Nacional

Quarta-Feira, 08 de Abril de 2015, 08h:58 | Atualizado: 09/04/2015, 11h:17

Cuiabá 296 anos

Flor Ribeirinha investe na juventude para preservar a cultura de Cuiabá

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Divulgação

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 Flor Ribeirinha faz aposta na juventude para a preservação da cultura regional

Hoje, 8 de abril, a Capital de Mato Grosso, comemora 296 anos. Em meio a prédios históricos e modernos, Cuiabá preserva traços antigos em sua arquitetura presente em casarões construídos em décadas passadas. Ruas, praças e igrejas ajudam a contar um pouco da história. O peixe com maxixe, arroz com pequi, maria izabel e a farofa de banana são alguns dos mais tradicionais pratos cuiabanos apreciados não só por quem mora aqui, mas por pessoas de outros Estados.

Por meio da batida da viola de cocho, do mocho e do ganzá, a Associação Flor Ribeirinha, representa muito bem a musicalidade da região.Com 22 anos de história, o grupo carrega em sua bagagem inúmeras apresentações que encantam os olhares de quem os assiste. A dança deixou de ser apenas de quintal e logo ganhou o palco de grandes festivais nacionais e internacionais.

Ano passado, o Flor Ribeirinha foi convidado para se apresentar no Festival de Dança de Santa Catarina, na cidade de Joinville. Participou também em Minas Gerais, na cidade histórica de Ouro Preto, do Encontro Nacional de Danças populares. Após arrecadar dinheiro por meio da apresentação de diversos artistas cuiabanos, embarcou para Europa para participar do Festival Mundial de Folclore, representando o Brasil.

Fundada pela artesã Domingas Leonor, a necessidade na época era por conta de que a cultura estava sendo esquecida pelos próprios moradores. “A ideia surgiu por sentir que o siriri estava sendo esquecido. O grupo foi idealizado para preservar e divulgar a cultura regional. Com isso, o grupo prioriza manter o siriri, cururu e rasquiado”, disse.  A Associação é ícone em Mato Grosso por ser pioneira na dança folclórica regional. “O meu orgulho é carregar este título de conquista. Devo a todos que apoiam o projeto e ajudam a fomentar nossa cultura”, completou a fundadora.

Com a influência da família que sempre esteve ligada à cultura regional, os passos do siriri se tornaram uma paixão desde a infância para o coordenador e neto da dona Domingas, Avinner Albino. Com 15 anos de idade, se tornou coreógrafo do grupo, além de bailarino.

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 Dançarina do Flor Ribeirinha, grupo cuiabano que investe na preservação do Siriri e já viajou o mundo fazendo shows

Avinner foi o único mato-grossense a vencer o “Prêmio Nacional Comunica Diversidade – Edição Juventude”, concedido pelo Ministério da Cultura em 2014. O bailarino apresentou a proposta ‘Siriri – Comunicação e Difusão’ e ficou entre os quatro primeiro colocados.“Foi uma experiência incrível. É sempre bom representar nossa cultura”, disse. Este é o segundo prêmio nacional que ele recebe do Ministério da Cultura. Em 2012, Avinner recebeu o prêmio “Agente Jovem de Cultura”. “É com muita satisfação e orgulho que dedico minha vida à cultura popular, junto com a minha família e amigos”, conta.  

Ainda de acordo com o coreografo, a aceitação dos jovens com a cultura regional tem mostrado melhor resultado com o passar dos anos. “Há algum tempo era comum ter uma resistência dos jovens, hoje o cenário está diferente. A dança está sendo mais aceita, os bailarinos também são todos jovens e isso tem ajuda a mostrar que o siriri não é coisa de gente mais velha”, brincou Avinner. 

Márcia Ramos da Silva está no grupo há 8 anos. O amor pela dança surgiu no primeiro contato com a tradição. “Aprendi a amar o siriri depois que soube da história. Tudo começou quando alguns amigos me convidaram para ver uma apresentação e o amor surgiu a primeira vista”. Márcia completa dizendo que deixou de ter a visão de que é uma dança brega e para velhos. "Aprendi a dar valor na nossa cultura e a respeitá-la”, relata. 

Para Inngridy Florentino a paixão começou logo no primeiro ensaio. “Uma amiga me convidou para dançar e me apresentou o Flor Ribeirinha. Alegria, a simpatia do pessoal e a dança foram o que me deixou apaixonada logo no primeiro momento”. Ela diz que infelizmente existe preconceito com a tradição cuiabana. “Muitos não conhecem a verdadeira essencencia do siriri. Falta projetos sociais, principalmente os que chamam a atenção dos mais jovens para deixar de lado o preconceito da cultura regional”, concluiu. 

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Comentários (2)

  • Anderson Rogerio | Quarta-Feira, 08 de Abril de 2015, 12h22
    2
    0

    parabens a cuiaba pelo 296,parabens a todos os grupos de cururu siriri que manten viva essa nossa linda Cultura, este é o espirito! A Cultura como instrumento da união estadual.avante cururu siriri...

  • Claudiomario | Quarta-Feira, 08 de Abril de 2015, 10h43
    2
    0

    Cuiabá rumo aos 300 anos, de 1719 a 2019, e a Cultura complementa toda esta viagem, a qual agradeço e respeito muito a familia flor ribeirinha, Dona Domingas, Edilaine e o jovem promissor Avinner...precisamos de tentáculos que nos impulsa para que toda esta cultura esteja sempre viva...agradecimento também a toda comunidade representada pela Federação Mato-grossense de Cururu e Siriri.

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