O documento discute o sincretismo religioso no Brasil, particularmente a fusão das tradições católica, indígena e africana, e como isso deu origem à Umbanda. Explica como os escravos africanos foram forçados a adotar o catolicismo mas mantiveram secretamente suas crenças nos orixás, criando uma correspondência entre santos católicos e deidades africanas. Também discute as semelhanças e diferenças entre a Umbanda e outras religiões como o Candomblé.
2. Sincretismo é a fusão de doutrinas de diversas origens, seja na esfera
das crenças religiosas quanto nas filosóficas.
3. A partir do ano de 1500.
Descobrimento do território
brasileiro.
Encontro de três grandes
tradições culturais: a
ameríndia (nativa da terra); a
européia (protugueses);
africana (escravos)
Imposição da cultura européia
às populações indígenas e
africanas.
Principalmente, na imposição
cristã da Igreja Católica
Apostólica Romana.
4. Para viver no Brasil o índio e o
negro mesmo como escravo,
era indispensável antes de
mais nada, ser católico.
Comportavam como tais, além
de praticarem os rituais de
seus ancestrais, freqüentavam
os ritos católicos.
Assimilação Santo/Orixá era
aparente.
Essa assimilação serviu para
encobrir a verdadeira devoção
aos seus deuses, pelo fato dos
cânticos nesses rituais terem
sido efetuados em língua nativa
e que ninguém os entendia.
5. Dava-se inicio ao sincretismo
dessas duas religiões.
A correspondência de santos
católicos/Orixás Africanos era
a unica maneira dos escravos
escaparem dos castigos e
persiguições.
Os “senhores” achavam graça
do sincretismo e, considerando
os africanos ignorantes,
consentiam na prática bem
disfarçada de seus cultos.
Devido a inteligência dos
sacerdotes africanos, as sua
antiquíssimas e sábias ideias
religiosas puderam sobreviver
até hoje.
6. Encontramos até hoje, nos terreiros de Umbanda utilizando-se da representação
sincrética Santos/Orixás. Não pela necessidade do culto a imagem, mas para que os
médiuns e frequentadores da casa tenham uma imagem para direcionar suas súplicas
e pedidos.
7. Orixás são energias de
altíssima vibração.
Santos foram pessoas que
viveram na Terra e um dia
estiveram com nós sob a
tutela desses Orixás.
Orixás e Santos são coisas distintas.
8. A Umbanda não apresenta
sincretismo com o Espiritismo
(Kardecismo), mas semelhança.
A Umbanda apresenta sincretismo
com Candomblé, não se
confundindo com esse.
Semelhanças:
• Monoteísta;
• Crença na reencarnação ;
• Crença na possibilidade da
comunicação mediúnica;
Semelhanças:
Ambas são religiões com base em um
culto ancestral africano, com crença em
Orixás africanos.
Sincretismo:
Ambas são religiões com base em
um culto ancestral africano, com
crença em Orixás africanos.
Semelhanças:
• Monoteísta;
• Crença na reencarnação ;
• Crença na possibilidade da
comunicação mediúnica;
9. Por isso a religião é tão complexa, mas isso não quer dizer que não
consiga harmonia, pelo contrário, há muita harmonia, e sua
organização é imensa.
10. 1. Oxalá: Representado por Jesus.
2. Yemanjá: Representado por N. Sra. da Conceição.
4. Xangô: Representado por São Jerônimo.
3. Yori: Representado por Cosme e Damião.
6. Oxossi: Representado por São Sebastião.
5. Ogum: Representado por São Jorge.
7. Yorimá: Representado por São Cipriano.
11. Numa preparação para o terceiro milênio, o ideal seria não ter imagens
ou não ter até mesmo o próprio terreiro.
12. Muitos umbandistas estão tão
condicionados com suas
imagens ou com o próprio
terreiro, que sentem muita
dificuldade para entrar em
contato com seus mentores.
Criar uma imagem para
representar o desprendimento
e a energia que atua no
psiquismo das pessoas é
muito difícil.
Essa imagem representa apenas
uma tentativa válida, mas não
totalmente representativa;
O ideal seria não ter imagens
representativas, mas os
médiuns, na sua maioria, ainda
precisam delas como um ponto
de fixação para a mente.
13. O verdadeiro umbandista precisa compreender que o Caboclo, Preto Velho,
Crianças entre outros, são energias que estão muito além das simples imagens.
E quanto mais conseguirmos imaginá-los como uma energia que vibra em toda
a natureza, sem barreiras do espaço e do tempo, mais próximos estaremos da
realidade.