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HISTORIA-DA-RADIOLOGIA-NO-BRASIL-3-AULA (2)

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PROTEÇÃO E HIGIENE 
DAS RADIAÇÕES
Prof Ian Lima
HISTÓRIA DA RADIOLOGIA NO BRASIL
Contar a história da radiologia no Brasil é um projeto ambicioso que deve
ser lido, admirado e interpretado por todos aqueles que de alguma forma
se interessam por nossa fascinante especialidade.
Além de reviver nossos antecessores em gestos tão simples quanto
fundamentais, a sensação do conhecimento do passado nos dá uma base
muito mais sólida de trabalho no presente e perspectiva de futuro.
Os médicos brasileiros na área da imagem nunca tiveram preocupação em
documentar fatos que comprovassem seu importantíssimo papel na
mudança dos rumos da prática médica.
Dessa forma, muitas das informações deste artigo foram colhidas
diretamente com profissionais, menos jovens, que de alguma forma
vivenciaram os primórdios da radiologia.
PIONEIRISMO DA RADIOLOGIA NO BRASIL
A primeira tese sobre radiologia foi apresentada por Adolpho Carlos
Lindenberg, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 5 de
novembro de 189б.
Devido ao seu valor histórico, foi transcrito exatamente o que estava
escrito em sua capa, respeitando inclusive a grafia original
“Do raios X no ponto de vista médico-cirúrgico. These apresentada a
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1986
por Adolpho Carlos Lindenberg, natural do estado do Rio de Janeiro,
afim de obter o grau de Doutor em Medicina.”
Este foi o primeiro relato, deste porte, feito por um médico brasileiro
sobre os raios X e sua utilidade na medicina.
PRIMEIRO APARELHO DE RAIOS X DO BRASIL
O primeiro aparelho de raios X veio para o Brasil em 1897. Foi
comprado pelo médico José Carlos Ferreira Pires e foi instalado na
cidade de Formiga, Minas Gerais.
Como a cidade não dispunha de energia elétrica, inicialmente tentou-se a
utilização de baterias e pilhas de 0,75 HP. Frustrado com os resultados,
Dr. Ferreira Pires comprou um gerador de eletricidade a partir de um
motor a gasolina.
Em 1898 realizou-se a primeira radiografia para a demonstração de um
corpo estranho na mão do então ministro Lauro Muller.
Na época, o tempo para a realização de uma radiografia do tórax era
aproximadamente 30 minutos e do crânio, em torno de 45 minutos. Este
aparelho está exposto no I.M.S.S - International Museum of Surgical
Science, em Chicago, nos Estados Unidos.
PRIMEIRA AULA DE RADIOLOGIA NO BRASIL
A primeira aula de radiologia foi ministrada em 1904, aos alunos do
terceiro ano da Faculdade de Medicina da Bahia, pelo professor João
Américo Garcez Fróes, fato relatado na preciosa obra, datada de 1904,
intitulada Radiologia Clínica, de sua própria autoria.
O primeiro curso de radiologia do Brasil, fundado em 15 de julho de 1916 pelo
professor Roberto Duque Estrada, consistia de 30 aulas teórico-práticas,
ilustradas com material selecionado do arquivo da Santa Casa da Misericórdia
do Rio de Janeiro.
A partir dos anos 30, o curso do professor Duque Estrada já contava com a
assistência de um jovem radiologista da época: Nicola Caminha. Outras duas
escolas de radiologia já estavam aparecendo, com dois notáveis mestres:
Manoel de Abreu, na Faculdade de Ciências Médicas, e José Guilherme Dias
Fernandes, na Faculdade de Medicina do Instituto Hahnemaniano (atual
Hospital Gaffrée Guinle).
