Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Aves |
Ordem: | Accipitriformes |
Família: | Accipitridae |
Vigors, 1824 | |
Subfamília: | Accipitrininae |
Vigors, 1824 | |
Espécie: | G. melanoleucus |
A águia-serrana é um ave da ordem dos accipitriformes da família Accipitridae.
Também conhecida como águia-chilena, gavião-pé-de-serra (Nordeste), águia-moura, turana, turuna e torona (interior da Paraíba).
Seu nome científico significa: do (grego) geranos = grua, guindaste; e aetos = águia; e do (grego) melas = preto; e leukus = branco; melanoleucus = preto e branco. ⇒ Águia preta e branca.
Atinge aproximadamente 68 centímetros de comprimento, possui quase dois metros de envergadura, é dotada de asas compridas e cauda curta.
A águia-serrana é identificada no voo por sua cauda em forma de cunha curta, que se projeta mal em suas asas longas e largas. Plana muito próximo a áreas montanhosas onde fica por muito tempo planando à procura de comida.
Possui duas subespécies:
ITIS - Integrated Taxonomic Information System (2015); (Clements checklist, 2014).
Essa ave apresenta um voo poderoso e veloz e é dotada de grandes olhos, aspectos que auxiliam na caça às suas presas preferenciais, a exemplo de outras aves (como filhotes de joão-de-barro, andorinhões e inhambus), répteis (cobras, lagartos) e até mesmo pequenos mamíferos, como coelhos e mocós. Inclusive observou-se uma destas águias destruindo uma casa de joão-de-barro para se apoderar de seu conteúdo. Pode também comer carniça ocasionalmente, o que lhe confere a característica de ave saprófaga eventual. Em Belo Horizonte verificou-se que essa espécie se adaptou a consumir pombos-domésticos.
Constrói seu ninho em escarpas rochosas com galhos secos. Os filhotes são alimentados durante seus primeiros 4 ou 5 meses de vida, sendo que as águias dão preferência à utilização de apenas um mesmo ninho por toda vida.
Habita paredões montanhosos, áreas abertas e campos, planando por muito tempo nessas áreas à procura de alimento. Pode também ser encontrada sobrevoando centros urbanos ou pousadas em cercas e postes na beira de rodovias e estradas.
Ocorre das Cordilheira dos Andes até o sul da Argentina e em quase todo o Brasil, com exceção da região norte. Pode ser encontrada nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Bahia, oeste do Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Ceará, indo até o Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Sergipe e Pernambuco.
Consulta bibliográfica sobre as subespécies: