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EDUCAÇÃO Desafios, Perspectivas e PossibilidadesDesafios, Perspectivas e Possibilidades editora científica Graciete Barros SilvaGraciete Barros Silva Organizadora EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO Desafios, Perspectivas e PossibilidadesDesafios, Perspectivas e Possibilidades editora científica Graciete Barros SilvaGraciete Barros Silva Organizadora 1ª Edição 2020 Copyright© 2020 por Editora Científica Digital Copyright da Edição © 2020 Editora Científica Digital Copyright do Texto © 2020 Os Autores EDITORA CIENTÍFICA DIGITAL LTDA Guarujá - São Paulo - Brasil www.editoracientifica.org - contato@editoracientifica.org O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download e compartilhamento desde que os créditos sejam atribuídos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Todo o conteúdo deste livro está licenciado sob uma Licença de Atribuição Creative Commons. Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). CONSELHO EDITORIAL Editor Chefe Reinaldo Cardoso Editor Executivo João Batista Quintela Editor Científico Prof. Dr. Robson José de Oliveira Assistentes Editoriais Elielson Ramos Jr. Érica Braga Freire Erick Braga Freire Bianca Moreira Sandra Cardoso Arte e Diagramação Andrewick França Bruno Gogolla Bibliotecário Maurício Amormino Júnior - CRB6/2422 Jurídico Dr. Alandelon Cardoso Lima - OAB/SP-307852 CONSELHO EDITORIAL Prof. Dr. Robson José de Oliveira - Universidade Federal do Piauí Prof. Dr. Carlos Alberto Martins Cordeiro - Universidade Federal do Pará Prof. Me. Ernane Rosa Martins - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Prof. Dr. Rossano Sartori Dal Molin - FSG Centro Universitário Prof. Dr. Carlos Alexandre Oelke - Universidade Federal do Pampa Prof. Me. Domingos Bombo Damião - Universidade Agostinho Neto, Angola Prof. Dr. Edilson Coelho Sampaio - Universidade da Amazônia Prof. Dr. Elson Ferreira Costa - Universidade do Estado Do Pará Prof. Me. Reinaldo Eduardo da Silva Sale - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará Prof. Me. Patrício Francisco da Silva - Faculdade Pitágoras de Imperatriz Prof. Me. Hudson Wallença Oliveira e Sousa - Instituto Nordeste de Educação Superior e Pós-Graduação Profª. Ma. Auristela Correa Castro - Universidade Federal do Oeste do Pará Profª. Drª. Dalízia Amaral Cruz - Universidade Federal do Pará Profª. Ma. Susana Martins Jorge - Ferreira - Universidade de Évora, Portugal Prof. Dr. Fabricio Gomes Gonçalves - Universidade Federal do Espírito Santo Prof. Me. Erival Gonçalves Prata - Universidade Federal do Pará Prof. Me. Gevair Campos - Faculdade CNEC Unaí Prof. Esp. Flávio Aparecido de Almeida - Faculdade Unida de Vitória Prof. Me. Mauro Vinicius Dutra Girão - Centro Universitário Inta Prof. Esp. Clóvis Luciano Giacomet - Universidade Federal do Amapá Profª. Drª. Giovanna Faria de Moraes - Universidade Federal de Uberlândia Profª. Drª. Jocasta Lerner - Universidade Estadual do Centro-Oeste Prof. Dr. André Cutrim Carvalho - Universidade Federal do Pará Prof. Esp. Dennis Soares Leite - Universidade de São Paulo Profª. Drª. Silvani Verruck - Universidade Federal de Santa Catarina Prof. Me. Osvaldo Contador Junior - Faculdade de Tecnologia de Jahu Profª. Drª. Claudia Maria Rinhel Silva - Universidade Paulista Profª. Drª. Silvana Lima Vieira - Universidade do Estado da Bahia Profª. Drª. Cristina Berger Fadel - Universidade Estadual de Ponta Grossa Profª. Ma. Graciete Barros Silva - Universidade Estadual de Roraima Prof. Dr. Carlos Roberto de Lima - Universidade Federal de Campina Grande CONSELHO EDITORIAL Prof. Dr. Júlio Ribeiro - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Prof. Dr. Wescley Viana Evangelista - Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado Prof. Dr. Cristiano Souza Marins - Universidade Federal Fluminense Prof. Me. Marcelo da Fonseca Ferreira da Silva - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória Prof. Dr. Daniel Luciano Gevehr - Faculdades Integradas de Taquara Prof. Me. Silvio Almeida Junior - Universidade de Franca Profª. Ma. Juliana Campos Pinheiro - Universidade Federal do Rio Grande do Norte Prof. Dr. Raimundo Nonato F. do Nascimento - Universidade Federal do Piauí Prof. Dr. Iramirton Figuerêdo Moreira - Universidade federal de Alagoas Profª. Dra. Maria Cristina Zago - Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis de Atibaia Profª. Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho - Centro Universitário de Sete Lagoas Profª. Ma. Vera Lúcia Ferreira - Centro Universitário de Sete Lagoas Profª. Ma. Glória Maria de França - Universidade Federal do Rio Grande do Norte Profª. Dra. Carla da Silva Sousa - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano SUMÁRIO CAPÍTULO 01 ..........................................................................................................................................14 A DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA NAVAL NA FORMAÇÃO SUPERIOR DA MARINHA: CAMINHOS INICIAIS Hercules Guimarães Honorato DOI: 10.37885/201001676 CAPÍTULO 02 ..........................................................................................................................................30 A IMPORTÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO E DA MEDIAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Gianna Oliveira Bogossian Roque; Gilda Helena Bernardino de Campos DOI: 10.37885/201102072 CAPÍTULO 03 ..........................................................................................................................................43 A LEI Nº 10.639/2003, ENEM E A REFORMA DO ENSINO MÉDIO Diomario da Silva Junior; Fabiano Soares Magdaleno; Márcio de Araújo Moreira DOI: 10.37885/201001935 CAPÍTULO 04 ..........................................................................................................................................60 AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS INCLUSIVAS PERSPECTIVADA NAS TESES E DISSERTAÇÕES Gisele Sotta Ziliotto; Maria Lourdes Gisi DOI: 10.37885/201001898 CAPÍTULO 05 ..........................................................................................................................................78 AÇÕES COLETIVAS: A MATERIALIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL UNIVERSITÁRIA NO CURSO DE PEDAGOGIA DO ISECENSA Angela Barros Fonseca Berto DOI: 10.37885/200800886 CAPÍTULO 06 ..........................................................................................................................................98 CAMINHOS PARA A INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O NUARC/ URCA Elisiane Alves Dias; Teresa Monalisa de Souza Gomes; Matheus Gomes de Matos; Marla Vieira Moreira de Oliveira DOI: 10.37885/201001916 CAPÍTULO 07 ........................................................................................................................................109 CONSIDERAÇÕES DE MICHEL FOUCAULT SOBRE A EDUCAÇÃO ESCOLAR Paulo Henrique Vieira de Macedo; Maria Beatriz Pereira da Silva; Ana Cristina Ribeiro de Sousa DOI: 10.37885/201001815 SUMÁRIO CAPÍTULO 08 ........................................................................................................................................124 DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES REMOTAS NA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA NO PROJETO DE ASSENTAMENTO DIRIGIDO ANAUÁ, NO MUNICÍPIO DE RORAINÓPOLIS - RORAIMA Janene Leandro de Sousa; Graciete Barros Silva DOI: 10.37885/201001888 CAPÍTULO 09 ........................................................................................................................................138 “ESTOU APRENDENDO A SER PROFESSOR/PROFESSORA DA EJA”: ANÁLISE DA PRÁTICA DISCURSIVA DE PROFESSORES INICIANTES NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Rhafaela Rico Bertolino Beriula DOI: 10.37885/201001891 CAPÍTULO 10 ........................................................................................................................................152EDUCAÇÃO CATÓLICA E CONTEXTO DE INFLUÊNCIA: A POSIÇÃO DA ANEC NO DEBATE SOBRE O FUNDEB Letícia Rodrigues Monteiro; Marcelo Siqueira Maia Vinagre Mocarzel DOI: 10.37885/201001873 CAPÍTULO 11 ........................................................................................................................................169 EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: HISTÓRIAS EM QUADRINHOS DIGITAIS COMO RECURSO TECNOLÓGICO Rafael Pereira da Silva; Nahara Morais Leite; Abigail Fregni Lins DOI: 10.37885/201001882 CAPÍTULO 12 ........................................................................................................................................179 ESTRATÉGIAS PARA SUPERAR AS DIFICULDADES DA LEITURA INFANTIL Ivana Esteves Passos de Oliveira; Keliene Pedrosa Mirandola Silva DOI: 10.37885/201001699 CAPÍTULO 13 ........................................................................................................................................190 ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES EM RELAÇÃO AO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE UMA IES PRIVADA DO NORTE FLUMINENSE Adriana