A EVOLUÇÃO DA RADIOLOGIA NO BRASIL
Dr. Manoel Dias de Abreu criou um exame, por ele chamado de
Roentgenfotografia, apresentado à Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de
Janeiro em julho de 1936. O exame tinha por princípio a fotografia do “écran”
ou tela fluorescente. A documentação era feita através de filme comum de 35
mm ou 70 mm. Abreu sempre recomendou o filme de 35 mm, que embora de
menor custo, exigia o uso de lentes de aumento especiais para a interpretação
do exame. Porém, em 1939, no I Congresso Nacional de Tuberculose, no Rio
de Janeiro, a designação abreugrafia foi aceita por unanimidade.
O exame foi utilizado no rastreamento da tuberculose e doenças ocupacionais
pulmonares, difundindo-se rapidamente pelo mundo graças ao baixo custo
operacional e alta eficiência técnica. Unidades móveis foram desenvolvidas e
utilizadas em todo o mundo. Tal era a aprovação e o entusiasmo pelo método
na época, que somente na Alemanha, até o ano de 1938, o número de exames
realizados pelo professor Holfelder já ultrapassava a 500 mil. A importância de
sua obra também levou à criação da Sociedade Brasileira de Abreugrafia em
1957 e à publicação da Revista Brasileira de Abreugrafia.
Na década de 40, Nicola Caminha já era conhecido pelo curso de
especialização que ministrava semanalmente em seu consultório.
Paralelamente, o Dr. Emílio Amorim montava o seu primeiro consultório e já
recebia diversos colegas para troca de ideias sobre laudos. Em 1950, cria um
estágio em radiologia em seu novo consultório, ensinando a jovens médicos de
diversos estados. O primeiro aluno foi o radiologista Dirceu Rodrigues, do
Paraná, que frequentou sua clínica em 1950 e 1951. Nessa época, os médicos
clínicos criaram o hábito de frequentar os consultórios de Emílio Amorim e
Nicola Caminha para pedir opinião, esclarecer dúvidas e discutir casos.
No Hospital dos Servidores do Estado, Nicola Caminha, auxiliado por Waldir
Maymone, inaugurou em 1952 o primeiro programa de residência médica do
país em radiologia, que tinha como alunos Alberto Álvares da Silva e Geraldo
Uchoa.
A partir dos anos 50, o ensino da radiologia se dividia entre os grupos dos Drs.
Emílio Amorim e Nicola Caminha. Eles participavam também de diversas
atividades científicas na cidade e em todo o Brasil.
Os pioneiros da radiologia brasileira se especializaram em diferentes áreas.
Fernando Chammas e Armando Rocha Amoedo se dedicaram à radiologia
pediátrica, Felício Jahara priorizou a neuroradiologia, Rodolfo Roca e
Amarino de Carvalho deram preferência ao estudo do tórax, Ubirajara Martins
e Hermilo Guerreiro, ao aparelho digestivo, e Alberto Álvares e José
Raimundo Pimentel à osteologia.
O primeiro curso de pós-graduação em radiologia do país a ser reconhecido
pelo Ministério da Educação foi o do Dr. Nicola Caminha.
Abércio Arantes Pereira se consagrou como um dos principais radiologistas da
área de ensino dirigindo o Instituto Estadual de Radiologia Manoel de Abreu e
depois o Serviço de Radiologia do Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro teve seu Departamento de
Radiologia oficialmente inaugurado em junho de 1972, tendo como seu
primeiro chefe o professor Nicola Casal Caminha.
Dr. Emílio Christovam de Amorim Dr. Nicola Casal Ca-minha.
A primeira sociedade dos médicos radiologistas do Brasil foi fundada em 12
de dezembro de 1929 na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio
de Janeiro e foi chamada “Sociedade Brasileira de Radiologia e Ele-
trologia”. Nesta data foram designados os Drs. Adauto Botelho, Og de
Almenida e Silva e Alkindar Monteiro Junqueira para elaborarem os
estatutos e apresentá-los na sessão preliminar seguinte, marcada para o dia
19 do mesmo mês. Após três sessões já estavam definidos os estatutos.
Na quarta sessão da sociedade, no dia 2 de janeiro de 1930, foi eleita sua
primeira diretoria, que tinha como presidente o Dr. Manoel de Abreu, vice-
presidentes Roberto Duque Estrada e Adalto Botelho e secretário geral
Alkindar Monteiro Junqueira.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE RADIOLOGIA
Quase 11 anos depois, no dia 17 de setembro de 1943, um novo grupo de
radiologistas liderados por Nicola Caminha, João Baptista Pulchério Filho, Júlio
Pires Magalhães, Alfredo Nogueira de Castro, Evaristo Machado Netto e
Vanner de Abreu se reuniram com o propósito de reorganizar a antiga
“Sociedade Brasileira de Radiologia e Eletrologia”, sob o nome de “Sociedade
Brasileira de Radiologia Médica” (SBRM), também sediada no Rio de Janeiro.
A nova sociedade teve como presidente o Dr. Manoel de Abreu e tinha como
finalidades: “promover o progresso no domínio da Radiologia como ciência e
como prática profissional; estimular o estudo dos problemas econômicos da
prática da Radiologia;promover o congraçamento, o estímulo, a união e a leal
cooperação entre os radiologistas”.
Dr. Roberto Duque Estrada assumiu a presidência da Sociedade em 10 de
janeiro de 1945, sucedendo o professor Manoel de Abreu, e já em seu discurso
de posse ressaltou a importância do Dr. Nicola Caminha como entusiasta do
novo grupo de radiologistas e merecedor do cargo de presidente.
O órgão máximo da radiologia no Brasil é o Colégio Brasileiro de
Radiologia, que foi fundado em 15 de setembro de 1948, durante a
realização da 1ª Jornada Brasileira de Radiologia, no Teatro da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo. Nesta data, a mesa era
composta pelos professores Rafael de Barros, José Maria Cabello Campos,
Carlos Osório Lopes, Adelaido Ribeiro, João Baptista Pulchério Filho e
Walter Bomfim Pontes.
Outros sócios fundadores eram os Drs. Feres Secaf, Waldemar Washington
de Oliveira, Apparício de Melo, Aloysio Livramento Barreto, Miguel Mário
Centola, Mathis Octávio Roxo Nobre e Fernando Chammas. Recentemente,
a especialidade recebeu a denominação de Radiologia e Diagnóstico por
Imagem, de acordo com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico
por Imagem.
COLÉGIO BRASILEIRO DE RADIOLOGIA
SÍMBOLO DA RADIOLOGIA
• TRIFÓLIO – representa o símbolo internacional
indicativo da presença de radiação ionizante, com a qual
labutam os profissionais das técnicas radiológicas.
• BASTÃO – representa o poder daquele que tem a
formação profissional o conhecimento técnico e científico
das aplicações das técnicas radiológicas.
• SERPENTE – representa a ciência, a sabedoria e a
transmissão do conhecimento compreendido de forma
sábia.
• ÁTOMO – aqui apresentado em sua forma espacial,
representado a energia, em todas as suas formas,
simbolizando a aplicação da mesma em outras áreas nas
quais atuam o profissional Tecnólogo e Técnico em
Radiologia.
• RODA DENTADA – simboliza as áreas industriais, cuja
atuação cabe também ao profissional das técnicas
radiológicas.
• ANO DE 1985 – representando o ano em que foi
regulamentada a profissão (Lei nº 7394/85).
JURAMENTO DOS PROFISSIONAIS DA RADIOLOGIA
“A grandeza de nossa profissão se revela quando
contribuímos para melhorar a qualidade de vida
dos seres vivos. Por acreditar nesse processo, que
prometemos honrar a Radiologia exercendo
nosso ofício com sabedoria e dignidade (...)
prometemos, ainda, jamais esquecer que a vida é
a nossa prioridade, sendo merecedora de todo
nosso respeito e carinho”.
PROTEÇÃO E HIGIENE 
DAS RADIAÇÕES
Prof Ian Lima

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