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GUIA DE CERTIFICAÇÃO EDIÇÃO 2017 CASA Implantação Uso Racional da Água Energia e Atmosfera Materiais e Recursos Qualidade Ambiental Interna Requisitos Sociais Inovação e Projeto Créditos Regionais 21 12 28 14 18 5 10 2 TOTAL DE PONTOS POSSÍVEIS 110 GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL WWW.GBCBRASIL.ORG.BR EDIÇÃO 2017 G U IA D E CERTIFICA ÇÃ O G REEN BU ILD IN G BRA SIL CA SA Certificação GBC Brasil Casa® 2 Edição 2017 Certificação GBC Brasil Casa® 3 Edição 2017 GUIA DE CERTIFICAÇÃO GBC BRASIL CASA® SEGUNDA VERSÃO DIREITOS AUTORAIS © 2017 Green Building Council Brasil. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada à fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. Todos os textos, gráficos, imagens e conteúdo técnico utilizado no Guia de Certificação GBC Brasil Casa®, são de propriedade do Green Building Council Brasil e são protegidos por direitos autorais. O uso não autorizado deste Guia viola seus direitos autorais e é proibido. Os códigos federais e estaduais, regulamentos, normas, etc., reproduzidos neste guia foram utilizados sob licença do Green Building Council Brasil. RETRATAÇÃO Nenhuma das partes envolvidas no financiamento ou criação do Guia de Certificação GBC Brasil Casa®, incluindo o Green Building Council Brasil, seus membros, seus contratantes, ou o governo Brasileiro, assume qualquer responsabilidade com o usuário ou terceiros em relação à precisão, integridade ou confiança de qualquer informação contida nesse Guia, ou por quaisquer prejuízos, perdas ou danos, decorrente de tal uso ou confiança. Como condição de uso, os usuários que não concordarem em renunciar o Green Building Council Brasil, seus membros, contratantes e governos, de todos e quaisquer prejuízos, perdas ou danos, que o usuário possa vir a ter no futuro, não têm o direito de fazer valer contra essas partes, qualquer demanda de cunho indenizatório. O construtor ou projetista é o único responsável por escolher a Certificação GBC Brasil Casa®, que é especificamente voltada para residências, para construir o seu empreendimento. A Certificação GBC Brasil Casa® é um trabalho totalmente voltado para o mercado imobiliário residencial do País, visando criar parâmetros nacionais de sustentabilidade para a demanda habitacional existente, buscando a viabilidade econômica, criação de ambientes mais saudáveis, eficiência no uso de recursos, redução da extração de recursos naturais do ambiente. As recomendações e sugestões presentes nesse Guia não possuem a intenção de substituir ou complementar as legislações de ordem pública destinada à construção civil, ambiental, trabalhista, entre outras. AGRADECIMENTO O desenvolvimento da Certificação GBC Brasil Casa® só foi possível graças aos esforços de muitos voluntários dedicados, membros da equipe e outros parceiros do GBC Brasil. Este Guia foi conduzido e executado por funcionários e consultores do GBC Brasil e incluiu a participação de mais de 200 profissionais voluntários de diversos setores da cadeia da construção civil, tais como empresas produtoras de materiais, construtoras, incorporadoras, universidades, inciativas públicas, entre outros. Nós gostaríamos de agradecer profundamente a todos os membros dos Comitês do Green Building Council Brasil. O apoio destes profissionais foi fundamental para o desenvolvimento deste trabalho. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO GBC BRASIL Presidente: Eduardo Eleutério – Diretor Executivo Isover, Saint Gobain Vice Presidente: Gisela Pinheiro – Vice Presidente – Function Materials and Solutions, BASF 1º Secretário: Patrícia Lombardi – Gerente de Marketing, Honeywell 2º Secretário: Marcos Bensoussan – Sócio Presidente, Setri Membros do Conselho: Celina Antunes – CEO – Chief Executive Officer América Latina, Cushman & Wakefield Edo Rocha – Sócio Proprietário & CEO, Edo Rocha Arquitetura Fabian Gil – Presidente América Latina, Dow José Moulin Netto – Ex Presidente GBC Brasil Manoel Gameiro – Ex Presidente GBC Brasil Martín Andrés Jaco – CEO – Chief Executive Officer, BR Properties Maurício Parolin Russomano – CCO – Chief Commercial Officer, Votorantim Paula Tauil – Diretora de Novos Negócios e Desenvolvimento, Cyrela Commercial Properties Raul Penteado – Presidente, Deca William Ribeiro – Diretor Comercial, Daikin COMITÊ DIRETIVO Ana Rocha Melhado – proActive Anderson Glauco Benite – Anderson Benite Rosana Corrêa – Casa do Futuro COMITÊ DE IMPLANTAÇÃO E INOVAÇÃO Presidente: Marcos Casado – Sustentech Vice Presidente: Angela Kayo – Angela Kayo Arquitetura e Urbanismo Integrantes: Alessandra Caiado Cardim – Cardim Arquitetura Paisagística Bruna Lodetti – Ca2 Consultores Associados Leonardo Camilo dos Santos – W & R Lenzi Myriam Tschiptschin – CTE Paulo Oropallo Pascotto – Susplan Ricardo Cardim – Cardim Arquitetura Paisagística Tatiana Tostes – MLM Brasil Vitor Tosetto – Lar Verde Lar COMITÊ USO EFICIENTE DA ÁGUA Presidente: Marco Yamada – Axiom Engenharia Vice Presidente: Virginia Sodre – Infinitytech Integrantes: Alexandre de Felippe – CTE Álvaro Diogo Sobral Teixeira – Infinitytech Carlos Eduardo Dzialoschinsky – Econoágua Daniel Pereira da Silva – W & R Lenzi Danny Braz – Regatec Diogo Fonseca – Sharewater Gustavo Bueno de Freitas – Infinitytech Marcelo Zlochevsky – Rain Bird Marcos Bensoussan – Setri Osvaldo Barbosa de Oliveira – Duratex S.A. / Deca Plinio Grizolia – Docol Metais Sanitários Plínio Tomaz – Plínio Tomaz Engenharia Wagner Oliveira da Silva – CTE COMITÊ ENERGIA E ATMOSFERA Presidente: Pablo Sandoval – Cushman & Wakefield Vice Presidente: Walter Lenzi – W & R Lenzi Integrantes: Antonio Oliveira – Somfy Arnaldo Lima – Edo Rocha Arquitetura Bruno Cerqueira Martinez – Petinelli Bruno Scalet – CTE Daniel Fraianeli – LG Frederik Purper – UL do Brasil Hilario Javier Lacoma – Lacoma Solutions Leticia Duque – Ca2 Consultores Associados Marcelo Hector Fiszner – Dow Marcio Takata – Greener Marcus Bianchi – Owens Corning Rafael Dutra – Trane Ricardo Antonio do Espirito Santo Gomes – Sustentech Rosana Correa – Casa do Futuro COMITÊ MATERIAIS E RECURSOS E REQUISITOS SOCIAIS Presidente: Luiza Junqueira – Straub Junqueira Vice Presidente: Cintia Cespedes – UL do Brasil Integrantes: Adriana Hansen – CTE Alessandra Caiado Cardim – Cardim Arquitetura Paisagística Bruna Lodetti – Ca2 Consultores Associados Carla Colpas – Duratex S.A. / Deca Claudia Takahashi – IPVC – Instituto do PVC Edson Polistchuck – Solvay Leonardo Camilo dos Santos – W & R Lenzi Leticia Pavan Castello – Duratex S.A. / Deca Lourdes Printes – LCP Engenharia & Construções Pamella Kahn – Sustentech Rafael Viñas – Fundação Espaço Eco (BASF) Sandra Pinho Pinheiro – Petinelli Vitor Tosetto – Lar Verde Lar COMITÊ DE QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO Presidente: Arnaldo Lima – Edo Rocha Arquitetura Vice Presidente: Adriana Camargo de Brito – Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) Integrantes: Antonio Oliveira – Somfy Carla Colpas – Duratex S.A. / Deca Daniel Fraianeli – LG Daniel Pereira da Silva – W & R Lenzi Davi Akkerman – ProAcústica Eduardo Straub – StraubJunqueira Juan Frias – ProAcústica Leticia Duque – Ca2 Consultores Associados Lilian Nakayama – CTE Marcelo Hector Fiszner – Dow Patricia Lombardi – Honeywell Patrick Murisset – Sustentech Rafael Coelho – JLL Rafael Dutra – Trane Rodrigo Cardim – Sondar PROJETOS PILOTOS DE CASAS • Apto. Sustentável: Paola Figueiredo – Sustentax • Vila Maresias: Lourdes Printes – LCP Engenharia & Construções • Casa da Chapada: Raquel Moussalem – Sebrae Mato Grosso • Catuçaba Ecovila: Márcio Kogan e Lair Reis – Studio Mk27 • Residência Sustentável: Lamberto Ricarte – • Casa Madagascar: José Henrique Bezerra – • Casa Doke: Ricardo Fernandes Martins – Doke • Gadia House: Beatriz Lima Cardoso Gadia – Bia Gadia Arquitetura • Casa Eudoxia: Angela Macke Ferreira – Macke Construções Inteligentes No site do GBC Brasil é possível encontrar mais informações sobre os projetos pilotosregistrados e certificados. SUMÁRIO PREFÁCIO .........................................................................................................................1 HISTÓRIA ... ........................................................................................................................1 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 2 BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO .....................................................................................3 COMO UTILIZAR ESTE GUIA ............................................................................................4 PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ..................................................................................... 6 DIVULGUE O SEU PROJETO ........................................................................................... 9 REQUISITOS MÍNIMOS PARA A CERTIFICAÇÃO ............................................................ 9 CHECKLIST PARA CONSULTA ....................................................................................... 11 IMPLANTAÇÃO (IMP) ......................................................................................15 IMP PR1: Controle da erosão, sedimentação e poeira na atividade da Construção ........................17 IMP PR2: Orientações de Arquitetura BioclimáticaIMP .....................................................................23 IMP PR3: Não utilizar Plantas Invasoras ...........................................................................................29 IMP PR4: Seleção do Terreno ...........................................................................................................33 IMP CR1: Desenvolvimento Urbano Certificado (ou IMP2 a IMP5) ..................................................39 IMP CR 2: Urbanização do Entorno e Ruas Caminháveis ................................................................43 IMP CR 3: Localização Preferencialmente Desenvolvida ................................................................ 49 IMP CR 4: Preservação ou Restauração do Habitat .........................................................................55 IMP CR5: Proximidade a Recursos Comunitários e Transporte Público ...........................................61 IMP CR6: Acesso a Espaço Aberto ...................................................................................................67 IMP CR7: Redução do Impacto da Obra no Terreno .........................................................................73 IMP CR8: Paisagismo .......................................................................................................................79 IMP CR9: Redução de Ilha de Calor .................................................................................................87 IMP CR 10: Controle e Gerenciamento de Águas Pluviais ...............................................................93 USO EFICIENTE DA ÁGUA (UEA) ................................................................ 99 UEA PR1: Uso Eficiente da Água – Básico .....................................................................................101 UEA PR2: Medição Única do Consumo de Água ............................................................................107 UEA CR1: Uso Eficiente da Água – Otimizado ...............................................................................111 UEA CR2: Medição Setorizada do Consumo de Água ................................................................... 115 UEA CR3: Uso de Fontes Alternativas Não Potáveis ......................................................................119 UEA CR4: Sistemas de Irrigação Eficiente ......................................................................................125 UEA CR5: Plano de Segurança da Água ........................................................................................129 ENERGIA E ATMOSFERA (EA) ....................................................................133 EA PR1: Desempenho Mínimo da Envoltória ................................................................................. 135 EA PR2: Fontes de Aquecimento de Água Eficientes .....................................................................139 EA PR3: Qualidade e Segurança dos Sistemas ..............................................................................145 EA PR4: Iluminação Artificial – Básica ............................................................................................153 EA CR1: Desempenho Energético Aprimorado .............................................................................. 157 EA CR2: Obter a etiqueta PBE Edifica ............................................................................................163 EA CR3: Desempenho Aprimorado da Envoltória ...........................................................................167 EA CR4: Fontes Eficientes de Aquecimento Solar ....................................................................... ..171 EA CR5: Iluminação Artificial – Otimizada .......................................................................................175 EA CR6: Equipamentos Eletrodomésticos Eficientes ......................................................................179 EA CR7: Energia Renovável ...........................................................................................................183 EA CR8: Comissionamento dos Sistemas Instalados .................................................................... 189 EA CR9: Medição Básica de Energia ..............................................................................................199 MATERIAIS E RECURSOS (MR) ............................................................... 203 MR PR1: Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção e Operação................................205 MR PR2: Madeira Legalizada .........................................................................................................211 MR CR1: Gerenciamento de Resíduos da Construção ..................................................................217 MR CR2: Madeira Certificada..........................................................................................................225 MR CR3: Rotulagem Ambiental Tipo I - Materiais Certificados ..................................................... 233 MR CR4: Rotulagem Ambiental Tipo II - Materiais Ambientalmente Preferíveis ...........................237 MR CR5: Rotulagem Ambiental Tipo III - Declaração Ambiental do Produto ................................249 MR CR6.1: Desmontabilidade e Redução de Resíduos - Sistemas Estruturais ...........................255 MR CR6.2: Desmontabilidade e Redução de Resíduos - Sistemas Não-estruturais ....................265 QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (QAI) ............................................. 273 QAI PR1: Controle de Emissão de Gases de Combustão ............................................................ 275 QAI PR2: Exaustão Localizada – Básica ......................................................................................279 QAI PR3: Desempenho mínimo do Ambiente Interno ...................................................................287 QAI CR1: Desempenho Térmico ...................................................................................................293 QAI CR2: Desempenho Lumínico .................................................................................................297 QAI CR3: Desempenho Acústico ..................................................................................................301 QAI CR4: Controle de Umidade Local ........................................................................................... 307 QAI CR5: Proteçãode Poluentes Provenientes da Garagem ....................................................... 311 QAI CR6: Controle de Partículas Contaminantes .........................................................................315 QAI CR7: Materiais de Baixa Emissão ..........................................................................................319 QAI CR8: Saúde e Bem Estar .......................................................................................................327 REQUISITOS SOCIAIS (RS) .................................................................... 333 RS PR1: Legalidade e Qualidade ..................................................................................................335 RS CR1: Acessibilidade Universal .................................................................................................341 RS CR2: Boas Práticas Sociais para Projeto e Obra ....................................................................345 RS CR3: Boas Práticas Sociais para Operação e Manutenção ....................................................351 RS CR4: Liderança em Ação .........................................................................................................355 INOVAÇÃO E PROJETO (IP) ................................................................... 359 IP PR1: Manual de Operação, Uso e Manutenção .......................................................................361 IP CR1: Projeto Integrado e Planejamento ...................................................................................365 IP CR2: Educação e Divulgação ...................................................................................................371 IP CR3: Inovação e Projeto ...........................................................................................................375 CRÉDITOS REGIONAIS (CR) .................................................................. 379 Prioridades Regionais: Norte .........................................................................................................381 Prioridades Regionais: Nordeste ...................................................................................................383 Prioridades Regionais: Sul ............................................................................................................385 Prioridades Regionais: Sudeste ....................................................................................................387 Prioridades Regionais: Centro-Oeste ............................................................................................389 Certificação GBC Brasil Casa® 1 Edição 2017 PREFÁCIO Os ambientes construídos possuem um enorme impacto no meio ambiente, economia, saúde e bem estar dos usuários. Avanços na ciência da construção, tecnologia, serviços e sistemas estão cada vez mais disponíveis para os projetistas, construtores e proprietários que querem construir verde e maximizar o desempenho económico e ambiental. A Certificação GBC Brasil Casa® foi desenvolvida pelo Green Building Council Brasil, com a intensão de fornecer ferramentas necessárias para projetar, construir e operar residências com alto desempenho e práticas sustentáveis. Este Guia promove a abordagem da construção sustentável como um todo, abordando a importância do desempenho integrado das questões de implantação e seleção do terreno, economia de agua, eficiência energética, suporte ao uso de energias renováveis, escolha e gerenciamento dos materiais, qualidade ambiental interna, requisitos sociais, inovação e especificidades regionais. O Guia de Certificação GBC Brasil Casa® proporciona uma base para quantificar os benefícios e estratégias adotadas por residências sustentáveis, facilitando a disseminação desses conceitos para um número cada vez maior de residências brasileiras. Para o ocupante o proprietário destas edificações os benefícios são inúmeros, dentre eles, temos a redução dos custos operacionais