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Guia Curso de Desenho Realismo Rosto Ed 01 2016

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RealismoGuia Curso de Desenho
Desenvolvido 
pelos professores 
da ESA Escola 
Studio de Artes
Rosto - Retratos
APRENDA OS SEGREDOS DA ARTE REALISTA NA 
FIGURA HUMANA ENSINADOS PASSO A PASSO 
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO 
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ 
 
G971 
 
Guia curso de desenho realismos rosto- retratos . -- [ 1. ed.]. - São 
Paulo : On Line, 2016. 
 il. 
 
 ISBN 978-85-432-0705-6 
 
 1. Desenho. 2. Desenho - Técnica. I. Título.
16-31249 CDD: 741.0118
 CDU: 741
16/03/2016 16/03/2016 
RealismoGuia Curso de Desenho
Rosto - Retratos
PRESIDENTE: Paulo Roberto Houch • VICE-PRESIDENTE EDITORIAL: Andrea Calmon (redacao@editoraonline.com.br) • JORNALISTA 
RESPONSÁVEL: Andrea Calmon (MTB 47714) • EDITORA: Priscilla Sipans • COORDENADOR DE ARTE: Rubens Martim (diagramacao@
editoraonline.com.br) • GERENTE COMERCIAL: Elaine Houch (elainehouch@editoraonline.com.br) • SUPERVISOR DE MARKETING: Marcelo 
Rodrigues • ASSISTENTE DE MARKETING: Nathalia Lima • CANAIS ALTERNATIVOS: Luiz Carlos Sarra • DEP. VENDAS: (11) 3687-0099 
(vendaatacado@editoraonline.com.br) • VENDAS A REVENDEDORES: (11) 3687-0099/ 7727-8678 (luizcarlos@editoraonline.com.br) • 
DIRETORA ADMINISTRATIVA: Jacy Regina Dalle Lucca • COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: PRODUÇÃO: Esa Studio de Artes • DIRETOR 
EDITORIAL: João Costa • DIRETOR DE ARTE: Fausto Lopes • DESENHO: Jabes Dotta • TEXTOS: Jabes Dotta • DIAGRAMAÇÃO: Fabiano Moura 
• Impresso por PROL • Distribuição no Brasil por DINAP • GUIA CURSO DE DESENHO - REALISMO é uma publicação do IBC Instituto Brasileiro 
de Cultura Ltda. – Caixa Postal 61085 – CEP 05001-970 – São Paulo – SP – Tel.: (0**11) 3393-7777 • A reprodução total ou parcial desta obra 
é proibida sem a prévia autorização do editor. Números atrasados com o IBC ou por intermédio do seu jornaleiro ao preço da última edição 
acrescido das despesas de envio. Para adquirir com o IBC: www.revistaonline.com.br; Tel.: (0**11) 3512-9477; ou Caixa Postal 61085 – CEP 
05001-970 – São Paulo – SP.
Curiosidades e Biografia 
A Arte do Hiper-Realismo .....................10
Pintura ....................................................10
Artistas Renomados da História: ...........10
Artistas da atualidade que Praticam o 
Realismo: ................................................11
Brasileiros em Destaque: .......................12
Biografia .................................................12
Agradecimentos: ....................................12
Materiais para Desenhar
Lápis ........................................................16
Esfuminhos .............................................17
Borrachas ...............................................17
Papel Higiênico com Folha Dupla ou 
Lencinho de Papel ..................................17
Boleador .................................................17
Escova .....................................................18
Lixa .........................................................18
6 guia curso de desenho
Sumário
Apontador ..............................................18
Pincéis .....................................................18
Lapiseira .................................................19
Verniz Fosco ...........................................19
Extensor de lápis ....................................19
Papel Fabriano........................................19
Estilete ....................................................19
Escala Tonal, Luz e Sombra
Aprendendo a Fazer Escala Tonal .........22
Entendendo o Efeito de Luz e Sombra..24
Usando o Degradê .................................25
Luz e Sombra na Prática .......................25
Elementos do Rosto
Desenhando Olhos Realistas ..................28
Olho Feminino ........................................28
Olho Masculino. ......................................30
Olho de uma Pessoa Idosa .....................32
Desenho de Narizes ...............................34
Nariz Frontal ..........................................35
Nariz de Perfil ........................................36
Nariz ¾ ...................................................38
Desenho de Orelhas ...............................40
Orelha Vista por Trás .............................41
Orelha de Perfil ......................................42
Desenho de Bocas ..................................44
Boca Frontal ...........................................44
Boca (dentes) .........................................46
Cabelos e Barbas
Desenho de Cabelos...............................49
Cabelo Liso .............................................50
Tranças ....................................................52
Cabelo Afrodescendente .......................54
Cabelos Cacheados ................................56
Cabelo Dred ...........................................58
Barba Escura ..........................................60
Barba Branca .........................................62
Desenhando Rostos 
Rosto Masculino - Frontal ......................66
Rosto - 3/4 ..............................................67
Rosto - Perfil ...........................................68
Rosto Feminino - Frontal .......................69
Rosto - 3/4 ..............................................70
Rosto - Perfil ...........................................71
Rosto de Criança - Frontal .....................72
Rosto - Perfil ...........................................73
Anatomia Facial - Luz e Sombra ...........74
Sombreando o Rosto .............................76
Planos da Cabeça ...................................77
Passo a Passo 
Rosto Feminino ......................................80
Rosto Masculino .....................................84
Rosto de uma Pessoa Idosa ....................88
Desenhando uma Criança ......................92
Desenhando um Rosto Molhado............96
7 Realismo
Curiosidades e Biografia
Antes do Realismo, os temas se limitavam a fatos do mundo mo-derno; os artistas conseguiam re-
produzir perfeitamente o que viam, mas 
sempre na forma de idealização e teatrali-
dade. Depois, passou-se a fazer uma imi-
tação precisa de percepções visuais sem 
alterações.
Entre 1850 e 1900, surge nas artes 
A Arte do Hiper-Realismo
europeias, sobretudo na francesa, uma 
nova tendência estética que se desenvolve 
ao lado da crescente industrialização das 
sociedades.
O homem europeu, que tinha aprendi-
do a utilizar o conhecimento científico e a 
técnica para interpretar e dominar a natu-
reza, convence-se de que precisa ser re-
alista, inclusive em suas criações artísticas, 
deixando de lado suas visões subjetivas e 
emotivas da realidade.
São características gerais desse movi-
mento:
- O cientificismo;
- A valorização do objeto;
- O sóbrio e o minucioso;
- A expressão da realidade e dos aspec-
tos descritivos;
 
Pintura
Entre as características da pintura, 
ganha destaque a representação da re-
alidade com a mesma objetividade com 
que o cientista estuda um fenômeno da 
natureza, ou seja, o pintor busca repre-
sentar o mundo de maneira documen-
tal;
Ao artista, não cabe “melhorar” artis-
ticamente a natureza, pois a beleza está 
na realidade tal como ela é. 
Politização: a arte passa a ser um meio 
para denunciar uma ordem social que 
considera injusta; protesto em favor dos 
oprimidos é manifestado.
Pintura social: denunciando as injusti-
ças e as imensas desigualdades entre a 
miséria dos trabalhadores e a opulência 
da burguesia. As pessoas das classes me-
nos favorecidas – o povo – tornaram-se 
assunto frequente da pintura realista. Os 
artistas incorporavam a rudeza e a vulga-
ridade dos tipos que pintavam, elevando 
esses tipos de categoria de heróis, estes 
que nada têm a ver com os idealizados 
heróis da pintura romântica.
Artistas renomados da história:
Honoré-Victorien Daumier 
Foi um caricaturista, chargista, pintor 
e ilustrador francês conhecido em seu 
tempo como o “Michelangelo da cari-
catura”. 
Nascimento: 26 de fevereiro de 
1808, Marselha, França
Falecimento:10 de fevereiro de 
1879, Valmondois, França
Educação: Academia Suíça
Período: Pintura do realismo
Filiação: Jean-Baptiste Louis Dau-
mier, Cécile Catherine Philippe
Gustave Courbet
Foi um pintor francês pioneiro do estilo re-
alista francês. Acima de tudo , representou a 
vida camponesa de sua região. Ergueu a ban-
deira do realismo contra a pintura literária ou 
de imaginação. 
Nascimento: 10 de junho de 1819, 
Ornans, França
Falecimento: 31 de dezembro de 
1877, La Tour-de-Peilz, Suíça
Período: Pintura do realismo
Filiação: Sylvie Oudot, Régis Courbet
Influenciado por: Claude Monet, Paul 
Cézanne e James McNeill Whistler
Jean-François Millet
Foi um pintor realista e um dos fun-
dadores da Escola de Barbizon, movi-
mento artístico que integra o realismo 
pictórico francês. É conhecido como 
precursor do realismo, por suas repre-
sentações de trabalhadores rurais. 
Nascimento: 4 de outubro de 1814, 
Gréville-Hague, França
Falecimento: 20 de janeiro de 1875, 
Barbizon, França
Educação: École Nationale Supérieu-
re des Beaux-arts
Filiação: Jean-Louis-Nicolas, Aimée-
-Henriette-Adélaïde Henry Millet
Períodos: Pintura do realismo, Escola 
de Barbizon
Rosa Bonheur
Curiosidades
10 guia curso de desenho
Também conhecida como Marie-Ro-
salie Bonheur, foi uma pintora realista 
francesa. 
Nascimento: 16 de março de 1822, 
Bordéus, França
Falecimento: 25 de maio de 1899, 
Thomery, França
Período: Pintura do realismo
Obras: The Horse Fair, Ploughing in 
the Nivernais, Going to Market, Study 
for The Horse Fair, Lion
Irmão: Isidore Jules Bonheur
Filiação: Sophie Bonheur, Oscar-Ray-
mond Bonheur
Jean-Baptiste Camille Corot
Foi um pintor realista francês. 
Nascimento: 17 de julho de 1796, 
Paris, França
Falecimento: 22 de fevereiro de 
1875, Paris, França
Educação: Academia Suíça
Filiação: Marie Françoise Oberson 
Corot, Louis Jacques Corot
Períodos: Romantismo, Pintura do 
Realismo
Thomas Cowperthwait Eakins
Professor
Foi um importante pintor, escultor, 
professor e fotógrafo dos Estados 
Unidos. Ao longo de toda a sua car-
reira, Eakins trabalhou em um estilo 
realista, tendo o ser humano como 
centro temático. 
Nascimento: 25 de julho de 1844, 
Filadélfia, Pensilvânia, EUA
Falecimento: 25 de junho de 1916, 
Filadélfia, Pensilvânia, EUA
Prêmios: Academia Nacional de 
Desenho
Educação: Central High School, 
Academia de Belas-Artes da Pensilvâ-
nia, Thomas Jefferson University
Influenciado por: Henry Ossawa 
Tanner, Bo Bartlett,Alexander Milne 
Calder e George H. Bogert
Artistas da Atualidade que Praticam o 
Realismo:
 
Dirk Dzimirsky é um artista alemão 
mais conhecido por seus desenhos hi-
per-realistas e pinturas que descrevem 
os seres humanos em um clima artísti-
co um pouco escuro, implacavelmente 
revelando a vulnerabilidade e tragédia 
de sua condição. Suas obras de arte são 
baseadas em uma seleção de fotos e 
incluem detalhes complexos e compo-
sições de luz e sombra com a intenção 
de criar um sentimento dramático e in-
tensas emoções no observador. 
11 Realismo
Brasileiros em Destaque:
 
Nelson Alves, ou Nelves como é mais 
conhecido, veio de Rancharia, cidade 
do interior de São Paulo. Ilustrador, com 
conhecimento pleno na área de aeró-
grafo, guache, pastel e acrílico, foi no 
lápis de grafite que descobriu seu ver-
dadeiro encanto na arte de desenhos 
Hiper-Realistas.
 
 
Desenhista e professor de Desenhos 
Realistas há mais de 20 anos, Charles 
Laveso reúne em seus desenhos uma 
técnica precisa e uma clara didática de 
ensino, provando que desenhar não de-
pende de dom!
Kelvin Okafor é um artista inglês de 
27 anos que faz retratos em preto e 
branco. Seu desenho é feito a partir de 
fotos utilizadas como referência, usando 
lápis e carvão sobre o papel, resultando 
em trabalhos impressionantes.
Armin Mersmann nasceu em Remscheid, 
Alemanha, em 1955. In1962, juntamente 
aos seus pais, emigrou para os Estados Uni-
dos. Mersmann cresceu em um ambiente 
artístico e foi muito influenciado e orientado 
por seu pai, Fritz, um pintor renomado. Seus 
trabalhos lhe renderam diversos prêmios 
por conta da busca da perfeição, como mos-
tra o desenho abaixo, que inclui detalhes 
complexos do estilo realista. 
Diego Fazio, também conhecido como 
DiegoKoi, nasceu em Lamezia Terme, Itália, 
em 1989. Ele entra no mundo da arte como 
um desenhista autodidata que desenvolveu 
sua técnica com precisão. Seus desenhos 
hiper-realistas incluem retratos que são facil-
mente confundidos com fotografias. Um de 
deus trabalhos mais conhecidos é a mulher 
no banho (veja abaixo), cujo trabalho demo-
rou 200 horas para ser concluído. 
 Emanuele Dascanio é um dos maiores 
artistas vivos do nosso tempo. Seus trabalhos 
incrivelmente realistas, feitos com lápis de 
grafite e carvão vegetal refletem espiritualida-
de, emoção e energia. Suas pinturas a óleo 
exalam sensualidade e paixão que chegam a 
seduzir o observador. Entre seus trabalhos, 
ganha destaque o desenho de seu pai, que 
chega a confundir a mente, fazendo pensar 
que se trata de uma fotografia. 
12 guia curso de desenho
Curiosidades
Biografia
Nascido em 22/03/1983, Jabes Ri-beiro Dotta começou a desenhar com onze anos de idade, fazen-
do cópias dos seus personagens favoritos 
como Batman, Homem Aranha e, princi-
palmente, Cavaleiros do Zodíaco.
Sempre preferiu a técnica do desenho 
com lápis de grafite. Foi em 2010 que, 
através da internet, conheceu a técnica do 
desenho realista, e passou a desenhar re-
tratos de pessoas por encomenda, com-
pletando a renda da área gráfica, para a 
qual trabalhou até 2014 como impressor 
off-set. Estagiou na escola ESA com Bruno 
Paiva, e hoje, trabalha dando aulas de de-
senho na Escola Stúdio de Arte - ESA.
Agradecimentos:
“Gostaria de agradecer a Deus, pri-
meiramente, por me dar a saúde e a 
oportunidade de desenvolver essa arte 
tão magnífica que é o desenho Realista. 
Agradeço, também ao meu pai, já 
falecido, mas que me inspirou quando 
criança a desenhar retratos de pessoas; 
à minha mãe, aos meus irmãos, à mi-
nha esposa e aos meus filhos que me 
apoiam para superarmos os obstáculos 
da vida. Meus sinceros agradecimentos 
ao João Costa pela oportunidade de dar 
aulas, por fazer parte desta publicação 
e por me inspirar a desenhar.
Especiais agradecimentos, também, 
ao Bruno Paiva, professor e amigo na 
ESA pelo estágio de Artístico e Ana-
tomia; ao Chico Pereira e ao Fabiano 
Moura - professores na ESA, pelo apoio 
na edição dete guia e, por fim, a você, 
leitor, por ter essa paixão em aprender 
as técnicas do desenho realista. Um 
grande abraço a todos.”
Jabes Ribeiro Dotta 
13 Realismo
Materiais para Desenhar
Para ter uma boa compreensão do desenho realista, é preciso aten-tar-se a alguns detalhes:
- A observação de formas e tonalida-
des da referência a ser retratada;
- A compreensão sobre a utilização 
dos materiais a serem utilizados;
- Somente o esforço e a prática cons-
tantes determinarão o grau de perfeição 
que o artista irá atingir em seu trabalho. 
Materiais para desenhar
 Lápis:
No que diz respeito à graduação, os 
lápis variam a partir do 9H (H significa 
hard - duro), diminuindo na escala de 
números até o lápis HB, que corres-
ponde ao zero, e subindo novamente 
até a categoria B, (B quer dizer black - 
preto). Quanto maior for o número de 
H, mais claro e duro será o grafite. Em 
contrapartida, quanto maior for o nú-
mero de B, mais escuro e macio será 
o grafite.
Neste guia, trabalharemos com as 
graduações de 2H, HB, 2B, 4B e 6B.
Esfuminhos:
 
Os esfuminhos são utilizados para es-
fumar, espalhar e uniformizar o grafite 
sobre o papel. 
Utilizaremos este material em áreas 
pequenas dos desenhos.
16 guia curso de desenho
Materiais
Borrachas:
Caneta-borracha comum
Caneta-borracha 3.8
Caneta-borracha 2.3
Borracha comum
Papel Higiênico folha dupla 
ou lenço de papel
 
Boleador
 
Feita com uma ponta de metal e utilizada 
para trabalhos artesanais como decupagem 
e biscuit, é uma espéciede caneta, porém, 
sem tinta. Utilizaremos este material como 
ferramenta para fazer sulcos no papel, mar-
cando as áreas que serão deixadas em bran-
co.
Este material é utilizado com a mesma 
finalidade do esfuminho, porém, em áreas 
maiores do desenho, já que folhas de pa-
pel comum não esfumam direito e riscam 
o papel.
17 Realismo
Pincéis
 
Para criar trabalhos realistas, utilizare-
mos pincéis de pintura em tela, porém, 
com cerdas cortadas bem rentes. Dessa 
maneira, ao passá-lo sobre as áreas escu-
ras da figura, conseguimos retirar a dire-
ção do traço do lápis e escurecer a área 
pincelada, aumentando, melhorando e 
uniformizando o contraste do desenho.
Apontador
 
A utilização de apontadores à manivela 
ou elétricos evita a quebra constante do 
grafite, além de permitir uma ponta bem 
maior e mais fina. Em todo caso, um esti-
lete pode substituí-los.
Lixa
É usada para apontar o es-
fuminho.
Escova
Serve para retirar as sobras de borra-
cha do desenho.
18 guia curso de desenho
Materiais
Estilete
Utilizado para chanfrar as 
borrachas e apontar os lápis.
Extensor de lápis
Utilizado para manusear lápis muito 
gastos e já pequenos.
Lapiseira
Utilizada para desenhar fios de cabelo 
e pelos em geral. Recomenda-se adquirir, 
pelo menos, duas 0,5 mm, sendo uma 
com grafite 2B e outra com grafite 4B.
Verniz Fosco
Utilizado depois de finalizado o traba-
lho, para que o grafite não saia mais do 
papel, evitando, assim, que o trabalho 
desbote com o tempo.
Papel Fabriano
Utilizado para fazer o desenho final.
19 Realismo
Escala Tonal, Luz e Sombra
Aprendendo a Fazer Escala Tonal
Faça uma escala tonal com papel Fa-
briano n° 4 para chegar na tonalidade 
ideal. Utilize os lápis 2H, HB, B, 2B, 4B, 
6B, 7B e 8B. Faça as graduações de, pelo 
menos, duas a três tonalidades com to-
dos os lápis e passe verniz na escala para 
que possa ser usada por muito tempo. 
Evite o contato com a parte do grafite, 
para não sujar o trabalho, e cuide para 
que não rasgue ou amasse. Veja no de-
senho ao lado a intensidade dos tons e 
também os lápis utilizados para cada tipo 
de sombra. 
2H
HB
B
2B
4B
6B
7B
8B
Esse recurso é de grande utilidade para 
o desenho Realista, pois facilita a compre-
ensão da tonalidade desejada, agilizando o 
processo do desenho.
2H HB B
22 guia curso de desenho
Escala tonal
Faça um carbono de grafite em uma 
folha sulfite. Utilizando um lápis gradu-
ação 4B, preencha toda a área da folha 
com um tom bem escuro e, depois, 
retire o excesso de grafite com um al-
godão ou lenço de papel, para não su-
jar o desenho original. Para utilizar esse 
carbono, cole com uma fita-crepe o seu 
desenho esboçado e corrigido em cima 
do papel Fabriano. Em seguida, coloque 
a folha carbonada com grafite entre o 
seu desenho e o papel onde será feito o 
sombreamento. O lado do grafite deve 
deve ficar para baixo, encostado direto 
no papel Fabriano. Depois, com um lápis 
HB, contorne novamente seu desenho 
do esboço, desconsiderando as linhas-
-guias e transferindo apenas o traço linear 
do rosto. Então, retire a folha do esboço 
para começar o sombreamento no novo 
papel. Essa etapa é de suma importância, 
portanto, não deixe de fazê-la.
Feito com folha de sulfite e grafite 4B, 
este lado entra em contato direto com 
o papel Fabriano. Mantenha o papel do-
brado para não sujar outras folhas quan-
do for guardá-lo.
2B 4B 6B 7B 8B
23 Realismo
Entendendo o Efeito de Luz e Sombra
Para um estudo de tonalidade e volu-
me, utilizaremos uma esfera para treinar 
a variação tonal que cada graduação de 
lápis consegue atingir.
Luz direta
Luz refletida
Sombra própria
Sombra projetada
Para uma boa compreensão do efeito 
de luz e sombra, veja na figura que uma 
fonte de luz atinge a esfera, gerando a luz 
direta, seguida da sombra própria. A luz 
emitida gera uma sombra projetada e, ao 
bater em uma superfície, reflete a luz de 
volta ao objeto, gerando a luz refletida.
Faça esse estudo com várias gradua-
ções de lápis, para pegar habilidade com 
as mãos e conhecer até que ponto todos 
os lápis conseguem atingir as tonalidades.
24 guia curso de desenho
Luz e sombra
Luz e Sombra na Prática
Usando o Degradê
 
A etapa de degradês é importante 
para o aluno ganhar precisão nos tra-
ços e conhecer a pressão exercida em 
cada tonalidade do grafite. Desenhe três 
retângulos, um abaixo do outro. Em 
seguida, com um lápis HB, partindo do 
tom escuro para o claro e da esquerda 
para a direita, faça o exemplo de degra-
dê ao lado. Da mesma maneira, faça o 
segundo, porém, com lápis 2B partindo 
da direita para a esquerda. Faça o ter-
ceiro exemplo com o lápis 4B, partindo 
do tom um pouco escuro para as extre-
midades claras. 
Sombra Clara
Sombra a Meio-Tom
Luz Direta
Luz Direta
Luz Direta
Sombra a
 Meio-tom
Sombra a 
Meio-Tom Escura
Sombra Escura
Brilho Labial 
Sombra Projetada
25 Realismo
Elementos do Rosto
2 - Desenhe um círculo no centro e 
outro ao redor do primeiro. Depois, 
marque o círculo menor para represen-
tar a pupila e um triângulo para separar 
a luz.
3 - Faça o formato do olho, come-
çando da primeira linha até a metade da 
terceira marcação. 
4 - Termine o esboço, desenhando 
o formato da sobrancelha. Utilizando 
o carbono de grafite explicado na pági-
na 17, transfira o esboço para o papel 
Fabriano n Feito com folha de sulfite e 
grafite n° 4, e aplique o sombreamento, 
desprezando as linhas- guias.
5 - Com um lápis 6B bem apontado, 
escureça a pupila com um tom bem es-
curo. Em seguida, passe suavemente o 
lápis HB deitado em toda a íris, isolando 
apenas a área de luz. Com um esfumi-
nho nº 3, espalhe o grafite por toda a 
extensão do HB. Não esfume a parte 
da pupila para não clarear muito o de-
senho.
6 - Com o lápis 6B em pé, reforce o 
contorno da íris e escureça a parte supe-
rior do olho. Depois, com pontinhos e 
risquinhos, vá direcionando e imitando a 
figura original. Repare que os cílios fazem 
sombra na íris. Imite exatamente o que 
está observando na imagem original e 
terá um bom resultado.
Desenhando Olhos 
Realistas
 Olho Feminino
1 - Em uma folha de sulfite, faça uma linha 
horizontal e divida-a em 3 partes iguais. De-
pois, marque o centro da linha.
Para desenhar olhos femininos, con-
sidere o formato mais arredondado. Os 
cílios são bem definidos e, eventualmen-
te, podem passar da linha da pálpebra. Já 
as sobrancelhas são depiladas e, portanto, 
bem modeladas. 
28 guia curso de desenho
Elementos do rosto
7 - Com um lápis HB deitado, som-
breie o globo ocular, começando de fora 
das extremidades para dentro, sempre 
imitando a referência original. Use a es-
cala tonal para comparar o original com 
o seu desenho. Depois, esfume com es-
fuminho nº 3. Faça a parte lacrimal do 
olho com 6B em pé, com risquinhos e 
pontinhos e depois esfume bem de leve 
com batidinhas do esfuminho nº 1.
8 - Os cílios superiores são feitos de baixo para 
cima, com um lápis 6B bem apontado, ou lapisei-
ra 0,7mm com grafite 6B. Repare que são mais 
cheios do que os inferiores, que começam de 
cima para baixo e são mais espaçados. Os cílios 
femininos, geralmente, encostam nas pálpebras 
por serem mais longos e estarem maquiados. 
Para um bom resultado, deve-se começar o de-
senho do cílio com pressão e soltar o peso no 
final do traço, afinando seu formato e evitando 
que as pontas grossas descaracterizem a impres-
são original da foto. Ao desenhar cada cílio, gire o 
lápis ou a lapiseira para pegar a quina do grafite e 
evitar traços grossos.
9 - Com o lápis HB deitado, faça um 
chapado e esfume em todo o contorno 
do olho, sem se preocupar com as áreas 
escuras. Depois, com o lápis 6B, reforce 
as áreas escuras, respeitando os degradês. 
As texturas nessas áreas são feitas com ris-
cos no 6B e/ou com a borracha 2.3.
10 - A sobrancelha feminina é feita com lápis HB 
bem apontado ou lapiseira 0,5mm, com grafite HB. 
Trabalhe com movimentos de traços curtos e sem ba-
ter, para que não faça pontas grossas. Noteque é bem 
alinhada e mais preenchida, sem falhas. Ao contrário 
dos cílios, que exigem que o desenhista retrate com 
pressão o começo do traço e o fim do traço fino, a 
sobrancelha exige traços finos e curtos do começo 
ao fim. Após o lápis HB, utilize o 6B para da mesma 
maneira, reforçando as partes mais escuras. Não se 
esqueça de girar o lápis na mão para pegar sempre a 
quina do grafite, mantendo o traço fino.
29 Realismo
O olho masculino tem a sobrancelha 
mais grossa e espaçada, além de não 
ser depilada como no caso de um olho 
feminino. Os cílios também são mais 
curtos. 
1 - Para desenhar um olho realista, 
faça uma linha na horizontal e divida-
-a em 3 partes iguais, numerando -as 
como 1,2 e 3. Depois, marque uma 
linha para o centro na parte 2.
2 - Desenhe um círculo no centro da 
linha, utilizando as linhas divisórias como 
referência. Então, marque um círculo 
menor no centro do maior, representan-
do a pupila e, em seguida, desenhe um 
pequeno retângulo acima e à esquerda 
do círculo maior, para representar a luz.
3 - Desenhe o olho a partir da meta-
de da primeira marcação até a metade 
da terceira marcação, como demonstra 
a figura. Marque a linha dos cílios infe-
riores abaixo do olho e, em seguida , a 
glândula lacrimal, no canto direito. 
4 - Marque a pálpebra e a sobran-
celha, observando a referência original. 
Determine, também, a posição da tex-
tura na parte inferior do olho.
5 - Apague as linhas de construção e 
corrija o desenho, se necessário. Então, 
transfira a imagem com o papel carbono 
de grafite para o papel no qual será feito 
o sombreamento.
6 - Para desenhar a íris, a pupila e os 
cílios, siga as orientações do olho femini-
no, no passo a passo anterior.
Olho Masculino
30 guia curso de desenho
Elementos do rosto
7 - Faça as pálpebras, marcando uma 
linha bem escura na parte superior do 
olho, com o lápis 6B. Depois, faça um 
sombreamento de fundo com o lápis 
HB deitado, esfumando na sequência 
com esfuminho nº 3. Com o lápis 6B, 
faça a passagem de cima para baixo em 
tons de degradês, respeitando as áreas 
claras por trás dos cílios. Ainda com o 
lápis 6B em pé, marque com riscos leves 
toda a textura. A finalização é feita com 
um pincel com as cerdas cortadas.
8 - Com um lápis HB, faça um fundo, 
isolando a área da sobrancelha e, em 
seguida, esfume com o lenço de papel. 
Depois, com um lápis 6B, reforce as 
áreas mais escuras, respeitando sempre 
as passagens de tons sem que fiquem 
muito “bruscas”. Procure trabalhar não 
somente a graduação do grafite, mas 
também a pressão e o peso da mão. Fi-
nalize com esfuminho.
9 - Com um lápis HB, faça as texturas 
com riscos direcionados de cima para 
baixo, de maneira que as pontas fiquem 
finas. Note que os riscos próximos à 
glândula lacrimal são menores, ficando 
maiores conforme se distanciam dela. 
Com o lápis 6B, marque as áreas mais 
escuras e reserve a área de luz com o 
branco do papel. A textura da pele deve 
ser feita com paciência e muita obser-
vação.
10 -Passe um pincel por cima de toda a 
área texturizada para obter uma aparência 
mais uniforme dos tons. Em seguida, com 
a borracha 2.3, reforce as áreas claras das 
rugas e a textura de riscos feita abaixo da 
glândula lacrimal. Finalize com batidinhas 
de pincel nessas áreas, para não evidenciar 
muito o branco do papel.
11 - Finalize o trabalho com uma lapi-
seira 0,7mm com grafite 4B, marcando 
a sobrancelha com fios escuros e respei-
tando cada um quanto à distância. Com 
uma lapiseira com grafite HB, faça alguns 
pelos mais soltos acima da sobrancelha, 
representando melhor a característica 
do olho masculino. Finalize, passando 
um pincel.
31 Realismo
1 -Faça uma linha horizontal e divida-a 
em 3 partes iguais. Cuide para que as 
partes fiquem bem divididas e utilize tra-
ços mais claros para a marcação dessas 
linhas-guias.
2 - Utilizando-se da segunda parte da 
linha, faça um círculo no centro para a 
íris e outro menor para a pupila. De-
pois, desenhe o formato da luz interna 
do olho.
3 - Encontre a metade da primeira 
parte e desenhe todo o formato do 
olho, até o limite da terceira parte. Mar-
que, em seguida, a posição dos cílios.
4 - Desenhe a pálpebra e marque a 
posição da sobrancelha. Em seguida, 
desenhe todas as marcas expressivas da 
idade. Não se preocupe em fazer textu-
ras nessa etapa. Apenas marque o lugar 
de cada curva envolta do olho.
5 - Utilizando-se da folha de transfe-
rência, passe a imagem para um papel 
Fabriano 4. Cuidado para não apertar 
demais e não marcar o papel. 
6 - Para desenhar a íris, a pupila e os 
cílios, siga as orientações do olho femini-
no, no passo a passo anterior. Acrescen-
te as veias internas do globo ocular, feitas 
com o lápis HB.
Olho de uma Pessoa Idosa
Desenhar olhos de idosos exige 
um pouco mais de treino. A velhice 
traz consigo o cansaço do corpo, e 
os olhos refletem bem essa situação. 
Rugas na pele, marcas de expressão e 
texturas trazem um bom conjunto de 
informações a serem representadas 
no desenho realista.
32 guia curso de desenho
Elementos do rosto
7 - Para fazer as linhas de sombra bem 
intensas, utilize um lápis de graduação 
6B. Depois, suavize o traço com o esfu-
minho e com o lenço de papel folha du-
pla dobrado e apoiado abaixo do dedo 
indicador. O final de cada ruga deve ser 
feito tirando o peso da mão.
8 - Com pequenos riscos espaçados 
entre si, faça a textura da pele com lápis 
HB em pé, direcionando-o de acordo 
com o sentido observado na referência. 
Para essa etapa, o lápis não deve estar 
extremamente apontado, para que a 
textura fique com um aspecto mancha-
do e não riscado. Esta etapa exige bas-
tante paciência para um bom resultado.
9 - Com um lápis 6B, faça o detalha-
mento das partes escuras dos olhos, ob-
servando atentamente as passagens sua-
ves de tons entre claros e escuros. Utilize 
o lápis 6B da mesma maneira em que 
foi utilizado o HB. As passagens de tons 
devem ser feitas do escuro para o claro, 
retirando a pressão da mão e unificando 
com o tom do HB feito na etapa anterior.
10 - Passe um pincel previamente 
cortado, em pé, por toda a extensão do 
desenho na área da pele, para esfumá-
