Internet
Publicidade

Por Rodrigo Fernandes, para o TechTudo


Uma pesquisa realizada no mês de janeiro pela Kapersky Lab revelou que 80% dos casais já discutiram por motivos que envolvem tecnologia. Entre as principais causas de desentendimento estão: passar tempo demais no celular, dar mais atenção ao telefone do que ao companheiro e interpretar textos ou emojis equivocadamente.

O estudo ainda apontou números curiosos sobre o uso da tecnologia entre os casais, como o alto índice de compartilhamento de senhas de celular, a necessidade de permissão para postar fotos com o companheiro e a frequência de conversa online entre os parceiros. Confira, nas linhas a seguir, outros dados interessantes sobre tecnologia e relacionamento.

Pesquisa indica que uso excessivo de celular pode ser prejudicial para casais — Foto: Reprodução/Kaspersky Lab
Pesquisa indica que uso excessivo de celular pode ser prejudicial para casais — Foto: Reprodução/Kaspersky Lab

O estudo foi realizado em parceria com a empresa de pesquisas Toluna, e entrevistou 18 mil pessoas (em números iguais de homens e mulheres) em 18 países, incluindo o Brasil. Todos os participantes eram maiores de 18 anos e estavam em um relacionamento estável há pelo menos seis meses.

1. 80% dos casais já brigaram por causa de tecnologia

De acordo com a pesquisa, quase todos os entrevistados já brigaram por razões que envolvem a tecnologia. Um dos fatores que mais causou desentendimentos foi o uso excessivo de smartphones durante a convivência pessoal do casal, como em refeições, por exemplo. O dado revela uma frustração do companheiro em parecer menos interessante do que um aparelho.

Essa foi a situação de 51% dos entrevistados. Além disso, 55% dos casais, em geral, afirmaram já ter brigado por causa do uso excessivo do celular por parte do companheiro em uma ocasião qualquer. Contrariamente, a ausência do celular também gera brigas: 45% dos casais já discutiram porque um dos dois esqueceu de carregar o aparelho, o que ocasionou uma falta de comunicação entre eles.

2. Metade dos entrevistados dá a senha do celular ao parceiro

50% dos participantes declararam compartilhar a senha ou a combinação pessoal de desbloqueio do próprio celular. Outros 26% disseram que armazenam conteúdos íntimos nos dispositivos dos parceiros. São casos que demonstram total confiança no companheiro.

Ainda em relação à privacidade do celular, um dilema foi proposto: quando uma mensagem chega no celular do parceiro, você lê o conteúdo para ele, apenas o avisa que chegou uma mensagem ou aproveita um descuido para bisbilhotar o aparelho? 3% dos entrevistados confessaram ultrapassar o limite da privacidade e acessarem o aparelho sem o consentimento do outro. Contudo, o hábito mais popular entre os entrevistados é o famoso "stalkear": um terço deles admitiu que espiona os passos do companheiro apenas pelas redes sociais.

Senha do celular é compartilhada entre namorados — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Senha do celular é compartilhada entre namorados — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

3. Mais de 70% diz não ter segredos online, mas prefere manter a privacidade

A privacidade individual foi defendida pela maioria dos entrevistados. 72% alegam não ter nada para esconder dos parceiros. Entretanto, 61% admitem que não gostariam que o companheiro soubesse das suas atividades online, principalmente quanto ao conteúdo das mensagens enviadas a outras pessoas. Ou seja, mais da metade acredita que cada um deve ter seu próprio espaço privado. Em contrapartida, 70% dos casais também confirmaram que o relacionamento é mais importante do que a privacidade e, em muitos casos, não ter segredos virtuais pode ser o melhor caminho para uma boa convivência.

4. 45% dos casais brigam por interpretação errada de mensagens enviadas

Quase a metade dos casais entrevistados admitiu já ter discutido por compreenderem errado os textos ou imagens enviadas pelo parceiro. Esse índice é maior entre os namorados: 53% deles confessaram confundir a intenção do parceiro em interações online. Acredite: os emojis também foram citados na pesquisa como motivos para brigas entre os casais devido à falta de compreensão.

Essas brigas se mostraram menos frequentes entre casais já casados: apenas 38% declararam não se compreender na Internet. Falar claramente um com o outro, ser honesto e objetivo ao expor sentimentos pode ser a melhor saída para evitar brigas desnecessárias.

