “O Menino Maluquinho”. Força à família e amigos”.

Veja o comunicado emitido pelo governador Romeu Zema:

“Hoje, com o espírito de menino sonhador entristecido, recebi a lastimável notícia da morte do cartunista Ziraldo. Mineiro de Caratinga, nosso eterno Menino Maluquinho partiu neste sábado (6/4), aos 91 anos, enquanto dormia em casa, em seu apartamento no Rio de Janeiro. O desenhista e cartunista deixa três filhos e um legado incomensurável para a literatura infanto-juvenil brasileira.

Além de cartunista, escritor, desenhista, chargista e jornalista, Ziraldo marcou o imaginário brasileiro também como poeta, dramaturgo, cronista e pintor. Mas foi com uma obra direcionada sobretudo para as crianças que o mineiro fez história.

É criador de alguns dos personagens mais importantes da literatura brasileira, como o “Menino Maluquinho”, obra inspirada em um de seus filhos e adaptada com enorme sucesso para a televisão, além da famosa “Turma do Pererê”, que homenageia um dos maiores símbolos do folclore nacional. Sua obra é vencedora do Prêmio Nobel Internacional de Humor e do Prêmio Jabuti.

Ziraldo passou toda a infância em Caratinga e, nos anos 1950, se estabeleceu definitivamente no Rio de Janeiro. Artista precoce, aos 7 anos publicou o seu primeiro desenho no jornal “Folha de Minas”, em 1939, e seguiu produzindo ilustrações, charges e livros infanto-juvenis até 2018, quando interrompeu as atividades de trabalho após sofrer um acidente vascular cerebral.

O artista mineiro também é um dos fundadores do jornal “O Pasquim”, dos principais veículos jornalísticos brasileiros nos anos 1970, e colaborador de inúmeras publicações, como a revista “O Cruzeiro” e o “Jornal do Brasil”.

Governador Romeu Zema”

Veja a nota publicada por Lula na íntegra:

“O Brasil perdeu neste sábado, 6/4, um de seus maiores expoentes da cultura, da imprensa, da literatura infantil e do imaginário do país. Chargista, caricaturista, escritor e jornalista, o mineiro Ziraldo é nome onipresente na cultura popular brasileira. O Menino Maluquinho, seu personagem mais conhecido, povoou mentes e a imaginação de crianças de todas as idades em todas as regiões. Um livro que virou filme, peças, pautou músicas e vem sendo passado de pais para filhos como sinônimo de inocência, curiosidade e beleza, além de um olhar esperançoso em relação aos imensos potenciais do mundo em que vivemos.

São inúmeras e diversas as contribuições de Ziraldo, seja com a turma do Pererê, em seu trabalho à frente do Pasquim, nos anos da ditadura, em livros inesquecíveis, como Flicts, e num extenso trabalho em revistas e jornais brasileiros. Na defesa da imaginação, de um Brasil mais justo, com democracia e liberdade de expressão.

Nesse momento de imensa tristeza, me solidarizo com os familiares, amigos, parentes e fãs de Ziraldo.”


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Formado em Jornalismo pela UFMG, com passagens pelo jornal Estado de Minas/Portal Uai. Hoje, é repórter multimídia da Itatiaia.
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