Ramos da Silva; Joyce Barreto Pereira; Túlio Baita dos Reis; Sileno Martinho Silva Ribeiro; Teresa Claudina de Oliveira Cunha DOI: 10.37885/200901302 SUMÁRIO CAPÍTULO 14 ........................................................................................................................................211 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM TEMPOS DE PANDEMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Paulo Henrique Vieira de Macedo; Maria Beatriz Pereira da Silva; Gioconda Soares de Araújo Silva; Luiz Paulo Brito Rocha DOI: 10.37885/201001847 CAPÍTULO 15 ........................................................................................................................................225 EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO (IDESP) NAS ESCOLAS ESTADUAIS PAULISTAS Marco Antonio Campos DOI: 10.37885/201001893 CAPÍTULO 16 ........................................................................................................................................235 FORMAÇÃO DE PROFESSORES: REFLETINDO SOBRE UMA EXPERIÊNCIA EM UM CURSO DE 2ª LICENCIATURA Amélia Cristina Reis e Silva; Maria de Lurdes Dias de Carvalho DOI: 10.37885/201001907 CAPÍTULO 17 ........................................................................................................................................246 FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE JOVENS E ADULTOS: A BUSCA PELA IDENTIDADE PROFISSIONAL EM SALA DE AULA Manoel Santos da Silva; Sidiane Ferreira Batista; Maria de Fátima Feitosa Amorim Gomes DOI: 10.37885/201001920 CAPÍTULO 18 ........................................................................................................................................257 GESTÃO PEDAGÓGICA NA EJA: CAMINHOS E DESCAMINHOS DA PRÁTICA Daniel Amaral Barros Souza; Antônio Amorim DOI: 10.37885/201001668 CAPÍTULO 19 ........................................................................................................................................270 HUNGBÊ E SUAS PRÁTICAS NUM TERREIRO DE CANDOMBLÉ Dulce Edite Soares Loss DOI: 10.37885/201001894 SUMÁRIO CAPÍTULO 20 ........................................................................................................................................286 IMAGENS REFLETIDAS, VISÕES OMITIDAS: UM BREVE ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO 6ª ANO SOBRE A IMAGÉTICA DO NEGRO NO LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA NA ESCOLA CÔNEGO LEITÃO – CASTANHAL - PA Mábia Aline Freitas Sales; Erinaldo Furtado Cardoso; Nieda Damasceno de Souza DOI: 10.37885/201101991 CAPÍTULO 21 ........................................................................................................................................309 INCLUSÃO ESCOLAR: UMA PERSPECTIVA NO ÂMBITO DO INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ (IFCE) – CAMPUS JAGUARIBE Wagnólia de M. N. Leal DOI: 10.37885/201001930 CAPÍTULO 22 ........................................................................................................................................319 INFLUÊNCIA DA FORMAÇÃO INICIAL NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DOCENTE EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA NAS ESCOLAS DO CAMPO Vanessa Azevedo Cabral da Silva; Maria Girlene Callado da Silva; Maria Iveni de Lima Silva DOI: 10.37885/201001922 CAPÍTULO 23 ........................................................................................................................................329 INGLÊS NA EJA: AS ALEGRIAS DE UM ALUNO IDOSO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DA CIDADE DE PARNAÍBA-PI Antonio Carlos Ferreira Filho; Renata Cristina da Cunha DOI: 10.37885/201101946 CAPÍTULO 24 ........................................................................................................................................344 JOGO COMO PROPOSTA EDUCATIVA EM PREVENÇÃO A DENGUE Andressa Tamanaha; Newton Goulart Madeira DOI: 10.37885/200800922 CAPÍTULO 25 ........................................................................................................................................362 JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANÇAS BILÍNGUES EM UMA ESCOLA DE FRONTEIRA NO MUNICÍPIO DE PACARAIMA - RR Graciete Barros Silva; Hana Karolina da Costa Palheta; Rízia Maria Gomes Furtado DOI: 10.37885/201001582 SUMÁRIO CAPÍTULO 26 ........................................................................................................................................382 LA EDUCACIÓN INCLUSIVA A PARTIR DE LOS DERECHOS HUMANOS Santiago Daniel Hernandez Piloto Ramos; Sumika Soares de Freitas Hernandez Piloto DOI: 10.37885/201102006 CAPÍTULO 27 ........................................................................................................................................394 LEITURA NUMA PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR: DELEITANDO COM OS GÊNEROS TEXTUAIS Ana Tereza da Silva Cortez; Andreza Costa Gomes; Celianne Kely Ferreira de Lima; Cristiana Fernandes da Costa; Jadiane da Silva Oliveira; Jakeline Soares da Silva Fernandes; Maria Elizomara Elias da Silva; Rita Joselia Cortez dos Santos; Francisca Edilma Braga Soares DOI: 10.37885/201001934 CAPÍTULO 28 ........................................................................................................................................404 O ENSINO DE LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO POR MEIO DA GAMIFICAÇÃO Dário Gean da Silva; Reinaldo Eduardo da Silva Sales; Franciel da Silva Amorim DOI: 10.37885/201001830 CAPÍTULO 29 ........................................................................................................................................425 O MUNDO DAS FORMAS, ENSINANDO QUÍMICA PARA ARGOS E TIRÉSIAS: O USO DE MAQUETES TÁTEIS COMO RECURSO DIDÁTICO NAS AULAS DE LIGAÇÃO IÔNICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL Edivanda Silva Pontes; Darlison Guto Travassos de Sousa; Gilbson Santos Soares; Nila Luciana Vilhena Madureira; Reginaldo da Silva Sales; Vanessa Pires Santos Maduro; Rudinei Alves dos Santos; Verônica Solimar dos Santos DOI: 10.37885/201001938 CAPÍTULO 30 ........................................................................................................................................448 OS BEBÊS E OS ESPAÇOS DA CRECHE: UM ESTUDO DE CASO/INTERVENÇÃO Ana Rosa Costa Picanço Moreira DOI: 10.37885/201001879 CAPÍTULO 31 ........................................................................................................................................468 OUSADOS COMO COMENIUS: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DESENVOLVIDA EM ESCOLAS PÚBLICAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA UTILIZANDO PLURALIDADE METODOLÓGICA NO ESTUDO DE FUNÇÕES INORGÂNICAS Darlison Guto Travassos de Sousa; Edivanda Silva Pontes; Livia Helen de Castro Figueira; Marcos André da Cruz Cota; Maria Selma Silva dos Santos; Paloma Rodrigues Siebert; Luciano de Sousa Chaves; Reginaldo da Silva Sales DOI: 10.37885/201001933 SUMÁRIO CAPÍTULO 32 ........................................................................................................................................490POR DETRÁS DAS CORTINAS: BASES EPISTEMOLÓGICAS DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS NO TERREIRO Adelson Cezar Ataide Costa Junior; Marley Antônia Silva da Silva DOI: 10.37885/201001932 CAPÍTULO 33 ........................................................................................................................................503 PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM COM USO DO COMPUTADOR PARA CRIANÇAS COM ESPECTRO AUTISTA Ednael Macedo Felix; Jéssica de Oliveira Maia; Jéssica Oliveira Ferreira; José Inácio Lopes Lima DOI: 10.37885/201001674 CAPÍTULO 34 ........................................................................................................................................513 PROFESSORA NÃO É TIA: PROFESSORA É EDUCADORA Humberto Corrêa dos Santos DOI: 10.37885/201001905 CAPÍTULO 35 ........................................................................................................................................525 PRÁTICAS DE LETRAMENTO E A FORMAÇÃO DE LEITORES EM EJA: SABERES NECESSÁRIOS Nildélia Souza Silva; Sônia Vieira de Souza Bispo; Vânia Pessoa Jornane Barbosa dos Santos DOI: 10.37885/201001937 CAPÍTULO 36 ........................................................................................................................................536 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DOS LICENCIANDOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA NO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA Jessica Emily Freire Gomes; João Luiz da Costa Barros DOI: 10.37885/201102074 CAPÍTULO 37 ........................................................................................................................................548 QUILOMBOS E A IDENTIDADE ÉTNICA SEGUNDO ELIANE CANTARINO O’DWYER Katia Machado de Medeiros; Keila Machado de Medeiros DOI: 10.37885/201001670 SUMÁRIO CAPÍTULO 38 ........................................................................................................................................557 