Cabo Verde concentra 62% da população nos centros urbanos
Cabo Verde precisa de novas políticas para enfrentar as consequências negativas da concentração populacional nas grandes cidades. As conclusões saíram do primeiro Fórum Nacional das Cidades que decorreu na cidade da Praia.
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Cabo Verde segue as tendências mundiais e concentra, atualmente, sessenta e dois por cento da sua população nos centros urbanos. Uma aglomeração, excessiva, que resulta muitas vezes em pobreza, desemprego e focos de doença. Para tentar mediar esta situação vários parceiros cabo verdianos reuniram-se, na Praia, no primeiro Fórum Nacional das Cidades para analisar a estratégia de desenvolvimento urbano.
A ministra da Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território, Sara Lopes, afirmou que o executivo está a preparar o programa nacional de desenvolvimento urbano e capacitação das cidades. “Um plano de mobilidade urbana, um programa nacional de conectividade nas cidades, dando a todos o direito a terem acesso às novas tecnologias de informação. Criar as condições para uma cidade mais inclusiva, mais tolerante, não só o direito à habitação condigna, equidade no acesso aos solos, espaços públicos para que as pessoas possam viver a cidade para lá da quatro paredes e do local de trabalho”.
Desde 4 de Setembro de 2010, que o arquipélago passou a contar com 24 cidades, uma realidade que obriga as câmaras municipais a responder a novos desafios urbanísticos de requalificação e renovação, para que sejam criados espaços de desenvolvimento sustentável. Para o Presidente da Associação Nacional dos Municípios de Cabo Verde, Francisco Tavares, as cidades têm de ser “espaços produtivos, onde há coesão social”.
Cabo Verde precisa, assim, de novas políticas para enfrentar as consequências negativas da concentração populacional nas grandes cidades.
Odair Santos, Correspondente em Cabo Verde
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