frente a eficiência de sistemas diversos, valorização do imóvel e ambientes mais confortáveis e saudáveis. HISTÓRIA Em Setembro de 2012 o GBC Brasil lançou o referencial para Casas Sustentáveis, com o intuito de abordar e avaliar diferentes questões de sustentabilidade em projetos de residências unifamiliares. A iniciativa contou com a participação de 200 profissionais do setor para sua realização., A organização dos comitês técnicos teve início em meados de 2011, com a criação de grupos de discussões, que abordavam as distintas práticas e sistemas de uma edificação distribuídas nas seguintes categorias: implantação, uso racional da água, eficiência energética, materiais, qualidade do ambiente interno e responsabilidade social. Estes comitês, utilizando seu elevado conhecimento técnico e experiência de mercado, e como referência, outros selos de certificação já consolidados no mundo, definiram os parâmetros de sustentabilidade que são avaliados hoje na Certificação GBC Brasil Casa®. Para a versão 1 da Certificação, foram selecionados 9 projetos pilotos, localizados em diferentes estados do Brasil e construídos com diferentes tipologias construtivas, incluindo light steel frame, wood frame, estrutura mista, EPS (poliestireno expandido), bloco cerâmico e alvenaria estrutural. Com o auxilio desses projetos foi possível definir critérios de certificação aplicáveis para as diversas situações e particularidades encontradas no território brasileiro. Com o sucesso do lançamento da ferramenta de certificação para residências unifamiliares e amadurecimento do mercado, surgiu a necessidade de atualização do conteúdo e expansão dos critérios para a certificação de residências multifamiliares. Em 2016, o comitê técnico iniciou o trabalho de revisão e adaptação dos parâmetros de sustentabilidade para os condomínios e edifícios residenciais e juntamente com o auxilio de 11 projetos pioneiros consolidaram, em 2017, a versão 2 da Certificação GBC Brasil Casa® e lançando a Certificação GBC Brasil Condomínio® A Versão 2 é composta por dois Guias de Certificação que trazem critérios de sustentabilidade Certificação GBC Brasil Casa® 2 Edição 2017 para as residências unifamiliares – Certificação GBC Brasil Casa®, e Multifamiliares – Certificação GBC Brasil Condomínio®. O GBC Brasil acredita ser extremamente importante criar parâmetros técnicos e desenvolver conceitos sustentáveis para o setor residencial no país. Além de viabilizar a redução de custos operacionais, este Guia tem a função de incentivar a criação de políticas públicas e benefícios fiscais para residências que adotam sistemas de sustentabilidade em seus projetos, além de promover a saúde e bem estar dos ocupantes. Esperamos que através da conscientização da população, por meio de educação ambiental e construtiva, o consumidor final possa fazer exigências sustentáveis aos governantes e mercado, contribuindo para que o Brasil seja referência mundial na construção civil. OBJETIVOS A Certificação GBC Brasil Casa® visa promover a transformação do setor da construção por meio de estratégias desenvolvidas para alcançar seis objetivos: •Mitigação dos impactos da mudança climática; •Melhoraria da saúde humana e bem estar do ocupante; •Proteção e restauração de recursos hídricos; •Proteção e restauração da biodiversidade e os serviços ecossistêmicos; •Desenvolvimento da economia verde; •Aumento da comunicação e educação, contribuindo para o aumento da equidade social, justiça ambiental, saúde comunitária e qualidade de vida. Esses objetivos são a base para os pré-requisitos e créditos da Certificação GBC Brasil Casa®, que são classificados em 8 categorias: Implantação (IMP), Energia e Atmosfera (EA), Uso Eficiente da Água (UEA), Materiais e Recursos (MR), Qualidade Ambiental Interna (QAI), Requisitos Sociais (RS), Inovação e Projeto (IP) e CréditosRegionais (CR). Os objetivos também norteiam a ponderação dos pontos em direção à certificação. Cada crédito possui uma pontuação com base na importância relativa de sua contribuição para os objetivos listados. Os créditos que abordam diretamente os objetivos mais importantes recebem o maior peso. Para que uma residência conquiste a certificação é necessário atender todos os pré-requisitos, itens obrigatórios, e uma quantidade mínima de pontos através do atendimento dos créditos, demonstrando um desempenho acima do convencional. A certificação é concedida em quatro níveis (Verde, Prata, Ouro e Platina) para incentivar a busca por maiores resultados e um rápido progresso em direção aos objetivos. Certificação GBC Brasil Casa® 3 Edição 2017 A imagem abaixo mostra a distribuição dos pesos e ponderações entre os diversos créditos e categorias, conforme os seis objetivos da Certificação. BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO A Certificação GBC Brasil Casa® é projetada para enfrentar os desafios ambientais, respondendo às necessidades de um mercado competitivo. A certificação demonstra liderança, inovação, gestão ambiental e responsabilidade social. As residências com certificação GBC Brasil Casa® são projetadas para oferecer os seguintes benefícios: •Custos operacionais mais baixos e aumento do valor patrimonial; •Redução de resíduos enviados para aterros sanitários; •Conservação de energia e água; •Ambientes mais saudáveis e produtivos para ocupantes, resultando em melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar; •Redução das emissões de gases de efeito estufa; •Qualificação para descontos fiscais, subsídios de zoneamento e outros incentivos financeiros por parte do poder público. 28% 22% 20% 12% 10% 8% MUDANÇAS CLIMÁTICAS SAUDE E BEM ESTAR BENEFÍCIOS ECONOMICOS RECURSOS HIDRICOS BIODIVERSIDADE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO Certificação GBC Brasil Casa® 4 Edição 2017 COMO UTILIZAR ESTE GUIA O Guia de Certificação GBC Brasil Casa® é um documento de apoio que fornece diretrizes para a construção e certificação de residências sustentáveis. Ele auxilia as equipes de projeto e construtores a compreenderem: • As medidas e estratégias que atendem aos critérios de certificação GBC Brasil Casa®. • Os benefícios de se atingir cada critério (ganhando assim pontos para a certificação). • Recursos que fornecem informações adicionais sobre cada crédito. • Identificação e cumprimento das Normas Técnicas que disciplinam os diversos sistemas e serviços oriundos de uma edificação. Este Guia não foi desenvolvido com o sentido de estabelecer como os projetistas e arquitetos devem projetar, mas sim fornecer ferramentas para que os projetos possuam características e diretrizes eficientes, trazendo benefícios para todos. As equipes de projetos devem desenvolver e implementar estratégias para atender aos critérios exigidos por cada crédito. Dentro de cada categoria, a informação é organizada seguindo a mesma estrutura, facilitandoa compreensão das informações fornecidas. As categorias abordadas por esse Guia de Certificação são: IMPLEMENTAÇÃO (IMP) QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (QAI) REQUISITOS SOCIAIS (RS) INOVAÇÃO E PROJETO (IP) CRÉDITOS REGIONAIS (CR) USO EFICIENTE DA ÁGUA (UEA) ENERGIA E ATMOSFERA (EA) MATERIAIS E RECURSOS (MR) Certificação GBC Brasil Casa® 5 Edição 2017 Os Pré-requisitos e Créditos seguem a estrutura ilustrada na imagem abaixo, fornecendo as seguintes informações: A – Indicação de pré-requisito (obrigatório) ou crédito, com pontuação possível de ser obtida. B – Indicação do Título C – Guia lateral com indicação da seção que esta sendo abordada e número do pré-requisito (PR) ou crédito (CR). D – Objetivo do pré-requisito ou crédito. E – Requisitos necessários para o atendimento do pré-requisito e crédito. F – Estrutura geral com mais detalhes e informações de apoio, composta por: 1. Introdução: Breve explicação sobre a intenção e importância da prática requisitada ou requerida. 2. Orientações para Implantação. 2.1 Dicas de Abordagem: Dicas e exemplos de aplicação para atender o pré-requisito ou o crédito proposto 2.2 Metodologias de Cálculos: Explicações sobre os cálculos que devem ser realizados. 2.3 Adequação Regional: Dicas e pontos de atenção para possíveis interferências e variações regionais no atendimento do item proposto. 3. Gestão da Operação e Manutenção: Dicas para a correta manutenção e operação do item proposto, de forma a reunir todas as informações necessárias para manter e otimizar o desempenho do mesmo. 4. Documentação Necessária: Lista de documentos e informações a serem enviadas para comprovar o atendimento do item proposto. 5. Créditos relacionados: Lista de outros pré-requisitos e créditos que apresentam sinergia com o item proposto. 6. Mudanças entre as versões 1 e 2: Guia rápido com informação sobre o que mudou entre as versões da certificação. 7. Leis e Normas: Referencias legislativas que são referenciadas para o atendimento do pré-requisito ou crédito. 8. Bibliografia: Referências gerais (leis, normas, publicações, sites, entre outros). 9. Desempenho Exemplar: Possibilidade de bonificação adicional frente o desempenho superior ao exigido por um crédito, recebendo 1 ponto extra pelo desempenho exemplar, que será contabilizado no crédito IP CR 3: Inovação e Projeto. 10. Glossário: dicionário técnico. G – Número da Página. Certificação GBC Brasil Casa® 6 Edição 2017 PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO O Processo de Certificação consiste basicamente em 4 etapas: Registro, Verificação, Revisão e Certificação, conforme descrito abaixo: 1. Registro Logo no início do desenvolvimento do projeto, junte sua equipe de projeto e obra (incluindo proprietário, incorporador e outros) e faça uma análise prévia de todos os pré-requisitos e créditos da Certificação GBC Brasil Casa®. Sua equipe de trabalho ajudará a identificar os créditos que serão buscados na certificação, levantarão as dificuldades e soluções e entenderão os principais passos necessários para que o trabalho seja um sucesso. É fundamental que você verifique se o projeto atende todos os requisitos mínimos da certificação descritos nesse guia, sendo elegível para o processo de Certificação. Prazo para Registro: Ideal que seja logo no início do desenvolvimento do projeto, antes da conclusão dos projetos arquitetônicos e antes ainda do início da obra. Devido à existência de pré-requisitos obrigatórios relacionados a etapa de projeto e obra, um projeto pode ter o processo inviabilizado em função do não atendimento de algum pré-requisito por conta do início e evolução avançada da obra. TÍTULO OBJETIVO REQUISITOS 1. INTRODUÇÃO 2. ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO 2.1 Dicas de Abordagem 2.2. Metodologia de Cálculos 2.3 Adequação Regional 3. GESTÃO DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 4. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA 5. CRÉDITOS RELACIONADOS 6. MUDANÇAS ENTRE VERSÕES 1 E 2 7. LEIS E NORMAS 8. BIBLIOGRAFIA 9. DESEMPENHO EXEMPLAR 10. GLOSSÁRIO PR/CR:OBR/PTS C A D E F G# B Certificação GBC Brasil Casa® 7 Edição 2017 No site do GBC Brasil, você deve preencher o formulário de registro, completando os espaços Para registrar seu projeto acesse: www.gbcbrasil.org.br Após preenchimento das informações do formulário de registro, você receberá um e-mail de contato da nossa equipe, que enviará uma cópia do contrato de Certificação. A qualquer momento contate nossa equipe: referencialcasa@gbcbrasil.com.br 2. Verificação A fim de verificar se o projeto está caminhando corretamente e atendendo adequadamente determinadas diretrizes para o processo de certificação, você necessitará realizar visitas no local, visualizando o processo de projeto e obra. A verificação no canteiro envolve o trabalho com sua equipe de projeto e obra para promover visitas e traçar diretrizes ou sanar dúvidas quando necessário. Além das verificações in loco, a obra deve ser acompanhada e fotografada em todas as etapas. O consultor,arquiteto ou proprietário deve fazer este acompanhamento para a comprovação dos créditos e pré-requisitos posteriormente. Toda a documentação de suporte para comprovação de cada crédito e pré-requisito também deve ser separada conforme o andamento de cada item. A equipe de auditoria poderá realizar uma visita in loco na obra. Todos os custos referentes à eventual visita técnica estão incluídos nos valores indicados na tabela de custos da Certificação GBC Brasil Casa®. 3. Revisão Após juntar toda a documentação de suporte e ter preenchido todos os formulários de atendimento de cada pré-requisito e crédito, você deve submeter todo o conjunto para revisão. A submissão desta documentação a princípio, será feita de forma eletrônica (via qualquer forma de compartilhamento online), pelo seguinte e-mail: referencialcasa@gbcbrasil.org.br É necessário entrar em contato com a equipe do GBC Brasil e informar sobre a data de envio da documentação para a auditoria com pelo menos 2 meses de antecedência. O prazo máximo para o envio da documentação para a auditoria é até 1 ano após a construção final. Sugerimos a organização de cada crédito a ser submetido, em pastas separadas, com todos os documentos de cada item copiados em cada pasta. Toda a documentação recebida será revisada por uma empresa de terceira parte, contratada e terceirizada pelo GBC Brasil. A organização só fará a ponte de recebimento da documentação por parte do administrador do projeto, e posterior envio para análise. Revisão de Projeto e Revisão de Obra É possível enviar a documentação para a auditoria uma única vez para a revisão final de obra, ou em duas etapas: etapa de obra e etapa de projeto. Para a revisão em duas etapas, é possível enviar todos os pré-requisitos e créditos listados como pertencentes à fase de projeto (pré-obra) para revisão, juntando todas documentações de suporte. O GBC Brasil responderá dentro de 25-30 dias úteis sobre o atendimento de cada item. Caso o projeto atenda a todos os pré-requisitos da etapa de projeto, será emitida uma certificação de Projeto, valorizando essa etapa conforme os critérios de sustentabilidade da Certificação. Os créditos que não forem aprovados ou não forem enviados para esta primeira revisão ainda poderão buscar estes pontos na revisão de obra (final). Certificação GBC Brasil Casa® 8 Edição 2017 Para iniciar o processo de revisão e auditoria final, a equipe deve enviar, após o término da obra, todos os formulários e documentos finais pelo e-mail: referencialcasa@gbcbrasil.org.br. O GBC Brasil responderá dentro de 25 a30 dias úteis, enviando um relatório com a indicação dos créditos e pré-requisitos que foram aprovados e os que foram recusados. Sua equipe pode aceitar o resultado final como definitivo ou submeter uma nova ou revisada documentação, para reavaliação, por meio de um Recurso. Caso deseje entregar a documentação em uma única etapa, a mesma deve ser entregue após o término da obra, conforme indicado acima, desconsiderando a etapa de projeto. A Certificação da etapa de projeto indicará apenas o ano do seu recebimento e não possuirá nenhuma indicação de nível. O nível será resultado da conclusão do processo de certificação, e verificação de todos os pré-requisitos e créditos de projeto e obra. Reavaliação ou Recurso A fase de revisão final (obra) fornece uma rodada adicional de revisão (reavaliação via recurso) e permite que você e sua equipe submetam informação complementar e aperfeiçoada ou adicione novos créditos que não estavam previstos inicialmente no projeto. Para solicitar uma reavaliação ou recurso você possuirá o prazo de 15 dias úteis para enviar o formulário de recurso preenchido, bem como todas as informações e documentos extras por crédito para reavaliação. Esta reavaliação possui um limite de 1 (uma) revisão por crédito, conforme indicação de negação definitiva por parte do auditor. A nossa equipe retornará em até 15 dias úteis com a resposta e resultado do seu recurso. Cada reavaliação ou recurso custará o valor de R$ 500,00 por crédito ou pré-requisito, a serem pagos dentro de 7 dias corridos, após recebimento do boleto. Revisão Acelerada Caso você possua um cronograma apertado para o recebimento da Certificação GBC Brasil Casa®, contate o GBC Brasil antes do envio dos documentos para revisão ter o prazo reduzido para 15 a 20 dias úteis. Seu pedido será avaliado pela nossa equipe e aprovado conforme disponibilidade. O custo para a revisão acelerada de todo o projeto é de R$3.000,00. Formulários da Certificação Tabelas em Excel que ajudam no desenvolvimento de cada crédito e pré-requisito, indicando os documentos de suporte necessários para a comprovação dos mesmos. Estes formulários são disponibilizados pelo GBC Brasil, para todos os projetos inscritos na Certificação GBC Brasil Casa®. Documentação de Suporte É necessário enviar uma documentação de suporte que complemente a narrativa obrigatória dos Formulários da Certificação. Tudo o que for descrito no crédito (item 4 de cada pré-requisito e crédito), deve ser comprovado por meio do envio destes documentos, sejam eles relatórios, imagens, textos, notas fiscais, fotos, ou qualquer outro tipo de comprovação. Todos os documentos de suporte e os formulários de cada crédito e pré-requisitos devem ser enviados de forma eletrônica (nunca impressa) e todos juntos com cada crédito referente. 4. Certificação Este é o último passo no processo de revisão. Após a conclusão da revisão, a somatória de pontos que o projeto atingiu indicará um nível de Certificação final. Existem 4 níveis de Certificação: Certificação GBC Brasil Casa® 9 Edição 2017 O Responsável pelo projeto receberá o anúncio da conclusão da Certificação com a pontuação obtida, juntamente com um certificado em PDF. DIVULGUE SEU PROJETO Seu trabalho com a certificação é algo a ser celebrado e comunicado a todos. Alcançar a certificação lhe dá a oportunidade de compartilhar sua expertise, divulgar seu projeto, fotos, visão, e desempenham um papel fundamental na educação de outras equipes de projeto. O GBC Brasil incentiva que você divulgue e promova o seu projeto. Para isso, fornecemos um Guia de Relações Públicas para projetos com Certificação GBC Brasil® disponível para download em nosso website. Caso tenha interesse é possível encomendar placas e certificados extras. Veja mais detalhes sobre a pós-certificação no Guia. Para fazer o download do Guia, acesse o site do GBC Brasil. O GBC Brasil divulga os projetos registrados e certificados através de uma planilha disponível para download no website, onde dados do projeto são disponibilizados no intuito de educar, destacar as lideranças, compartilhar as melhores estratégias utilizadas, e fomentar o movimento das construções sustentáveis no Brasil. No momento da inscrição ou a qualquer momento, você pode optar pela confidencialidade do seu projeto. Todos os projetos confidenciais que receberem a certificação serão solicitados a fazer a transição para o status público. Nós respeitamos a sua privacidade, e se você optar por manter seu status do projeto “privado”, as informações de seu projeto não serão compartilhadas. REQUISITOS MÍNIMOS PARA A CERTIFICAÇÃO Os Requisitos Mínimos para a Certificação são as características ou condições mínimas que tornam o projeto elegível para se inscrever na certificação GBC Brasil Casa®. São eles: 1. Ser uma Construção Permanente A Certificação GBC Brasil Casa® foi projetada para avaliar residências levando em consideração a relação das edificações com o seu entorno. Dessa forma, é fundamental que os projetos VERDE PRATA OURO PLATINA 40 - 49 Pontos 50 - 59 Pontos 60 - 79 Pontos 80+ Pontos Certificação GBC Brasil Casa® 10 Edição 2017 sejam estruturas permanentes. O projeto deve ser construído e operado como construção permanente, localizada em um terreno existente, e concebida para não se movimentar em qualquer ponto de sua vida útil. Estruturas móveis pré-fabricadasou modulares, como containers, podem ser certificadas desde que sejam projetadas para serem fixas e permanentes. 