SABER IGUAL: MÉTODO DE ENSINO ESTRUTURADO COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO DOS ÍNDICES DE APRENDIZAGEM DOS EDUCANDOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE BOA VISTA - RORAIMA Kátia Maria Abreu da Silva; Janaene Leandro de Sousa; Gleidiane Brito de Araújo Rocha DOI: 10.37885/201001881 CAPÍTULO 39 ........................................................................................................................................571 TRANSCRIAÇÕES DIDÁTICAS DO COTIDIANO: USOS E DESUSOS DO ESPAÇO-TEMPO Heloisa Josiele Santos Carreiro; Sandra Cristina Motta Bortolotti DOI: 10.37885/201001936 CAPÍTULO 40 ........................................................................................................................................584 TRANSFORMAÇÕES CULTURAIS NA ETNIA MACUXI: IMPACTOS, INSISTÊNCIAS E PERSPECTIVAS NA CONTEMPORANEIDADE Lívia Késsia da Silva Rocha Soares; Ozamar Santos Corrêa; Maristela Bortolon de Matos DOI: 10.37885/201001583 CAPÍTULO 41 ........................................................................................................................................593 UMA ANÁLISE DAS AÇÕES DO PROFESSOR EM SALA DE AULA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) Regina Sayuri Ogawa DOI: 10.37885/201001655 CAPÍTULO 42 ........................................................................................................................................604 UNIVERSIDADE, COMUNIDADE E ESCOLA: UM DIÁLOGO POSSÍVEL Irlane Maia de Oliveira; Ana Cláudia Maquiné Dutra DOI: 10.37885/201001924 SOBRE A ORGANIZADORA .................................................................................................................614 ÍNDICE REMISSIVO ..............................................................................................................................615 “ 31 Ousados como Comenius: Relato de uma experiência desenvolvida em escolas públicas da Amazônia brasileira utilizando Pluralidade Metodológica no estudo de funções inorgânicas Darlison Guto Travassos de Sousa IFPA Edivanda Silva Pontes SEDUC - PA Livia Helen de Castro Figueira IFPA Marcos André da Cruz Cota SEDUC - PA Maria Selma Silva dos Santos IFPA Paloma Rodrigues Siebert IFPA Luciano de Sousa Chaves IFPA Reginaldo da Silva Sales IFPA 10.37885/201001933 https://dx.doi.org/10.37885/201001933 Palavras-chave: Lúdico, Avaliação, Ensino-Aprendizagem, Pluralismo Didático, Quimionário. RESUMO Este relato tem por objetivo descrever a experiência da implementação de uma sequên- cia didática aplicada em 120 minutos através de etapas complementares (estratégias de ensino) sobre funções inorgânicas com enfoque em ácidos e bases à alunos da 1ª série do ensino médio de duas escolas estaduais localizadas no município de Santarém, Pará, Brasil. Objetivamos promover a Aprendizagem Significativa, buscando proporcionar ao aluno maior interação, tornando-o um agente protagonista do aprendizado e não ape- nas um mero expectador. A execução desse projeto nos permitiu compreender como se dá o uso de novas estratégias e como podem facilitar a aquisição dos conhecimentos necessários para uma Aprendizagem Significativa. Para a coleta dos dados utilizamos um questionário, do tipo misto que foi empregado no fim da sequência didática, além de observação direta. Os resultados foram satisfatórios, pois percebeu-se que todas as atividades desenvolvidas deram suporte ao foco principal, a verificação da aprendizagem através do Quimionário das Funções Inorgânicas, um jogo, de perguntas e respostas entre equipes. Os alunos se manifestaram favoráveis à utilização de novas estratégias nas aulas de Química, tornando-as mais dinâmicas e prazerosas e, de igual modo, sen- tiram-se protagonistas do processo ensino-aprendizagem. Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades470 INTRODUÇÃO Em 1649, João Amós Comenius, trouxe a lume, sua obra prima, Didática Magna: Tratado da arte universal de ensinar tudo a todos. E, logo nas primeiras páginas, na seção em que apresenta uma “Saudação aos leitores”, destacou: ‘Nós ousamos prometer uma Didática Magna, isto é, um método universal de ensinar tudo a todos. E de ensinar com tal certeza, que seja impossível não conseguir bons resultados.” (COMENIUS, 1997, p. 13. Grifo nosso). Desse relato de Comenius é apropriado enfatizar sua ousadia e, acima de tudo, sua busca por “um método universal”. Ao contrário do que buscou o pai da Didática, um método, no singular, hoje, no processo educacional, busca-se conhecer e fazer uso de uma multi- plicade de Metodologias, Estratégias e Ferramentas, a fim de oportunizar ao maior número possível de educandos a maneira mais apropriada para o desenvolvimento da aprendizagem, pois, Michael (2006) concluiu que o uso de uma pluralidade metodológica torna o processo educativo mais eficiente. Nossa aproximação com Comenius, no aspecto da ousadia, não consiste na busca por um único método eficiente, muito pelo contrário, trilhamos a via diametralmente oposta, a da multiplicidade, da pluralidade de metodologias para o desenvolvimento de uma sequên- cia didática. Assim, a ausodia deste, trabalho centrou-se na combinação dessas diversas estratégias e ferramentas de ensino, de tal modo que chegasse ao discentes um produto único e, não uma colcha de retalhos. Falando em Química, atualmente, verifica-se que a disciplina é entendida pelos alunos como um dos itens curriculares de difícil aprendizagem. Estudos revelam que a Química é vista por eles como uma espécie de “vilã”, o que se explica por ser complexa, pois envolve conhecimentos de todas as disciplinas do eixo das Ciências da Natureza, causando nos alunos o questionamento sobre o motivo pelo qual ela lhes é ensinada. Segundo Valadares (2001), um dos principais desafios no Ensino de Ciências é a integração do conhecimento abordado em sala de aula com o cotidiano dos alunos, uma vez que o conteúdo químico tem sido transmitido de forma dissociada da realidade, com objetivos e estratégias de ensino, muitas vezes, distantes das necessidades requisitadapara a formação da cidadania. De acordo com as conclusões de Campos e Silva (1999), alguns livros didáticos trazem problemáticas quanto à forma de abordagem dos conceitos da área de química e estes, do modo como aparecem, muitas vezes, são entendidos pelos alunos como confusos e inúteis. Autores como Zanon e Freitas (2007), Cardoso e Colinvaux (2000), Wartha et al (2013), da Cunha (2012), Santos e Schnetzler (2003) entre outros afirmam que muitos discentes demonstram dificuldades em aprender química nos diversos níveis do Ensino Médio, e este obstáculo ocorre por diversos fatores, sobretudo no que diz respeito à capacidade de Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 471 associação com o cotidiano, tornando a aprendizagem mais complexa e gerando desinte- resse pela disciplina. A esse respeito, Cardoso e Colinvaux (2000, p. 401) afirmam: O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo ana- lisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida, como por exemplo, o impacto ambiental provocado pelos rejeitos industriais e domésticos que poluem o ar, a água e o solo. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas ba- seadas na simples memorização de nomes e fórmulas, tornando-as vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado. É interessante buscar na literatura acadêmica os motivos que comprometem o ensino de Química, sobretudo a inorgânica. Em uma pesquisa realizada por Freire e Santos (2013), em uma escola pública do município de Esperança-PB, foram avaliadas três turmas do 1º ano do Ensino Médio, e cerca de 60% dos alunos de cada uma das turmas disse ter difi- culdades relacionadas à aprendizagem da nomenclatura das funções inorgânicas ácidos e bases. Posteriormente, os alunos atribuíram o baixo rendimento, principalmente, à didática do professor (46,6%); seguida pela linguagem científica dos livros didáticos (43,3%). Nesse viés, faz-se necessário a utilização de estratégias que despertem o interesse do discente e, consequentemente, a aceitação da disciplina e melhor entendimento ao seu conteúdo. Assim, vale refletir que o Ensino de Ciências, dado o seu caráter múltiplo e complexo, exige uma abordagem pluralista de ensino que faz uso de diversas estratégias e recursos metodológicos para propiciar aos discentes maiores oportunidades de aprendiza- gem. Laburu, Arruda e Nardi (2003, p. 256) afirmam: O objetivo essencial que está por detrás da abordagem pluralista não é o de substituir um conjunto de regras por outro conjunto do mesmo tipo, mas argumentar no sentido de que todos os modelos e metodologias, inclusive as mais óbvias, têm vantagens e restrições. Nesse sentido, e associando ao Ensino de Química, e particularmente ao ensino das funções inorgânicas, é válido ressaltar a necessidade do desenvolvimento de práticas do- centes que permitam o uso de diferentes procedimentos pedagógicos dado as limitações e as contribuições que podem advir de cada um deles. É válido ressaltar ainda que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica Nacional (LDB), Lei 9.394/96 em seu artigo 3° prevê como base do ensino os princípios do pluralismo pedagógico como forma de propiciar maiores condições de aprendizagem. Isso reforça a ideia de metodologias alternativas para o ensino, principalmente quando certos conteúdos são dificilmente recebidos pelos alunos. Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades472 Durante toda a história da educação básica brasileira, cada período foi refletido nas propostas educacionais que formaram. Desde as chegadas dos jesuítas à implantação da Educação 4.0, algumas estratégias foram mantidas, outras modificadas e outras somadas, para que se chegue ao objetivo principal do Ensino: a própria aprendizagem. Nomes como Piaget, Wygotski, Anísio Teixeira e Paulo Freire muito contribuíram para a educação na- cional, de modo que, ao se planejar uma sequência didática, deve-se buscar concepções pedagógicas e ferramentas que se complementem, de modo a fortalecer umas às outras. Com base no exposto, este trabalho relata uma experiência de implementação de uma sequência didática para o ensino do conteúdo de química inorgânica. Cabe ressaltar que a proposta visou o planejamento e execução de uma sequência didática que consideresse a importância da pluralidade metodológica, conforme explanado por diversos autores supra- citados. É válido salientar ainda que esta estratégia objetivou propiciar aos discentes das escolas envolvidas maiores oportunidades de aprendizagem, de modo a dinamizar e facili- tar que os conhecimentos científicos sejam assimilados e perdurem para os seus projetos ao longo da vida. O PLURALISMO METODOLÓGICO ADOTADO NA SEQUÊNCIA DIDÁTICA Conforme supracitado, a sequência didática apresentada nesse relato buscou unir diversas estratégias de ensino seguindo as orientações de autores como Laburu, Arruda e Nardi (2003), Campos et al (2003), Laburu e Carvalho (2001), Girotto Júnior et al (2019), a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica Nacional (LDB), entre outros. Girotto Júnior et al (2019) afirmam que para se utilizar de diversas estratégias de en- sino o professor deve entender e vivenciar cada uma delas, levando em consideração as que melhor se encaixam no conteúdo abordado. Neste sentido, buscou-se estratégias que entusiasmasse, despertasse a curiosidade e levantasse duvidas nos discentes, a fim de motiva-los a buscar novos conhecimentos, de modo a fortalecer suas vivencias, e esclarecer dúvidas que possam estar presentes no próprio dia a dia deles. Assim, para a elaboração e implementação da aula de química inorgânica sobre funções inorgânicas: ácidos e bases, foi proposto o desenvolvimento de quatro estratégias didáticas: Tempestade Cerebral, Aula Expositiva e Dialogada, Demonstração Experimental e Jogo Didático. Nos tópicos que seguem abordaremos cada uma dessas estratégias. Brainstorming (Tempestade Cerebral) Das estratégias utilizadas cita-se: Brainstorming – Tempestade Cerebral – que segun- do Anastasiou e Alves (2004, p.82) “é uma possibilidade de estimular a geração de novas Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 473 ideias de forma espontânea e natural, deixando funcionar a imaginação. Não há certo ou errado” As autoras ainda enfatizam que, “Tudo o que for levantado será considerado, soli- citando-se, se necessário, uma explicação posterior do estudante”. Pérez et al (2017) afirmam que a técnica da Tempestade Cerebral é uma estratégia significativa para a aprendizagem em diversos níveis de ensino. Isso se dá pelo fato desta técnica clássica desenvolvida por Alex Osborn (Osborn apud Pérez et al, 2017) permitir o desenvolvimento da criatividade e o levantamento de uma série de ideias e concepções em um curto espaço de tempo, ao mesmo tempo em que dá voz aos educandos. Ou seja, pen- sando-se na realidade da maioria dos docentes do Brasil, que precisam trabalhar um extenso número de conteúdos em um curto espaço de tempo, bem como as salas de aula numerosas, o Brainstorming surge como uma importante estratégia de ação visando a Aprendizagem Significativa defendida por Ausubel (1968). Vale ressaltar ainda que inúmeros autores clássicos como Piaget, Wygotski, Ausubel e Paulo Freire enfatizam a relevância do levantamento dos conhecimentos prévios dos dis- centes, para que o processo de aprendizagem parta dali. Assim, esta técnica permite que este levantamento seja realizado de forma dinâmica e prática. Aula Expositiva e Dialogada A aula expositiva e dialogada, segundo autores como Gil (1997), Anastasiou (1998) e Lopes (2012), pode ser entendida como aquela em que há a exposição por parte do docente dos conteúdosa serem aprendidos, com participação ativa dos discentes. Nesta modali- dade didática, os conhecimentos prévios dos estudantes devem ser considerados pontos de partidas para aquilo que será ensinado, ou seja, funcionam como subsunções, suportes para a assimilação de novos conceitos (AUSUBEL, 1968). O papel do professor, deve ser o de despertar a curiosidade nos discentes, incitar discussões, contextualizar o objeto de aprendizagem e estabelecer relações entre este e o cotidiano dos alunos. Para Pacca e Scarinci (2010, p. 711), “a aula expositiva vem localizada no corpo geral de um planejamento e é capaz de estabelecer uma situação perfeitamente adequada dentro de um processo de construção do conhecimento”. Para que esse processo ocorra, no entanto, é importante que o docente compreenda a seriedade do planejamento das aulas, consideran- do sempre os conhecimentos prévios dos discentes. Caso contrário, o aluno pode assumir uma posição passiva de apenas ouvinte, o que pode levar a dificuldade de desenvolver um espírito crítico, participativo e transformador (LEAL; CORNACHIONE JUNIOR, 2006). Em síntese, a aula expositiva e dialogada é uma das modalidades didáticas mais uti- lizadas nas instituições de ensino devido a uma série de fatores, como a flexibilidade e o Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades474 baixo custo. No entanto, para sua execução é necessário todo um planejamento pois, caso contrário, os alunos podem se desinteressar pelo conteúdo a ser aprendido. Experimentação A metodologia da experimentação para o ensino de ciências é uma ótima opção a ser utilizada por docentes pelo fato de estimular o interesse dos alunos em vários níveis esco- lares. Além disso, os alunos costumam associar a experimentação ao lúdico, à motivação, sempre vinculada aos sentidos (GIORDAN, 1999). Infelizmente, há muito tempo a inclusão desse tipo de metodologia no currículo escolar quanto ao ensino de química tem fracassado e, portanto, são raramente utilizadas (GONÇALVES; MARQUES, 2016). Segundo Guimarães (2009, p. 1), “a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questio- namentos de investigação”. Isso faz com que essa metodologia seja uma aliada no ensino e na aprendizagem, pois, diferente da aula expositiva, torna as aulas mais dinâmicas, trazendo um aprendizado mais eficiente. A experimentação pode ser dividida em duas formas: ilustrativa/demosntratitiva e in- vestigativa (GIORDAN, 1999), Francisco Jr, Ferreira e Hartwig (2008, p. 34) também trazem à tona essa temática ao caracterizar e diferenciar essas formas de experimentação. A experimentação ilustrativa geralmente é mais fácil de ser conduzida. Ela é empregada para demonstrar conceitos discutidos anteriormente, sem muita pro- blematização e discussão dos resultados experimentais. Já a experimentação investigativa, por sua vez, é empregada anteriormente à discussão conceitual e visa obter informações que subsidiem a discussão, a reflexão, as pondera- ções e as explicações, de forma que o aluno compreenda não só os conceitos, mas a diferente forma de pensar e falar sobre o mundo por meio da ciência. Para que haja o aprendizado de fato através da experimentação é necessário um es- forço do docente de forma que este consiga tornar a metodologia um desafio, um problema ou algo para que o aluno sinta a vontade de solucionar. Caso contrário, os alunos acharão desinteressante e pouco motivador, o que pode inibir a capacidade criativa e dificultar a aprendizagem por se tornar algo cansativo em que o aluno sente-se obrigado a realizar. Jogo Didático Quando falamos sobre jogo, por ser uma palavra que remete a uma infinidade de aplicações, cada pessoa pode entender à sua maneira, porém, quando aplicado à didática, o jogo tem um foco na ludicidade e no ensino. O jogo didático tem sua fabricação objeti- vando proporcionar aprendizagens pré-determinadas, diferenciando-se de outros materiais Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 475 didáticos por explorar o aspecto lúdico. Além disso, é utilizado para atingir determinados objetivos pedagógicos, tornando-se uma opção a mais, que melhore o interesse e o desem- penho estudantil, principalmente quando o assunto em questão é de difícil compreensão (CAMPOS et al, 2003). Quanto à cognição, esses objetivos podem ser o desenvolvimento da inteligência e da personalidade, que são importantíssimos para a construção do conhecimento. Quanto à socialização, esses objetivos buscam uma simulação de vida em grupo, já a motivação, busca o envolvimento da ação, do desfio e mobilização da curiosidade. No que se refere à afeição, esses objetivos podem ser o desenvolvimento da sensibilidade e da estima, além da atuação