Segunda-feira, Maio 20, 2024
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O Festival Mais Abstrato do Mundo acontece pela primeira vez em Portugal, Punto y Raya de 11 a 15 Outubro em Lisboa

Lisboa – Cinemateca Portuguesa, Cinema Fernando Lopes, Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, Universidade Lusófona, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, U Lisboa – Caleidoscópio e Escola Superior de Música de Lisboa 

O Festival Mais Abstrato do Mundo tem a sua 1.ª edição portuguesa: aterra em Lisboa o itinerante Punto y Raya

Sob o signo da abstração e do experimentalismo radical, unem-se o cinema, as artes visuais e a tecnologia numa programação de cinco dias

São mais de 100 filmes e um programa acessível de masterclasses, instalações e performances que escapam às normas da representação

Organizado pela associação catalã MAD – criadores do festival – em parceria com a Taumotrópio – criadores da MONSTRA –, o Punto y Raya inaugura-se na capital portuguesa a 11 de outubro. Na sua oitava edição, o principal festival dedicado à abstração audiovisual no mundo já passou por inúmeras instituições de renome em Espanha – Museo Nacional Reina Sofía, La Casa Encendida, CCCB – Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona –, na Islândia, Alemanha, Áustria e Polónia, antes de pousar no seu país vizinho.

E é justamente em tributo à cinematografia portuguesa que o Punto y Raya dá às boas-vindas ao público local e internacional, na quinta-feira da próxima semana. Pelas 19h, na Cinemateca Portuguesa, a cerimónia de abertura do Punto y Raya é curada com o Festival de Animação de Lisboa, celebrando o centenário da animação nacional com a exibição de um panorama do cinema abstrato em Portugal.

No dia seguinte, e até 14 de outubro, têm lugar no Cinema Fernando Lopes as seis sessões competitivas do festival: às 18h e às 21h, nos dias de semana, e às 17h e 19h, no sábado. A concorrer pelo Troféu Punto y Raya, para além de outros grandes talentos da animação experimental global, incluem-se entre os nomes portugueses Pedro Serrazina, investigador e realizador premiado; as artistas visuais Maria Constanza Ferreira e Anabela Costa; e o músico e compositor João Pedro Oliveira.

Paralelamente à Competição Internacional e a outras duas sessões retrospetivas no Cinema Fernando Lopes, dedicadas à abstração estudantil (13 de outubro, 12h) e à pouco conhecida e surpreendente arte abstrata dos Balcãs (14 de outubro, às 12h30), um programa de instalações e performances traz a Lisboa criações dos maiores nomes do género.

A não perder, os ambientes multimédia instalativos concebidos por Larry Cuba (um dos pioneiros da animação digital na arte, conhecido por ter animado uma das sequências do primeiro episódio da “Guerra das Estrelas” de George Lucas), Ícaro Pintor (animador, ilustrador, pintor e artista conceitual), Bret Battey (artista multimédia e compositor musical), Julius Horsthuis (designer e artista de efeitos visuais, conhecido pelos seus trabalhos imersivos e criativos com Avicii, Lady Gaga ou Guillermo del Toro), Max Hattler (investigador, curador e artista visual), Robert Seidel (designer de media, com formação em biologia, e realizador experimental multipremiado) e Paul Fletcher (perfomer, animador e músico experimental).

No edifício icónico do Caleidoscópio, Ícaro Pintor (animador, ilustrador e formador português) apresenta “E SE”, uma instalação e experiência de criação plástica múltipla, e “IFTING #”, uma performance de desenho e construção sonora em tempo real. Ainda na charmosa sala do Cinema Fernando Lopes, Tina Frank (artista cujas colaborações transdisciplinares já passaram por espaços como Ars Electronica, Centre Pompidou, ICC Tóquio, entre outros) complementa o programa de performances Punto y Raya com “Super Key”. Também na Universidade, mas no Auditório Agostinho da Silva, a ativação “Breach: à beira do caos”, do artista sonoro e compositor Zeno van den Broek, mergulha nas imagens dos últimos acontecimentos e manifestações a despoletar por todo o planeta, processadas até ao limite da representação.

A esta programação, pensada para públicos das mais diversas idades, interesses artísticos e curiosidades tecnológicas, soma-se um conjunto imperdível de masterclasses e oficinas, com valor acessível. Da experimentação sónica aos princípios da computação gráfica, dos átomos aos pixels, as formações do Punto y Raya reúnem algumas das personalidades mais proeminentes da área, já destacadas acima.

O desafio está lançado: no Punto y Raya, formas, cores e sons tornam-se os pontos de partida para uma arte – e, em última instância, um olhar – universal, capazes de atravessar livremente as fronteiras entre identidades e culturas. De 11 a 15 de outubro, na Cinemateca Portuguesa, Cinema Fernando Lopes, Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, Universidade Lusófona, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), U Lisboa – Caleidoscópio e Escola Superior de Música de Lisboa.

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