Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Accipitriformes |
Família: | Accipitridae |
Vigors, 1824 | |
Subfamília: | Accipitrininae |
Vigors, 1824 | |
Espécie: | U. coronata |
A águia-cinzenta é uma ave accipitriforme da família Accipitridae. Também é conhecida como águia-coroada, águia-tatuzeira, águia, águia-cinza, águia-de-fumaça, águia-queimada, gavião-tatuzeiro, tatuzeira.
Ave com taxonomia recentemente alterada: anteriormente era colocada no gênero Harpyhaliaetus, mas desde 2011 a lista de espécies do CBRO considera esta espécie como pertencente ao gênero Urubitinga. Alguns estudos indicam que esta espécie pertence ao gênero Buteogallus, e assim é considerada por alguns pesquisadores do exterior.
Atualmente essa espécie encontra-se bastante ameaçada, constando nos livros vermelhos de animais ameaçados de extinção de todos os estados em que ela ocorre, inclusive na lista de espécies ameaçadas de extinção elaborada pelo IBAMA. A perda e descaracterização de seu habitat pelo avanço da agricultura, monoculturas de Pinus sp., empreendimentos hidrelétricos e eólicos e o abate indiscriminado são as principais causas da situação atual dessa poderosa ave.
Trata-se de um accipitriforme naturalmente raro, além de ser espécie de porte avantajado, que necessita de presas grandes e significativas áreas para constituir territórios de alimentação e reprodução. Por preferir habitats abertos ou semiflorestados, torna-se alvo fácil de caça, uma vez que é considerado prejudicial à criação de certos animais domésticos. Sobrevoa veredas e matas ciliares do cerrado. Pousa no alto de buritis, onde emite uma fina voz de alarme.
Seu nome científico significa: do (tupi) urubú tinga = nome indígena tupi para designar um grande pásssaro preto; e do (latim) corona, coronata, coronatum, coronatus = coroa, coroado. ⇒ Grande pássaro preto coroado.
A águia-cinzenta é uma accipitriforme bastante grande e poderosa, atingindo de 75 a 85 cm e pesando até 3,5 kg. O adulto apresenta uma plumagem geral cinza-chumbo, tendo penacho em forma de coroa e cauda curta com uma única faixa cinza.
Espécie monotípica (não são reconhecidas subespécies).
(Clements checklist, 2014).
Sua alimentação é constituída de mamíferos (gambás, lebres, tatus, ratos silvestres, etc), aves e répteis (especialmente serpentes); eventualmente pode consumir carniça.
No período reprodutivo coloca um único ovo branco com manchas cinza ou amarelas. Incubação entre Setembro e Outubro no sudeste do Brasil (Zorzin et al. 2021).
Fora do período reprodutivo vive solitariamente. Costuma ficar à espreita em um galho no alto das árvores. Seu ninho é construído com galhos secos. Nidifica tanto em pequenos remanescentes florestais como em áreas de pastagens (Zorzin et al. 2021).
Vive solitariamente ou em casais, habitando áreas montanhosas (a exemplo da Serra dos Órgãos/RJ), campos naturais, cerrado e caatinga. Passa a maior parte do dia pousada em cercas, cupinzeiros, buritizais, postes, etc.
Geralmente emite vocalizações e reluta em abandonar seu poleiro quando perturbada (Brown & Amadon, 1989).
Ocorre no Brasil central e leste-meridional, de São Paulo, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: