Rafael Reis

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Reportagem

Como Xabi Alonso virou sensação na Europa e favorito para treinar o Real

Menos de um ano de carreira trabalhando no primeiro escalão da Europa, um aproveitamento superior a 60% dos pontos disputados e uma pouco provável "coliderança" do Campeonato Alemão. Esse é o currículo do técnico da moda neste começo de temporada.

Invicto à frente do Bayer Leverkusen em 2023/24, com seis vitórias e um empate com gosto de vitória (contra o Bayer de Munique, na Allianz Arena), o ex-volante Xabi Alonso vem sendo celebrado como a melhor novidade dos bancos de reservas do Velho Continente desde a ascensão da geração de Pep Guardiola, Jürgen Klopp e Diego Simeone, há pouco mais de uma década.

E, ciente disso, o Real Madrid resolveu não perder tempo. Segundo o jornal "Marca", o espanhol de 41 anos é o escolhido do presidente Florentino Pérez assumir o comando do time na próxima temporada, caso Carlo Ancelotti deixe mesmo o clube para trabalhar na seleção brasileira.

Ex-Real

Alonso como treinador é uma cria do próprio time merengue. Após vestir durante cinco temporadas o tradicional uniforme branco (entre 2009 e 2014), o ex-volante retornou ao clube já aposentado, em 2018, e passou um ano trabalhando como técnicos nas categorias de base.

No ano seguinte, sem muitas perspectivas de ascender na carreira no Santiago Bernabéu, o espanhol voltou ao País Basco, sua terra de origem, para dirigir o Sanse, a equipe B da Real Sociedad.

Lá, viveu duas experiências conflitantes: o acesso para a segunda divisão e, já na temporada posterior, o rebaixamento para o terceiro escalão. Mas, o mais importante é que ajudou a formar jogadores que hoje são importantes no time de cima, como o zagueiro Martín Zubimendi e o meia-atacante Ander Barrenetxea.

Revolução em Leverkusen

Contratado pelo Leverkusen em outubro passado, o ex-volante encontrou em sua primeira missão no escalão mais alto do futebol europeu um time completamente sem confiança e que ocupava a vice-lanterna do Alemão.

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De cara, Alonso trocou o esquema tático, aboliu a linha de quatro homens atrás e passou a atuar com três zagueiros. A estratégia não deu certo de cara, e o time só venceu um dos sete primeiros jogos sob novo comando.

Mas, a partir da metade da temporada, o Leverkusen embalou. O clube saiu da luta contra o rebaixamento para uma confortável sexta colocação na Bundesliga e ainda chegou até as semifinais da Liga Europa (perdeu para a Roma). Mas o melhor ainda estava por vir.

Garotos que encantam a Europa

Com uma aposta pesada em jogadores jovens (17 dos 27 integrantes do elenco têm até 24 anos) e em um futebol bastante agressivo, o Leverkusen igualou o melhor início de temporada da sua história e somou 13 pontos nas primeiras cinco rodadas do Alemão.

O time de Alonso está atrás do Bayern na classificação da Bundesliga por conta dos critérios de desempate (seu saldo de gols é de 11, contra 14 do líder), mas tem a vantagem de já ter disputado um confronto direto na casa do rival.

Neste fim de semana, a tabela favorece os comandados do badalado treinador espanhol. Enquanto o time que tradicionalmente manda no futebol alemão visita o também poderoso RB Leipzig, o Leverkusen joga fora contra o Mainz, lanterna da competição.

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