2. Definir limites razoáveis para o projeto A Certificação GBC Brasil Casa® foi projetada para avaliar todos os impactos ambientais associados à fase de projeto e obra de construções residenciais. Definir um limite de perímetro razoável para o projeto garante que o mesmo seja avaliado com precisão. O limite do projeto deve incluir todas as terras contíguas que estão associadas ao mesmo e suportam as atividades residenciais. Áreas de uso não residencial devem ser tratadas de forma completamente independente e devem ser excluídas do processo de Certificação. O limite do projeto não pode ser alterado ao logo do processo de Certificação para tirar vantagem do cumprimento de determinado pré-requisito ou crédito. O perímetro de atuação do projeto deve ser comunicado de forma clara e deve ser tratado com consistência ao longo do processo de Certificação. 3. Cumprimento das leis ambientais O projeto que busca a Certificação GBC Brasil Casa® deve cumprir com todas as leis e regulamentos ambientais, federais, estaduais e locais vigentes para a construção da residência. Esta condição deve ser atendida a partir da data do registro do projeto e até a data em que a residência receber o certificado de conclusão do processo. A perda de licenças ou demais atos de competência do Poder Público pertinente as leis e regulamentos acima mencionados podem acarretar no cancelamento da certificação conquistada. Certificação GBC Brasil Casa® 11 Edição 2017 CHECKLIST PARA CONSULTA Categoria Pré-Requisito / Crédito Nome Projeto / Obra Desempenho Exemplar Pontos IMPLANTAÇÃO (IMP) IMP P Controle da erosão, sedimentação e poeira na atividade da Construção O Não OBR IMP P Orientações de Arquitetura Bioclimática P Não OBR IMP P Não utilizar Plantas Invasoras O Não OBR IMP P Seleção do Terreno P Não OBR IMP C Desenvolvimento Urbano Certificado (ou IMP2 a IMP5) P Não 10 IMP C Urbanização do Entorno e Ruas Caminháveis P Não 2 IMP C Localização Preferencialmente Desenvolvida P Não 3 IMP C Preservação ou Restauração do Habitat P Sim 2 IMP C Proximidade a Recursos Comunitários e Transporte Público P Não 3 IMP C Acesso a Espaço Aberto P Não 1 IMP C Redução do Impacto da Obra no Terreno O Não 1 IMP C Paisagismo P Sim 5 IMP C Redução de Ilha de Calor O Sim 2 IMP C Controle e Gerenciamento de Águas pluviais P Sim 2 USO EFICIENTE DA ÁGUA (UEA) UEA P Uso Eficiente da Água - Básico P Não OBR UEA P Medição Única do Consumo de Água O Não OBR UEA C Uso Eficiente da Água - Otimizado P Sim 3 UEA C Medição Setorizada do Consumo de Água O Não 2 UEA C Uso de Fontes Alternativas Não Potáveis P Não 3 UEA C Sistemas de Irrigação Eficiente P Não 3 UEA C Plano de Segurança da Água O Não 1 Certificação GBC Brasil Casa® 12 Edição 2017 ENERGIA E ATMOSFERA (EA) EA P Desempenho Mínimo da Envoltória P Não OBR EA P Fontes de Aquecimento de Água Eficientes P Não OBR EA P Qualidade e Segurança dos Sistemas O Não OBR EA P Iluminação Artificial - Básica O Não OBR EA C Desempenho Energético Aprimorado P Não 10 EA C Obter a Etiqueta PBE Edifica O Não 2 EA C Desempenho Aprimorado da Envoltória P Não 4 EA C Fontes Eficientes de Aquecimento Solar P Não 2 EA C Iluminação Artificial - Otimizada O Sim 2 EA C Equipamentos Eletrodomésticos Eficientes O Não 1 EA C Energia Renovável P Sim 4 EA C Comissionamento dos Sistemas Instalados O Não 2 EA C Medição Básica de Energia P Não 1 MATERIAIS E RECURSOS (MR) MR P Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção e Operação P Não OBR MR P Madeira Legalizada O Não OBR MR C Gerenciamento de Resíduos da Construção O Sim 3 MR C Madeira Certificada O Sim 2 MR C Rotulagem Ambiental Tipo I - Materiais Certificados O Sim 1 MR C Rotulagem Ambiental Tipo II - Materiais Ambientalmente Preferíveis O Sim 3 MR C Rotulagem Ambiental Tipo III - Declaração Ambiental do Produto O Sim 3 MR C Desmontabilidade e Redução de Resíduos - Sistemas Estruturais O Não 1 MR C Desmontabilidade e Redução de Resíduos - Elementos Não-estruturais O Não 1 Certificação GBC Brasil Casa® 13 Edição 2017 QUALIDADE AMBIENTAL INTERNA (QAI) QAI P Controle de Emissão de Gases de Combustão P Não OBR QAI P Exaustão Localizada - Básica P Não OBR QAI P Desempenho mínimo do Ambiente Interno P Não OBR QAI C Desempenho Térmico P Não 3 QAI C Desempenho Lumínico P Não 3 QAI C Desempenho Acústico O Não 3 QAI C Controle de Umidade Local P Não 1 QAI C Proteção de Poluentes Provenientes da Garagem P Não 1 QAI C Controle de Partículas Contaminantes O Não 3 QAI C Materiais de Baixa Emissão O Não 2 QAI C Saúde e Bem Estar P Não 2 REQUISITOS SOCIAIS (RS) RS P Legalidade e Qualidade O Não OBR RS C Acessibilidade Universal P Sim 1 RS C Boas Práticas Sociais para Projeto e Obra O Sim 2 RS C Boas Práticas Sociais para Operação e Manutenção O Não 1 RS C Liderança em Ação O Não 1 INOVAÇÃO E PROJETO (IP) IP P Manual de Operação, Uso e Manutenção O Não OBR IP C Projeto Integrado e Planejamento P Não 3 IP C Educação e Divulgação O Não 2 IP C Inovação e Projeto O Não 5 CRÉDITOS REGIONAIS (CR) CR C Prioridades Regionais - Norte O Não 2 CR C Prioridades Regionais - Nordeste O Não 2 CR C Prioridades Regionais - Sul O Não 2 CR C Prioridades Regionais - Sudeste O Não 2 CR C Prioridades Regionais - Centro-Oeste O Não 2 TOTAL 110 Certificação GBC Brasil Casa® 14 Edição 2017 Certificação GBC Brasil Casa® 15 Edição 2017 Visão Geral Os créditos relacionados com implantação são fundamentais para as práticas da construção sustentável. Ao compreender os impactos ambientais causados pela Construção Civil é possível elaborar estratégias promovendo uma construção mais consciente e de qualidade. Os créditos desta sessão abordam questões presentes em todas as fases de projeto, desde sua concepção até os acabamentos finais, levando em consideração as preocupações ambientais relacionadas à seleção do terreno, administração da atividade de construção, orientação do projeto, conexão com a cidade previamente desenvolvida e redução dos impactos ambientais. Os créditos desta categoria promovem as seguintes medidas: Seleção e desenvolvimento do terreno As construções afetam os ecossistemas de várias formas. É fundamental para a preservação do meio ambiente priorizarmos a construção em áreas previamente desenvolvidas ou locais que possam ser recuperados, e respeitarmos os corpos hídricos e habitat naturais. A opção pela construção em locais previamente desenvolvidos reduz a necessidade da utilização do automóvel, responsável pelas mudanças climáticas, poluição atmosférica, chuva ácida, e outros problemas de qualidade do ar. O planejamento prévio permite com que o projeto seja desenvolvido de forma sábia, usufruindo da infraestrutura existente e reduzindo os impactos ambientais. Paisagismo Sustentável O plantio de plantas convencionais e práticas de manutenção normalmente requerem irrigação e utilização de produtos químicos. As práticas de paisagismo sustentáveis minimizam a utilização de fertilizantes, pesticidas e irrigação e colaboram para a prevenção da erosão e sedimentação do solo. A perda de nutrientes, compactação do solo e diminuição da biodiversidade de organismos do solo pode limitar severamente a vitalidade vegetal. O paisagismo sustentável envolve a priorização de espécies nativas e adaptadas, que exigem menos manutenção, irrigação e necessidade de utilização de fertilizantes químicos e pesticidas, em comparação com a maioria das espécies convencionais. Gerenciamento de águas pluviais Com o aumento de áreas urbanizadas e diminuição das áreas permeáveis ocorre o aumento do escoamento de águas pluviais, o que prejudica o meio ambiente. Uma vez que a água pluvial não é absorvida e drenada por superfícies permeáveis, ela escoa pela superfície e é contaminada com petróleo, combustíveis, lubrificantes e materiais descartados, contribuindopara a erosão e sedimentação do solo e quando em contato com os cursos de água, poluição e alteração do habitat aquático. É necessário adotar estratégias eficazes para controlar, reduzir e tratar o escoamento de águas pluviais provocado pela impermeabilização do terreno. IMPLANTAÇÃO (IMP) IMP Certificação GBC Brasil Casa® 16 Edição 2017 Redução do efeito de Ilha de Calor A utilização de materiais escuros e não reflexivos, para áreas de estacionamento, telhado, calçada e outras superfícies de área considerável, contribuem para o efeito de ilha de calor. Estas superfícies absorvem radiação solar e irradiam o calor para as áreas ao redor, aumentando a temperatura ambiente. Ao instalar superfícies reflexivas e vegetação, o projeto colabora com a redução do efeito de ilha de calor e consequentemente o consumo energético para o resfriamento. Saúde e Bem-estar A opção pela construção em local que tenha conectividade com o entorno, prioriza o pedestre em relação ao veículo e irá possibilitar a prática diária de exercícios físicos, tais como caminhadas, de forma a proporcionar benefícios para a sua saúde física e mental. Além disso, a redução da necessidade do uso do automóvel também é responsável por minimizar a poluição atmosférica (responsável por uma série de doenças) e melhorar a qualidade do ar no local, assim como o controle de poeira na atividade de construção. A redução do efeito ilha de calor colabora para a melhora do conforto térmico dos ocupantes. Ao incluir o paisagismo e superfícies vegetais o projeto favorece a Biofilia, promovendo a interação homem-natureza, a exposição à visão da natureza pode melhorar o bem-estar dos usuários. Resumo dos itens desta categoria: Pré-requisito 1 Controle da erosão, sedimentação e poeira na atividade da Construção Obrigatório Pré-requisito 2 Orientações de Arquitetura Bioclimática Obrigatório Pré-requisito 3 Não utilizar Plantas Invasoras Obrigatório Pré-requisito 4 Seleção do Terreno Obrigatório Crédito 1 