Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Accipitriformes |
Família: | Pandionidae |
Bonaparte, 1854 | |
Espécie: | P. haliaetus |
A águia-pescadora é uma ave Accipitriforme da família Pandionidae.
Conhecida também como gaivotão, pé-de-gancho, pata-de-anzol, gavião-tarrafeiro, gavião-tarrafa, gavião-pescador, águia-tarrafeira, águia-de-rio (esses primeiros nomes foram coletados por observadores de aves em pesquisas com “matutos”), gavião-do-mar, gavião-papa-peixe, caripira, babuzar, uiracuir (ave que fisga, que pesca, em tupi), guincho, águia-peixeira e águia-pesqueira. No interior da Amazônia é conhecida como gavião-caipira.
A águia-pescadora possui características físicas especializadas e apresenta um comportamento único para caçar e capturar peixes. Como resultado dessas características únicas, a ela foi dado seu próprio gênero taxonômico, Pandion, e família, Pandionidae.
Seu nome científico significa: do (grego) Pandion = personagem mitológico grego; e do (grego) haliaetus = águia, águia do mar. ⇒ Águia do rei Pandion.
É uma grande ave de rapina que mede cerca de 55-58 centímetros de comprimento e pesa cerca de 990-1800 g (macho) e 1200-2050 g (fêmea); sua envergadura é de 1,74 metro.
Ela tem a plumagem marrom escuro nas partes superiores, as partes inferiores são brancas, com pequenas manchas castanho-escuro na parte superior do peito, formando um colar. A cauda é marrom barrado com branco. As asas longas são brancas na parte de baixo, com mancha marrom-escuro na articulação do carpo. A cabeça é branca, com conspícuas listras castanho-escuro nos olhos. Apresenta algumas penas mais longas na nuca. O bico é preto. Quando a ave mergulha, as válvulas nasais impedem a entrada de água nas narinas, e por esta característica ela tem facilidade na captura das presas. Os olhos são amarelos. Pernas e pés são azul-acinzentado pálido.
Ambos os sexos são quase semelhantes na plumagem, mas as aves do sexo feminino são ligeiramente maiores em tamanho do que as do sexo masculino, e têm listras mais escuras no parte superior do peito, além de uma plumagem mais escura.
O juvenil da espécie tem a plumagem marrom-escuro. O colar do seu peito não se apresenta muito visível. Os olhos são vermelho-alaranjado, e não amarelos como no adulto. Algumas variações no tamanho e na cor podem ser observadas. Aves tropicais e subtropicais são menores do que os de latitudes mais elevadas.
Possui quatro subespécies:
(Clements checklist, 2021).
Alimenta-se quase exclusivamente de peixes, com tamanhos que variam de 150 a 300 g. Sobrevoa os rios e grandes corpos d'agua à procura de peixes, às vezes “peneirando” para localizar sua presa na superfície ou logo abaixo dela. Ao visualizar um peixe, lança-se na água com as garras projetadas à frente do corpo para capturá-lo. Às vezes, o peixe está em profundidade que obriga a águia a mergulhar o corpo e cabeça. Imediatamente após a captura, voa para um poleiro preferencial. Além das garras finas, a águia-pescadora possuí uma série de pequenos espinhos na sola dos dedos para evitar que a presa escorregue. Outra característica singular dessa espécie é o 4º dedo móvel, que pode mover-se tanto para frente quando para trás, permitindo capturar peixes com dois dedos voltados para frente e dois para trás, aumentando a superfície de contato durante a caça. Ocasionalmente pode predar outras aves e pequenos mamíferos
Habita os mais variados ambientes, normalmente encontrada em regiões com grandes extensões de água (açudes, lagos, grandes rios, estuários, reservatórios artificiais e no mar próximo da costa). Também pode ser encontrada em lagos inseridos em centros urbanos, como é o caso dos municípios de Manaus/AM, Belém/PA, Londrina/PR, Rio de Janeiro/RJ, Florianópolis/SC, Porto Alegre/RS, Varjota/CE, Sobral/CE, dentre outros. Vive solitária, voando alto ou pousada sobre árvores isoladas. No período reprodutivo é bastante territorial, defende o ninho ou o local de nidificação através de chamados agonísticos e voos rasantes.
ocorre em quase todo o mundo, desde Ásia, Europa, Oceania e América. São conhecidas quatro subespécies: P. h. carolinensis: América do Norte (Alasca, Estados Unidos até o México), durante o inverno com migração para Cuba, Bahamas, México até o Peru e todo o Brasil; P. h. cristatus: Sulawesi e Java, Salomão, Nova Caledônia até o sul da Nova Guiné e costa Australiana; P. h. haliaetus: Escócia, leste da Europa, Ásia até o extremo leste da Rússia, Kamchatka, Japão, sul do Mediterrâneo, Mar vermelho e ilhas de Cabo Verde, durante o inverno com migração até o sul da África, Índia, Indonésia e Filipinas; P. h. ridwayi: Caribe, Cuba, sul de Bahamas e Belize.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: