Sua “Fortaleza da Solidão”

Todo homem precisa de um momento só seu para pôr o pensamento em ordem

Imagem de capa - Sua “Fortaleza da Solidão”

Você não precisa ser um apreciador de quadrinhos ou de cinema para saber que, na história fictícia do Superman, ele tem uma espécie de base secreta no Ártico, sua chamada “Fortaleza da Solidão”. É lá que ele guarda todos os resquícios de seu planeta natal, Krypton, a salvo de quem poderia usá-los com propósitos malignos, ao mesmo tempo que ali é uma espécie de museu daquele mundo perdido, um contato com suas origens.

Em algumas versões dos gibis, o complexo escondido no gelo também encerra souvenirs de muitas lutas importantes. É claro que também há algum trabalho: uma potente rede de computadores e robôs mantêm o supercara informado sobre emergências.

Mas, sobretudo, a fortaleza é onde nosso herói deixa de ser Clark Kent por uns momentos e dá um tempo do trabalho de jornalista, ao seu romance com a colega Lois Lane e às preocupações com seus pais adotivos terrestres. Lá ele pendura a capa e é simplesmente Kal-El. Desaparece Clark, some o Superman. É somente seu canto no mundo para pensar e travar contato com as raízes.

A “Fortaleza da Solidão” é somente a versão fictícia do que todo homem precisa: um canto para chamar de seu, onde se isolar das atribulações diárias, dos papéis de pai, marido, profissional, líder espiritual ou seja lá o que for.

Os norte-americanos chamam isso de man’s cave (caverna do homem), que costuma ser um canto da casa para pôr seus livros, aparelho de som, algum jogo como um pebolim, a TV, os equipamentos de ginástica, um sofá… Geralmente é uma garagem ou qualquer cômodo antes ocioso.

Bem, todos nós da ala masculina precisamos de uma man’s cave. Que não precisa, aliás, ser um espaço específico, mas um momento em qualquer lugar em que possamos nos isolar um pouco. Um banco predileto na praça do bairro, uma caminhada em um parque, uma volta de bike, uma poltrona naquele café de sempre. Mesmo cercado de pessoas desconhecidas (sem que isso signifique interação com elas).

Em nossa caverna, meditamos. Fazemos as mais significativas orações. Lemos melhor a Bíblia e outros livros esclarecedores. Ouvimos música. Escrevemos. Pensamos muito. Ou simplesmente contemplamos o raro silêncio. Sim, necessitamos disso. Sem um break, ninguém resiste.

Mas aqui vai um recadinho às nossas vizinhas de página ao lado (acham que não sabemos que as mulheres dão uma lidinha aqui?): quando vamos para nosso lugar ou momento de caverna não significa que abandonamos ou evitamos as mulheres. É justamente uma pausa preciosa para que, depois de processarmos preocupações, desânimo, frustrações, excesso de expectativas ou mesmo o simples cansaço físico ou mental, retornemos com força total para mulheres, filhos, pais, amigos, colegas… Todo mundo.

Então, um pedido especial à ala feminina: respeitem esse nosso tempinho tão precioso. Não batam à porta, não liguem pelo celular, não chamem. Estamos só nos preservando para dar o melhor de nós depois. Não é só um descanso, mas quando fazemos nossa tão necessária “manutenção” periódica e “atualizamos o software” masculino, ok?
Você notará a diferença positiva. Lois Lane que o diga!

Sua Kryptonita

Aproveite seu momento de caverna e pense em algo que Renato Cardoso, mentor do IntelliMen, disse:
“Todo herói de ficção, apesar de seus superpoderes, também tem seu ponto fraco. Você tem pelo menos um. O que você não pode fazer é ignorá-lo. Identifique o que é, reconheça-o como fraqueza e desenvolva estratégias inteligentes para superá-lo”

“Pense como um homem de ação, aja como um homem que pensa” – Henri Bergson (1859-1941), filósofo e diplomata francês

Hoje em dia o respeito é fundamental para que haja um bom relacionamento interpessoal. Se você é homem e deseja mudar suas atitudes, a hora é agora. Participe do projeto Intellimen e aprenda como ser um homem melhor. Para mas informações sobre o grupo clique aqui.

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Colaborador

Por Marcelo Rangel