-la levemente. Não utilize o esfuminho 
para não perder toda a textura. Depois, 
faça alguns retoques com lápis e pincel 
até chegar à tonalidade correta.
11 - Com uma lapiseira 0,5mm grafi-
te HB, faça os pelinhos da sobrancelha, 
e, em seguida, com lapiseira 0,5mm e 
grafite 4B, faça os pelos mais escuros. 
Utilize o pincel em pé novamente por 
cima da sobrancelha.
33 Realismo
Desenho de Narizes
Nariz Frontal
1 - Faça uma linha na vertical e, em 
seguida, divida-a ao meio.
2 - Depois, divida essa linha vertical 
em 4 partes iguais, numerando-as de 
1 a 4, de baixo para cima. Em seguida, 
acrescente mais uma parte (1/4) acima 
da linha. Ao todo, serão 5 partes iguais. 
A largura do nariz é representada por 
uma linha horizontal dividida em 4 par-
tes iguais, sendo que os tamanhos são 
iguais na vertical e horizontal.
3 - Feche um triângulo com as três 
extremidades para que, a partir desse 
gabarito, possa fazer o esboço do nariz 
visto de frente.
4 - Esboce o nariz com linhas curvas e 
determine com linhas diagonais as áreas 
onde será colocado o sombreamento mais 
escuro. Desenhe o esboço sempre com lá-
pis HB e procure não forçar na pressão da 
mão. Trabalhe com movimentos leves.
5 - Transfira o desenho para um papel 
4L, onde será feito o sombreamento. 
Faça a indicação da sombra e não force 
demais a pressão para não marcar o pa-
pel. Da mesma maneira, não exerça uma 
pressão muito fraca, a ponto de o dese-
nho não sair do outro lado. 
Desenhar narizes não é uma tarefa 
tão simples quanto parece, pois um erro 
pode comprometer o rosto todo. O 
maior desafio do desenhista, nesse caso, 
consiste em conseguir sombrear com a 
tonalidade correta e a localização exata 
das sombras escuras e claras. A insistên-
cia em acrescentar camadas de grafite 
seguidas de esfuminho dará um bom 
resultado ao desenho.34 guia curso de desenho
Elementos do rosto
6 - Transferida a imagem, com um lápis 
6B bem apontado, faça a marcação das 
partes mais escuras que receberão mais 
sombra. Não aperte o lápis, apenas in-
sista várias vezes no mesmo local para 
escurecer a área desejada.
7 - Com um lápis HB deitado, som-
breie toda a extensão do nariz e es-
fume com papel higiênico ou lenço 
de papel com folha dupla. Um bom 
sombreamento evita marcas de lápis 
depois de esfumar.
8 - Com um lápis 6B, marque todas as 
sombras escuras do nariz, respeitando as 
passagens de tonalidades, para que, assim, 
consiga manter o volume do desenho e 
obtenha um efeito mais realista no traba-
lho. As passagens de tons devem ser feitas 
retirando a pressão da mão conforme vai 
clareando o tom para o grafite HB, que 
está por baixo.
9 - Esfume com papel higiênico fo-
lha dupla por toda a parte sombre-
ada. Faça o piercing, traçando uma 
bolinha com o lápis 6B e apague o 
centro com uma caneta-borracha 2.3 
chanfrada com estilete.
35 Realismo
1 - Para desenhar o nariz, faça pri-
meiramente uma linha na horizontal e 
divida-a ao meio, marcando as partes 
A e B. Utilize lápis H ou 2H para fazer 
traços claros.
2 - Depois, faça uma linha na vertical 
do mesmo tamanho, nomeando-a em 1 
e 2. Fique atento para que não haja dife-
renças nos tamanhos das linhas.
3 - Agora, feche os cantos, formando 
um quadrado e, em seguida, desenhe 
dentro da forma geométrica o nariz de 
perfil. Observe bem as formas e curvas 
da imagem original.
4 - Depois de desenhada e corrigi-
da, transfira a imagem com o carbono 
de papel no Fabriano 4 para começar o 
sombreamento. Note que o papel não 
fica marcado.
Nariz de Perfil
Ao desenhar nariz de perfil, temos que 
tomar muito cuidado para não aparecer 
linhas de contorno no desenho, limitan-
do o que é nariz do que é fundo apenas 
por meio do sombreamento.
36 guia curso de desenho
Elementos do rosto
5 - Com o lápis HB deitado, faça 
um sombreamento leve e esfume 
com esfuminho nº 3. Depois, com 
um lápis 6B, preencha as partes escu-
ras. Passe o pincel para homogenei-
zar o sombreamento.
6 - Com o lápis HB, preencha toda 
a área e esfume-a com um pedaço de 
lenço de papel. Evite o contato com a 
área escura da narina para não clareá-la 
desnecessariamente.
7 - Com um lápis 6B, marque toda a 
área mais escura da foto. Note que as 
passagens de tons devem ser sempre 
suaves. Cuidado para que a passagem 
dos degradês não fique brusca. Essa dica 
serve para tudo (olhos, narizes, bocas, 
orelhas etc.) 
8 - Esfume com o lenço de papel e, 
se necessário, passe o lápis e o esfu-
minho novamente até chegar ao tom 
da foto. Utilize a escala tonal para aju-
dar a aproximar o tom do desenho ao 
da fotografia.
37 Realismo
Nariz ¾
1 - Para desenhar um nariz desse ponto de vista, 
faça uma linha na horizontal e divida-a em duas par-
tes iguais nomeando-as em A e B.
2 - Depois, suba uma linha na vertical 
(n° 1 da figura) com a mesma altura de 
AB, e, em seguida, acrescente 1/5 dessa 
altura (n ° 2 da figura).
3 - Para que as linhas-guias fiquem 
corretas, feche os três lados, formando 
um triângulo. Para isso, utilize o lápis 
2H ou H.
4 - Depois, a partir desse triângulo, dese-
nhe em torno da forma geométrica o nariz 
da referência. Note que uma das narinas fica 
praticamente imperceptível.
5 - Depois de ter feito todo o esboço em 
uma folha de sulfite, transfira a imagem para 
um papel Fabriano 4, utilizando o método 
de transferência de imagem citado no passo 
5 da página 34. 
38 guia curso de desenho
Elementos do rosto
6 - Demarque as áreas mais escuras 
(que receberão mais sombra) com lápis 
6B. Note que o contorno acaba sendo 
amenizado à medida que o desenho é 
esfumado.
7 - Com um lápis HB, faça um chapado 
por toda a área do nariz e, depois, esfume-
-a com lenço de papel ou papel higiênico 
com folha dupla.
8 - Com um lápis 6B, faça o sombre-
amento de todas as partes escuras e cla-
ras, respeitando os limites e as passagens 
de tons. Reserve as áreas de luz direta.
9 - Com cuidado, esfume tudo com 
papel de folha dupla, sem esfregá-lo mui-
to para que não se percam os tons feitos 
com o lápis. Havendo necessidade, reto-
que e esfume várias vezes até chegar na 
tonalidade ideal observada na referência.
39 Realismo
Desenho de Orelhas
Orelha Vista por Trás
1 - Em uma folha de sulfite, faça uma 
linha na vertical e divida-a em duas par-
tes iguais, numerando-as em 1 e 2.
2 - Depois, faça uma linha horizontal 
cruzando a vertical. O tamanho total de 
AB corresponde a uma das partes da li-
nha vertical (1 ou 2).
3 - Feche as partes, formando um re-
tângulo. Utilize um lápis H ou 2H para 
fazer a forma geométrica.
4 - Desenhe a orelha dentro da 
figura geométrica, obedecendo as 
curvas e formas da referência. Re-
pare que o desenho ultrapassa um 
pouco a parte superior e inferior 
do retângulo.
5 - Para um bom sombreamen-
to, é necessário que o desenho 
seja transferido da folha sulfite para 
o papel Fabriano 4. Para isso, siga o 
passo 5 da página 34. 
Desenhar orelhas é sempre uma tare-
fa complicada. As formas arredondadas 
exigem do desenhista um pouco mais 
de prática e domínio nas passagens de 
tons, para que não fiquem com marcas 
de contornos.
40 guia curso de desenho
Elementos do rosto
6 - Com um lápis HB, contorne a ima-
gem sem forçar o grafite e, com o 6B, 
escureça as partes de sombras dentro da 
orelha, bem como a sombra projetada 
no pescoço.
7 - Com um lápis 2B, faça um cha-
pado em toda a extensão do desenho 
e, depois, esfume-a com um lenço de 
papel de folha dupla.
8 - Com o lápis 6B, marque toda a 
sombra, respeitando os tons observa-
dos na referência. Sempre tome cuida-
do com a passagem do tom escuro para 
o claro, para que não fique gritante e 
perca a naturalidade.
9 - Depois, esfume com lenço ou es-
fuminho. É importante ressaltar que o es-
fuminho e o lenço de papel, ao mesmo 
tempo em que esfumam, também tiram 
um pouco do grafite. Portanto, é comum 
a necessidade de retocar com os lápis e es-
fumar novamente até chegar à tonalidade 
desejada.
41 Realismo
Orelha de Perfil
1 - Em uma folha de sulfite, faça uma 
linha na vertical e marque o centro. De-
pois, numere as partes em 1 e 2. Utilize 
o lápis H ou 2H.
2 - Na linha do centro, faça uma se-
gunda linha na horizontal, marcando A 
e B. A largura total da linha horizontal 
corresponde ao equivalente a 1 ou 2 da 
linha vertical.
3 - Depois determinar a altura e a lar-
gura da imagem, faça todo o contorno 
em formato de um retângulo, contor-
nando as linhas de eixo. O resultado 
será um retângulo dividido em quatro 
partes iguais.
4 - Em seguida, desenhe a 
orelha dentro dessa área, obser-
vando com cuidado cada curva 
da referência, para que não se 
percam as características princi-
pais da fotografia.
5 - Em seguida, transfira o de-
senho para o papel Fabriano 4. 
Siga as orientações do passo 5 
na página 34. 
É desenhada mais larga em com-
paração à orelha vista de frente, e a 
aparência de contorno fica evidente 
se não for tomado o cuidado adequa-
do no sombreamento, respeitando as 
passagens de tons.
42 guia curso de desenho
Elementos do rosto Elemen-
6 - Com um lápis HB, contorne as 
curvas de toda a orelha e, depois, com 
o lápis 2B, faça um chapado e esfume-o 
em seguida com um lenço de papel de 
folha dupla. Com um lápis 6B, escureça 
as partes internas, respeitando as passa-
gens de tons. Repare que foram feitos 
pontinhos na intenção de valorizar a tex-
tura interna da orelha.
7 - Esfume a parte interna com um 
esfuminho nº 3, mas atenção para não 
esfregá-lo, para que a textura feita an-
teriormente com o lápis não saia. Esse 
esfumado é feito apenas com batidinhas 
leves e curtas.
8 - Com um lápis 6B, faça toda a 
marcação das sombras. Os tons claros 
e escuros devem ser rigorosamente ob-
servados e copiados com cuidado, para 
que fiquem bem próximos da fotografia.
9 - Esfume toda a área com esfuminho, retocando e esfu-
mando novamente conforme a necessidadede aproximação 
tonal. Depois, com uma caneta-borracha comum, porém, 
chanfrada na ponta, clareie as partes de luz mais intensas. Note 