Desenvolvimento Urbano Certificado (ou IMP2 a IMP5) 10 Crédito 2 Urbanização do Entorno e Ruas Caminháveis 1 a 2 Crédito 3 Localização Preferencialmente Desenvolvida 1 a 3 Crédito 4 Preservação ou Restauração do Habitat 1 a 2 Crédito 5 Proximidade a Recursos Comunitários e Transporte Público 1 a 3 Crédito 6 Acesso a Espaço Aberto 1 Crédito 7 Redução do Impacto da Obra no Terreno 1 Crédito 8 Paisagismo 1 a 5 Crédito 9 Redução de Ilha de Calor 1 a 2 Crédito 10 Controle e Gerenciamento de Águas pluviais 1 a 2 Implantação (IMP) 21 Pontos Certificação GBC Brasil Casa® 17 Edição 2017 Minimizar danos ambientais de longo prazo no lote da residência, durante o processo de construção. Criar e implementar um plano de erosão e sedimentação para todas as atividades de construção associadas ao projeto. Priorizar durante a construção, planos e projetos apropriados de medidas para o controle da erosão. Executar todos os métodos de controle de erosão descritos abaixo, quando aplicáveis, e comprovar o controle mensal dessas medidas: a) Estocar e proteger o solo manejado do terreno (para reuso). b) Controlar o padrão e a velocidade de escoamento de água com barreiras de contenção ou medidas similares. c) Proteger no terreno entradas de esgotos, fluxos de água, lagos ou corpos hídricos, vedar sedimentações, utilizar barreiras de contenção, sacos de areia, brita reciclada, manta bidim, filtros de pedras, telas de fachada ou outras medidas comparativas. d) Projetar área no terreno mais baixa, alagada, como uma vala artificial, para gerenciar água de escoamento e aumentar a infiltração de água de chuva, divergindo assim a água de superfície de encostas. e) Se ocorrer alterações de solo em uma área íngreme de encosta (inclinação ≥ 25%) durante a construção, é necessário o uso de barreiras de contenção como camadas de solo, mantas para controle de erosão, cobertura vegetal, filtros de barreira e contenção de sedimentação ou qualquer outra técnica similar para manter o solo estabilizado. f) Prevenir a poluição do ar por partículas e poeiras geradas pela obra. 1. INTRODUÇÃO A erosão do solo ocorre normalmente devido ao alto tráfego de pedestres, escoamento de água e tráfego de veículos, danificando a vegetação que deveria proteger o solo e promovendo a sedimentação de detritos em locais mais baixos, como rios e lagos, ou até mesmo dentro do próprio terreno. Estas ações naturais podem promover a geração de poeiras e partículas volantes e suspensas, poluindo o ar e ambiente, além de possuir um grande impacto na saúde humana, por afetar de forma negativa a respiração. REQUISITOS PRÉ-REQUISITO 1 OBRIGATÓRIO CONTROLE DA EROSÃO, SEDIMENTAÇÃO E POEIRA NA ATIVIDADE DA CONSTRUÇÃO OBJETIVO IMP PR1 IMP PR1 Certificação GBC Brasil Casa® 18 Edição 2017 As partículas de poeira fina entram facilmente pelas nossas vias respiratórias e pulmões e podem ser responsáveis por diversos problemas de saúde, como asma, bronquite, diminuição da função pulmonar e dificuldades respiratórias. Além disso, as partículas de poeira dispersas no ar podem viajar grandes distâncias e se estabelecerem em corpos hídricos, aumentando a acidez dos lagos e riachos e mudando o balanço de nutrientes. Identificar e eliminar as causas para este problema irá diminuir as perdas do solo, preservar a qualidade dos corpos hídricos e reduzir a poluição. A perda de nutrientes, compactação do solo e diminuição da biodiversidade pode limitar severamente a vitalidade do paisagismo. As consequências da erosão do solo incluem uma variedade de problemas que envolvem a qualidade da água. O escoamento pode trazer poluentes e detritos para lagos e rios próximos, causando o crescimento indesejado de plantas em sistemas aquáticos, incluindo a proliferação de algas que alteram a qualidade da água e do habitat, além de causar danos na infraestrutura e gestão de águas de chuvas. Solos compactados por veículos estacionados durante a construção podem causar maiores dificuldades em estabelecer qualquer novo paisagismo além de aumentar o risco de inundações e saturação do solo. Este requisito valoriza a instalação permanente de controles de erosão no local através de medidas adequadas para a prevenção de erosão do solo e preservação da qualidade da água nas regiões vizinhas. 2. ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO 2.1 Dicas de Abordagem Para minimizar os impactos do solo e controlar a erosão, sedimentação e poeira durante a construção, diversas medidas podem ser tomadas. Listar todas as estratégias de controle em uma tabela e descrever as formas de atendimento, conforme práticas especificas para determinado projeto. As tecnologias de controle incluem: Estabilização do solo (sedimentação temporária, permanente, controle por vegetação, etc.); controle estrutural e não estrutural (barreira de sedimentação, controle de solo por meio de diques de contenção, trincheira/vala de infiltração, cobertura de solo remanejado com lonas ou manta bidim, etc.); transporte de veículos dentro do terreno (área de transporte coberta com brita, área para lavagem de roda e captação da agua contaminada, locais de não intervenção, etc.); inspeções no local; etc. Alguns tipos de abordagem e implementação estão descritos abaixo: • Antes da construção, desenvolver um plano para todo o local que necessite controle de erosão, como zonas sem nenhuma modificação para implantação de árvores ou preservação de plantas (se aplicável) e localização específica no canteiro para materiais de construção. • Conduzir uma vistoria do local para identificar elementos e determinar uma estratégia de controle de escoamento e erosão. Incorporar os elementos específicos do plano para os desenhos e especificações da construção, com claras instruções e responsabilidades de cada profissional. • Educar equipes com o objetivo de executar as medidas de controle de erosão. • Conduzir inspeçõesregularmente, especialmente antes e depois de temporais, durante a fase de obra. Certificação GBC Brasil Casa® 19 Edição 2017 • Em grandes obras, classificar o local por fases de aplicação, para limitar a extensão e duração da exposição direta ao clima, evitando assim, o aparecimento de buracos no solo durante os meses de chuva. • Respeitar sempre as legislações existentes e no caso de mais restritivas, adotá-las. • Realizar varrição umidificada da obra, conforme necessidade de redução de partículas suspensas. • Construir sistemas de drenagem do solo no terreno. • Prever ancoragem dos sedimentos, evitando sua fuga e promovendo sua retenção. • Promover barreiras de fluxo de detritos, como barreiras de geotêxtil, estruturas mistas para detenção e filtragem, entre outros. • Instalar lava-rodas de caminhão na saída do canteiro. • Controlar os sólidos em suspensão através de líquido supressor de poeira. • Proteger as caçambas dos caminhões com lona. • Restaurar a paisagem prontamente ao termino da construção. • Plantar vegetações por fases, conforme os espaços se tornem acessíveis, ao invés de implantar tudo de uma vez só ao término da construção. • Estabilizar e proteger o solo através do uso de cobertura orgânica, mudas permanentes, manta bidim, lona, grama ou agregados na superfície. Utilizar cada estratégia, conforme demanda de utilização posterior do solo estocado. • Manter máquinas pesadas fora do terreno pode prevenir ou reduzir a compactação do solo. • Preservar a vegetação existente também é estimulado para o controle da erosão e é pontuado conforme crédito IMP8. Manter a vegetação existente por maior tempo possível, mesmo que seja removida no futuro, para proporcionar controle de erosão durante o período de obras. É necessária a realização de um acompanhamento periódico mensal, por algum envolvido no projeto (construtora ou consultoria), contendo as medidas de controle da erosão, sedimentação e poeira, incluindo relatório fotográfico explicativo com todas as medidas de controle durante o processo. Desta forma será possível o acompanhamento com uma maior proximidade à aplicação destas medidas de controle. 2.2 Metodologia de Cálculos Não há. 2.3 Adequação Regional Estados e prefeituras podem possuir diferentes leis, normas e regulamentos sobre controle de erosão e solo que devem ser atendidos. Porém, os itens exigidos por este pré-requisito devem ser atendidos independente da região de implantação do projeto. IMP PR1 IMP PR1 Certificação GBC Brasil Casa® 20 Edição 2017 3. GESTÃO DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Não há. 4. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA 5. CRÉDITOS RELACIONADOS Evitando a erosão, sedimentação e poeira do local durante a construção através da restauração e preservação você estará contribuindo também para o atendimento dos seguintes créditos: • IMP Crédito 4 – Preservação ou Restauração do Habitat • IMP Crédito 6 – Acesso a Espaço Aberto • IMP Crédito 7 – Redução do Impacto da Obra no Terreno • IMP Crédito 8 – Paisagismo Limitando o rompimento da hidrologia natural de um terreno e adotando uma estratégia de desenvolvimento de baixo impacto, você estará contribuindo também para o atendimento do crédito abaixo: • IMP Crédito 10 – Controle e Gerenciamento de Águas Pluviais 6. MUDANÇAS ENTRE AS VERSÕES 1 E 2 Não há. 7. LEIS E NORMAS REFERENCIADAS Não há. 8. BIBLIOGRAFIA Drenagem Urbana e Controle de Erosão – Autores: Carlos E. M. Tucci e Walter Collischonn. http://www.ufrgs.br/arroiodiluvio/a-bacia-hidrografica/artigos/SED.PDF Documentação Todos os Projetos Plano de Erosão, Sedimentação e Poeira para todas as fases de obra; X Relatório de acompanhamento mensal das atividades na obra, com fotos e descrições das ações corretivas em res- posta aos problemas encontrados; X Projeto de Canteiro de obra; X Formulário de Responsabilidade afirmando que todas as medidas cabíveis foram tomadas. X Certificação GBC Brasil Casa® 21 Edição 2017 Forma de Controle de Erosão Linear – EMBRAPA Meio Ambiente http://www.cnpma.embrapa.br/unidade/index.php3?id=243&func=unid Identificação e implicações para a conservação do solo das fontes de sedimentos em bacias hidrográficas http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832007000600039 International Erosion Control Association http://www.ieca.org/ Sociedade Brasileira de Ciência do Solo http://www.sbcs.org.br/ 9. DESEMPENHO EXEMPLAR Não há. 10. GLOSSÁRIO Corpos Hídricos – é qualquer acúmulo considerável de água, como manancial hídrico, curso d’água, trecho de rio, reservatório artificial ou natural, lago, lagoa ou aquífero subterrâneo. Erosão – é o desgaste do solo e das rochas, causado pelo intemperismo e atividades humanas. A erosão destrói as estruturas que compõem o solo fazendo com que ele perca a capacidade de suportar a vida vegetal. Escoamento de Água Pluvial – é a água produzida pela chuva, neve e outras formas de precipitação que é absorvida pela vegetação e outras superfícies não pavimentadas ou vão para sistemas de esgotos e corpos hídricos. Eutrofização - fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio) em uma quantidade de água, provocando um aumento excessivo de algas. Estas, por sua vez, fomentam o desenvolvimento dos consumidores primários e eventualmente de outros elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode levar a uma diminuição do oxigênio dissolvido, provocando a morte e consequente decomposição de muitos organismos, diminuindo a qualidade da água e eventualmente a alteração profunda do ecossistema. Sedimentação – é a deposição de qualquer sólido misturado em um líquido, fator que ocorre devido a atividades naturais e humanas. A sedimentação muitas vezes diminui a qualidade da água e pode acelerar o processo de envelhecimento de lagos, rios e córregos. IMP PR1 IMP PR1 Certificação GBC Brasil Casa® 22 Edição 2017 Certificação GBC Brasil Casa® 23 Edição 2017 Conhecer as necessidades ambientais da residência a ser construída e trabalhar nas decisões projetuais, em função da excelência do projeto arquitetônico, por meio de estudos de insolação e orientação do projeto Realizar uma análise de orientação e implantação do projeto verificando oportunidades de arquitetura bioclimática. O estudo de insolação pode ser realizado através de softwares de simulação ou aplicação de carta solar. É necessário comunicar os moradores sobre a orientação da unidade residencial, contendo informações simplificadas e claras relacionadas a analise de implantação e estratégias bioclimáticas utilizadas. Estas informações devem ser incluídas no Manual de Operação, Uso e Manutenção. 1. INTRODUÇÃO A adequada orientação solar da residência pode trazer muitos benefícios relacionados à sua eficiência energética, e ao menor consumo de energia, além de benefícios diretamente relacionados à saúde dos ocupantes. Um bom projeto de arquitetura deverá considerar o programa estipulado e a análise climática local, de forma a responder simultaneamente à eficiência energética e às necessidades de conforto dos futuros ocupantes da residência. Quando se projeta com a preocupação de indicar, nas edificações, a face Norte, e se utiliza tais fatores a favor, ocorre maior valorização, em termos de sua ocupação e manutenção. Esse pré-requisito pode ser apresentado simplesmente pela impressão e envio da carta solar, ou por meio da utilização de simulação computacional ou então por meio do programa gratuito Analysis SOL-AR, elaborado pelo LABEE, sendo possível o seu download gratuito pelo site do Laboratório, indicado abaixo. O SOL-AR é um programa gráfico que permite a obtenção da carta solar da latitude especificada, auxiliando no projeto de proteções solares através da visualização gráfica dos ângulos de projeção desejados sobre transferidor de ângulos, que pode ser plotado para qualquer ângulo de orientação. Deverão ser apresentados os resultadose mapas solares para o projeto e promover ao máximo o atendimento das estratégias propostas. REQUISITOS PRÉ-REQUISITO 2 OBRIGATÓRIO ORIENTAÇÕES DE ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA OBJETIVO IMP PR1 IMP PR2 Certificação GBC Brasil Casa® 24 Edição 2017 Caso não sejam atendidas as estratégias propostas pelo modelo, apresentar o relatório com as justificativas. 2. ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO 2.1 Dicas de abordagem O funcionamento de uma Carta Solar é relativamente simples. Basicamente, ela fornecerá dois ângulos, que serão usados para encontrar a orientação do raio solar em determinado momento do dia. O primeiro ângulo (“a” - azimute solar) é estabelecido em relação ao Norte e mostra a direção do raio solar. O segundo (“h” - altura solar) é estabelecido em relação à superfície e mostrará a inclinação desse mesmo raio Nota: A Carta Solar é feita para uma determinada latitude (30º Sul, por exemplo). Adotar a Imagem 1: Carta Solar – Projeção Estereográfica Vista dos ângulos “h” e “a” h Raio solar Linha do horizonte (solo) a Raio solar Norte Certificação GBC Brasil Casa® 25 Edição 2017 latitude da cidade mais próxima, que possua dados para essa medição. Quando a Carta Solar é analisada é possível verificar três fontes de informação: um anel externo com ângulos em relação ao norte (a); a malha, para localizar determinada data e hora; e um seguimento na parte inferior para fornecer a inclinação dos raios (h). As linhas horizontais são as datas do ano, já as verticais, os horários do dia. Supondo que se deseje achar a inclinação do sol no dia 16/04, em uma localidade situada a 20º sul, por exemplo. Para esta cidade teríamos a seguinte carta abaixo, e a primeira coisa a se fazer é cruzar as linhas de data (B) e hora (C), conforme demonstrado na Imagem 2. Em seguida, deve-se traçar uma linha do centro da carta passando pelo ponto do cruzamento de data e hora, até o anel externo. Feito isso já se terá a direção do sol em relação ao norte (D), que neste caso é algo entorno de 60º. Em seguida será necessário determinar a inclinação. Para isso, rebata a distância do ponto entre o cruzamento de data e horas e o centro da carta, para a escala situada na parte de baixo da mesma, conforme demonstrado na Imagem 3. Este ângulo encontrado revela a inclinação em relação à superfície (h), que em nosso caso é algo próximo de 40. Com isso já será possível saber em que posição o sol estará nessa data, conforme Imagem 4. Imagem 2: Carta Solar – Primeiro passo Imagem 3: Carta Solar – Segundo passo Imagem 4: Carta Solar- Posição do Sol IMP PR1 IMP PR2 Certificação GBC Brasil Casa® 26 Edição 2017 2.2 Metodologia de Cálculos Demonstrar os cálculos realizados para o estudo de orientação, através do programa computacional ou carta solar. 2.3 Adequação Regional A análise da insolação e implantação varia de acordo com a região do projeto. É necessário utilizar os dados corretos de latitude do terreno selecionado para fazer a análise de orientação. 3. GESTÃO DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO Não há. 4. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA 5. CRÉDITOS RELACIONADOS Ao realizar uma análise da insolação e verificar as necessidades de implantação, será possível propor estratégias projetuais que maximizem a eficiência do projeto e com isso você estará contribuindo para o atendimento dos seguintes créditos: • EA Pré-requisito 1 – Desempenho Mínimo da Envoltória • EA Crédito 1 – Desempenho Energético Aprimorado • EA Crédito 2 – Obter a Etiqueta PBE Edifica • EA Crédito 3 – Desempenho Aprimorado da Envoltória • QAI Pré-Requisito 1 – Desempenho Mínimo do Ambiente Interno • QAI Crédito 1 – Desempenho Térmico 6. MUDANÇAS ENTRE AS VERSÕES 1 E 2 • Alteração do título. • A utilização da carta solar não é obrigatória. É possível utilizar programas de simulação e outros métodos de análise de orientação. Documentação Todos os Projetos Análise de orientação e implantação do projeto (carta solar, simu- lação, ou outro método utilizado), considerando o terreno selecio- nado; X Estratégias bioclimáticas consideradas, conforme resultado de análise. Caso as estratégias do resultado não tenham sido utilizadas, apre- sentar o relatório com as justificativas. X Certificação GBC Brasil Casa® 27 Edição 2017 7. LEIS E NORMAS REFERENCIADAS Não há. 8. BIBLIOGRAFIA Manual de Conforto Térmico - Autores: Anésia Barros Frota e Anesia Barros Frota, Sueli Ramos Schiffer Site LABEE – Download gratuito do programa Analysis SOL-AR: http://www.labeee.ufsc.br/downloads/softwares/analysis-sol-ar Desempenho de Edificações Habitacionais – Guia Orientativo para Atendimento à norma ABNT NBR 15575 http://site.abece.com.br/download/pdf/130626CBICGuiaNBR2EdicaoVersaoWeb.pdf 9. DESEMPENHO EXEMPLAR Não há. 10. GLOSSÁRIO Arquitetura bioclimática – consiste em levar em consideração, no desenho das edificações, as condições climáticas, utilizando os recursos disponíveis na natureza (sol, vegetação, chuvas e ventos) para minimizar os impactos ambientais e reduzir o consumo energético. Insolação – quantidade de energia por unidade de área e por unidade de tempo que chega a um determinado lugar da superfície da Terra. A insolação varia de acordo com o lugar, com a hora do dia e com a época do ano. IMP PR1 IMP PR2 Certificação GBC Brasil Casa® 28 Edição 2017 Certificação GBC Brasil Casa® 29 Edição 2017 Utilizar no paisagismo plantas que não sejam invasoras. Esse pré-requisito permite o uso de espécies de plantas que não sejam nativas do país, porém, proíbe o uso de espécies invasoras. Esse pré-requisito se aplica a toda a paisagem projetada. É necessária a substituição de todas as espécies invasoras existentes na área de projeto (terreno), uma vez que elas podem facilmente espalhar-se pelo restante do terreno. Nota: Denominam-se plantas invasoras aquelas que se adaptam e proliferam muito bem em determinados ambientes, competindo assim com as espécies nativas regionais por nutrientes, luz solar e, mesmo, por espaço físico, ameaçando o desenvolvimento do