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Meio ambiente

- Publicada em 26 de Março de 2022 às 14:06

Poluição de mares e rios brasileiros soma 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano

Dos 16.733 itens coletados, depois do plástico, bituca de cigarro e isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os elementos mais encontrados

Dos 16.733 itens coletados, depois do plástico, bituca de cigarro e isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os elementos mais encontrados


LUIS ACOSTA/AFP/JC
No País, os resíduos plásticos correspondem a 48,5% dos itens encontrados no mar, de acordo com o diagnóstico feito pelo programa Lixo Fora D'Água, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Segundo o levantamento, os 15 itens mais encontrados nas análises representam 80,3% dos resíduos que vão parar na costa brasileira.
No País, os resíduos plásticos correspondem a 48,5% dos itens encontrados no mar, de acordo com o diagnóstico feito pelo programa Lixo Fora D'Água, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Segundo o levantamento, os 15 itens mais encontrados nas análises representam 80,3% dos resíduos que vão parar na costa brasileira.
Dos 16.733 itens coletados, depois do plástico, a guimba (ou bituca) de cigarro e o isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os elementos mais encontrados em areias, praias e manguezais. Os outros 19,7% abrangem artigos como roupas e apetrechos de pesca.
Entre as principais fontes de vazamento de lixo no mar estão as comunidades nas áreas de ocupação irregular, próximas aos cursos d'água, os canais de drenagem que atravessam a malha urbana e a própria orla da praia em sua faixa de areia, segundo um dos relatórios.
Por ano, 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente ao redor do mundo, e em torno de cinco a 12 milhões de toneladas de resíduos plásticos têm os oceanos como destino, explica o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.
“Cerca de 80% desse total são oriundos de atividades humanas desenvolvidas no continente, seja no litoral ou em regiões onde correm rios que desaguam em ambientes marinhos. O resultado aparece a partir de falhas que ocorrem nos sistemas de limpeza urbana e gestão de resíduos nas áreas urbanas das cidades", diz.
Segundo as estimativas da entidade, mais de dois milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos vão parar nos rios e mares todos os anos no Brasil. "Esse total pode ser ainda maior já que as 30 milhões de toneladas de lixo que seguem para destinação inadequada, ou seja, lixões e aterros controlados, que ainda existem em todo o país, podem acarretar um acréscimo de três milhões de toneladas de lixo no mar a cada ano", afirmou a Abrelpe.
Os resultados do programa Lixo Fora D'água permitem afirmar que a melhor solução para o problema do lixo no mar reside no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestrutura de limpeza urbana nas cidades, que deve acontecer junto a programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população.

Funcionamento do programa

Com início em Santos (SP), o programa de monitoramento, prevenção e combate ao lixo no mar e demais corpos hídricos abrange os municípios de Balneário Camboriú (SC), Bertioga (SP), Fortaleza (CE), Ipojuca (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Manaus (AM), Serra (ES) e municípios da Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro.
O levantamento, realizado pela Abrelpe desde 2018 em 11 cidades da costa, visa identificar as principais fontes de origem dos resíduos e estudar como as cidades podem aprimorar a gestão de resíduos sólidos em terra para prevenir a poluição marinha.
A metodologia desenvolvida no âmbito do projeto Lixo Fora D'Água também está presente no Caribe, sendo aplicada em cidades da Costa Rica, Colômbia e República Dominicana.
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