História do Metrô: das suas origens até os sistemas modernos

História do Metrô: das suas origens até os sistemas modernos

O metrô é um dos meios de transporte mais usados no mundo, especialmente nas grandes cidades. Mas você sabe como surgiu essa ideia de transportar pessoas por baixo da terra em vagões elétricos?

Vamos conhecer a história do metrô, desde seus primórdios até os sistemas modernos que existem hoje em dia. Confira!

Os primeiros sistemas de metrô

A ideia de construir um sistema de transporte subterrâneo não é nova. Já no século XVII, havia projetos para criar túneis sob o rio Tâmisa, em Londres, para facilitar a travessia dos pedestres. No entanto, esses projetos não saíram do papel por falta de tecnologia e recursos.

Foi somente no século XIX, com o avanço da Revolução Industrial, que os primeiros sistemas de metrô começaram a ser construídos.

O primeiro deles foi inaugurado em Londres, em 1863, e era chamado de Metropolitan Railway. Ele usava locomotivas a vapor para puxar os vagões, que levavam cerca de 40 mil passageiros por dia.

Em 1890, Londres inaugurou também o primeiro metrô elétrico do mundo, o City and South London Railway. Esse sistema era mais rápido, silencioso e confortável do que o anterior, e logo se tornou um sucesso.

Outras cidades europeias seguiram o exemplo e construíram seus próprios sistemas de metrô elétrico, como Paris (1900), Berlim (1902) e Madri (1919).

Os sistemas de metrô também se espalharam pelo mundo, chegando aos Estados Unidos (Nova York, 1904), à América do Sul (Buenos Aires, 1913) e à Ásia (Tóquio, 1927).

Cada cidade adaptou o sistema às suas necessidades e características, criando redes complexas e extensas que conectavam diferentes pontos da metrópole.

Os marcos históricos do metrô

Ao longo da história, o metrô foi testemunha e protagonista de vários acontecimentos importantes.

Por exemplo, durante as duas guerras mundiais, os túneis do metrô serviram como abrigos para a população que buscava proteção dos bombardeios.

Em Londres, cerca de 150-200 mil pessoas dormiam nas estações de metrô durante a Segunda Guerra Mundial.

O metrô também foi palco de protestos sociais e políticos em várias partes do mundo.

Em 1968, os estudantes franceses usaram o metrô para se deslocar e organizar as manifestações que ficaram conhecidas como Maio de 68.

Em 1989, os cidadãos chineses usaram o metrô para chegar à Praça da Paz Celestial, onde ocorreu o massacre que reprimiu o movimento pró-democracia.

Além disso, o metrô foi fonte de inspiração para a arte e a cultura. Muitos artistas usaram as paredes dos túneis e das estações para expressar suas ideias e sentimentos através do grafite.

Outros fizeram uso do metrô como cenário ou tema para suas obras literárias, cinematográficas ou musicais.

Por exemplo, o filme O Passageiro (1975), de Michelangelo Antonioni, conta a história de um jornalista que troca de identidade com um homem morto no metrô de Barcelona.

A música Metro (1985), da banda Berlin, fala sobre um romance que acontece no metrô de Paris.

Os sistemas modernos de metrô

Atualmente, existem mais de 200 sistemas de metrô no mundo, que transportam cerca de 200 milhões de passageiros por dia. Os sistemas modernos são mais sofisticados e eficientes do que os antigos, graças ao uso da tecnologia e da inovação.

Por exemplo, alguns sistemas usam trens sem condutor, que são controlados por computadores e sensores. Esse é o caso do metrô de Cingapura, que foi o primeiro a adotar essa tecnologia em 1987.

Outros sistemas usam trens maglev, que usam ímãs para levitar sobre os trilhos e atingir altas velocidades. Esse é o caso do metrô de Xangai, que é o mais rápido do mundo, com uma velocidade máxima de 431 km/h.

Além disso, alguns sistemas de metrô se preocupam com a sustentabilidade e a acessibilidade. Por exemplo, o metrô de Estocolmo, na Suécia, usa energia renovável para funcionar e tem um projeto artístico que transforma as estações em galerias de arte.

O metrô de São Paulo, no Brasil, tem um programa de inclusão social que oferece oportunidades de trabalho e capacitação para pessoas em situação de vulnerabilidade.

O metrô é, sem dúvida, um dos maiores inventos da humanidade, que mudou a forma como nos locomovemos e nos relacionamos nas cidades.

Ele é também um reflexo da história, da cultura e da sociedade de cada lugar onde existe. Por isso, viajar de metrô é mais do que um meio de transporte, é uma forma de conhecer o mundo.

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