26.04.2013 Views

Baravelli - Level 3 - LatAm

Baravelli - Level 3 - LatAm

Baravelli - Level 3 - LatAm

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Baravelli</strong><br />

As Contingências<br />

Las Contingencias The Contingencies


Global Crossing<br />

200 Park Avenue Suite 300<br />

Florham Park NJ 07932<br />

New Jersey USA<br />

Tel: 1 973 937 0100<br />

www.globalcrossing.com<br />

Global Crossing Argentina<br />

Alférez Pareja, 256<br />

C1107BJD Buenos Aires<br />

República Argentina<br />

Tel: 54 11 5170 0000<br />

Fax: 54 11 5170 6747<br />

0 800 800 4677<br />

Global Crossing Brasil<br />

Av. Eid Mansur, 666<br />

Rod. Raposo Tavares, Km 25<br />

Cotia SP Brasil<br />

Cep 06708-070<br />

Tel: 55 11 3957 2200<br />

Fax: 55 11 3957 2300<br />

0 800 771 4747<br />

Global Crossing Chile<br />

Av. Presidente Kennedy, 5735<br />

Edifi cio Marriott<br />

Torre Poniente Of. 802<br />

Las Condes Santiago Chile<br />

Tel: 56 2 422 5900<br />

Fax: 56 2 422 5999<br />

Global Crossing Colombia<br />

Autopista Norte Nº 122-35<br />

Piso 4 al 7<br />

Bogotá Colombia<br />

Tel: 57 1 611 9000<br />

Fax: 57 1 611 9048<br />

Global Crossing Ecuador<br />

Urbanización Iñaquito Alto<br />

Calle Juan Díaz, Nº 37-111<br />

Quito Ecuador<br />

Tel: 593 2 226 4101<br />

Fax: 593 2 246 5066<br />

Global Crossing México<br />

Lago Zurich 96<br />

Colonia Ampliación Granada<br />

Del. Miguel Hidalgo<br />

México DF 11529<br />

México<br />

Tel: 52 55 2581 6270<br />

Fax: 52 55 2581 8290<br />

Global Crossing Panamá<br />

0851 Av. Arnulfo Arias y<br />

Calle Remon Levy<br />

Amador Panamá<br />

República de Panamá<br />

Tel: 507 314 0324<br />

Fax: 507 314 0317<br />

Global Crossing Perú<br />

Av. Manuel Olguín 395<br />

Santiago de Surco<br />

Lima 33 Perú<br />

Tel: 51 1 705 5700<br />

Fax: 51 1 705 5718<br />

Global Crossing USA – Flórida<br />

701 Waterford Way<br />

Suite 390<br />

Miami FL 33126 USA<br />

Tel: 1 305 808 5900<br />

Global Crossing Venezuela<br />

La Urbina, Calle 7<br />

Caracas 1070<br />

Venezuela<br />

Tel: 58 212 243 5044<br />

Fax: 58 212 241 6948<br />

0 800 4677 288


Los dioses – condenados al eterno aburrimiento<br />

de lo infi nito – envidian olímpicamente<br />

y en secreto todos y cada uno de nuestros días.<br />

Los libros – y muy especialmente los de este tipo – son<br />

una feliz replica de nuestra afortunada temporalidad: cada<br />

página sigue y antecede a otra distinta, única e irrepetible<br />

como cada día de nuestras vidas. Es por esa condición<br />

y aun sabiendo que en algún momento llegaremos al fi nal<br />

de nuestra lectura, que podemos disfrutar cada página<br />

si aceptamos tan singular destino con alegría.<br />

A diario grabamos nuestras Contingencias en nuestra<br />

fugaz memoria. Y ésta las hace visibles en nuestros<br />

cuerpos, para bien y para mal. Pero algunos humanos<br />

– unos pocos – tienen el privilegio y el valor para<br />

transformarlas en imágenes inmortales. Cuando eso<br />

sucede, los dioses sonríen y generosamente les prestan<br />

su belleza infi nita.<br />

Nosotros insistimos desde hace más de quince años<br />

en publicar cada año un libro. Un libro que festeje<br />

y renueve nuestro deseo de construir todos los días<br />

vínculos sensibles entre nuestra gente. Y nuestra<br />

convicción de que la comunicación global no solo<br />

es posible, es además imprescindible.<br />

The gods – doomed to eternal tediousness of the Infi nite<br />

– secretly envy from the Olympus each and every single<br />

one of our days.<br />

Books, and in particular this kind of books – stand for<br />

a joyful replica of our fortunate impermanence: each page<br />

continues and precedes another one, different, unique,<br />

and unrepeatable like every day of our lives. Because<br />

of that condition, though aware that at some point we<br />

will be through with reading, we are able to enjoy every<br />

page if we embrace such a singular fate with joy.<br />

Everyday we record Contingencies in our feeble memory.<br />

And it is this memory that makes them visible in our<br />

bodies, for better or for worse. Some human beings –<br />

very few though – have got the privilege and the courage<br />

to turn them into immortal images. When such a thing<br />

happens, the gods smile and generously share their<br />

immeasurable beauty.<br />

For over fi fteen years, we have insisted on publishing<br />

one book a year. One book, to celebrating and refurbishing<br />

our hope to create sensitive bridges among people every<br />

day. We are fully persuaded that global communication<br />

is not only possible, but essential.<br />

Os deuses – condenados ao eterno tédio do infi nito<br />

– secretamente invejam todos e cada um de nossos dias.<br />

Os livros – muito especialmente os deste tipo – são uma<br />

bem-sucedida réplica de nossa afortunada temporalidade:<br />

cada página é precedida e seguida por outra diferente,<br />

única e nunca repetida, como cada dia de nossas vidas.<br />

É por essa condição, que mesmo sabendo que em algum<br />

momento chegaremos ao fi nal de nossa leitura, podemos<br />

desfrutar de cada página se aceitarmos tão singular<br />

destino com alegria.<br />

Diariamente gravamos nossas Contingências em nossa<br />

fugaz memória. E esta as torna visíveis em nossos corpos,<br />

para o bem ou para o mal. Entretanto, alguns humanos<br />

– uns poucos – têm o privilégio e a coragem<br />

de transformá-las em imagens imortais. Quando isto<br />

acontece, os deuses sorriem e generosamente lhes<br />

emprestam sua infi nita beleza.<br />

Há mais de quinze anos, insistimos em publicar um<br />

livro por ano. Um livro que comemore e renove nosso<br />

desejo de construir a cada dia vínculos sensíveis entre<br />

nossa gente. Assim como nossa convicção de que a<br />

comunicação global não é somente possível,<br />

mas também imprescindível.


