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Chargistas lançam nova edição da revista virtual de humor 'Supapo'

Editada pelos paraenses JBosco e Waldez e pelo carioca Marcelo Magon, a publicação gratuita vem conquistando colaboradores de todo o país

Enize Vidigal

A web tornou-se o principal ambiente de lançamento da produção de artistas de variadas expressões durante a quarentena. E porque não também dos chargistas, caricaturistas e quadrinhistas? Pensando nisso, os paraenses JBosco e Waldez e o carioca Marcelo Magon lançaram a revista virtual de humor “Supapo”, que, em duas edições, conquistou o público e vem arregimentando um grande número de colaboradores de todo o país.

Inspirado na referência do O Pasquim, semanário alternativo que questionava a ditadura militar, “Supapo” vem dar o recado com a força de um gancho de direita e a leveza das risadas mostrando o poder do desenho. “É tudo ou nada. A revista é corajosa, tem muito cartunista de peso participando e apoiando. Os cartunistas do Brasil todo estão apoiando a revista com grande repercussão no Facebook”, conta JBosco.

O prato cheio para a inspiração é a crítica política, como sempre foi na realidade das charges pelo mundo. A publicação também dá espaço a tirinhas e a uma seção destinada aos grandes mestres dessa arte no Brasil, como Lula Palamones, caricaturista e ilustrador do Valor Econômico. As edições da revista são disponibilizadas gratuitamente a cada quinzena, na plataforma Issuu.com.

Com JBosco, chargista de O Liberal, fixado em Belém; Waldez, que trabalhou por 16 anos no jornal Amazônia, agora residindo em Blumenau, e Marcelo Magon, no Rio de Janeiro, foi fácil ter na internet o ambiente ideal de produção. A primeira edição, lançada em 15 de maio, contou com 20 colaboradores de desenhos e textos que enriquecem o trabalho.

image Charge que integra a nova edição da revista 'Supapo' (Biratan Porto)

Confira a primeira edição da Supapo aqui.

“A revista está muito impactante nas redes sociais (...) O negócio pegou fogo de repente”, descreve JBosco.  Na segunda edição, do último dia 30, a Supapo foi publicada com mais que o dobro dos colabores da edição anterior: 50.

Confira a segunda edição aqui.

Entre os colaboradores da Supapo estão Nani, que escreveu para Chico Anísio e trabalha para Escolinha do Professor Raimundo, e o paraense Ubiratan Porto, que participam desenhando e escrevendo. Outro paraense do time é Júnior Lopes.

Entre outros colaboradores reconhecidos do desenho estão Dálcio, Eraldo e Alves, de São Paulo, sendo o último da Folha de São Paulo e o penúltimo organizador do Salão Internacional de Humor de Piracicaba; Aroeira e Iqui, do Rio; Duque e Quinho, de Minas Gerais, sendo o último do jornal O Estado de Minas; Edgar Vasques e Mariano, do site Charge On Line, ambos oriundos de O Pasquim; e outro paraense, Júnior Lopes. A trupe feminina traz as cartunistas Cláudia Kfouri e Natália Forcat e a quadrinhista Cris Camargo. E entre os autores de textos estão os paraenses ator Adriano Barroso e jornalista Felipe Mello.

“A charge vem da palavra francesa ‘carga’, de carga elétrica. A gente uniu o que pode representar a palavra charge na revista. Sopapo de soco, porrada, murro, decidimos usar a gíria, escrita com ‘U’, como a palavra costuma ser pronunciada, achamos mais adequada ao contexto popular”, explica J Bosco. “A revista virtual mantém contato com todos os cartunistas do Brasil e a aceitação foi boa”.

image Charges misturam situação política e social do Brasil (J. Bosco)

Mostra virtual do Salão de Piracicaba 

A 47ª edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, um dos maiores do mundo, está com as inscrições abertas até o dia 26 de junho. O evento está prevista para acontecer entre os dias 29 de agosto e 01 de novembro.  Enquanto isso, o salão promove a mostra virtual “Antes Charges do Que Nunca”, que reúne 86 trabalhos de artistas de vários países que compõem o acervo próprio do salão.

Confira aqui

A mostra virtual pode ser visitada até o próximo dia 27 de junho na plataforma Issuu.com. As charges abordam temas como degradação ambiental, incluindo a tragédia do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em 2015, e críticas políticas e sociais, como o corte nos direitos trabalhistas e na aposentadoria, e, ainda, o uso das redes sociais.

A mostra foi organizada pelo Centro Nacional de Documentação, Pesquisa e Divulgação do Humor Gráfico da Secretaria Municipal da Ação Cultural e Turismo (SemacTur) de Piracicaba,  responsável pelo salão. O salão surgiu em 1974, durante o regime militar, a partir da iniciativa de um grupo de jornalistas, artistas e intelectuais daquela cidade.

“Escolhemos trabalhos dos últimos dez anos do Salão. As charges retratam questões atuais e temporais, traçando a história em desenhos engraçados ou não. São obras fantásticas de artistas de todo o mundo”, destaca Erasmo Spadotto, diretor do Cedhu.

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