que a borracha não deve ser esfregada, mas apenas apertada 
sobre o desenho, retirando, assim, o excesso de grafite.
43 Realismo
Desenho de Bocas
Boca Frontal
1 - Comece fazendo uma linha na ho-
rizontal e, depois, divida-a na metade. 
Para desenhar as linhas-guias, utilize o 
lápis HB e trace-as bem suaves para não 
marcar o papel, caso precise apagar.
2 - Para desenhar o lábio superior, 
faça duas curvas unidas no centro. Re-
pare que a linha do lábio não encosta 
na linha-guia. A linha do meio da boca 
passa pela linha-guia e encosta na linha 
superior. Desenhe o lábio inferior com 
uma linha curva abaixo da linha-guia.
3 - Depois de desenhar o lábio supe-
rior e o inferior, marque-o com o lápis 
HB e faça traços claros nas áreas que 
serão sombreadas. Para a luz direta do 
lábio superior, faça três pequenos círcu-
los próximos do centro da boca.
4 - Transfira o desenho para um papel 
Fabriano 4. Para isso, siga as orientações 
do passo 5 na página 34.
5 - Vamos começar o sombreamen-
to, isolando os pontos de luz. Existem 
duas maneiras de fazer isso: se o dese-
nho for muito grande, evite a área de 
luz simplesmente deixando o branco do 
papel sem mexer. Caso o desenho seja 
pequeno, utilize o boleador e marque 
os três pontos referentes à luz do lábio 
superior. Depois, faça um chapado com 
o lápis HB e, em seguida, esfume-o 
com um esfuminho nº2.
6 - Marque a textura com um lápis 6B, 
de acordo com a referência. Ao fazer 
um desenho realista, não se preocupe 
com aquilo que você compreende, mas 
sim com o que exatamente você vê. No 
contexto geral, a figura se define sozinha.
As bocas são sempre ricas em deta-
lhes e variam muito de uma para a outra 
quanto ao formato e ao sombreamento. 
Retrataremos, a seguir, um exemplo bá-
sico com uma textura não tão complexa. 
44 guia curso de desenho
tos do rosto
7 - Depois, esfume com um esfumi-
nho nº 3, sem esfregar, apenas dando 
batidas leves e curtas para que não se 
perca a textura feita como lápis. Para 
fazer essa textura, utilize um lápis mais 
escuro, como um 4B ou 6B, fazendo 
pequenos riscos de baixo para cima, 
imitando a textura vista na fotografia ori-
ginal. Não esfume com papel higiênico 
nesse caso, por se tratar de área peque-
na e porque o papel higiênico tende a 
alisar mais que o esfuminho.
8 - Depois de fazer todo o sombre-
amento do lábio superior, comece o 
desenho da parte inferior com um lápis 
HB, desenhando toda a luz do lábio in-
ferior. Depois, com o mesmo lápis, faça 
um chapado, isolando a área da luz. Uti-
lize um esfuminho para espalhar o grafi-
te, uniformizando a área inferior. Cuida-
do para não invadir a área de luz direta. 
Repare que, em um sombreamento re-
alista, não aparecem linhas de contorno.
9 - Com um lápis 6B, utilizando em for-
ma de degradê, faça as tonalidades de tons 
escuros, passando para os mais claros, re-
tirando a pressão do lápis e uniformizando 
com o tom do lápis HB que está por bai-
xo. Para as texturas da pele, trabalhe com 
o lápis mais em pé. Observe atentamente 
os detalhes da referência original.
10 - Esfume toda a área, invadindo 
também a parte da luz que foi dese-
nhada no início, passando por cima, 
deixando um tom um pouco mais claro 
na área da luz. Reserve apenas as áreas 
com maior evidência de luz, sem passar 
lápis ou esfuminho. Repare que a luz em 
maior evidência está no centro do lábio 
inferior e no canto direito da imagem.
11 - Agora, faça o sombreamento ao 
redor da boca. Com o lápis HB, pre-
encha toda a região em torno da boca, 
esfumando com papel higiênico de folha 
dupla ou lenço de papel. Na sequência, 
com um lápis 6B, faça o acabamento, 
sombreando as áreas mais escuras com 
degradês do escuro para o claro, unifi-
cando o tom com o lápis HB. Depois, no 
lábio superior, utilize a caneta-borracha 
2.3 chanfrada com estilete em diagonal 
para fazer uma textura, apagando com 
pequenos riscos entre o lábio e a pele. 
45 Realismo
Boca (dentes)
1 - Trace uma linha diagonal. A de-
cisão por fazer a primeira linha desta 
maneira se dá pelo fato de a boca estar 
com um ângulo diferente do habitual, 
que é horizontal. Em seguida, divida a 
linha ao meio com um pequeno risco. 
2 - Divida a linha em 4 partes iguais e 
numere-a em A, B, C e D. Na divisão do 
centro, faça uma linha na vertical com a 
altura de B, e divida-a ao meio, numeran-
do-a em 1 e 2. Depois, desenhe o lábio 
superior e a base do inferior. Repare que 
o limite da boca não chega até as extremi-
dades da linha diagonal.
3 - Comece os dentes da frente. Veja 
que eles são maiores, e, a partir do 
momento que seguem para o fundo da 
boca, diminuem gradativamente. Além 
de desenhar os dentes, é importante 
fazer, também, a gengiva entre o lábio 
superior e os dentes. Finalize a etapa de 
esboço, desenhando os pontos de luz 
existentes na gengiva.
4 - Utilizando o método de transfe-
rência de imagem com o papel grafita-
do, descrito no passo 5 da página 34, 
transfira a imagem para um papel Fa-
briano 4.
O desenho da boca aberta exige aten-
ção para a maneira de traçar e sombrear 
os dentes. Representar um bom sorriso 
no desenho valoriza muito o trabalho do 
desenhista.
46 guia curso de desenho
Elementos do rosto
5 - Prossiga com a etapa de luz e 
sombra dos lábios, explicada no passo 
7 da página 45. 
6 - Com um lápis B, faça um sombrea-
mento leve, marcando a gengiva e isolan-
do as partes de luz. Esfume com um es-
fuminho. Depois, com um lápis 2B, faça 
as partes mais escuras com base na foto-
grafia e esfume novamente. Dentro das 
áreas de luz, trabalhe com o esfuminho 
sujo para fazer manchas suaves. Imite 
exatamente o que você vê na fotografia.
7 - Com um lápis de gra-
duação HB e B, sombreie 
todos os dentes, marcando 
com o lápis HB as partes 
claras e B as escuras, obe-
decendo os tons da foto. 
Sombreie com o lápis deita-
do, evitando, assim, riscar o 
papel. Esfume-os com um 
esfuminho n° 2 e, em segui-
da, com uma borracha 2.3 
cortada e chanfrada, apague 
as partes correspondentes à 
luz dos dentes.
47 Realismo
Cabelos e Barbas
Desenho de Cabelos
Cabelo Liso
1 - Com o lápis HB, determine a lar-
gura do cabelo, começando o desenho 
com uma linha na horizontal. Feita a linha, 
marque um pequeno risco no centro dela, 
dividindo as metades e numerando as par-
tes em 1 e 2.
2 - Determinada a largura do cabelo, 
marque a altura total, fazendo uma linha 
na vertical com o dobro do tamanho da 
linha horizontal. Note que a linha verti-
cal fica posicionada no centro da hori-
zontal, ficando metade acima e metade 
abaixo dela. 
3 - Uma vez determinada a altura e a 
largura do cabelo, feche a área em um re-
tângulo e desenhe o formato do cabelo. 
Veja que esse corte possui um formato 
definido, acompanhando a forma da ca-
beça na parte superior e fechando em 
formato de “V” na parte inferior.
No desenho de cabelos, os lápis de-
vem estar perfeitamente apontados, 
para que os fios não fiquem com aspec-
to de sombreamento. Uma dica impor-
tante é nunca cruzar os fios, mantendo 
cada um ao lado do outro, bem parale-
los, e desenhar cada mecha separada-
mente para, depois, traçar cada uma de 
maneira independente.
50 guia curso de desenho
Cabelos e barbas
4 - Depois de ter desenhado toda a 
forma vazia do cabelo, transfira a ima-
gem para um papel Fabriano 4 (veja no 
passo 5 da página 34), no qual será tra-
balhada toda a sua extensão, fio a fio. 
5 - Com um lápis HB bem apontado, 
desenhe os fios, direcionando-os de uma 
extremidade a outra. Os fios são feitos 
com traços curtos e com emendas até 
atingir o comprimento todo. Trabalhe cada 
linha com a quina do grafite e gire o lápis 
conforme a ponta for gastando, para man-
ter os fios finos.
6 - Com o lápis 6B bem apontado, 
repita o procedimento feito com o lá-
pis HB, porém, evitando a área da luz 
e dando volume e brilho para o cabelo. 
Finalize passando o pincelchato com as 
cerdas cortadas.
51 Realismo
Tranças
1 - Comece o desenho determinando a lar-
gura. Faça uma linha na horizontal e divida-a ao 
meio, nomeando as partes em A e B.
2 - Uma vez determinada a largura com a linha horizontal, 
acrescente uma linha na vertical partindo do centro com o ta-
manho dobrado da linha horizontal. Depois, nomeie as partes 
em 1 e 2. O tamanho de A (linha da largura) corresponde às 
partes 1 ou 2 da linha da altura.
3 - Uma vez determinada a largura e a altura, feche um 
retângulo e desenhe a trança neste espaço, observando bem 
as distâncias e o formato da referência. Desenhe uma linha de 
cada vez, começando pela direita e, em seguida, feche cada 
parte com as linhas da esquerda.
O desenho de tranças é caracterizado 
por três mechas entrelaçadas, determi-
nando um tipo de penteado específico. 
Com uma boa observação e treino, 
você poderá desenhar esse tipo de pen-
teado perfeitamente.
52 guia curso de desenho
Cabelos e barbas
4 - Após apagar e corrigir o desenho, transfira a imagem 
para um papel Fabriano 4, utilizando o papel grafitado. Não 
force demais o lápis para não marcar o papel do sombrea-
mento. Marque os fios claros com um boleador (da mesma 
maneira que se utiliza o lápis) de acordo com a foto original. 
5 - Com um lápis bem apontado ou lapiseira HB grafite 
0,5mm, faça os f os dentro de cada mecha da trança sem se 
preocupar com a tonalidade. Esse fundo servirá de base para 
a luz das mechas da trança. Repare que os “sulcos” feitos com 
o boleador começam a aparecer.
6 - Com um lápis ou lapiseira 6B 0,7mm, faça fios escuros, 
partindo das bordas para o centro, evitando o preenchimento 
total e fazendo com que o fundo em HB pareça ser uma con-
tinuação mais clara do 6B. Repare que alguns traços são feitos 
cruzando as mechas de um lado para o outro. Deixe o come-
ço das mechas bem escuras para obter um melhor contraste, 
e utilize a régua de escala tonal apresentada.
7 - Depois, com um lápis HB nas áreas claras e 4B nas escu-
ras, faça um fundo para o cabelo. Com uma caneta-borracha 