Introdução a um<br />

artista inconfundível<br />

Olívio Tavares de Araújo<br />

Por mais surpreendente que pareça, a maior parte dos artistas plásticos<br />

não tem idéias claras e exatas a respeito do fenômeno artístico – nem de<br />

seu próprio fazer. E mesmo entre os que as têm, nem todos são capazes<br />

de expressá-las verbalmente com precisão. Isso não os torna a priori maus<br />

artistas, já que não fazer teoria não compromete o talento nem incapacita<br />

ninguém para bem exercer um ofício. As novas gerações tendem a mudar<br />

esse estado de coisas, mas até hoje o artista plástico não teve o dever de<br />

ser um intelectual senão no sentido estrito do termo: serve-se de recursos<br />

do intelecto. De resto, cabe-lhe dominar formas, não palavras. Não tem nem<br />

mesmo a obrigação de possuir grande cultura.<br />

Essa é a regra. Há admiráveis exceções, como Luiz Paulo <strong>Baravelli</strong>, famoso<br />

no meio por seu amplo conhecimento das questões históricas e teóricas que<br />

cercam o trabalho criador, e por dominar a linguagem verbal com o mesmo<br />

brilho com que domina a da pintura. Aliás, o tipo de arte pelo qual ele<br />

optou não seria possível a um inculto. Não se trata de arte como confi dência<br />

interpessoal ou expressão imediata de uma hipersensibilidade – tal como o<br />

século XIX a praticou, e ainda a entende grande parte do público em nossos<br />

dias. Nem é arte como exorcismo de demônios pessoais, praxis que transita<br />

livremente no mundo pós-freudiano e seguramente se manifesta naqueles<br />

artistas que, a ponta de estilete, desenham ziguezagues sangrentos em<br />

suas próprias barrigas, para os aplausos dos entusiastas da body art. 1 Em<br />

<strong>Baravelli</strong>, encontra-se a arte como concreção de um pensamento sensível e<br />

objetivação de um universo essencialmente imagético – não como Ersatz de<br />

outras dimensões e/ou atividades humanas. Quer dizer: arte é arte (=invenção<br />

de forma), Deus é Deus, política é política, uma rosa é uma rosa é uma<br />

rosa é uma rosa – e cada macaco no seu galho. Isso lhe exige a posse de<br />

um extenso repertório e se embasa e legitima nas refl exões contemporâneas<br />

sobre a natureza e a função da própria arte.<br />

__________________________<br />

1 Não posso deixar de contar uma história ao leitor. Um dos pioneiros da body art, na década de<br />

1960, foi o austríaco Rudolf Schwarzkogler (1940-1969). As bem construídas e bem executadas<br />

fotos de seu corpo envolto em ataduras manchadas de sangue, e outros acessórios de cena signifi<br />

cativos, são realmente interessantes – diria eu, até belas. À medida que desenvolvia sua carreira<br />

brilhante, ele foi cortando pedaços do pênis, até que uma hemorragia o levou. Sua última obra,<br />

numa Documenta de Kassel, foi seu próprio anúncio fúnebre, que ele deixara pronto. A narrativa<br />

disso tudo, num artigo de Robert Hughes, o grande crítico de Time, despertou um texto moralmente<br />

indignado no jovem crítico que eu era, publicado em 1973 na revista Veja. Mas o tempo passa e as<br />

verdades vêm à tona. Sabe-se de uma década para cá que Schwarzkogler não se cortava, e muito<br />

menos decepou o pênis. Segundo um de seus companheiros de grupo, era um perfeito dandy, que<br />

muito bem vestido freqüentava corridas de cavalos. As fotos eram pura mise-en-scène. Ficção.<br />

O que não impede que o artista possuísse, de fato, uma mente complicada, e tenha acabado por<br />

se jogar de uma janela – sua efetiva causa mortis. Tenho certeza de que <strong>Baravelli</strong> me entende<br />

(e espero que também os leitores) quando afi rmo que minha admiração por Schwarzkogler como<br />

artista só cresceu, com tudo isso. Hoje eu o levo inteiramente a sério.<br />

Mas voltemos à clareza verbal. Temos a sorte de poder começar, aqui, por<br />

ouvir o próprio <strong>Baravelli</strong> sobre sua trajetória e a maneira pela qual entende<br />

hoje sua tarefa. Transcrevo um pequeno texto que ele escreveu em dezembro<br />

de 2006, para um livro do qual fui editor, e cuja total transparência e coloquialidade<br />

nos fornecem um impecável ponto de partida.<br />

Em 1960 eu tinha dezoito anos e os anos 60 foram o período de<br />

minha formação como artista. A palavra chave de então era “limites”.<br />

Procurar onde eles estivessem e desafi á-los. Do território tradicional<br />

da arte rompiam-se as bordas em todas as direções – mas esse<br />

movimento era em direção aos espaços vazios adjacentes. Movia-se<br />

para fora, para longe do corpo central. Era um elogio e uma prova de<br />

modernidade dizer de alguém: “Ele está fazendo algo que nunca foi<br />

feito antes”. Como uma mancha de líquido que se espalha, a cada<br />

ano a circunferência se tornava maior, e cada ponto dela (o trabalho<br />

específi co de um artista), mais distante, não só do centro como dos<br />

colegas próximos.<br />

Visível, mesmo na época, a facilidade e inconseqüência dessa operação.<br />

O que parecia progresso era, na maioria dos casos, apenas fugir<br />

para a frente, e essa ampliação foi tornando a arte cada vez mais<br />

extensa mas não necessariamente melhor.<br />

O período fi nal de meu aprendizado, minha pós-graduação informal,<br />

durou o tempo de existência da Escola Brasil, que formei com Fajardo,<br />

Nasser e Resende e onde dei aulas entre 1970 e 1974. A idéia<br />

central que nos guiava: “Arte é muitas coisas”. Em outras palavras,<br />

uma aposta cega no “novo”. Fazer coisas novas e inusitadas foi um<br />

truque que os alunos aprenderam rapidamente. O receituário é simples:<br />

trazer de fora da arte um material, uma técnica, um processo.<br />

Inverter o uso de algo habitual nas formas tradicionais de arte. Fazer<br />

alguma coisa muito maior ou menor do que é habitualmente. Repetir<br />

um objeto comum centenas de vezes. Associar coisas díspares e contraditórias.<br />

Atacar qualquer símbolo de poder, fazer de algo prosaico<br />

uma ameaça, rearranjar as partes de pessoas, coisas e animais, criar<br />

enigmas para que os espectadores resolvam.<br />

Aqueles anos de experiência me revelaram a fatuidade e superfi cialidade<br />

dessas atitudes. Intuí que ao invés de procurar os limites na<br />

borda externa da arte eu deveria procurar um limite que estivesse<br />

no centro dela, um ponto de acumulação e não uma fronteira de<br />

dispersão. Cheguei à conclusão que a idéia artística central que me<br />

interessa é a criação de imagens. A pintura existe há quarenta mil<br />

anos, os museus há quinhentos, as bienais há cem – percebi que,<br />

para mim, o navio é mais importante que a espuma. É lá que estão o<br />

peso, a carga e a densidade. E virei pintor.<br />

Pintor fi gurativo, um quase suicídio em termos de carreira, na época<br />

e também hoje. É fácil e de grande impacto grudar cinco mil telefones<br />

quebrados na parede e viver de analogias baratas; não há com o que<br />

comparar esse trabalho e ele existe precariamente, em um limbo.<br />

Mas tente desenhar um rosto e você caminha entre gigantes: Rafael,<br />

Rembrandt, Picasso. Seu rostinho vai ter de lutar pela vida – mas<br />

a arte mora lá, onde é compacto e difícil. Progredir não é inventar novidades,<br />