buscando o estreitamento de laços de amizade e afetividade, e temos também a criatividade, que através dela, o aluno consegue expandir horizontes a fim de construir seu conhecimento. Entendemos que para que haja uma aprendizagem de fato, a ludicidade torna-se uma excelente aliada, pois torna a aquisição do conhecimento mais fácil, já que os alunos se sentem motivados com metodologias diferenciadas, mais interativas e divertidas, como o jogo pedagógico, e isso faz com que a aprendizagem seja mais eficiente. SEQUÊNCIA METODOLÓGICA Este trabalho foi planejado durante a disciplina “Tópicos Especiais para o Ensino de Química” do Curso de Especialização em Ensino de Ciências e Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Santarém, no período de 06 a 30 de setembro de 2019. Primeiramente foi solicitado a turma de especialização que se dividisse em equipes. Após o agrupamento dos alunos, estes foram desafiados a elaborarem uma sequência didática que fizesse uso de diferentes estratégias de ensino, com o objetivo final de aplicar a sequência elaborada em escolas de nível médio e levantar o feedback dos alunos da educação básica após o desenvolvimento do trabalho. Assim, visando a Aprendizagem Significativa dos estudantes no que tange ao ensino de funções inorgânicas, optou-se pelo desenvolvimento de atividades com base nas estratégias didáticas supracitadas: Tempestade Cerebral, Aula Expositiva e Dialogada, Experimentação demonstrativa e Jogo Didático, nessa ordem. Para a execução da aula, foram selecionadas duas turmas de 1ª série do Ensino Médio de duas escolas distintas, porém, ambas pertencentes a rede estadual de ensino, no município de Santarém-PA. Na escola A, participaram 31 alunos com faixa etária entre 14 a 17 anos, e na escola B, 35 alunos de mesma faixa etária. A atividade se deu através de 5 etapas com duração total de 120 minutos. Estas etapas foram pensadas de maneira Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades476 a facilitar a assimilação e aprendizagem dos conteúdos, pois seria o primeiro contato dos alunos com o assunto abordado. A primeira etapa foi intitulada pela equipe como “Baú de Ideias” com o objetivo de ex- plorar o conhecimento prévio dos alunos sobre ácidos e bases; a segunda foi a aula exposi- tiva e dialogada, com o intuito de trazer o conhecimento científico para formalizar as ideias levantadas na etapa anterior; a terceira foi a experimentação mostrando na prática como produtos comerciais, principalmente de limpeza, podem ser classificados com caráter ácidos ou bases; a quarta, atividade lúdica denominada QUIMIONÁRIO das Funções Inorgânicas. Esta quarta etapa pode ser considerada a culminância das etapas anteriores e tem como objetivo a fixação e avaliação do conteúdo ministrado. Por fim, a quinta etapa consistiu na aplicação de um questionário necessário para a coleta de dados relevantes à discussão dos resultados obtidos. Cada uma das etapas está descrita nos tópicos que seguem. ETAPA 1 - Baú de Ideias Conhecida como Brainstorm é uma técnica de dinâmica em grupo em que os participan- tes são estimulados a expor ideias sobre um tema, neste caso, Funções Inorgânicas:Ácidos e Bases. Foram entregues aos alunos duas folhas de papel em branco, e foi solicitado que cada aluno escrevesse com poucas palavras “O que é um ácido?” e na outra “O que é uma base?”. As respostas foram depositadas em baús (duas caixas identificadas com etiquetas “ÁCIDOS” e “BASES”) e, logo em seguida, foi realizada a exploração das ideias de cada baú, de modo a buscar incitar discussões a partir das ideias levantadas. A sequencia didática iniciou, portanto, com a utilização da estratégia Tempestade Cerebral, tendo por objetivo principal mobilizar os conhecimentos prévios dos estudantes acerca do conteúdo. Para isso, lançou-se o questionamento mobilizador: “Diante do que vocês já viram, leram e estudaram até aqui, expressem em uma palavra o que vocês entendem por ácido e base”. À medida que as palavras emergiram, foram registradas no quadro para posterior leitura e discussão. ETAPA 2 - Aula Expositiva e Dialogada Como defendido por Pacca e Scarinci (2010) a aula expositiva e dialogada tem a ca- pacidade de estabelecer uma situação perfeitamente adequada dentro de um processo de construção do conhecimento. Tomando como ponto de partida as ideias apresentadas na etapa anterior, foram apresentadas perguntas estimuladoras para que os próprios educandos levantem questionamentos sobre o tema. Em cima destes, foi apresentado notícias de jornais que apresentavam relação com o conteúdo a ser estudado. Em continuidade, abordou-se Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 477 em slides as características de ácidos e bases: conceitos segundo Arrhenius; reação de ionização e dissociação; escala de pH; e indicadores naturais e sintéticos de ácidos e bases. ETAPA 3 - Ácidos e Bases do cotidiano (Experimentação) Como defendido por Guimarães (2009), a experimentação torna-se uma estratégia quanto a assimilação de problemas reais que permitam a contextualização, estimulando a investigação através de questionamentos. Partindo desse pressuposto, como ação motiva- dora, foi exposto materiais de limpeza, medicamentos, alimentos, frutas e água potável, que são exemplos de produtos de uso comum com caráter de ácidos e bases presentes no dia a dia dos alunos, para que diante das ideias expostas por eles na Etapa 1 classificassem os produtos entre Ácidos e Bases. Posteriormente, foi realizada a extração, em meio alcoólico, para a produção do in- dicador natural da flor de Ipomoea purpúrea, L (Glória da Manhã ou corda-de-viola) com a participação dos discentes no processo. Para isso, utilizou-se os seguintes materiais: 20 unidades da flor, 50 ml de álcool etílico à 54% v.v., almofariz e pistilo para maceração das flores, uma peneira para filtragem e um recipiente para armazenar o indicador extraído. Primeiramente colocou-se as flores no almofariz, acrescentando o álcool etílico aos poucos, enquanto macerava-se as flores até a ocorrência da extração (coloração roxo intenso), em seguida, filtrou-se para a obtenção do indicador e, por fim guardou-se o extrato indicador em um recipiente fechado. ETAPA 4 - Ludicidade: Objeto Virtual de Aprendizagem (OVA), O Jogo Didático “O QUIMIONÁRIO” O “Quimionário” consiste em um quiz virtual que foi desenvolvido pelos autores, um Objeto Virtual de Aprendizagem (OVA), em um programa utilizado para criação, edição e exi- bição de apresentações gráficas. Cada rodada contém uma pergunta com quatro alternativas sedo que apenas uma delas está correta. Para facilitar aos participantes, esse jogo conta com alguns benefícios denominados de “Ajudas”, que são: Cartas, Placas, Universitários e Passar. Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades478 Quadro 1. Descrição das ajudas do Quimionário. Ajudas Descrição Cartas São quatro cartas de baralho (Ás, 2, 3, Rainha). Cada equipe poderá solicitar a ajuda das cartas uma vez por partida. As cartas são viradas e embaralhadas. Ao solicitar as cartas a equipe escolherá uma ente elas. Caso escolha o ás poderá eliminar uma alternativa incorreta dentre as quatro; se for o 2 eliminara duas alternativas incorretas; se for o 3 eliminara três alternativas incorretas e se for a carta contendo a Rainha não será eliminada nenhuma alternativa incorreta. Placas São quatro placas (1,2,3,4). Cada equipe poderá solicitar a ajuda das placas uma vez por partida. Cada placa representa uma alter- nativa. Quando solicitado pela equipe participante do Quimionário, cada membro da equipe responsável pelas placas levantará uma placa com o número da alternativa que ele reconhece que esteja correta. A equipe participante se guiara pelo número que mais se repetir nas placas, podendo concordar ou discordar da alternativa escolhida. Universitários São convidados que quando solicitados pela equipe participante do Quimionário, ajudarão com dicas sobre a pergunta em questão na rodada do jogo). Cada equipe poderá solicitar a ajuda dos universitários uma vez por partida. Passar Quando solicitada essa ajuda, a equipe poderá passar a pergunta para a próxima equipe, assim, dando continuidade ao jogo. Tam-bém, cada equipe só poderá utilizadá-la uma vez por partida. Fonte: dados obtidos na pesquisa pelos Autores,2019. O “Quimionário” apresenta as seguintes regras: • Serão escolhidos 4 times. • Cada time jogará um dado para saber a ordem de cada equipe (caso ocorra empa- te, será jogado o dado novamente para desempatar). • O time que tirar o menor número no lançamento, representaram as placas. • Cada time terá direito a 4 ajudas: passar, cartas, placas e universitários (Quadro 1), podendo escolher apenas uma em cada rodada. Exemplo: se utilizar as cartas na primeira rodada não poderá mais utilizá-la nas demais rodadas. O time não é obri- gado a realizar a escolha, podendo responder sem fazer uso de nenhuma ajuda. • O tempo para cada pergunta será de 20 segundos, após o enunciado desta e suas respectivas alternativas. Se a equipe não responder durante esse tempo será con- siderado como alternativa incorreta. • O Jogo está dividido em quatro rodadas para cada time. • Cada rodada do jogo valerá uma quantia em dinheiro virtual, denominado Mol ($M), sendo maior a cada rodada. • Vence o time que obtiver o maior valor em dinheiro ($M) ao final do jogo. Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 479 Figura 1. Quimionário das funções inorgânicas. Fonte: dados obtidos na pesquisa pelos Autores,2019. ETAPA 5 - Aplicação de Questionário Visando verificar a percepção dos alunos frente a dinâmica desenvolvida, optou-se pela aplicação de um questionário misto, isto é, com perguntas abertas e fechadas. Segundo Gil (2008, p. 21) o questionário, enquanto “técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temo- res, comportamento presente ou passado etc.” apresenta uma série de vantagens, como: amplo alcance, podendo ser respondido por um elavado número de pessoas; baixo custo; possibilidade de manter o anonimato dos respondentes; entre outros. Juntamente com o questionário, os alunos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), autorizando o uso das informações prestadas. Os dados, após a coleta, foram tabulados em um programa de computador editor de planilhas, permitindo a organização de tabelas e geração dos gráficos que aqui estão expostos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados, que são apresentados e discutidos a seguir, foram obtidos através das respostas dos questionários aplicados e, também, observações dos professores frente a participação dos estudantes. Vale destacar que a técnica de observação, segundo Gil (2008, p. 100) “nada mais é que o uso dos sentidos com vistas a adquirir os conhecimentos necessários para o cotidiano”. Por motivos de organização, os resultados da aplicação da sequência didática proposta estão apresentados a partir das etapas desenvolvidas. Na Etapa 1, com a atividade Brainstorming(Tempestade cerebral) realizada a partir do baú de ideias, foi percebido que os alunos tiveram dificuldades em definir em uma palavra e/ou expressão o que entendiam por ácido e base. Cabe ressaltar que de acordo com o currículo do Estado do Pará o conteúdo de funções inorgânicas é ministrado inicialmente Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades480 no 9° ano do ensino fundamental, ou seja, o assunto, em tese, não é, ou não deveria ser, totalmente inédito para os discentes. Cabe ressaltar que no questionário da Etapa 5 foi perguntado aos discentes se já ha- viam tido contato com assunto trabalhado, a saber, funções inorgânicas (ácidos e bases). Nas duas escolas a maioria dos estudantes (Tabela 1) responderam já ter tido contato como o conteúdo no 9º ano do ensino fundamental, porém o número de respostas contrárias foi bastante expressiva na escola B, dando a entender que alguns alunos vêm do ensino funda- mental com pouco conhecimento sobre os fundamentos da Química. Esse dado é bastante revelador, pois pode implicar na aprendizagem do discente, uma vez que se espera que estes já apresentem conhecimentos prévios e que se possa aprofundar no assunto a ser ensinado. Tabela 1. Respostas do Questionário. Perguntas Escola A Escola B Sim Não Sim Não 1- Você gosta de Química? 80,64% 19,36% 100% 00% 2- Você já havia participado de uma aula como a de hoje? 19,36% 80,64% 17,14% 82,86% 3- Na sua opinião, aulas como a de hoje são relevantes para a aprendizagem? 100% 00% 100% 00% 4- Você já havia tido contato com o assunto funções inorgânicas: ácidos e bases? 77,42% 22,58% 57,14% 42,86% 5- O jogo Quimionário proporcionou uma maior proximidade do conteúdo abor- dado com o seu cotidiano? 93,55% 6,45% 100% 00% 6- A partir da aula de hoje você já se sente capaz de identificar ácidos e bases? 77,42% 22,58% 94,29% 5,71% 7- O Jogo Quimionário desenvolvido na aula de hoje tornou a aula mais motiva- dora e dinâmica? 100%/ 00% 100% 00% 8- O jogo Quimionário contribuiu para um melhor entendimento do conteúdo? 80,64% 19,36% 100% 00% 9- Você deseja que atividades como essas sejam aplicadas em outras disciplinas? 100% 00% 100% 00% Fonte: Dados obtidos na pesquisa pelos Autores, 2019. Apesar da maioria dos alunos já ter tido contato com o conteúdo em questão em anos anteriores do processo de escolaridade, foi identificado algumas percepções incorre- tas. Apesar das inconsistências conceituais verificadas, foram seguidas as instruções de Anastasiou e Alves (2003) que afirmam que durante a atividade de Brainstorming não se deve interferir nas ideias expressas pelos indivíduos, independente de estarem corretas ou não, pois tudo deve ser considerado para a construção do conhecimento. O objetivo é que, com o decorrer das próximas estratégias, os discentes possam identificar seus erros e assimilar novos conceitos trazendo assim uma nova compreensão sobre o assunto a ser aprendido, no caso, ácidos e bases. No centro do quadro magnético, foram escritas algumas respostas dadas pelos alunos sobre ácidos e bases (Figura 2A), e, rapidamente, surgiram as palavras e/ou expressões, para ácidos: produtos de limpeza, refrigerante, dissolve, azedo, ácido digestivo, casca de laranja, corrosivo, ácido sulfúrico, frutas azedas e água quente. E para bases: banana, açú- car, esmalte, algodão doce, amaciante, potassa, hidróxido de sódio, hidróxido de alumínio e Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 481 sabão e sal de frutas. Das respostas apresentadas, nota-se que eles conseguem relacionar no niível macroscópico, e organolético a relação entre o dia a dia e ácidos e bases. Portanto, deve-se usar esses subsunçores, (AUSUBEL, 1968), para aprofundar o nível de compreensão dos discentes acerca do conhecimento do assunto. E foi o que se fez nas etapas seguintes. A Etapa 2, deu-se através da aula expositiva dialogada, na qual as ideias expressas na Etapa 1 foram discutidas e relacionadas com o cotidiano dos alunos. A Figura 2 ilustra alguns momentos dessa ação. Para Cintra (2012), a aula expositiva deve ser repaginada, eliminando excessos de conteúdos abstratos, desconexos da vida real, cotidiana dos dis- centes e proporcionando, assim, mais interação e participação do aluno. Considerando esta recomendação, buscou-se despertar nos discentes a curiosidade pelo assunto, e com isso percebeu-se uma maior interação, dado que as ideias descritas por eles na etapa anterior pas- saram a serem esclarecidas durante a explanação do conteúdo abordado (ácidos e bases). Figura 2. Alguns momentos da aula expositiva-dialogada. Fonte: Dados obtidos na pesquisa pelos Autores, 2019. Na Etapa 3 foi executada a atividade experimental para que houvesse uma relação entre a teoria e a prática, a fim de dar-se ênfase às etapas da atividade química de laboratório. Guimarães (2009, p. 198) afirma que “no ensino de ciências, a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação”. Ou seja, o experimento, neste trabalho, caracterizou-se como uma resposta as dúvidas e aos questionamentos feitos pelos discen- tes nas etapas anteriores, os quais sejam, o baú de ideias e a aula expositiva e dialogada. O indicador natural extraído a partir da flor da Ipomoea purpurea (Figura 3) foi escolhido por ser uma planta que pode ser encontrada nas escolas nas quais as ações ocorreram, ou seja, o próprio indicador utilizado é familiar aos discentes, o que pode ampliar o grau de interesse desses pela prática executada. E, também, porque o procedimento de extração do indicador a partir do material in natura é extremamente rápido e simples. Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades482 Figura 3. Flor Ipomoea purpurea utilizada como indicador natural. Fonte: dados obtidos na pesquisa dos próprios Autores, 2019. Tão logo iniciou-se a testagem dos materiais supracitados os discentes puderam obser- var a mudança de cor das substâncias estudadas através da reação do material submetido ao teste com o indicador produzido, revelando a variação de tonalidade (Figura 4), em seguida comparando com a escala de pH citada na etapa 2, trazendo assim alguns questionamentos a respeito dos fenômenos ocorridos com tais produtos (Figura 5). Figura 4. Teste do extrato natural com produtos do cotidiano. Fonte: dados obtidos na pesquisa pelos Autores, 2019. Figura 5. Alunas e alunos desenvolvendo a prática experimental Fonte: dados obtidos na pesquisa pelos Autores, 2019. Na Etapa 4 foi realizada a aplicação do Jogo Quiminionário. Entende-se que este mo- mento constituiu o ápice da proposta, uma vez que o recurso utilizado atuou não somente como um instrumento de aprendizagem mas também de avaliação. Assim, a discussão acerca Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 483 do desenvolvimento desta etapa se dará junto com as respostas obtidas no questionário aplicado na Etapa 5, no qual os alunos foram convidados a emitirem seus entendimentos acerca das atividades executadas. Na Tabela 1 (acima) verifica-se os resultados encontrados. Na Tabela 1 estão descritas as perguntas bem como as respostas dos alunos ao questionário correspondente a quinta etapa. Nota-se que quando questionados se gosta- vam de Química todos os participantes da escola B responderam que sim, entretanto na escola A 19,36% responderam não gostar de química. Solicitamos que, caso desejassem, os alunos explanassem os motivos pelos quais não se sentem interessados pela discipli- na. No Gráfico 1 listamos alguns motivos pelos quais esses alunos da escola A afirmam terem aversão à