2.3 chanfrada na ponta, faça alguns fios claros onde há um 
maior índice de luz no cabelo. Lembre-se de observar aten-
tamente a referência.
53 Realismo
Cabelo Afrodescendente
1 - Comece determinando primeiramente a largura, fazen-
do uma linha na horizontal com o lápis HB. Depois, divida-a 
ao meio em duas partes iguais, numerando-as em 1e 2.
2 - Trace uma linha vertical, cruzando a horizontal. 
Note que a altura total desta linha é 1/4 menor do que a 
linha horizontal.
3 - Feche um retângulo e esboce todo o contorno do cabelo 
afro, cuidando das formas próximas à testa e traçando um arco 
na parte superior do cabelo.
4 - Finalizado o esboço, transfira a imagem para um papel 
Fabriano 4, utilizando o papel grafitado (siga as orientações do 
passo 5 da página 34).
5 - Com movimentos circulares e aleatórios, marque pe-
quenos sulcos com um boleador (em pé) em toda a exten-
são do cabelo. 
6 - Repita o mesmo processo com o lápis HB, porém, 
trabalhe com ele bem deitado. Não aperte o lápis sobre o 
papel para que não se perca os sulcos feitos previamente 
com o boleador.
Apesar da aparente complexidade 
deste tipo de cabelo, a maneira de dese-
nhá-lo é bastante simples e a aparência 
final resulta em um bom acabamento.
54 guia curso de desenho
Cabelos e barbas
7 - Com o lápis 6B bem apontado, faça cachos de cabelo 
por toda a extensão. Repare que existe um espaço deixado 
entre um e outro cacho. Utilize vários tamanhos de cachos 
para não perder o aspecto de realismo.
8 - Passe, por toda a extensão do cabelo, um pincel de cer-
das chatas cortado bem rente. Utilize-o em pé, pressionando 
contra o papel. O pincel faz com que o grafite penetre nos 
sulcos feitos com o boleador, retirando, assim, o fundo branco 
do papel.
9 - Depois, com uma borracha 3.8, clareie as áreas 
com mais incidência de luz. Os cachos irão aparecer 
gradativamente conforme você for apagando. Não 
esfregue a borracha por cima, mas apenas aperte-a, 
retirando parte do grafite.
10 - Faça um sombreamento na testa com o lápis HB e, 
depois, com uma lapiseira 0.5mm e grafite 4B, faça a entrada 
para a testa com movimentos irregulares. Finalize com alguns 
fios saindo do cabelo na área externa, para dar mais realismo 
ao desenho.
55 Realismo
Cabelos Cacheados
Cabelos cacheados são, sem dúvida, 
os mais trabalhosos. Para obter um bom 
resultado nesse tipo de cabelo, é neces-
sário ter paciência. Usaremos como re-
ferência um cabelo cacheado feminino. 
1 - Trace uma linha ver-
tical e divida-a em duas 
partes iguais, nomeando-as 
em 1 e 2.
2 - Depois, faça uma li-
nha na horizontal cruzando 
a vertical. O tamanho total 
será de 1/3 menor do que a 
linha vertical.
3 - Feche em um retângulo e desenhe 
todo o cabelo cacheado dentro deste espa-
ço, separando as mechas uma a uma, sem 
se preocupar com os fios.
4 - Transfira a imagem para um pa-
pel Fabriano 4 e, em seguida, com um 
boleador, faça os fios soltos em toda a 
extensão do cabelo, principalmente nas 
áreas mais escuras.
56 guia curso de desenho
Cabelos e barbas
5 - Cada cacho é feito independen-
temente, com uma lapiseira 0,5mm e 
grafite HB, puxando os fios das extremi-
dades para o centro. Tome cuidado para 
não cruzar os fios nem perder a localiza-
ção de cada mecha.
6 - Com uma lapiseira 0,5mm e 
grafite 4B, puxe os fios das extremi-
dades para o centro de cada mecha, 
em um degradê. Não cruze as linhas. 
Repare como os fios feitos com bole-
ador aparecem à medida que a ima-
gem ganha contraste.
7 - Passe um pincel de tela cortado 
sobre toda a área do cabelo, uniformi-
zando a área sombreada. Trabalhe com 
o pincel em pé, pressionando contra o 
papel, fazendo com que o grafite pene-
tre nos sulcos feitos com o boleador.
8 - Com uma caneta-borracha 2.3 cor-
tada e chanfrada com um estilete, finalize 
apagando o centro de cada mecha para 
aumentar a luz. Reforce, também, os 
sulcos feitos com o boleador. Com uma 
lapiseira 0,5 e grafite HB, desenhe alguns 
fios soltos por fora do cabelo, aumentan-
do a impressão de realismo no trabalho.
57 Realismo
Cabelo Dred
Este tipo de cabelo se tornou mun-
dialmente famoso com a moda rastafári. 
Com sua aparência cilíndrica de cordas, 
é bem interessante para desenhar.
1 - Comece o esboço determinando 
a altura com uma linha vertical. Feito 
isso, encontre a metade desta linha, fa-
zendo um risco e numerando as duas 
partes em 1 e 2.
2 - Determine a largura, desenhan-
do uma linha na horizontal e cruzando 
a vertical ao meio. O tamanho total da 
linha horizontal (AB) equivale à metade 
da vertical (1 e 2). 
3 - Feche o retângulo nos quatro lados 
para limitar o espaço aonde serão dese-
nhados os cachos dos dreads.
4 - Esboce cada dread dentro da área 
delimitada pelo retângulo. Conte cada um 
para representar com fidelidade as corda 
deste tipo de cabelo.
58 guia curso de desenho
Cabelos e barbas
6 - Com um boleador, preencha toda 
a área com movimentos aleatórios. Nas 
áreas externas, faça alguns fios soltos 
saindo das mechas para aumentar a na-
turalidade do cabelo.
5 - Transfira a imagem com um papel 
grafitado para um papel Fabriano 4 (veja 
o passo 5 na página 34).
7 - Depois, com um lápis 2B deitado, 
sombreie cada mecha. Cuidado para 
não apertar o lápis e apagar o efeito do 
boleador. Neste caso, não há necessida-
de de esfumar.
8 - Para fazer todo o volume e dar 
contraste ao cabelo, escureça ainda mais 
as partes mais escuras com lápis 6B, se-
guindo sempre os tons encontrados na 
referência fotográfica.
9 - Passe um pincel para que penetre 
na área feita com o boleador, causando 
uma aparência mais real. Utilize o pincel 
em pé, pressionando-o contra o papel, 
de maneira que penetre nos sulcos feitos 
com o boleador.
10 - Com uma caneta-borracha 3.8 
cortada chanfrada, finalize o desenho, 
apagando as áreas de luz do cabelo 
com movimentos circulares. Sombreie 
os arredores em uma sequência de 
HB, 6B e esfuminho.
59 RealismoBarba Escura
Tomaremos como referência um mo-
delo de barba escura. Diferentemente do 
desenho de cabelos, barbas são sempre 
feitas com fios aleatórios e unidos, enchen-
do toda a extensão do queixo alcançando o 
cavanhaque e, algumas vezes, emendando 
no cabelo.
1 - Determine a largura com uma li-
nha na horizontal e divida-a ao meio, 
nomeando em partes A e B.
2 - Cruze a linha na metade com uma 
linha vertical. Note que o tamanho total da 
vertical é 1/3 menor que a horizontal.
3 - Feche o retângulo nos quatro la-
dos, limitando a área onde será dese-
nhada a barba.
4 - Esboce a parte interna da barba e, 
depois, a parte do maxilar. Então, termi-
ne o lábio inferior do modelo.
60 guia curso de desenho
Cabelos e barbas
5 - Transfira a imagem para um pa-
pel Fabriano 4 (veja o passo 5 da pági-
na 34). Não marque muito o papel a 
ser sombreado. 
6 - Com um lápis B, trace pequenos 
formatos de ondas como demonstra-
do na imagem. Preencha bem os es-
paços para que não fiquem com mui-
tas partes brancas.
7 - Depois de preenchida toda a ex-
tensão da barba, sombreie toda a área 
do maxilar com lápis HB na posição dei-
tada, para trabalhar os fios por cima.
8 - Com um lápis bem apontado grafi-
te 2B, faça os pelos acima da parte mais 
cheia da barba. Repare que são feitos 
da mesma maneira que toda a barba, 
porém, com fios mais espaçados e mais 
finos à medida que vai entrando na área 
da pele.
9 - Finalize passando um pincel por 
cima de toda a extensão da barba.
61 Realismo
Barba Branca
Barbas brancas soam sempre como um 
desafio para quem está começando a de-
senhar em estilo realista. Mas com a com-
preensão da técnica e o treino constante, 
o desenhista conseguirá atingir um bom 
resultado rapidamente.
1 - Trace uma linha horizontal e divi-
da-a ao meio.
2 - Cruze a metade com uma linha vertical. 
O tamanho da linha vertical (A/B) é 1/5 menor 
do que a horizontal (1/2).
3 - Feche o retângulo nos quatro lados.
4 - Esboce a barba dentro da área de-
marcada. Desenhe o nariz, a boca e a 
orelha para definir melhor a barba no 
momento de sombrear.
5 - Utilizando uma folha sulfite grafitada, 
transfira a imagem para um papel Fabriano 
4, tomando cuidado para não forçar demais 
a folha e marcar o papel do sombreamento.
62 guia curso de desenho
Cabelos e barbas
6 - Com um boleador, faça toda a bar-
ba com pequenos sulcos no papel, obe-
decendo a direção dos fios da referência. 
7 - Depois, com um lápis HB e, na se-
quência, um 6B, trabalhe o efeito de luz 
e sombra em toda a área do desenho. 
Trabalhe sempre com os lápis na posição 
deitada, para que não penetre nos sulcos 
feitos com o boleador. Neste caso, não é 
necessário esfumar.
8 - Sombreie com lápis HB e 6B a área 
externa da barba. Repare como os sulcos 
feitos com o boleador aparecem à medida 
que o grafite é passado.
9 - Finalize o trabalho, utilizando a 
caneta-borracha 2.3, da mesma maneira 
que um lápis, fazendo fios brancos onde 
exige mais luz na barba. Normalmente, 
as áreas mais escuras da barba ficam um 
pouco abaixo da boca e acima do queixo.
63 Realismo
Desenhando Rostos
Rosto Masculino - Frontal
3 - Prolongue a linha de eixo vertical uma 
metade para baixo, determinando o final do 
queixo. O nariz é desenhado dentro do cír-
culo na parte inferior e mede a largura de um 
olho. A boca fica na metade entre a linha do 
queixo e o nariz.
2 - Divida esta linha em cinco partes 
iguais e desenhe os olhos nas partes 2 e 4. 
Em um rosto padrão, a distância entre os 
olhos é de um olho.
5 - Finalize, apagando as 
linhas-guias e marcando 
com pequenos traços a 
linha de sombra do rosto.
1 - Desenhe uma linha horizontal e 
outra vertical do mesmo tamanho, cru-
zando uma com a outra. Em seguida, 
faça um círculo em torno das linhas de 
eixo. Depois, desenhe outra linha hori-
zontal abaixo da principal.
Através do estudo prático utilizando li-
nhas, e formas geométricas, o aluno 
compreenderá como funciona toda a pro-
porção do rosto masculino, identificando 
com mais facilidade as distâncias entre os 
elementos do rosto. A partir desse ponto, 
fica mais fácil diferenciar as particularidades 
anatômicas de cada fotografia retratada.
4 - Desenhe todo o contorno do rosto e as 
orelhas. Depois, faça o pescoço abaixo da li-
nha do queixo. A parte externa do cabelo fica 
pelo lado de fora do círculo.
66 guia curso de desenho
Rostos
Rosto - 3/4
3 - Abaixo dos olhos e dentro do círculo, 
desenhe o nariz rente à esfera. Trace a boca 
abaixo do círculo, marcando o músculo zi-
gomático, descendo do canto do nariz até 
a lateral da boca. Desenhe a linha do queixo 
com uma curva abaixo da boca.
2 - Desenhe os olhos dentro da parte 
inferior esquerda do círculo, marcando, 
também, as sobrancelhas. Faça o contor-
no do rosto com a base do queixo, meia 
medida do círculo para baixo. Depois, 
desenhe a nuca dentro do círculo.
5 - Finalize, apa-
gando as linhas-guias 
e marcando com pe-
quenos traços a linha 
de sombra do rosto.
1 - Desenhe uma linha horizontal e 
outra vertical do mesmo tamanho, cru-
zando uma com a outra. Em seguida, 
faça um círculo em torno das linhas de 
eixo. Desenhe outra linha horizontal 
abaixo da principal.
Por estar encaixado em um ângulo 
de perspectiva, o desenho da cabeça 
em rotação de ¾ perde um pouco da 
simetria. A medida de um dos olhos fica 
menor por estar escondida por trás do 
nariz. Assim acontece com um lado da 
boca e um lado do nariz. Neste tipo de 
ângulo, uma das orelhas não é vista e, 
portanto, não é desenhada.
4 - Em seguida, desenhe toda a marca-
ção do cabelo dentro da esfera. Faça o for-
mato da orelha, sendo parte dela dentro 
do círculo e parte fora dele. Então, esboce 
toda a parte da roupa.
67 Realismo
Rosto - Perfil
3 - Desenhe o olho na primeira par-
te, marcando também o nariz e a boca 
guiados pela linha vertical. Desenhe o 
formato do maxilar e da nuca.
2 - Considerando o canto inferior 
esquerdo, divida a segunda linha hori-
zontal em três partes iguais. Em seguida, 
faça dois traços, sendo um vertical para 
guiar o nariz e a boca e outro horizontal 
para guiar o maxilar.
1 - Desenhe uma linha horizontal e ou-
tra vertical um pouco menor, cruzando 
uma com a outra. Em seguida, faça uma 
forma geométrica oval em torno das linhas 
de eixo. Desenhe outra linha horizontal 
abaixo da principal.
Em um desenho de rosto de perfil, 
perde-se totalmente a visão de um dos 
olhos e uma das orelhas. Neste ângulo da 
cabeça, o olho e o nariz são vistos de for-
ma triangular, e a orelha fica em evidência. 
Deve-se treinar várias vezes este tipo de 
construção de rosto, por ser mais com-
plicado, mesmo mantendo as medidas 
padrões do rosto de frente.
4 - Faça o contorno do cabelo. A ore-
lha é desenhada à direita da linha de eixo 
vertical, na parte inferior direita. A altura 
da orelha equivale à base do nariz até 
os olhos. 
5 - Finalize o desenho 
em forma linear, mar-
cando as áreas de som-
bra, e apague as linhas- 
guias de construção.
68 guia curso de desenho
Rostos
Rosto Feminino - Frontal
3 - O nariz é desenhado na base do cír-
culo com a largura de um olho. A altura do 
queixo equivale a uma metade do círculo 
para baixo e a boca fica entre a base do nariz 
e o queixo. Desenhe também a forma linear 
do contorno do rosto.
2 - Divida esta nova linha horizontal em 
cinco partes iguais e trace os olhos nas par-
tes 2 e 4. Repare que as distâncias entre os 
olhos é equivalente à largura de um olho. 
Ao fazer as sobrancelhas, desenhe-as en-
costando na linha horizontal acima delas.
5 - Apague as linhas-
-guias, deixando so-
mente a forma linear.
1 - Desenhe duas linhas do mesmo 
tamanho, sendo uma vertical e outra 
horizontal. Em seguida, contorne as li-
nhas de eixo com um formato de cír-
culo. Na metade inferior, desenhe outra 
linha horizontal.
Partiremos, agora, para um rosto 
feminino modelo padrão. Apesar das 
medidas serem as mesmas utilizadas na 
construção do rosto masculino, as mu-
danças para o feminino está nodelinear 
das formas dos elementos, alterando os 
olhos, o nariz e a boca. O traço é mais 
delicado e podemos marcar maquiagens 
e até bijuterias.
4 - Marque as orelhas com a altura da 
base do nariz até a linha das pálpebras 
dos olhos. Em seguida, faça o formato do 
cabelo por dentro e por fora da esfera, 
seguindo até o pescoço.
69 Realismo
Rosto - 3/4
3 - O desenho do nariz segue abaixo 
dos olhos até o limite da circunferência. 
A boca é desenhada abaixo da esfera, 
encostando-se na base. Já o contorno 
do rosto é feito de forma mais arredon-
dada e delicada.
2 - Desenhe os olhos na linha hori-
zontal inferior esquerda e marque as 
sobrancelhas até a linha horizontal do 
centro. Note que as medidas continuam 
na proporção do ¾ masculino.
5 - Apague as linhas 
de construção, dei-
xando apenas o for-
mato linear do rosto.
1 - Desenhe duas linhas (uma verti-
cal e outra horizontal) nos mesmos ta-
manhos, cruzando-as na metade. Em 
seguida, faça um círculo, utilizando as li-
nhas de eixo. Na parte inferior, desenhe 
outra linha na horizontal.
O ângulo ¾ da cabeça feminina não 
difere em nada da construção do dese-
nho ¾ masculino. Da mesma maneira, 
existe uma perspectiva que faz com que 
os tamanhos dos elementos da cabeça 
pareçam menores se comparados ao 
outro lado. O que difere um rosto do 
outro é o delineamento, a maquiagem 
e os acessórios.
4 - Feitas as marcações dos olhos, do 
nariz e da boca, desenhe a orelha e de-
marque o cabelo por cima desta.
70 guia curso de desenho
Rostos
Rosto - Perfil
3 - Desenhe o nariz e a boca, se-
guindo o maxilar. Note que o formato 
é mais ondulado e existem mais linhas 
mais suaves. Faça o indicativo da ore-
lha com linhas retas à direita da esfera. 
Depois, desenhe uma linha indicativa 
do pescoço.
2 - Na linha horizontal abaixo da prin-
cipal, divida o canto inferior esquerdo 
em três partes iguais. Na primeira parte, 
desenhe o olho e a sobrancelha. Depois, 
marque duas linhas abaixo da forma oval, 
fazendo a indicação de direção do nariz, 
da boca e do maxilar.
1 - Desenhe uma linha horizontal 
e, em seguida, cruze-a com outra na 
vertical, um pouco menor. Feche as li-
nhas de eixo com um formato oval e 
desenhe uma segunda linha horizontal 
abaixo da primeira.
De uma forma em geral, a constru-
ção da figura humana se repete consi-
derando seu formato padrão. O olho 
e o nariz são vistos de forma triangu-
lar e a orelha aparece em evidência 
nesse ângulo da cabeça. Treine bas-
tante para conseguir um bom desem-
penho no desenho de perfil feminino.
4 - Dentro da linha-guia feita para a 
orelha, desenhe todo o formato com 
movimentos arredondados. Em seguida, 
para desenhar o cabelo, siga a orientação 
da forma oval, contornando por fora des-
ta todas as ondulações das mechas.
5 - Apague as linhas 
de eixo, determinando 
de forma linear o ros-
to feminino de perfil.
71 Realismo
Rosto de Criança - Frontal
3 - Na linha horizontal abaixo da linha 
do nariz, desenhe o formato linear da 
boca. A largura é um pouco maior do 
que a medida de um olho. Abaixo da li-
nha da boca, faça outra linha equidistan-
te desta última, desenhando o contorno 
do rosto.
2 - Nos espaços delimitados 2 e 4, 
desenhe o formato dos olhos. Faça 
mais três linhas equidistantes abaixo da 
linha dos olhos e trace o nariz com a 
largura de um olho, na base da penúlti-
ma linha horizontal.
5 - Finalize o rosto 
infantil de maneira 
linear. Depois, faça 
a roupa e apague as 
linhas-guias de eixo 
e construção.
1 - Trace duas linhas de tamanhos 
iguais cruzadas ao meio (sendo uma ver-
tical e outra horizontal) e desenhe um 
círculo em torno delas. Na sequêencia, 
faça uma linha horizontal abaixo da pri-
meira e divida-a em cinco partes iguais.
O desenho de crianças é sempre feito com 
traços mais suaves e com poucas linhas de 
contorno. Por se tratar de um rosto ainda em 
transformação, suas medidas padrão são um 
pouco alteradas. Os elementos da cabeça da 
criança, como os olhos, o nariz e a boca tam-
bém diferem quanto às distâncias. Confira, a 
seguir, o passo para a construção do rosto de 
uma criança de seis anos de idade.
4 - Faça o esboço das orelhas. Note 
que elas compreendem desde a linha 
base do nariz até a linha-guia do olho. 
Vistas de frente, são desenhadas mais 
estreitas. Em seguida, faça o formato do 
cabelo e as sobrancelhas.
72 guia curso de desenho
Rostos
Rosto - Perfil
3 - Faça a boca entre as linhas 2 e 3 e 
desenhe o queixo e o maxilar. A orelha 
é desenhada na parte inferior direita da 
forma oval. Já a altura é correspondente 
aos olhos e a linhabase da boca.
2 - Divida a metade esquerda da linha 
de eixo horizontal em três partes iguais. 
Desenhe na parte 1 o olho em forma 
triangular e faça o nariz entre as linhas 1 e 
2 abaixo do olho.
1 - Desenhe uma linha horizon-
tal e uma vertical um pouco menor, 
cruzando-as ao meio. Faça uma forma 
oval e divida a metade inferior em três 
partes iguais.
A diferença entre desenhar rostos 
adultos e infantis no ângulo de perfil são 
os elementos da cabeça, como o olho, 
o nariz e a boca da criança, que são me-
nores em relação a um adulto. Além 
disso, o crânio da criança é um pouco 
maior se comparado ao de um adulto. 
O delineamento é suave e linear.
4 - Finalize os elementos da cabeça e 
esboce o formato linear do cabelo do 
menino. Desenhe, também, a indicação 
do pescoço.
5 - Finalize o desenho, apagando todas as 
linhas de eixo e construção.
73 Realismo
Anatomia Facial - Luz e Sombra
Prefira retratar fotos tiradas à luz do 
dia e natural do sol, ou, se possível, as 
feitas em estúdio fotográfico.
Para compreender como funciona a 
luz e a sombra em um desenho de ca-
ráter realista, é necessário entender que 
a ideia principal nesse estilo é evitar linhas 
de contorno. Se visualizarmos uma foto-
grafia original, não veremos linhas e tra-
Observe como a luz atinge objetos 
de figuras geométricas. Ao bater direta-
mente em um objeto, faz com que sua 
tonalidade fique mais clara, e torna-se 
mais escura à medida que vai se difun-
ços como vemos em desenhos no estilo 
de rosto acadêmico, quadrinhos e man-
gás. Esse tipo de desenho é feito inteira-
mente por meio de sombras por cima e 
por baixo de outras sombras. A foto do 
casal abaixo mostra que não existe linha 
nesse tipo de desenho.
Existem dois tipos de luz: natural (solar) 
e artificial (lâmpadas e velas). Para ilustrar 
desenhos perfeitamente, escolha fotos 
de boa qualidade quanto à exposição e à 
localização da luz.
dindo para longe do objeto. Note que o 
objeto forma uma sombra projetada na 
superfície, e a luz rebatida clareia nova-
mente o objeto no lado oposto, obten-
do a luz rebatida ou contraluz.
74 guia curso de desenho
Rostos
Lembre-se: revele as fotos sempre 
em preto e branco, para uma maior 
aproximação na visualização dos tons 
transferidos para o desenho.
Utilize fotografias reveladas em papel fo-
tográfico e em tamanho de, pelo menos, 
20 cm x 30 cm. Dessa maneira, é possível 
aumentar a sua percepção para identificar 
os detalhes existentes nas fotos.
Podemos identificar a projeção das 
sombras determinadas pelo volume e pe-
los planos do rosto nesses exemplos.
Neste exemplo, a luz vem de frente e 
acima do rosto, em direção à testa, pro-
jetando as sombras abaixo das sobrance-
lhas e acima dos olhos, onde existe um 
volume natural da face de acordo com a 
estrutura óssea de cada pessoa. O volu-
me do queixo impede que a luz alcance 
o pescoço, formando uma sombra neste.
No primeiro rosto, a fonte de luz 
atinge a face da direita para a esquerda e 
de cima para baixo, formando sombras 
em todo o lado esquerdo da imagem.
75 Realismo
Sombreando o Rosto
Observe, neste rosto visto de frente, 
que a luz direta parte da esquerda para 
a direita da face, projetando sombras à 
esquerda da imagem. Também pode-
mos ver uma luz do lado esquerdo, 
que se dá pela rebatida de provavel-
mente uma parede do lado do modelo. 
Isso se chama contraluz ou luz rebatida.
No rosto de perfil,foram alterados 
tanto o ângulo da cabeça quanto a di-
reção da luz que está atrás do modelo, 
ou seja, à sua esquerda. Sendo assim, o 
lado que vimos é pura sombra própria 
e, na mandíbula, podemos observar um 
pouco de contraluz rebatida de uma ou-
tra fonte.
No rosto ¾, podemos ver a luz direta 
praticamente no olho direito do modelo, 
provocando sombra no lado esquerdo, 
porém, nota-se claramente a contraluz 
ou luz refletida em um filete mais claro na 
face. Ao entender o funcionamento dos 
planos de luz e sombra, você saberá pro-
curar percebê-los em suas referências e 
reproduzi-los com mais propriedade.
Nos exemplos a seguir, todo o som-
breamento foi determinado de uma 
maneira mais acadêmica. As passagens 
de tons ficam mais bruscas sem os de-
gradês necessários em um estilo realista, 
para que o aluno identifique prontamen-
te os planos de volumes de luz e som-
bras existentes na composição.
Para melhor identificação dos planos 
e volumes da face, estes quatro exem-
plos de rostos foram desenhados de 
forma mais acadêmica. Em cada um, 
podemos identificar o posicionamen-
to da luz na imagem repetida em um 
mesmo ângulo, porém, com a luz ba-
tendo em graus diferentes e alterando 
as direções das sombras.
Luz a 45 ° acima 
e à esquerda
Luz totalmente 
à direita
Luz totalmente 
à esquerda
Luz a 45° acima 
e à direita
76 guia curso de desenho
Rostos
Para desenhar um rosto realista de 
maneira convincente, é importante en-
tender como a luz natural do sol interfe-
re nas áreas de luz e sombra nos planos 
da cabeça. Assim como no exemplo da 
esfera, a luz reage com diferentes inten-
sidades de sombras de acordo com os 
movimentos e planos da cabeça. Assim 
sendo, temos a luz plena, a qual não é 
sombreada, deixando o branco do pa-
pel dar o seu próprio efeito. A sombra 
própria clara e a sombra de meio-tom 
clara podem ser feitas com o lápis HB 
alterando apenas a intensidade do lápis. 
A sombra própria escura e a sombra 
projetada escura são feitas com lápis 4B, 
dependendo da referência.
Luz Plena
Sombra Própria 
Clara
Sombra Própria 
Escura
Sombra Própria 
Meio-Tom
Sombra Projetada 
Escura
Planos da Cabeça
Utilize esta referência com os planos da 
cabeça para estudar as direções corretas 
de luz e sombra.
Nos exemplos abaixo, feitos com 
sombra chapada para melhor identi-
ficação, a luz foi deslocada de várias 
maneiras, fazendo com que as sombras 
mudem de posição. Em se tratando de 
retratos realistas, procure atenuar as 
passagens de tom, mantendo os planos 
de sombras com passagens suaves.
77 Realismo
Passo a Passo
2 - Comece o desenho pelos olhos, obedecendo os limites 
das marcações das linhas-guias. Desenhe também as sobran-
celhas e as bolsas dos olhos.
1 - Através do método de comparação por proporção, transfi-
ra esse gabarito para uma folha de sulfite, medindo as distâncias e 
transferindo cada linha para a folha do esboço.
3 - Faça o esboço do nariz e os músculos zigomáticos exis-
tentes no sorriso da modelo.
Em uma xérox impressa, risque uma linha na 
horizontal, dividindo o rosto em duas partes. Em 
seguida, trace linhas verticais para os olhos, o nariz 
e a boca. Trace pequenas linhas verticais e hori-
zontais nos limites dos olhos, do nariz e da boca, 
além de todos os contornos do rosto.
Rosto Feminino
80 guia curso de desenho
Passo a Passo
4 - Desenhe a boca, respeitando os limites das linhas-guias. Preste 
bastante atenção ao traçar os dentes, pois, se ficarem distorcidos, 
podem afetar a expressão de todo o rosto.
6 - Finalize o esboço, desenhando o cabelo sem se preocu-
par com os fios, apenas separe as mechas. 
5 - Faça a forma vazia do rosto, respeitando os limites das 
linhas-guias.
7 - Terminada a etapa de esboço, transfira a imagem para 
um papel Fabriano 4. O ideal é começar o sombreamen-
to da esquerda para a direita, para evitar o contato sobre 
onde já foi sombreado. Deve-se manter uma folha de sulfi-
te por baixo da mão para evitar esse deslize. A regra inverte 
para pessoas canhotas.
81 Realismo
9 - Comece os olhos pela pupila e íris, utilizando o lápis 4B 
para a pupila, e o B e o esfuminho para a íris. Depois, faça os 
cílios com o 4B. Com o lápis HB e o esfuminho, faça o con-
torno dos olhos, respeitando a tonalidade da fotografia. Utilize 
a escala tonal para um melhor reconhecimento do tom. Fina-
lize com o 2B nas sobrancelhas. A testa foi feita com HB para 
as áreas mais claras e 2B para as mais escuras.
8 - Com o lápis HB bem apontado, faça cada mecha do 
cabelo individualmente, tomando cuidado para não cruzar os 
fios e manter o começo e o final do traço finos. O lápis deve 
ser girado na mão conforme vai gastando, para que se apro-
veite ao máximo a quina do grafite para manter os fios finos.
10 - Para o nariz, utilize o lápis HB para as partes claras e o 
2B para as escuras. Com a caneta-borracha 2.3, determine a 
área da luz na ponta do nariz. Utilize, na base escura do con-
torno, um lápis bem apontado 4B.
11 - Utilize o lápis HB e o 2B, seguido de esfuminho para o 
sombreamento dos lábios e da gengiva. Nos dentes superiores, 
sombreie apenas com a sujeira do esfuminho, em movimentos 
verticais de cima para baixo. Nos dentes de baixo, utilize o lápis 
B para as áreas claras e escuras. No maxilar e no pescoço, utilize 
o lápis HB e o 2B nas áreas claras e escuras. Esfume com papel 
higiênico ou lenço de papel com folha dupla.
82 guia curso de desenho
Passo a Passo
12 - Para fazer o fundo, comece utili-
zando o lápis HB seguido de papel higi-
ênico para esfumar. Depois, use o 4B e 
o pincel com cerdas cortadas na metade 
para escurecer as áreas pretas.
83 Realismo
2 - Uma vez desenhadas todas as linhas-guias do rosto, 
comece a fazer o esboço pelos olhos. Note que uma boa 
observação é essencial para deixar os olhos bem definidos. 
Desenhe, também, as sobrancelhas e as bolsas abaixo da linha 
dos olhos.
1 - Transfira a linhas-guias para uma folha de sulfite utili-
zando o método de proporção. Depois, transfira o esboço. 
Procure fazer as medições corretas, para que o desenho não 
fique torto e não fuja das proporções. 
3 - Desenhe o formato do nariz dentro desse espaço limite 
e, na sequência, trace os músculos zigomáticos que descem 
dos cantos do nariz até os cantos da boca.
Em uma xérox, trace uma linha dividindo o meio 
do rosto em duas metades. Em seguida, desenhe 
uma linha reta para representar a direção dos olhos, 
do nariz e da boca. Marque, também, os pontos de 
referência nas laterais do rosto a partir das bases das 
linhas-guias dos olhos, do nariz e da boca.
Rosto Masculino
84 guia curso de desenho
Passo a Passo
4 - Dentro do limite das linhas-guias traçadas para limitar a 
boca, desenhe os lábios superior e inferior com muita atenção 
e uma boa observação. Defina os dentes com cuidado, para 
não perder as características principais do modelo.
6 - Desenhe o contorno do cabelo sem se preocupar com 
os fios, apenas com o formato. Depois, finalize o rosto, fazen-
do a gola da camiseta com os ombros.
5 - Depois de ter desenhado os olhos, o nariz e a boca, uti-
lizando como base os limites das linhas-guias, desenhe todo o 
contorno do rosto, observando as formas e curvas existentes na 
foto. Depois, defina as orelhas entre a linha dos olhos e o nariz.
7 - Na etapa do sombreamento, transfira a imagem para um 
papel Fabriano 4 (veja o passo 5 na página 34). Utilize para isso 
a folha de sulfite grafitada e não force muito para não marcar 
demais a folha que irá sombrear.
85 Realismo
9 - A explicação do sombreamento dos olhos do rapaz é 
a mesma da moça, tomando atenção apenas na textura da 
pele na parte inferior, que deve ser feita em uma sequência 
de riscos finos com lápis HB e também com a borracha 2.3. 
Da mesma maneira, faça a textura entre as sobrancelhas. 
Perceba que sobrancelha masculina é mais espaçada e es-
cura, com alguns fios irregulares em toda a área. Utilize um 
lápis 4B para fazê-las.
8 - Comece este exemplo pelo cabelo, utilizando o lápis

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