bioma nativo. A ocorrência de plantas invasoras varia conforme as diversas regiões do país. 1. INTRODUÇÃO As espécies de plantas invasoras causam danos aos seres humanos, uma vez que eliminam a biodiversidade e promovem o desequilíbrio ecológico, afetando polinizadores e favorecendo pragas urbanas. Também causam danos ambientais, pois absorvem e destroem os ecossistemas naturais, incluindo as zonas pantanosas, e resistem a qualquer sistema de controle que não seja o uso de herbicidas. Além disso, o controle de espécies invasoras pode ser muito dispendioso para os proprietários de residências. Já as plantas nativas promovem a biodiversidade e a sustentabilidade do hábitat, proporcionando alimento e abrigo para a vida silvestre. Preservar a vegetação existente é alternativa mais econômica, em vez de instalar plantas provenientes de outros locais. Em muitos casos, as plantas produzidas em viveiros são mais caras e podem não resistir aos transplantes. O plantio de árvores adicionais e a instalação de outros elementos paisagísticos, assim como medidas de remediação de solo e da água podem influir nos custos. Existem muitas plantas invasoras no país, por causa do clima favorável à sua proliferação. Dessa forma, é necessário fazer a revisão dos padrões paisagísticos, para que sejam selecionadas as espécies que melhor se enquadrarem no clima existente e que não sejam consideradas invasoras. REQUISITOS PRÉ-REQUISITO 3 OBRIGATÓRIO NÃO UTILIZAR PLANTAS INVASORAS OBJETIVO IMP PR1 IMP PR3 Certificação GBC Brasil Casa® 30 Edição 2017 2. ORIENTAÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO 2.1 Dicas de abordagem Antes de plantar vegetação nos jardins, consultar especialistas – arquitetos, engenheiros ambientais, agrônomos e florestais, paisagistas, biólogos, botânicos, ecólogos, gestores ambientais, especialistas em plantas de agências governamentaislocais e regionais, e também de instituições de ensino e pesquisa – para identificar e selecionar espécies vegetais apropriadas, e, preferencialmente, nativas da região. No caso de plantas invasoras, consultar listagem de plantas invasoras locais, para garantir que nenhuma seja usada no projeto. Apresentar a listagem das plantas que serão usadas no projeto paisagístico e identificar as origens de cada espécie, indicando se são invasoras ou não. Atentar-se para a não utilização de produtos tóxicos ao retirar as espécies invasoras existentes no terreno. Abaixo, alguns métodos de controle comumente utilizados. Capina manual: Esse método é amplamente utilizado em pequenas propriedades. A capina manual deve ser realizada preferencialmente em dias quentes e secos e com o solo com pouca umidade. Cuidados devem ser tomados para evitar danos às plantas existentes, principalmente às raízes. Este método de controle demanda investimento em mão-de-obra, visto que o rendimento desta operação é baixo. Capina mecânica: A capina mecânica usando cultivadores, tracionados por máquinas ou tratores, indicada para propriedades maiores. A exemplo da capina manual, a mecânica deve ser realizada superficialmente em dias quentes e secos, com o solo com pouca umidade, aprofundando-se as enxadas o suficiente para o arranque ou o corte das plantas daninhas e invasoras. Controle Químico: O método de controle químico consiste na utilização de produtos herbicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A seleção de um herbicida deve ser baseada na avaliação das espécies de plantas presentes na área a ser tratada, bem como nas características físico- químicas dos produtos. A classificação dos herbicidas é feita de acordo com o seu comportamento quando aplicado a uma cultura: pode ser segundo a época de aplicação, a atividade, a seletividade ou o modo de ação. Para o controle químico, atentar- se para a não-utilização de produtos tóxicos. 2.2 Metodologia de Cálculos Não há. 2.3 Adequação Regional A classificação de plantas invasoras varia conforme as diversas regiões. Uma espécie apontada como invasora em uma região, pode não ser considerada como tal, em outra. Por exemplo: a quaresmeira é da mata atlântica do Rio de Janeiro. Em São Paulo, ela se comporta como invasora. Certificação GBC Brasil Casa® 31 Edição 2017 3. GESTÃO DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO A operação e manutenção das espécies invasoras é essencial durante todo o processo de obra e após término da construção, no momento de operação da residência. Caso as espécies invasoras não tenham sido retiradas inteiramente, elas poderão voltar a atuarem no terreno e danificar o paisagismo já implantado. Deverá ser realizado o controle e retirada de possíveis espécies invasoras, caso sejam identificadas após o término da obra. As informações sobre as espécies utilizadas, assim como os cuidados para a manutenção e gestão adequada, deverão estar presentes no Manual de Operação, Uso e Manutenção. 4. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA 5. CRÉDITOS RELACIONADOS A priorização de plantas nativas no paisagismo e preservação da vegetação existente possui sinergia com os créditos abaixo: • IMP Crédito 4 – Preservação ou Restauração do Habitat • IMP Crédito 7 – Redução do Impacto da Obra no Terreno • IMP Crédito 8 – Paisagismo • IMP Crédito 9 – Redução de Ilha de Calor - Área de Pisos e Coberturas • URA Crédito 3 – Sistemas de Irrigação Eficiente 6. MUDANÇAS ENTRE AS VERSÕES 1 E 2 Não há. 7. LEIS E NORMAS REFERENCIADAS Não há. Documentação Todos os Projetos Projeto de Paisagismo com informações sobre todas as espécies especificadas; X Lista das espécies vegetais a serem empregadas no projeto de paisagismo e uma lista das plantas invasoras locais e/ou uma lista de plantas não invasoras; X Caso aplicável, listar as espécies existentes que serão mantidas e classificar se são invasoras ou não e realizar levantamento das espécies invasoras locais que serão removidas; X Relatório fotográfico durante o plantio e após execução; X Formulário de responsabilidade, assinado por profissional responsável pelo paisagismo, declarando que nenhuma espécie invasora do bioma local esta sendo utilizada no projeto. X IMP PR1 IMP PR3 Certificação GBC Brasil Casa® 32 Edição 2017 8. BIBLIOGRAFIA USGBC LEED for Homes Lista de Plantas Invasoras http://www.institutohorus.org.br/index.php?modulo=inf_banco_imagens Lista de plantas invasoras em São Paulo http://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/plantas-invasoras-lista/ Rede Global de informações sobre Espécies Exóticas Invasoras – What’s in it for you? http://www.institutohorus.org.br/download/artigos/04_July_Viewpoint_Simpson.htm Zalba, S. M. (2006) Introdução às invasões biológicas – conceitos e definições. Pivello, V. R. Invasões Biológicas no Cerrado Brasileiro: Efeitos na Introdução de Espécies Exóticas sobre a Biodiversidade. ECOLOGIA. INFO 33. 9. DESEMPENHO EXEMPLAR Não há. 10. GLOSSÁRIO Espécie exótica – espécie que está em ambiente diferente de seu local de origem, por ação do homem (intencional ou acidental). Espécie Invasora – é aquela que não pertence ao local de inserção e com isso prolifera sem controle e passa a representar ameaça para espécies nativas e para o equilíbrio dos ecossistemas que vai ocupando e transformando a seu favor. Espécie Nativa – espécie que evoluiu no ambiente em questão ou que lá chegou desde épocas remotas, sem a interferência humana. Certificação GBC Brasil Casa® 33 Edição 2017 Evitar construções em terrenos ambientalmente sensíveis e reduzir o impacto ambiental da construção no terreno. Atender todos os itens abaixo: a) Priorizar a seleção de terrenos próximos a áreas que já possuam rede de infraestrutura existente (rede de tratamento de esgoto e de abastecimento de água). Quando não existente, fornecer nova infraestrutura (privada ou pública) de água e esgoto para o projeto. b) Desenvolver um levantamento de flora e fauna do terreno, quando existir vegetação no local, para verificação da existência de espécies nativas regionais (conforme bioma local, atendendo arbustos, herbáceas e arbóreas). Caso haja vegetação nativa regional, desenvolver com especialistas um Plano de Conservação que contemple o mapeamento do local para identificação das espécies. c) Não construir edificações ou pavimentações impermeáveis a menos de 30 metros de áreas alagáveis ou corpos hídricos, respeitando-se sempre as distâncias estabelecidas pelo poder público, adotando, em todos os casos, a situação mais restritiva. Respeitar as restrições legais referentes à ocupação de terrenos que contenham áreas de mananciais, reservas ecológicas, Áreas de Preservação Permanente (APP’s), unidades de conservação federais, estaduais e municipais e áreas de preservação agrícola. d) Não construir edificações em locais cuja cota de elevação seja igual ou inferior à cota de inundação calculada para um período de, no mínimo, cinquenta anos. Caso a viabilidade do projeto exija a ocupação de alguma dessas áreas, apresentar descrição das estratégias construtivas para mitigar os impactos, tanto para os futuros ocupantes, como para o meio ambiente, mantendo o mesmo escoamento superficial com estratégias como infiltração e/ou aproveitamento de água da chuva. 1. INTRODUÇÃO Construtoras e líderes de projetos que visam minimizar impactos ambientais devem evitar a instalação de empreendimentos e residências em locais que contribuam para a degradação ou perda dos recursos naturais e do potencial agricultável da terra. Diante da crescente expansão das áreas suburbanas e das fronteiras agrícolas, a seleção de um terreno adequado para o desenvolvimento de novos projetos torna-se ainda mais importante. Impedir a invasão de hábitats naturais da fauna e da flora é atitude necessária na seleção do local, evitando a ocupação de áreas com importância ecológica, que possam funcionar como “corredores” para a translocação de espécies de animais, de
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