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Haddad vai à favela incendiada, é cobrado e anuncia moradias

12 set 2014 - 11h52
(atualizado às 12h04)
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<p>Haddad fala para dezenas de pessoas após incêndio em favela</p>
Haddad fala para dezenas de pessoas após incêndio em favela
Foto: Thiago Tufano / Terra

O prefeito de São Paulo Fernando Haddad visitou, na manhã desta sexta-feira, a Favela do Buraco Quente, que foi atingida por um incêndio que destruiu cerca de 600 casas no último domingo. Logo que chegou na comunidade, o petista recebeu as primeiras cobranças. “Quero ver o que ele vai prometer agora ou se vai enganar a gente de novo”, disse uma das moradoras. Ao lado do secretário municipal de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques, Haddad falou para dezenas de moradores por cerca de uma hora e anunciou moradias populares na região.

A prefeitura dará duas opções para as famílias da Favela do Buraco Quente, que já iniciaram a reconstrução de seus barracos no local do incêndio. As pessoas que saírem e tiverem condições de ficar em casa de parentes e amigos receberão o bolsa aluguel de R$ 400 por mês até a entrega de um dos apartamentos populares, que, segundo a secretaria deverão ficar prontos em até dois anos.  “Essa seria, para nós a melhor opção porque liberaria toda a área para construção”, disse o secretário.

<p>Moradores já estão reconstruindo suas casas na favela localizada na zona sul de São Paulo</p>
Moradores já estão reconstruindo suas casas na favela localizada na zona sul de São Paulo
Foto: Thiago Tufano / Terra

A segunda opção, para quem não quiser e não puder deixar o terreno, a prefeitura irá realocar as famílias dentro da própria área para que essas pessoas continuem morando no local enquanto a moradia está sendo construída. “Isso será feito seguindo orientação nossa. As pessoas vão se realocar dentro da área de uma maneira que não atrapalhe o inicio de obras. Como o terreno tem 7,8 mil metros quadrados, vamos dividir o terreno em quatro módulos, fazer um planejamento e construir por módulo. Vamos retirando as famílias e colocando nos apartamentos”, explicou o secretário da Habitação.

Ao longo de toda a conversa com os moradores da comunidade, Haddad ouviu cobranças e histórias de pessoas que já haviam sofrido com outros dois incêndios que atingiram a favela. Apesar disso, muitos deles saíram da conversa desacreditados.

Haddad explicou que a ideia é manter os moradores no bairro, já que muitas crianças já frequentam escolas na região e as famílias já estão acostumadas com a área. “Ninguém vai ser expulso do bairro. Todos vão ser realocados no bairro porque as pessoas tem escola perto, seu prontuário no posto de saúde perto e já fizeram sua vida por aqui”, explicou o prefeito. “Estamos numa área de operação urbana. Temos recursos para desapropriar terrenos e construir moradias. Não apenas para as famílias afetadas pelo incêndio, mas para todas as comunidades”, completou.

De acordo com Haddad, a prefeitura já entrou com ação judicial para desapropriar cerca de 200 terrenos na capital paulista. “Depositamos cerca de 300 milhões para desapropriação desses terrenos para construção, junto com a CDHU, de cerca de 8 mil moradias, que é o numero de famílias cadastradas para reassentamento na operação”.

<p>Prefeito prometeu moradias populares prontas em até dois anos</p>
Prefeito prometeu moradias populares prontas em até dois anos
Foto: Thiago Tufano / Terra

Além disso, a prefeitura estuda aumentar o auxílio aluguel de R$ 400 para R$ 600. Porém, muitos moradores acusam a administração pública de não pagar o benefício. Mesmo assim, José Floriano e Haddad afirmaram que irão pagar 3 meses adiantados do benefício, já que trata-se de um caso de emergência e que as pessoas receberam o auxílio até pegarem as chaves dos apartamentos.

“O prazo é de 18 meses a 2 anos para ficarem prontas. Para começar as obras vamos fazer um esforço pra aprovar os projetos em tempo recorde e a documentação para ter o alvará. Creio que em 90 dias estejamos cravando a primeira estaca”, disse Floriano.

Fonte: Terra
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