mas achar oxigênio para respirar no caminho para o interior<br />

do núcleo humano. Dito assim parece dramático, mas tenho tentado<br />

pisar leve e alegre nesse percurso de quarenta anos.<br />

***<br />

Não gosto nada de possuir e colecionar coisas mas há algo que eu<br />

queria ter, uma obra de arte, um trabalho que Paul Klee não fez. Seria<br />

uma aquarela de um palmo de tamanho, com fi gurinhas, fl echas e degradês<br />

e, em baixo, o título, em sua caligrafi a peculiar: Para Dentro! Eu<br />

a colocaria em um canto qualquer de parede, e esse pequeno pedaço<br />

de papel, em sua moldurinha de madeira, conteria o segredo da arte.<br />

Quando metade dos artistas anda procurando esquisitices, e tantas vezes<br />

se declarou que “a pintura morreu”, à primeira vista poderia parecer que<br />

o projeto de <strong>Baravelli</strong> – fazer pintura fi gurativa, hélàs! – tornou-se (ou foi desde<br />

o início?) pequeno, antigo – se não reacionário – e modesto. No entanto,<br />

a meu ver, trata-se justamente do oposto: de um ato de coragem e ambição;<br />

aliás, modéstia não combinaria com sua inteligência. Alerta para o que concluiu<br />

ser a falência das vanguardas de sua geração, reduzidas aos truques<br />

de um “receituário simples” que seus alunos na Escola Brasil aprendiam<br />

facilmente, 2 <strong>Baravelli</strong> optou por se inscrever na tradição, na história da pintura.<br />

E procura ver em que medida lhe é possível dar, dentro dela – e não numa<br />

periferia expandida –, sua contribuição pessoal. Como ele mesmo percebe,<br />

acrescentar mais um rosto ao universo dos desenhados por Picasso, Rembrandt<br />

e Rafael, aí reside a ousadia.<br />

Assim, não embarcou na canoa dos que fi cam perpetuamente discutindo<br />

o que é a arte e sua eventual falência, e navegam hoje à deriva; são, essas<br />

duas, perguntas que conseguiu responder para si mesmo, pelo menos<br />

no nível de poder continuar operando com consciência, prazer e liberdade.<br />

Tampouco parou para ouvir o canto de sereia dos modismos estéticos, em<br />

cujas contradições outros se perderam. Buscou (e conseguiu) inventar sua<br />

linguagem. Por mais diferentes que sejam entre si, seus trabalhos são inapelavelmente<br />

seus, baravellianos até a medula. Não há como confundí-los<br />

com os de qualquer outro pintor, na arte brasileira dos últimos trinta anos<br />

– elogio que se aplica a muito poucos, talvez contáveis nos dedos. E conseguiu,<br />

enfi m, esse prodígio, dentro de culturas caudatárias: ser original.<br />

__________________________<br />

2 E como é saboroso e preciso seu receituário: parece-me estar percorrendo as páginas de um catálogo<br />

de salão dos anos 1970 ou 80. Lembro-me com perfeição de um momento em que, sob a infl uência<br />

da arte povera (que foi realmente um movimento seminal e de grande qualidade), ajuntar quase aleatoriamente<br />

um bloco de metal, concreto ou um tijolo, um outro de parafi na, e um montinho ou círculo de<br />

pó, preferencialmente branco (cal?) ou preto (carvão?), era quase garantia de ganhar prêmio nos salões.<br />

A busca dos novos materiais já tinha virado academia.


A pintura de <strong>Baravelli</strong> não se parece com a de nenhum mestre internacional;<br />

ele não constitui um epígono nem um diluidor de artifícios hegemonicamente<br />

ditados pelos centros. Quanto a ser-se ou não reacionário, bem... há<br />

situações em que só se pode, mesmo, repetir, com o grande Verdi: “Torniamo<br />

all’antico. Sarà un progresso”.<br />

Mas, neste ponto, estou falando em tese; não quero sugerir que <strong>Baravelli</strong><br />

tenha voltado, sob qualquer aspecto, ao antigo. “Toda obra de arte é fi lha de<br />

seu tempo”, proclamava Kandinsky. A de <strong>Baravelli</strong> não o poderia ser mais.<br />

A rigor, o primeiro trabalho que vi dele (e guardei na memória, mais até por<br />

causa do nome bem soante, trocaico e aliterado do autor) foi uma bolha de<br />

ar dentro de uma caixinha de acrílico, com uma etiqueta à la Piero Mazoni,<br />

que nessa época fazia esse tipo de coisa: algo como “Contém X dl3 de ar<br />

respirado por L.P. <strong>Baravelli</strong>”. Isso, em 1967, na mesma Bienal de São Paulo<br />

na qual chegava ao Brasil a pop art triunfante, numa inesquecível sala<br />

especial chamada Environment USA, com as obras de Jasper Johns, Andy<br />

Warhol, Claes Oldenburg, George Segal, Roy Lichtenstein e alguns outros.<br />

Três anos depois, numa grande exposição no MAM do Rio, realizada junto<br />

com seus colegas-fundadores da Escola Brasil, <strong>Baravelli</strong> mostrava reduções<br />

quase abstratas da paisagem, “representações radicais da realidade visível”,<br />

em suas próprias palavras. Portanto: arte fi gurativa. Onde poderíamos pensar<br />

estar vendo minimalismo – por exemplo, numa imensa placa com mais<br />

de 12 m 2 feita de tábuas paralelas, suspensa do teto, formando um ângulo<br />

com o chão – havia apenas uma releitura da terra arada.<br />

Na década de 70, como já sabemos, consolidou-se a opção pela pintura.<br />

Nos primeiros anos, <strong>Baravelli</strong> se dedicou intensamente ao desenho de observação,<br />

para o qual é muito dotado – e que integra até hoje o repertório de<br />

seus recursos mais essenciais. Data de 1974 a profi ssão de fé abaixo, que<br />

também continua valendo plenamente:<br />

Minhas intenções: coisas que quero / coisas que não quero (coisas<br />

em que estou interessado):<br />

a) Em como a regra corrige as emoções.<br />

b) Em deixar portas abertas e pontas soltas para depois.<br />

c) Em retomar pontas soltas que deixei antes.<br />

d) Na película de tensão superfi cial que separa a arte da vida.<br />

e) Em ampliar meus limites e funcionar com mais folga dentro deles.<br />

f) Em afi ar o humor na percepção da vida que me cerca.<br />

g) Em como as coisas são feitas ou fabricadas.<br />

h) Na paisagem, um pouco, não menos do que antes, mas agora há<br />

mais coisas.<br />

i) Em reunir a coragem de ter ciclos muito grandes.<br />

j) Em romper com uma coerência muito estrita, estilística.<br />

k) No espaço tridimensional representado.<br />

l) Em outwit, outsmart and outlive o modo internacional de cercar a arte.<br />

m) Em incluir-me na cadeia de artistas que vem de 40.000 anos atrás.<br />

n) Na abstração e no humor.<br />

o) Em afi rmar que o artista pode falar de todas as coisas.<br />

p) Em não ter medo da complexidade e fugir da complicação.<br />

Já deu para perceber que a linguagem de <strong>Baravelli</strong> não nasceu, propiamente,<br />

