Saúde: neurocientistas revelam cinco segredos para manter o cérebro saudável

O cérebro, principal órgão do sistema nervoso central, é muito importante para o funcionamento do nosso corpo. Ele é o responsável pelas ações voluntárias e involuntárias que temos. As voluntárias são aquelas que nos permitem ter vontade própria, como comer, falar, brincar, etc. As involuntárias são as que fazemos sem perceber, como bater o coração, respirar, etc.

Não importa a idade, todos nós devemos exercitar nosso cérebro para que fique saudável e com maior capacidade de raciocínio, memória e aprendizado. E o cérebro consegue se reorganizar através de estímulos externos. Sendo assim, especialistas revelam cinco práticas importantes que você pode incorporar na rotina para garantir que o órgão envelheça da melhor forma possível. Veja abaixo quais são.

Quais hábitos adotar para ter um cérebro saudável?

Os neurocientistas Jason Shepherd, professor de neurobiologia da Universidade de Utah, e Talia Lerner, professora de neurociências da Universidade Northwestern, revelaram, em entrevista à revista Insider, os cinco hábitos essenciais para mantermos o cérebro saudável. São eles:

Dormir Bem

Ter uma boa noite de sono, dormindo de seis a oito horas é uma das melhores coisas que podemos fazer pela saúde do nosso cérebro, afirmou Shepherd. O sono ajuda o cérebro a processar novas informações, formar memórias e remover proteínas tóxicas conhecidas como placas amilóides (que favorecem quadros de Alzheimer).

O sono também melhora a capacidade do cérebro de se adaptar a novas situações e experiências; quanto mais ele se adaptar a novos desafios, mais irá preservar sua função cognitiva à medida que envelhece.

Exercitar o coração

Fazer exercícios regulares aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, e um coração forte ajuda a bombear sangue suficiente para o órgão, fazendo com que ele receba a quantidade adequada de sangue para uma boa performance. Pessoas que se exercitam regularmente têm um menor risco de desenvolver Alzheimer, além de retardar o declínio cognitivo. Shepherd diz que “o ideal é fazer ao menos 150 minutos de exercício moderado por semana, mas qualquer movimento é melhor que nenhum”.

Saia com amigos

Passar um tempo com outras pessoas é bom para sua vida emocional, e consequentemente, para a saúde do cérebro. Estar com amigos e família favorece a diminuição do risco de doenças como depressão e ansiedade.

Da mesma forma, “a solidão pode prejudicar a saúde mental, o bem-estar emocional e a saúde do cérebro de uma pessoa, por isso é importante manter-se conectado com os outros”, disse Lerner.

Experimente e faça coisas novas, diferentes

Saia da rotina! O cérebro deve ser desafiado para manter sua força e saúde. Coisas como conhecer novos lugares, novas pessoas, ler, tentar resolver quebra-cabeças e outras atividades que estimulem a criatividade ajudam a manter a sua mente afiada, melhora a plasticidade cerebral e fortalece seu cérebro, segundo Shepherd.

Se alimente bem

O consumo de alimentos processados causa doenças que prejudicam todo o corpo, até o cérebro. "Se você tem pressão alta, por exemplo, pode ter um risco maior de problemas cerebrais, como derrame ou demência vascular", disse Lerner. Então, diminua os alimentos processados e tenha uma dieta rica em frutas, vegetais, carnes magras e grãos integrais. “Seu cérebro não está totalmente separado do seu corpo, então coisas que são úteis para o seu corpo também são boas para o seu cérebro”, complementa Lerner.