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A prime example of communitas has been described by Matt
Bierce (personal communication, April 2001), who cites jam
sessions in Victor Turner’s terms: liminality and communitas. He
says of his jamming group:
“We have been writing songs together for six years now and our
cooperative powers have grown immensely. We are intimately
aware of each other and our abilities, tendencies, favoritisms,
styles, moods, and emotions. This intimacy allows us a form of
jamming or improvisation that I think is a rare and cultivated
closeness bordering on telepathic intuition. Above all else, we
are friends. In the context of a jam, we communicate in a way
that superceded speech and cognitive logic, in a language of
suggestions, weavings, liminal stances, pattern formations and
dissolutions, patience, intensity and calm, and private
exploration. You have to give yourself totally, without
reservations. It’s not enough that you believe this or that is going
to happen. By beholding behind the closed eyes of your co-
musicians and in sensing the nerve impulses and the
movements of the muscles in their bodies, you will attain a
security in relation to what is going to happen. We are also
working together to keep the song whole or coherent. This often
happens as one new pattern is woven into the mix, that others
Turner: liminaridade e communitas. Ele fala assim do seu grupo de música:
“Nós temos escrito música, juntos, por 6 anos agora, e nosso poder cooperativo tem
crescido imensamente. Nós somos intimamente conscientes de cada um e de nossas
capacidades, tendências, favoritismos, estilos, humores, e emoções. Esta intimidade nos
permite uma forma de criar ou improvisar que eu penso ser de uma cultivada e rara
proximidade, fronteiriça à intuição telepática. Acima de tudo, somos amigos. No contexto de
uma jam session, nos comunicamos de uma forma que substitui o discurso e a lógica
cognitiva, numa linguagem de sugestões, tramas, instâncias liminares, formação e
dissolução de padrões, paciência, intensidade e calma, e pesquisa pessoal. Você tem que
se dar em totalidade, sem reservas. Não é suficiente que você creia nisso ou que isto vai
acontecer. Através do contemplar por trás dos olhos fechados dos seus co-compositores e
sentindo os impulsos nervosos e os movimentos dos músculos nos seus corpos, você
atinge uma segurança em relação ao que irá acontecer. Nós estamos, também, buscando
juntos manter a canção coesa ou coerente. Isto frequentemente acontece enquanto um
novo padrão está sendo desenvolvido no mix, e os outros, compreendendo sua inerente
beleza, vão encontrando caminhos para integrar o que estão fazendo a esta nova estrutura.
Dedilhados e floreios são adicionados pelos outros instrumentos até que a nova estrutura
esteja implicitamente aceita. Uma vez que esta nova estrutura é encontrada e tecida, a
improvisação realmente pode começar. A mente consciente é colocada atrás, como um
alimentador, e à inconsciente é dado mais controle. A pessoa tem que se tornar uma
criança.”
E ele acrescenta: “Quase se transforma num transe, uma experiência religiosa.”