Pesquisa identificou namorados que brigaram por causa de textos e emojis compreendidos de forma errada — Foto: Viviane Werneck/TechTudo
Pesquisa identificou namorados que brigaram por causa de textos e emojis compreendidos de forma errada — Foto: Viviane Werneck/TechTudo

5. 56% acreditam que o parceiro deve pedir permissão para postar fotos suas

Ao entrar em uma relação, a preocupação com a exposição da imagem no mundo digital deixa de pertencer somente a você e passa a pertencer aos dois indivíduos envolvidos. A maioria dos entrevistados acha que o parceiro deve pedir seu consentimento antes de publicar textos, fotos e vídeos do casal, respeitando sua vida privada. Além da exposição, há uma preocupação com a segurança das informações. A pesquisa indicou que este comportamento é observado principalmente entre aqueles que admitem que não estão completamente felizes e satisfeitos com o relacionamento.

6. Mais de 60% dos casais que compartilham serviços online já brigaram

Casais que compartilham serviços online podem brigar mais, segundo pesquisa — Foto: Luciana Maline/TechTudo
Casais que compartilham serviços online podem brigar mais, segundo pesquisa — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Entre os casais entrevistados, 55% responderam que compartilham contas em serviços de streaming como Netflix e Spotify, além de informações de trabalho e senhas bancárias no mesmo aparelho. 66% deles afirmaram que brigam por conta do uso partilhado. Esse compartilhamento pode ser prejudicial no momento em que não há cuidados necessários com a segurança dos dados e aparelhos do outro.

Isso é comprovado pela própria pesquisa: um terço dos entrevistados já excluiu dados acidentalmente, 30% afirmaram ter quebrado um aparelho do parceiro e 27% até o perderam. Ou seja, os dispositivos podem unir os casais, mas também podem distanciá-los, com atritos e brigas motivadas por essas razões.

7. 31% das pessoas evitam pedir ajuda ao parceiro para resolver problemas online

Ainda tratando dos casos em que há um compartilhamento de serviços e aparelhos digitais, nove entre dez pessoas ajudam o companheiro quando ele precisa resolver um problema tecnológico. No entanto, 31% das pessoas que não ligam para segurança cibernética evitam pedir ajuda para o parceiro quando enfrentam problemas na Internet.

Isso pode acarretar em perda de dados ou dispositivos danificados e, consequentemente, em mais brigas sobre tecnologia entre o casal. A Kaspersky descobriu, ainda, que os homens costumam evitar pedir ajuda com maior frequência do que as mulheres (43% contra 28%).

8. Um terço dos casais confessou que conversa mais pela Internet do que pessoalmente

34% dos casais afirmaram que interagem entre si mais virtualmente do que de forma física. Para esses casais, as conversas constantes no dia a dia podem ser saudáveis para a relação, diminuindo a distância causada pela rotina de trabalho e estudos. Esse número é maior entre os casais de namorados, que geralmente moram em casas separadas, do que entre parceiros que moram juntos. A estatística também cresce entre relações homoafetivas, das quais 66% dos casais masculinos e 42% dos femininos afirmaram conversar mais pela Internet do que pessoalmente.

Um terço dos casais entrevistados declarou conversar mais pela Internet do que pessoalmente — Foto: Reprodução/Kaspersky Lab
Um terço dos casais entrevistados declarou conversar mais pela Internet do que pessoalmente — Foto: Reprodução/Kaspersky Lab

9. 52% deletam fotos do ex quando terminam o relacionamento

A privacidade e a segurança das informações compartilhadas também são assuntos tratados após o término do relacionamento. 52% das pessoas disseram apagar todas as informações do ex-namorado do celular. Neste momento, é importante respeitar os dados pessoais e íntimos que foram compartilhados entre os dois.

Em relação às redes sociais, 48% dos entrevistados apagam todas as informações compartilhadas após o fim do relacionamento. Outros 48% encerram a amizade virtual com o ex-companheiro, e 37% ainda os bloqueiam a fim de impedir qualquer tipo de contato. Mas a pesquisa também identificou que 31% das pessoas continuam espionando a vida do ex nas redes sociais.

Mais recente Próxima Como usar o encurtador de URL Bit.ly, uma opção ao goo.gl
Mais do TechTudo