disciplina. Gráfico 1. Motivos de alguns alunos não gostarem de química. Fonte: dados obtidos na pesquisa dos próprios Autores, 2019. Maldaner (2003) assegura que existe uma necessidade de mudança em como os con- teúdos de química vem sendo abordados. Neste sentido é possível inferir que o fato desses alunos não se sentirem atraídos pela disciplinaquímica pode se dar pelo fato de, na maioria das aulas, não haver atrativos. Essa afirmação pode ser comprovada pelas respostas da- das às questões 2 e 3 da Tabela 1, nas quais a maioria dos alunos afirmam nunca terem participado de aulas com algumas estratégias diferenciadas das utilizadas normalmente em sala, e que estas estratégias diferenciadas são facilitadoras no processo de aprendizagem. Em relação ao jogo Quimionário, quando interrogados sobre a aproximação que este suscitou com o conteúdo de química vivenciado no seu dia a dia (pergunta 5), todos da escola B responderam que a atividade proporcionou essa aproximação. Já na escola A não houve unanimidade, contudo, apenas uma minoria, 6,45% responderam que não. Com base nesse resultado concordamos com Kishimoto (2003, p. 13): O jogo como promotor de aprendizagem e do desenvolvimento passa a ser considerado nas práticas escolares como aliado importante para o ensino, já que coloca o aluno diante Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades484 de situações lúdicas. O jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem vinculados na escola. Diante do relato acima, reitera-se que a metodologia lúdica consiste em uma estratégia indispensável para despertar no alunodo o prazer, o interesse, a alegria pelo conhecimento científico de forma descontraída, originando nas pessoas uma sensação de liberdade que as- segura maior aproximação, uma melhoria na interação do grupo, facilitando a aprendizagem. Com relação a pergunta de número seis, se a partir dos conhecimentos adquiridos atra- vés das estratégias utilizadas e revisadas com o Quimionário se seriam capazes de identificar ácidos e bases, 74,42% da escola A e 94,29% da escola B responderam afirmativamente. Este é um dado bastante significativo, que reforça a eficácia de um bom planejamento e que o uso de algumas estratégias diferenciadas das utilizadas frequentemente pelos professores tem a capacidade de promover e prender a atenção do alunado, motivando-o a aprender e fixar o conteúdo (Bordenave e Pereira, 2002). Já a pergunta de número sete questionava se o Jogo Quimionário havia tornado a aula mais motivadora e dinâmica. 100% dos alunos das duas escolas responderam que sim, mostrando o quanto esse recurso didático construído através de um programa utilizado para criação, edição e exibição de apresentações gráficas foi significativo para o processo de interação e motivação. Assim, os dados vão ao encontro de autores como Fialho (2007) que afirmam que o aspecto lúdico é uma estratégia facilitadora no reforço de conteúdo. Quanto a questão oito, que perguntava se o Quimionário havia contribuído para um melhor entendimento do conteúdo, 100% da escola B e 80,64% da escola A disseram que através da revisão realizada a partir do jogo foi possível assimilar melhor o conteúdo sobre ácidos e bases. Uma minoria da escola A (19,36%) respondeu que o jogo não ajudou a melhorar o entendimento sobre o conteúdo, o que nos leva novamente ao gráfico 1, pois a mesma quantidade de alunos desta escola respondeu não gostar de Química, ou seja, o que nos leva a concluir que a atividade não contribui para um melhor entendimento por não gostarem da disciplina. A pergunta de número nove questionava se os alunos desejavam que atividades como as desenvolvidas fossem aplicadas em outras disciplinas. Todos os respondentes, ou seja, 100% dos alunos de ambas as escolas responderam sim. Assim, apesar de alguns discentes afirmarem que não conseguiram assimilar o conteúdo com as atividades, ainda assim eles concordam que aulas mais dinâmicas e com diferentes estratégias de ensino ocorram nas demais disciplinas. Com o lúdico o conteúdo se torna atrativo, dinâmico e prazeroso aos discentes. Com isso, ratifica-se a recomendação de Kishimoto (1994) de equilibrar o lúdico ao educativo, pois segundo ela, o jogo possui duas funções: a lúdica e a educativa, as quais devem sempre estarem em equilíbrio para que nenhuma prevaleça sobre a outra. Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 485 O Gráfico 2 expressa o grau de satisfação dos alunos com as atividades desenvolvidas, onde 83,9% da escola A, e 86,7% da escola B deram um conceito excelente e 16,1% da escola A, e 14,3% da escola B deram o conceito bom. Nenhum aluno considerou a atividade regular ou ruim, o que nos leva a concordar com Soares (2008) quando este afirma que quer seja na revisão dos conteúdos ou na aplicação, os resultados da utilização do lúdico para o ensino aprendizado são excelentes. Enfatize-se, também que o jogo didático pode ser usado como recurso de revisão e fixação do conteúdo, bem como, ferramenta de avaliação do processo ensino aprendizagem. Gráfico 2. Satisfação dos alunos em relação as atividades. Fonte: dados obtidos na pesquisa pelos Autores, 2019. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os jogos didáticos, bem como as demais atividades realizadas neste relato de expe- riência, revelaram-se uma excelente ferramenta na promoção do ensino e da aprendizagem do conteúdo de funções inorgânicas com foco nas funções ácidos e bases. Assim, propostas como as apresentadas neste trabalho podem ser utilizadas por educadores durante as suas aulas. Faz-se necessária a superação, por parte dos docentes, de ancorarem seus planeja- mentos apenas em uma única modalidade didática – em sua maioria, aula expositiva – fa- zendo uso de um pluralismo metodológico. Cabe ressaltar que essa pluralidade apresenta inúmeros resultados positivos, dado que toda e qualquer modalidade de ensino terá suas limitações, e a ampliação das estratégias permitirá alcançar um maior número de estudantes. A metodologia Tempestade Cerebral – Braindstormig tem a seu favor a valorização do conhecimento prévio que cada aluno possui sobre os assuntos, podendo estes serem mais formais e técnicos ou ainda apresentarem relações com o cotidiano dos aprendizes e serem mais basedos no conhecimento do senso comum. Neste sentido, o uso desta estratégia Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades486 permite ao docente atingir o elo de ligação entre conhecimento não formal e formal. O fato desta proposta utilizar baús fechados e sem identificar o autor de cada ideia fez com que os alunos tivessem maior liberdade de escrita, o que permitiu aparecer conceitos diferentes e pouco usuais. Assim, o emprego desta estratégia se mostrou positiva, haja vista que, quanto mais conceitos forem apresentados, mais profunda será a discussão. A aula expositiva e dialogada, bastante empregada pela maioria dos docentes, foi bastante colaborativa para alcançar os objetivos deste projeto. Apesar desta modalidade didática estar inserida nas concepções pedagógicas ditas tradicionais, a aula expositiva e dialogada pode e deve ser utilizada como base e complemento nas metodologias de apren- dizagem participativas. Isso se deve ao fato da exposição de alguns objetivos e conceitos serem explicitamente necessários para que eventuais dúvidas sejam sanadas e que se possa ser realizado um direcionamento do ensino, afim de tornar mais acessível o conhecimento e dando suporte ou complemento à outras metodologias de ensino. A fase da experimentação veio a contribuir para que os discentes fossem capazes de edificar alguns conceitos pertinentes do mundo químico, como indicadores naturais e sinté- ticos, bem como o reconhecimento das substâncias ácidas e básicas, como o uso da escala de pH, revelando a essência de cada produto que temos em nossas residências, e utilizamos no dia-a-dia, mas, rotineiramente, não diferenciamos uns dos outros por suas característi- cas ácidas ou alcalinas. Assim, a experimentação, além de atuar enquanto motivadora da aprendizagem, propiciou a aproximação do conteúdo formal ao cotidiano dos educandos. O jogo Quimionário foi o ápice desta proposta, pois além de ter uma função didática, foi um eficaz instrumento de avaliação de aprendizagem, haja vista que os conhecimentos adquiridos nas fases anteriorespuderam ser colocados em prática e fixados através das perguntas que compõe o jogo. Os alunos foram estimulados a pensar em equipe para decidir qual seria a resposta correta, e algumas dúvidas surgidas durante a atividade foram sanadas pelos próprios discentes durantes as discursões em grupo. Com base nas estratégias realizadas nas duas escolas, entende-se que o jogo “Quimionário das Funções Inorgânicas”, ou como sugerido por alguns discentes “Show da Química”, fugindo do tradicional, pode ser utilizado como forma de subsidiar o ensino desse conteúdo, devido ao grande rendimento que os alunos obtiveram no decorrer da atividade. Ao que tange os resultados desde projeto, afirma-se que é uma excelente sequência didática para substituir o ensino por vezes monótono do assunto “Funções Inorgânicas: Ácidos e Bases”. Nesta atividade, todas as etapas são necessárias para que se alcance de maneira fluente o objetivo, que é a assimilação do conteúdo de maneira eficaz e significativa. A expe- riência em ambas as escolas em que a sequência foi aplicada mostrou resultados positivos. Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 487 O Quimionário foi uma inovação, funcionou de maneira bem prática e divertida. Ressalta- se novamente a importância do uso de diferentes estratégias de ensino visando maiores possibilidades de aprendizagem. Destacamos algumas dificuldades e limitações que se nos apresentaram. A sequência didática exige muito planejamento prévio. A construção do Quimionário é simples, porém demanda algumas horas de trabalho. E notou-se, também que foi possível o seu desenvolvi- mento porque a ação não fora realizada por um único docente. Dessa forma, recomendamos que seja realizada em parceria com docentes de outras disciplinas correlatas, de forma inte- grada e interdisciplinar e com técnicos de laboratório quando possível. Sugere-se, também, que a aula seja aplicada num tempo maior, talvez 150 ou 180 minutos. Dado os múltiplos desafios que a educação contemporânea exige, essa sequência di- dática mostra como possibilidade, que o protagonismo juvenil incentivado na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pode ser alcançado, sobretudo, quando metodologias participati- vas/ativas são utilizadas e, nessa mesma esteira de pensamento, a Pluralidade Metodológica apresenta-se como uma perspectiva promissora, uma vez que o panorama atual aponta nessa direção. Assim, trilhando o caminho da pluralidade metodológica, acreditamos ter sido ousados como foi Comenius há mais de 350 anos. REFERÊNCIAS 1. ANASTASIOU, L. G. 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Professora efetiva da Educação Básica da Secretaria Municipal de Educação – SMEC / Boa Vista- RR, lotada na Escola Municipal José Arnóbio da Silva, atuando na educação infantil. Possui experiência na área de educação. Desenvolve trabalhos nos seguintes temas: Diversidade, cultura, multiculturalismo, interculturalidade, identidade e fronteira. Lattes: http://lattes.cnpq.br/4660326766525866 SOBRE A ORGANIZADORA Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades615 A Acessibilidade: 76, 99, 102, 103, 104, 105, 108, 317, 375 Ações Coletivas: 78, 80 Ações do Professor: 594 Aedes Aegypti: 345, 346, 360, 361 Análise de Conteúdo: 167, 380, 602, 603 Análise de Discurso: 151 Aprendizagem: 29, 35, 92, 137, 172, 173, 191, 196, 199, 210, 228, 244, 330, 342, 422, 423, 469, 473, 475, 477, 488, 504, 508, 511, 558, 559 Aprendizagem Significativa: 29 Arduino: 405, 406, 410, 411, 412, 418, 419, 420 Autismo: 323, 504, 511 Avaliação: 32, 41, 47, 50, 60, 61, 75, 77, 199, 227, 228, 229, 317, 356, 359, 361, 414, 442, 469, 488, 540, 565, 567, 599, 608 Avaliação de Políticas Educacionais: 77 B Bebês: 449, 462 Brincadeiras: 363, 466 C Candomblé: 270, 272, 278, 284, 491, 492, 500 Chave: 110, 395 Compreensão: 180, 182 Comunidade: 90, 92, 605 Creche: 215, 216, 449 Crianças: 91, 104, 212, 363, 511 Currículo: 15, 28, 29, 137, 166, 224, 244, 591, 614 D Dengue: 344, 345, 346, 347, 348, 351, 360, 361 Desenvolvimento Cognitivo: 363 Diálogo de Saberes: 605 Direitos da Professora: 514 Diversidade: 298, 299, 302, 303, 307, 308, 310, 592, 614 Docência: 537, 547 E Educação: 5, 6, 16, 18, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 41, 44, 45, 46, 47, 50, 53, 56, 57, 58, 61, 62, 68, 69, 70, 73, 74, 75, 76, 77, 81, 84, 85, 92, 96, 100, 103, 105, 107, 110, 117, 122, 123, 125, 128, 129, 130, 131, 132, 135, 136, 137, 138, 139, 140, 143, 144, 147, 149, 151, 152, 153, 154, 155, 159, 161, 162, 163, 164, 165, 166, 167, 168, 169, 170, 177, 178, 191, 196, 199, 209, 210, 213, 214, 215, 216, 217, 218, 219, 222, 223, 224, 226, 227, 228, 229, 230, 233, 234, 236, 237, 239, 244, 247, 248, 249, 250, 254, 255, 256, 258, 259, 260, 264, 265, 268, 269, 271, 283, 284, 287, 289, 298, 299, 301, 302, 303, 304, 307, 308, 313, 318, 320, 321, 322, 323, 325, 326, 328, 331, 332, 335, 339, 341, 342, 343, 345, 346, 348, 361, 375, 376, 380, 381, 385, 386, 387, 389, 392, 393, 422, 423, 424, 426, 427, 431, 433, 435, 444, 446, 447, 450, 451, 465, 466, 467, 471, 472, 475, 488, 489, 491, 494, 495, 496, 501, 502, 511, 512, 514, 524, 527, 529, 534, 537, 538, 539, 540, 541, 542, 546, 558, 559, 560, 561, 562, 563, 564, 565, 566, 567, 568, 569, 570, 572, 573, 574, 575, 576, 578, 579, 580, 581, 582, 583, 585, 588, 590, 591, 593, 594, 595, 596, 601, 602, 603, 613, 614 Educação Católica: 152 ÍNDICE REMISSIVO Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades616 Educação de Jovens e Adultos: 151, 247 Educação de Surdos: 75, 76 Educação Escolar: 44 Educação Especial: 426 Educação Inclusiva: 107, 313, 426 Educação Infantil: 465 Educação Matemática: 169 Educação Para as Relações Étnico: 58 Educação Pública: 226 Ensino: 15, 16, 24, 40, 43, 44, 45, 46, 47, 52, 53, 55, 56, 58, 70, 76, 77, 80, 86, 88, 103, 123, 125, 129, 140, 146, 155, 163, 164, 167, 170, 171, 173, 182, 191, 192, 195, 199, 200, 203, 205, 209, 213, 215, 216, 217, 223, 224, 226, 227, 228, 229, 230, 231, 233, 239, 260, 287, 288, 290, 291, 311, 316, 331, 345, 363, 373, 374, 404, 410, 422, 423, 424, 430, 446, 447, 467, 469, 470, 471, 472, 475, 487, 488, 504, 511, 512, 524, 526, 529, 534, 535, 558, 559, 560, 562, 564, 565, 569, 595, 596, 600, 614 Ensino Remoto: 125 Epistemologia: 491, 501, 502 Escola: 6, 15, 16, 22, 24, 26, 27, 28, 73, 75, 110, 118, 121, 122, 126, 133, 181, 216, 223, 233, 234, 268, 269, 284, 286, 287, 288, 290, 305, 317, 332, 333, 363, 373, 374, 375, 380, 381, 395, 396, 422, 423, 424, 429, 446, 447, 480, 488, 489, 540, 592, 605, 614 Espectro: 504, 505, 506, 509, 511 Experiência: 200, 222, 422, 424, 502, 537 Extensão Universitária: 605 F Formação de Leitores: 526 Formação de Professores: 73, 75, 235, 246, 247, 255, 256, 547 G Gamificação: 405, 417, 418, 419, 422, 424 Gestão Pedagógica: 257 I Ideb: 559, 564, 565, 566, 567, 568, 569, 570 Identidade Étnica: 552 Identidade Negra: 287 Inclusão: 99, 100, 107, 108, 309, 310, 317, 432 Índice Educacional: 226 Interculturalidade: 585, 614 J Jogo: 344, 345, 351, 353, 354, 355, 356, 381, 405, 406, 410, 411, 412, 413, 414, 415, 419, 420, 421, 472, 474, 475, 477, 478, 480, 482, 484, 487, 488, 540 Jogos: 203, 362, 363, 381, 422, 424, 488, 489, 540, 544 L Lei 10639/2003: 44 Leitura: 28, 90, 93, 108, 180, 182, 189, 394, 395, 396, 402, 403, 526, 534 Ligação Iônica: 426 Lógica: 404, 405, 406, 408, 412, 413, 414, 416, 422, 423, 424 Lúdico: 469 M Modismo: 514 N Nuarc: 99, 102, 103, 104, 107 O Organização Espacial: 449 P Pandemia: 125, 211, 212, 217, 224 Pedagogia: 28, 79, 80, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 90, 93, 94, 95, 96, 97, 136, 137, 189, 224, 239, 242, 256, 260, 297, 308, 323, 325, 328, 343, Educação: Desafios, Perspectivas e Possibilidades 617 381, 396, 402, 428, 447, 524, 582, 614 Pluralismo Didático: 469 Políticas Públicas: 44, 73, 74, 108, 156, 168 Prática Pedagógica: 449 Práticas de Letramento: 526 Profissionalização Docente: 256 Programação: 405, 406, 407, 408, 412, 413, 414, 422, 423, 424 Projetos: 99, 203, 313, 316, 524, 579, 608 Q Quimionário: 469, 477, 478, 479, 480, 483, 484, 486, 487 R Raciais: 56, 58, 287 Racismo: 57, 287, 298, 299, 302, 303, 307, 308 Religião: 271, 279, 284 Responsabilidade Social: 92 Rotinas: 572, 573, 582 S Saberes: 210, 245, 256, 271, 272, 276, 499, 502, 524, 547, 613 T Tecnologias: 32, 33, 76, 132, 195, 199, 210, 406, 422, 424, 504, 506 U Universidade: 5, 6, 57, 73, 74, 75, 76, 77, 90, 92, 99, 102, 103, 122, 123, 136, 137, 139, 140, 167, 178, 210, 224, 242, 255, 269, 284, 328, 342, 343, 351, 361, 422, 465, 466, 467, 488, 511, 524, 546, 570, 580, 582, 585, 586, 590, 604, 605, 606, 608, 613, 614 https://twitter.com/EditoraCientfi1 https://www.editoracientifica.org https://www.instagram.com/editoracientifica/ mailto:contato%40editoracientifica.org?subject= https://www.facebook.com/editoracientifica https://www.linkedin.com/in/editora-cient%C3%ADfica-digital-27a8041b8/ editora científica EDUCAÇÃO 01 A disciplina de introdução à logística naval na formação superior da marinha: caminhos iniciais Hercules Guimarães Honorato 10.37885/201001676 02 A importância da argumentação e da mediação na Educação a Distância Gianna Oliveira Bogossian Roque Gilda Helena Bernardino de Campos 10.37885/201102072 03 A Lei nº 10.639/2003, Enem e a reforma do Ensino Médio Diomario da Silva Junior Fabiano Soares Magdaleno Márcio de Araújo Moreira 10.37885/201001935 04 Avaliação de políticas inclusivas perspectivada nas teses e dissertações Gisele Sotta Ziliotto Maria Lourdes Gisi 10.37885/201001898 05 Ações coletivas: a materialização da responsabilidade social universitária no curso de pedagogia do ISECENSA Angela Barros Fonseca Berto 10.37885/200800886 06 Caminhos para a inclusão no ensino superior: um estudo de caso sobre o NUARC/URCA Elisiane Alves Dias Teresa Monalisa de Souza Gomes Matheus Gomes de Matos Marla Vieira Moreira de Oliveira 10.37885/201001916 07 Considerações de Michel Foucault sobre a educação escolar Paulo Henrique Vieira de Macedo Maria Beatriz Pereira da Silva Ana Cristina Ribeiro de Sousa 10.37885/201001815 08 Desenvolvimento das atividades remotas na disciplina
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