Pinóquio

81ª Criação I Estreia: 26 de Fevereiro de 2005 no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, Porto

Era uma vez um pedaço de madeira, um bom canivete e as mãos hábeis de um velho carpinteiro: assim nasce Pinóquio, o menino-boneco que foi feito para dançar, esgrimir e dar saltos-mortais...

Nesta belíssima obra da literatura infantil, Collodi, o criador de Pinóquio, mostra-nos o real valor de sermos verdadeiros, de sabermos ver e ouvir aqueles que sabem mais do que nós e de termos uma atitude reflexiva para todas as nossas acções na vida.

Numa época como a nossa, onde todos os valores morais e éticos estão subvertidos ou esquecidos, onde através da mentira, da manipulação da informação e por jogos de interesse são criadas guerras, pestes, desastres ecológicos, fome, onde a morte é mais fomentada e valorizada do que a vida, é de grande importância reaprendermos a penetrar e interpretar o mundo da infância e contribuirmos para erigir um mundo edificado em valores mais nobres como o bem, a verdade, o justo e o respeito por todos os homens.

Esta história, que Collodi tão genialmente soube escrever num estilo não moralístico, lúdico, divertido, terno e irónico é, sem dúvida, uma obra onde crianças e adultos encontram uma rara e feliz reflexão sobre o mundo dos homens.

Mesmo fazendo parte do nosso projecto artístico fazer teatro para um publico jovem, com "Pinóquio" pretendemos verdadeiramente mostrar, de uma maneira lúdica, a necessidade de uma reflexão sobre este mundo dos homens, o nosso mundo. 


Sobre o autor, Collodi

Collodi é o nome por que ficou conhecido, na história da literatura, Carlo Lorenzini, o genial criador de Pinóquio. Nasceu em Florença, em 1826, e foi também ali que morreu, no ano de 1890.

Começou por exercitar o seu talento literário escrevendo para os jornais Lampione e NazionaIe e logo de início colocou o seu talento ao serviço da causa da democracia.

Apesar da sua rectidão moral, Collodi teve sempre o defeito de não se tomar a sério. Defeito que, diga-se de passagem, talvez lhe tenha permitido penetrar melhor no mundo da infância, que tão bem soube interpretar.

A sua obra-prima, As Aventuras de Pinóquio - História de Um Boneco, veio na sequência de criações anteriores - Giannettino e MinuzzoIo - em que o autor adoptou um estilo moralístico que depois viria a abandonar.

As Aventuras de Pinóquio, que inicialmente se chamava apenas História de Um Boneco, começou por aparecer em folhetim na publicação Il GiornaIe dei Bambini e nasceu das insistências do director para que Collodi colaborasse no jornal. Só em 1883 foi publicado em volume, com o título atrás mencionado.

De então para cá, a obra tem sido sucessivamente editada sob todas as formas e encontra-se traduzida em todas as línguas. Os críticos são unânimes em considerá-Ia a melhor obra da literatura infantil italiana e uma das melhores do mundo.

Texto: Collodi
Dramaturgia e encenação: Tilike Coelho
Cenografia e adereços: Cristina Lucas e Guilherme Monteiro
Figurinos: Cristina Lucas
Interpretação: Ana Só, Flávio Hamilton, Manuel Tur, Sílvia Lucena, Valdemar Santos
Desenho de luz: Leunam Ordep
Construção cenográfica: José Lopes
Montagem de luz: César Fortes
Operação técnica e filmagem vídeo: Paulo Martins
Fotografia e design gráfico: Caderno
Produção executiva: Claúdia Silva e João Real
Secretariado: Marta Terra
Direcção de produção: Jorge Mendo
Direcção artística do Teatro Art'Imagem: José Leitão
Produção: Teatro Art'Imagem


M/4 I 90m

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