O núcleo de pintura do Museu Alberto Sampaio constitui um valioso e bem diversificado conjunto de peças que documentam, sobretudo, a evolução artística e as potencialidades criadoras assumidas pelos mestres e oficinas vimaranenses desde o século XV ao século XVIII. Inclui também algumas pinturas de origem exterior, designadamente de mestres de Évora (Frei Carlos) e de Lisboa (André Reinoso), bem como exemplos, isolados, da escola nórdica seiscentista.
A grande parte das pinturas é proveniente de extintas instituições vimaranenses, com realce para a Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, existindo outras peças que vieram de conventos da cidade, como São Francisco, Santa Clara e Santa Marinha da Costa, bem como da igreja do Carmo, da Igreja de São Miguel do Castelo e da igreja de São Cipriano de Tabuadelo.
Se bem que a grande parte deste acervo seja representativa da produção pictórica regional, nela se encontram igualmente espécimes de inegável nível nacional e que só por si justificam uma visita, como é o caso do “Tríptico da Lamentação”, proveniente do claustro da Colegiada, das tábuas quinhentistas da oficina de Frei Carlos (procedente de Santa Marinha da Costa) e do pintor António Vaz (que era da capela privativa dos Dom Priores), do “Pentecostes com doador” da fase maneirista ou da tela protobarroca de André Reinoso, entre outras obras muito interessantes.