da pop art – com cuja chegada o jovem artista coincidiu na mesma<br />

Bienal; mas nela funda suas raízes mais visíveis, e só é como é porque<br />

a pop existiu. O extenso e variegado levantamento da cena americana,<br />

a apropriação de sintagmas dos meios de comunicação de massa, as paisagens<br />

urbanas, os halterofi listas e as pin up girls, Jackie Kennedy e Marilyn<br />

Monroe, as latas de sopa e de cerveja, as caixas de Brillo, a entronização do<br />

trivial e do vulgar – tudo isso, sem a menor dúvida, mobilizou e “inspirou”<br />

o imaginário de <strong>Baravelli</strong>. Mas nada disso aparece em sua obra, quer no<br />

original, quer “traduzido”: ele nunca procurou fazer um levantamento análogo<br />

da cena brasileira, não trocou o rosto de Jackie pelo de Maria Theresa<br />

Goulart (a única candidata possível), nem a marca da caixa do sabão em pó<br />

Brillo pela de Omo. Antes de tudo, distingue-se da pop por não fazer nenhum<br />

tipo de política strictu senso.<br />

Pois embora existam hoje interpretações simétricas a essa, 3 não há a menor<br />

dúvida de que na época entendemos a pop art como um movimento de protesto<br />

contra a sociedade de consumo, o american way of life, seus ícones,<br />

fetiches, suas catástrofes físicas ou morais. A inelutável solidão das brancas<br />

esculturas em tamanho natural de George Segal, que pareciam pessoas<br />

congeladas no tempo, com os movimentos inesperadamente interrompidos,<br />

como naquelas impressionantes fi guras que a cinza do Vesúvio calcifi -<br />

cou em Pompéia – e, além disso, inscritas em cenários com objetos reais:<br />

os engradados e a máquina de Coca-Cola, o vestido, o balcão, o anúncio<br />

luminoso, o bar, a máquina de café, o poste com semáforo para pedestres,<br />

o banco de praça; ou ainda, na mesma sala Environment USA, a objetividade<br />

falsamente fria de enormes serigrafi as de Andy Warhol – as séries de cadeiras<br />

elétricas, de desastres na estrada; tudo isso aparecia, a nossos olhos,<br />

inequivocamente, como obra de denúncia, implicando uma ética humanista<br />

sem qualquer ambigüidade. Já o humanismo de <strong>Baravelli</strong> – de que ninguém<br />

pensaria em duvidar – não passa pelo questionamento ideológico. Passa<br />

por uma Weltanschauung mais contemplativa e intimista, um certo estar<br />

de bem com o mundo e as pessoas, por conservar sempre acesas todas as<br />

esperanças e cultivar o otimismo roçando pelo humor. É nessa órbita que<br />

gravita sua pintura.<br />

Durante quarenta mil anos de artes visuais – incluindo a atividade do homem<br />

das cavernas –, o ponto de partida para o trabalho do artista foi evidentemente<br />

a realidade exterior: a paisagem, a natureza, os bichos, o próprio ser<br />

humano; representá-los (com graus diferentes de realismo) era o propósito<br />

__________________________<br />

3 Para quem nos anos 70 assumira que a pop embutia uma crítica amarga, surpreende um pouco<br />

que importantes exegetas contemporâneos falem agora do “decidido otimismo”, do “otimismo sem<br />

rebuço” a ela subjacente (Lucy R. Lippard), e de sua “celebração” de “nossa civilização comum”<br />

(Alan Solomon). É o contrário do que admirávamos nela.<br />

da arte. Depois do modernismo – abertas as portas pelos belos papiers collés<br />

de Braque e de Picasso, pelos Merzbilder de Kurt Schwitters –, a própria<br />

representação (não só artística) se tornou tema passível de ser re-representado.<br />

Em 1987, uma exposição no Museu de Arte Contemporânea da USP<br />

reuniu jovens artistas brasileiros que recorriam à apropriação como processo<br />

de trabalho, e defi niu coletivamente as obras resultantes como “imagens de<br />

segunda geração”. Acabou faltando, misteriosamente, <strong>Baravelli</strong>. Com toda<br />

a certeza, ele não só representa, no Brasil, um dos pioneiros, como é o único<br />

artista a se servir sistematicamente desse método.<br />

Assim, já em 1975 escrevia o crítico carioca Ronaldo Brito: “Seu trabalho<br />

parece resultar de um poder de percepção e observação singulares, exercido<br />

indiscriminadamente sobre todos os sistemas de signifi cação em curso<br />

na sociedade contemporânea. <strong>Baravelli</strong> não é apenas um pintor, é uma máquina<br />

de apropriação e transformação de material signifi cante oriundo das<br />

mais variadas fontes: cartões postais, anúncios, fotos, histórias em quadrinho,<br />

arte, verbetes técnicos, desenhos de crianças, etc. Tudo isso é tratado<br />

sem hierarquia e posto em funcionamento por uma dinâmica de raciocínio<br />

extremamente pessoal”. De minha parte, constatei em 1984, em termos<br />

muito semelhantes: “<strong>Baravelli</strong> pode ser inspirado (ele preferiria certamente<br />

um termo da área técnica, como alimentado) por uma outra forma de arte,<br />

por uma vinheta, por um anúncio de jornal, um desenho infantil, um graffi ti,<br />

um letreiro monumental de lanchonete. Devora e deglute tudo isso, vive permanentemente<br />

à espreita, olho vivo, ligado, como um pequeno computador<br />

sequioso de informação, a qual lhe compete elaborar e repor em circulação,<br />

sob outra forma”. 4 Mais de vinte anos mais tarde – mais de trinta, no caso<br />

da primeira –, ambas as citações permanecem inteiramente verdadeiras.<br />

Alguns dos procedimentos típicos do artista foram e continuam sendo justaposições<br />

aparentemente despropositadas de objetos do cotidiano, desproporções<br />

de escala, miniaturização e monumentalidade, grandes caras junto<br />

a pequenas fi gurinhas ou fragmentos de paisagens, repetidos fragmentos<br />

de desenho arquitetônico, exteriores e interiores com ou sem personagens,<br />

o traço caricatural, a garatuja, e o já citado desenho de modelo vivo, aplicado<br />

dentro da tela como um elemento paralelo à pintura.<br />

Embora, como já observamos, os quadros sejam diferentes entre si, é inevitável<br />

que, vindos do mesmo universo de fontes e servindo-se dos mesmos<br />

processos de formatação, neles acabe por impor-se um nítido parentesco<br />

estilístico – e a partir deste, a unidade, a inconfundibilidade de toda a produção<br />

de <strong>Baravelli</strong>. Para testemunhar desse tipo de coerência muito específi ca,<br />

permito-me citar três fragmentos de textos que fui publicando, ao longo dos<br />

anos; nada melhor do que um depoimento sincrônico do próprio fato gerador.<br />

Em 1977: “Sua evolução não é linear. Cada trabalho poderia ser comparado<br />

a um ponto numa constelação. De tempos em tempos, nova obra vem<br />

ocupar um ponto vizinho ao anterior”. Em 1982: “O repertório de imagens<br />

de <strong>Baravelli</strong> e sobretudo sua sintaxe, o tipo de nexo com que ele as aglutina,<br />

__________________________<br />

4 Ronaldo Brito, jornal Opinião, 21/11/1975; Olívio Tavares de Araújo, revista Isto É, 9/5/1984.<br />

são tão característicos quanto uma impressão digital”. Enfi m: “Joga sempre<br />

com o novo e o surpreendente. Mas ao mesmo tempo, consegue permanecer<br />

infl exivelmente o mesmo por detrás de seus diversos avatares. A gente<br />

sempre o identifi ca, seja por qualidades explícitas (...), seja por auras, que<br />

incluem a erudição, algum humor, e uma espécie de crônica permanente do<br />

universo visual como um todo”. 5<br />

Para concluir este texto, é necessário ressaltar uma particularidade do volume<br />

que ele introduz – e que será especialmente grata para os estudiosos e<br />

interessados nos processos de comunicação. O livro contém as reproduções<br />

de quarenta obras, escolhidas em função do que pareceu seu interesse plástico<br />

aos olhos do próprio autor e sua fi lha (que o secundou na tarefa); não<br />

houve nenhum outro critério – temático, estilístico, técnico, de época, etc.<br />

De cada uma dessas obras <strong>Baravelli</strong> extraiu um fragmento e o retrabalhou<br />

como desenho – desenho esse que aparece ao lado de cada original.<br />

É fascinante poder ver, assim, por dentro, a mecânica íntima da criação,<br />

no momento mesmo em que giram suas engrenagens; e poder perceber<br />

em que pontos a obra-mãe e o desenho-fi lho se aproximam, em que pontos<br />

de afastam, que mudanças foram inseridas em relação à primeira versão,<br />

até o maior lirismo facultado (se não imposto) pelos recursos gráfi cos e não<br />

pictóricos. A matéria do desenho é, naturalmente, distinta da matéria (em<br />

geral mais espessa) da pintura.<br />

Não deixará de ser saboroso, também, o elenco de pequenas epígrafes que<br />

o pintor incluiu, acompanhando as imagens: algumas são citações, outras<br />

refl exões (ou boutades) da lavra dele mesmo. Não representam interpretações<br />

nem esclarecimentos, não se tornam redundantes com a imagem;<br />

co-laboram com ela, constituem mini-ignições para incitar o pensamento<br />

e a fruição. Assim como sabe lidar com as palavras para a mais lúcida e<br />

clara das expressões, <strong>Baravelli</strong> sabe também lidar poética e provocativamente<br />

com elas, muitas vezes para aumentar a taxa de estranheza em torno<br />

dos trabalhos. Tudo somado, há que reconhecer-lhe esse pequeno direito<br />

prazeroso: fazer brincarem de esconde-esconde suas formas e idéias.<br />

__________________________<br />

5<br />

Textos de Olívio Tavares de Araújo na revista Veja, 26/10/1977, e na revista Isto É, 8/9/1982 e<br />

9/5/1984.


Introducción a un<br />

artista inconfundible<br />

Olívio Tavares de Araújo<br />

Por más sorprendente que parezca, la mayoría de los artistas plásticos no tienen<br />

ideas claras y exactas con relación al fenómeno artístico – ni siquiera de<br />

su propia obra. E inclusive entre quienes sí las tienen, no todos son capaces<br />

de expresarlas verbalmente con precisión. Eso no los convierte a priori en malos<br />

artistas, toda vez que no impartir teoría, no compromete el talento ni impide<br />

a nadie ejercer bien un ofi cio. Las nuevas generaciones tienden a cambiar<br />

dicho estado de cosas, si bien hasta hoy el artista plástico no ha tenido la<br />

obligación de ser un intelectual sino en el sentido estricto del término: se sirve<br />

de los recursos del intelecto. Por lo demás, le cabe dominar las formas, no las<br />

palabras. No tiene ni siquiera la obligación de poseer una gran cultura.<br />

Esa es la regla. Existen excepciones admirables, tal es el caso de Luiz Paulo<br />

<strong>Baravelli</strong>, famoso en el medio por su amplio conocimiento de los temas históricos<br />

y teóricos que rodean al trabajo creativo, y por dominar el lenguaje<br />

verbal con el mismo brillo con el que domina el de la pintura. De hecho, el<br />

tipo de arte que él escogió no sería posible para una persona inculta. No se<br />

trata de arte como confi dencia interpersonal o expresión inmediata de una<br />

hipersensibilidad – tal como el que se practicó en el siglo XIX, y como aún lo<br />

entiende gran parte del público en nuestros días. Tampoco es arte como exorcismo<br />

de demonios personales, praxis que transita libremente en el mundo<br />

post-freudiano y seguramente se manifi esta en aquellos artistas que, a punta<br />

de estilete, dibujan zigzags sangrientos en sus propias barrigas, para los<br />

aplausos de los entusiastas del body art. 1 En <strong>Baravelli</strong>, se encuentra el arte<br />

como concreción de un pensamiento sensible y objetivación de un universo<br />

esencialmente imagético – no como Ersatz de otras dimensiones y/o actividades<br />

humanas. Quiere decir: el arte es el arte (=invención de forma), Dios es<br />

Dios, la política es la política, una rosa es una rosa es una rosa es una rosa<br />

– y cada mono en su rama. Eso le exige la posesión de un extenso repertorio<br />

y se basa y legitima en las refl exiones contemporáneas sobre la naturaleza y<br />

la función del propio arte.<br />

__________________________<br />

1 No puedo dejar de contarle una historia al lector. Uno de los pioneros del body art, en la década<br />

del 60, fue el austríaco Rudolf Schwarzkogler (1940-1969). Las fotos bien realizadas de su cuerpo<br />

envuelto en ataduras manchadas de sangre, y otros accesorios de escena signifi cativos, son realmente<br />

interesantes – diría yo, incluso bellas. A medida que desarrollaba su brillante carrera, él fue<br />

cortando pedazos de su pene, hasta morir a causa de una hemorragia. Su última obra, en una de las<br />

Documentas de Kassel, fue su propio anuncio fúnebre, que él dejara listo. La narrativa de todo eso,<br />

en un artículo de Robert Hughes, el gran crítico de Time, despertó un texto moralmente indignado en<br />

el joven crítico que era yo, publicado en 1973 en la revista Veja. Pero el tiempo pasa, y las verdades<br />

salen a la luz. Se sabe desde hace una década que Schwarzkogler no se cortaba, y mucho menos<br />

se mutilaba el pene. Según uno de sus compañeros de grupo, era un perfecto dandy, que muy bien<br />

vestido frecuentaba las carreras de caballos. Las fotos eran pura mise-en-scène. Ficción. Lo que no<br />

impide que de hecho, el artista tuviese una mente complicada, y que haya acabado arrojándose de<br />

una ventana – su verdadera causa de muerte. Estoy seguro de que <strong>Baravelli</strong> me entiende (y espero<br />

que también los lectores) cuando afi rmo que mi admiración por Schwarzkogler como artista sólo<br />

creció con todo eso. Hoy yo lo tomo totalmente en serio.<br />

Pero volvamos a la claridad verbal. Tenemos la suerte de poder comenzar<br />

aquí, por oír del propio <strong>Baravelli</strong> sobre su trayectoria y la manera como él entiende<br />

hoy su tarea. Transcribo un pequeño texto que él escribió en diciembre<br />

de 2006, para un libro del cual fui editor, y cuya transparencia y coloquialismo<br />

total nos brindan un impecable punto de partida.<br />

En 1960 yo tenía dieciocho años y los años 60 fueron el período de<br />

mi formación como artista. La palabra clave de ese entonces era “límites”.<br />

Buscarlos donde estuviesen y desafi arlos. Del territorio tradicional<br />

del arte se rompían las fronteras en todas las direcciones – aunque<br />

ese movimiento iba en dirección a los espacios vacíos adyacentes. Se<br />

movía hacia afuera, alejándose del cuerpo central. Era un elogio y una<br />

prueba de modernidad decir respecto de alguien: “Él está haciendo<br />

algo que nunca se hizo antes”. Como una mancha de líquido que se<br />

esparce, cada año la circunferencia se hacía más grande, y cada punto<br />

en ella (el trabajo específi co de un artista), más distante, no sólo del<br />

centro sino de los colegas cercanos.<br />

Visibles, asimismo en la época, la facilidad y la irresponsabilidad de esa<br />

operación. Lo que parecía progreso era, en la mayoría de los casos,<br />

apenas huir hacia adelante, y esa ampliación fue haciendo que el arte<br />

se extendiera cada vez más pero no necesariamente que mejorara.<br />

El período fi nal de mi aprendizaje, mi post-graduación informal, duró el<br />

tiempo de existencia de la Escola Brasil, que formé con Fajardo, Nasser<br />

y Resende, y donde di clases entre 1970 y 1974. La idea central<br />

que nos guiaba: “El Arte es muchas cosas”. En otras palabras, una<br />

apuesta ciega en lo “nuevo”. Hacer cosas nuevas e inusitadas fue un<br />

truco que los alumnos aprendieron rápidamente. La receta es simple:<br />

traer de afuera del arte un material, una técnica, un proceso. Invertir<br />

el uso de algo habitual en las formas tradicionales de arte. Hacer algo<br />

mucho más grande o más chico de lo que se hace habitualmente.<br />

Repetir un objeto común cientos de veces. Asociar cosas dispares y<br />

contradictorias. Atacar cualquier símbolo de poder, hacer de algo prosaico<br />

una amenaza, reestructurar las partes de las personas, cosas y<br />

animales, crear enigmas para que los espectadores resuelvan.<br />

Aquellos años de experiencia me revelaron la fatuidad y superfi cialidad<br />

de esas actitudes. Intuí que en lugar de buscar los límites en la frontera<br />

exterior del arte, yo debería procurar un límite que estuviese en el centro<br />

del arte, un punto de acumulación y no una frontera de dispersión.<br />

Llegué a la conclusión de que la idea artística central que me interesa<br />

es la creación de imágenes. La pintura existe hace cuarenta mil años,<br />

los museos hace quinientos, las bienales hace cien – percibí que, para<br />

mí, el barco es más importante que la espuma. Es allí donde radica el<br />

peso, la carga y la densidad. Y me convertí en pintor.<br />

Pintor fi gurativo, casi un suicidio en términos de carrera, en la época y<br />

también hoy. Es fácil y de gran impacto pegar cinco mil teléfonos rotos<br />

en la pared y vivir de analogías baratas; no hay con qué comparar ese<br />

trabajo, y el mismo existe precariamente, en un limbo. Pero intente<br />

dibujar un rostro y usted caminará entre gigantes: Rafael, Rembrandt,<br />

Picasso. Su carita va a tener que luchar por su vida – porque el arte<br />

vive allí, donde es compacto y difícil. Progresar no es inventar novedades,<br />

sino encontrar oxígeno para respirar en el camino para el interior<br />

del núcleo humano. Dicho de esta manera parece dramático, pero he<br />

intentado pararme ligero y alegre en este recorrido de cuarenta años.<br />

***<br />

No me gusta en absoluto poseer y coleccionar cosas, aunque hay<br />

algo que quería tener, una obra de arte, un trabajo que Paul Klee<br />

no hizo. Sería una acuarela del tamaño de la palma de una mano,<br />

con fi guritas, fl echas y colores en degradé y, debajo, el título, con su<br />

caligrafía peculiar: Para Dentro! Yo la colocaría en cualquier rincón<br />

de una pared, y ese pequeño pedazo de papel, en su marquito de<br />

madera, contendría el secreto del arte<br />

Cuando la mitad de los artistas anda buscando cosas tan extrañas y tantas<br />

veces se dijo que “la pintura ha muerto”, a primera vista podría parecer que<br />

el proyecto de <strong>Baravelli</strong> – hacer pintura fi gurativa, hélàs! – se volvió (¿o fue<br />

desde el principio?) pequeño, antiguo – si no reaccionario – y modesto.<br />

Mientras tanto, a mi modo de ver, se trata justamente de lo opuesto: de<br />

un acto de coraje y de ambición; de hecho, la modestia no combinaría con<br />

su inteligencia. Alerta para lo que él terminó por considerar la falencia de<br />

las vanguardias de su generación, reducidas a los trucos de un “recetario<br />

simple” que sus alumnos en la Escola Brasil aprendían fácilmente, 2 <strong>Baravelli</strong><br />

optó por inscribirse en la tradición, en la historia, de la pintura. Y procura<br />

ver en qué medida le es posible dar, dentro de ella – y no en una periferia<br />

expandida –, su contribución personal. Como él mismo percibe, agregar un<br />

rostro más al universo de los dibujados por Picasso, Rembrandt y Rafael, ahí<br />

reside la osadía.<br />

Así, no se subió al barco de quienes se quedan perpetuamente discutiendo<br />

qué es el arte y su eventual falencia, y navegan hoy a la deriva; esas dos son<br />

preguntas que logró responderse a sí mismo, por lo menos al nivel de poder<br />

continuar operando con consciencia, placer y libertad. Tampoco se detuvo<br />

para oír el canto de la sirena de los modismos estéticos, en cuyas contradicciones<br />

otros se perdieron. Buscó (y consiguió) inventar su lenguaje. Por<br />

diferentes que sean entre sí, sus trabajos son inapelablemente suyos, baravellianos<br />

hasta la médula. No hay forma de confundirlos con los de cualquier<br />

otro pintor, en el arte brasileño de los últimos treinta años – elogio que se<br />

aplica a muy pocos, tal vez contados con los dedos. Y consiguió, en defi niti-<br />

__________________________<br />

2 Y cómo es de sabroso y preciso su recetario: me parece estar recorriendo las páginas de un catálogo<br />

de salón de los años 1970 u 80. Recuerdo perfectamente un momento en el que, bajo la infl uencia del<br />

arte povera – arte pobre – (que fue realmente un movimiento seminal y de gran calidad), juntar casi aleatoriamente<br />

un bloque de metal, concreto o un ladrillo, otro de parafi na, y un montículo o círculo de polvo,<br />

preferentemente blanco (cal?) o negro (carbón?), era casi garantía de ganar premio en los salones. La<br />

búsqueda de los nuevos materiales ya se había transformado en academia.


va, ese prodigio, dentro de culturas caudatarias: ser original. La pintura de<br />

<strong>Baravelli</strong> no se parece a la de ningún maestro internacional; él no constituye<br />

un epígono ni un diluidor de artifi cios hegemónicamente dictados por los<br />

centros. En cuanto a ser o no ser reaccionario, bien... hay situaciones en las<br />

que sólo se puede repetir junto con el gran Verdi: “Torniamo all’antico. Sarà<br />

un progresso”.<br />

Pero, en este punto, estoy hablando en teoría; no quiero sugerir que <strong>Baravelli</strong><br />

haya vuelto, bajo cualquier aspecto, a lo antiguo. “Toda obra de arte es hija<br />

de su tiempo”, proclamaba Kandinsky. La de <strong>Baravelli</strong> no podría serlo más.<br />

En rigor de verdad, el primer trabajo que vi de él (y guardé en la memoria,<br />

incluso a causa del nombre bien sonoro, trocaico y aliterado del autor) fue<br />

una burbuja de aire dentro de una cajita de acrílico, con una etiqueta à la<br />

Piero Mazoni, que en esa época hacía ese tipo de cosas: algo como “Contiene<br />

X dl3 de aire respirado por L.P. <strong>Baravelli</strong>”. Eso, en 1967, en la misma<br />

Bienal de San Pablo en la que llegaba a Brasil el pop art triunfante, en una<br />

inolvidable sala especial llamada Environment USA, con las obras de Jasper<br />

Johns, Andy Warhol, Claes Oldenburg, George Segal, Roy Lichtenstein<br />

y algunos otros. Tres años después, en una gran exposición en el Museo<br />

de Arte Moderno de Río, realizada junto con sus colegas-fundadores de la<br />

Escola Brasil, <strong>Baravelli</strong> mostraba reducciones casi abstractas del paisaje,<br />

“representaciones radicales de la realidad visible”, en sus propias palabras.<br />

Por consiguiente: arte fi gurativo. Donde podríamos pensar estar viendo minimalismo<br />

– por ejemplo, en una inmensa placa con más de 12 m 2 hecha<br />

de tablas paralelas, suspendida del techo, formando un ángulo con el piso<br />

– había apenas una relectura de la tierra labrada.<br />

En la década del 70, como ya sabemos, se consolidó su opción por la pintura.<br />

Durante los primeros años, <strong>Baravelli</strong> se dedicó intensamente al dibujo<br />

de observación, para el cual es muy dotado – y que integra hasta hoy el<br />

repertorio de sus recursos más esenciales. Data de 1974 la profesión de fe<br />

que sigue, que también continúa plenamente vigente:<br />

Mis intenciones: cosas que quiero / cosas que no quiero (cosas en las<br />

que estoy interesado):<br />

a) En cómo la regla corrige las emociones.<br />

b) En dejar puertas abiertas y cabos sueltos para después.<br />

c) En retomar cabos sueltos que dejé antes.<br />

d) En la película de tensión superfi cial que separa el arte de la vida.<br />

e) En ampliar mis límites y moverme con más libertad dentro de ellos.<br />

f) En afi lar el humor en la percepción de la vida que me rodea.<br />

g) En cómo las cosas se hacen o se fabrican.<br />

h) En el paisaje, un poco, no menos que antes, aunque ahora hay más<br />

cosas.<br />

i) En reunir el coraje de tener ciclos muy grandes.<br />

j) En romper con una coherencia muy estricta, estilística.<br />

k) En el espacio tridimensional representado.<br />

l) En outwit, outsmart and outlive el modo internacional de rodear el arte.<br />

m) En incluirme en la cadena de artistas que viene de 40.000 años<br />

atrás.<br />

n) En la abstracción y en el humor.<br />

o) En afi rmar que el artista puede hablar de todas las cosas.<br />

p) En no tener miedo de la complejidad y huir de la complicación.<br />

Ya pudimos percibir que el lenguaje de <strong>Baravelli</strong> no nació propiamente, del<br />

pop art – con cuyo arribo el joven artista coincidiera en la misma Bienal; pero<br />

en él funda, de hecho, sus raíces más visibles, y sólo es como es porque el<br />

pop existió. El extenso y abigarrado inventario de la escena americana, la<br />

apropiación de sintagmas de los medios de comunicación masiva, los paisajes<br />

urbanos, los halterofi litas y las pin up girls, Jackie Kennedy y Marilyn<br />

Monroe, las latas de sopa y de cerveza, las cajas de Brillo, la entronización<br />

de lo trivial y de lo vulgar – todo eso, sin la menor duda, movilizó e “inspiró”<br />

el imaginario de <strong>Baravelli</strong>. Mas nada de eso aparece en su obra, sea en el<br />

original, sea “traducido”: él nunca buscó realizar un inventario análogo de<br />

la escena brasileña, no cambió el rostro de Jackie por el de Maria Theresa<br />

Goulart (la única candidata posible), ni la marca de la caja de jabón en polvo<br />

Brillo por la de Omo. Antes que nada, se distingue del pop por no hacer<br />

ningún tipo de política stricto sensu.<br />

Aunque existan hoy interpretaciones simétricas a esa, 3 no cabe la menor<br />

duda de que en la época entendemos el pop art como un movimiento de<br />

protesta contra la sociedad de consumo, el american way of life, sus íconos,<br />

fetiches, sus catástrofes físicas o morales. La inevitable soledad de las blancas<br />

esculturas en tamaño natural de George Segal, que parecían personas<br />

congeladas en el tiempo, con los movimientos inesperadamente interrumpidos,<br />

como en aquellas impresionantes fi guras que la lava del Vesubio calcifi<br />

có en Pompeya – y, más allá de eso, inscriptas en escenarios con objetos<br />

reales: los cajones con separadores de botellas, y la máquina de Coca-Cola,<br />

el vestido, el balcón, el letrero luminoso, el bar, la máquina de café, el poste<br />

con semáforo para peatones, el banco de la plaza; o todavía, en la misma<br />

sala Environment USA, la objetividad falsamente fría de enormes serigrafías<br />

de Andy Warhol – las series de sillas eléctricas, de accidentes en las carreteras;<br />

todo eso aparecía, a nuestros ojos, inequívocamente, como obra<br />

de denuncia, implicando una ética humanista sin ninguna ambigüedad. El<br />

humanismo de <strong>Baravelli</strong> – al que nadie pensaría siquiera en poner en duda<br />

– no pasa por el cuestionamiento ideológico. Pasa por una Weltanschauung<br />

más contemplativa e intimista, un cierto estar bien con el mundo y las personas,<br />

por conservar siempre encendidas todas las esperanzas y cultivar el<br />

optimismo rozando por el humor. Es en esa órbita que gravita su pintura.<br />

Durante cuarenta mil años de artes visuales – incluyendo la actividad del<br />

hombre de las cavernas –, el punto de partida para el trabajo del artista fue<br />

__________________________<br />

3 Para quienes en los años 70 asumieron que el pop albergaba una crítica amarga, sorprende<br />

un poco que importantes exégetas contemporáneos hablen ahora del “decidido optimismo”, del<br />

“optimismo sin rebusques” subyacente a él (Lucy R. Lippard), y de su “celebración” de “nuestra<br />

civilización común” (Alan Solomon). Es lo contrario de lo que admirábamos en él.<br />

evidentemente la realidad exterior: el paisaje, la naturaleza, los animales, el<br />

propio ser humano; representarlos (con distintos grados de realismo) era<br />

el propósito del arte. Después del modernismo – abiertas las puertas por<br />

los bellos papiers collés de Braque y de Picasso, por los Merzbilder de Kurt<br />

Schwitters –, la propia representación (no sólo artística) se tornó tema pasible<br />

de ser representado nuevamente. En 1987, una exposición en el Museo<br />

de Arte Contemporáneo de la Universidad de São Paulo reunió a jóvenes<br />

artistas brasileños que recurrían a la apropiación como proceso de trabajo, y<br />

defi nió colectivamente a las obras resultantes como “imágenes de segunda<br />

generación”. Terminó faltando, misteriosamente, <strong>Baravelli</strong>. Con toda certeza,<br />

él no sólo representa en Brasil, uno de los pioneros, sino que es el único<br />

artista que se sirve sistemáticamente de ese método.<br />

Así las cosas, ya en 1975 escribía el crítico carioca Ronaldo Brito: “Su trabajo<br />

parece resultar de un poder de percepción y observación singulares, ejercido<br />

indiscriminadamente sobre todos los sistemas de signifi cación en curso en<br />

la sociedad contemporánea. <strong>Baravelli</strong> no es apenas un pintor, es una máquina<br />

de apropiación y transformación de material signifi cante oriundo de las<br />

más variadas fuentes: postales, anuncios, fotos, historietas, arte, defi niciones<br />

técnicas, dibujos de niños, etc. Todo eso es tratado sin jerarquía y puesto en<br />

funcionamiento por una dinámica de raciocinio extremamente personal”. Por<br />

mi parte, lo constaté en 1984, en términos muy semejantes: “<strong>Baravelli</strong> puede<br />

estar inspirado (él preferiría ciertamente un término del área técnica, como<br />

alimentado) por otra forma de arte, por una viñeta, por un anuncio de diario,<br />

un dibujo infantil, un grafi ti, un letrero monumental de bar. Devora y deglute<br />

todo eso, vive permanentemente al acecho, ojo vivo, encendido como una<br />

pequeña computadora sedienta de información, a la que le compete elaborar<br />

y volver a poner en circulación bajo otra forma”. 4 Más de veinte años después<br />

– más de treinta, en el caso de la primera –, ambas citas siguen siendo enteramente<br />

verdaderas. Algunos de los procedimientos típicos del artista fueron<br />

y siguen siendo yuxtaposiciones aparentemente despropositadas de objetos<br />

de lo cotidiano, desproporciones de escala, miniaturización y monumentalidad,<br />

grandes caras junto a pequeñas fi guritas o fragmentos de paisajes, repetidos<br />

fragmentos de dibujo arquitectónico, exteriores e interiores con o sin<br />

personajes, el trazo de caricatura, el garabato, y el ya citado dibujo de modelo<br />

vivo, aplicado dentro de la tela como un elemento paralelo a la pintura.<br />

Aunque, como ya observamos, los cuadros sean diferentes entre sí, es inevitable<br />

que, proviniendo del mismo universo de fuentes y sirviéndose de<br />

los mismos procesos de formación, acabe por imponerse en ellos un nítido<br />

parentesco estilístico – y a partir del mismo, la unidad, la inconfundibilidad<br />

de toda la producción de <strong>Baravelli</strong>. Para dar testimonio de ese tipo de coherencia<br />

muy específi ca, me permito citar tres fragmentos de textos que fui<br />

publicando, a lo largo de los años: nada mejor que testigos sincrónicos del<br />

propio hecho generador. En 1977: “Su evolución no es lineal. Cada trabajo<br />

podría ser comparado con un punto en una constelación. De vez en vez, la<br />

__________________________<br />

4 Ronaldo Brito, diario Opinião, 21/11/1975; Olívio Tavares de Araújo, revista Isto É, 9/5/1984.<br />

nueva obra viene a ocupar un punto cercano al anterior”. En 1982: “El repertorio<br />

de imágenes de <strong>Baravelli</strong> y sobre todo su sintaxis, el tipo de nexo con el<br />

que las aglutina, son tan característicos como una impresión digital”. En fi n:<br />

“Juega siempre con lo nuevo y lo sorpresivo. Aunque al mismo tiempo, logra<br />

permanecer infl exiblemente igual por detrás de sus diversos avatares. Uno<br />

siempre lo identifi ca, sea por cualidades explícitas (...), sea por auras, que<br />

incluyen la erudición, algún humor, y una especie de crónica permanente del<br />

universo visual como un todo”. 5<br />

Para concluir este texto, es necesario resaltar una particularidad del volumen<br />

que él introduce – y que será especialmente grata para los estudiosos e<br />

interesados en los procesos de comunicación. El libro contiene las reproducciones<br />

de cuarenta obras, escogidas en función de lo que pareció de<br />

interés plástico a los ojos del propio autor y de su hija (que lo secundó en la<br />

tarea); no hubo ningún otro criterio – temático, estilístico, técnico, de época,<br />

etc. De cada una de esas obras <strong>Baravelli</strong> extrajo un fragmento y lo re-trabajó<br />

como dibujo – dibujo ése que aparece al lado de cada original. Es fascinante<br />

poder ver, así, por dentro, la mecánica íntima de la creación, en el momento<br />

mismo en que giran sus engranajes; y poder percibir en qué puntos la obra<br />

madre y el dibujo hijo se aproximan, en qué puntos se alejan, qué cambios<br />

se introdujeron en relación a la primera versión, resultante del más grande<br />

lirismo facultado (si no impuesto) por los recursos gráfi cos y no pictóricos. La<br />

materia del dibujo es, naturalmente, distinta de la materia (en general más<br />

espesa) de la pintura.<br />

No dejará de ser sabroso, también, el elenco de pequeños epígrafes que<br />

el pintor incluyó, acompañando las imágenes: algunos son citas, otros, refl<br />

exiones (o boutades) de su autoría. No representan interpretaciones ni esclarecimientos,<br />

no se tornan redundantes con la imagen; co-laboran con<br />

ella, constituyen mini-igniciones para incitar el pensamiento y la fruición. Así<br />

como sabe lidiar con las palabras para la más lúcida y clara de las expresiones,<br />

<strong>Baravelli</strong> sabe también lidiar poética y provocativamente con ellas,<br />

muchas veces para aumentar la tasa de sorpresa en torno de los trabajos.<br />

Todo sumado, hay que reconocerle ese pequeño derecho placentero: hacer<br />

que sus formas e ideas jueguen a las escondidas.<br />

__________________________<br />

5<br />

Textos de Olívio Tavares de Araújo en la revista Veja, 26/10/1977, y en la revista Isto É, 8/9/1982<br />

y 9/5/1984.


Introduction to an<br />

unmistakable artist<br />

Olívio Tavares de Araújo<br />

No matter how surprising it may be most artists lack clear and exact ideas<br />

with regards to the artistic phenomenon – as well as about their own work.<br />

Even among those who do have ideas, not all of them are capable to express<br />

them verbally with appropriateness. This circumstance does not a priori turn<br />

them into bad artists, since not making theory does not affect talent or prevent<br />

someone from executing a job properly. New generations’ trend is to<br />

change this state of affairs, although so far, artists did not have to prove<br />

themselves intellectuals, except in the strict sense of the word: they make<br />

use of their intellectual resources. For the rest, having domain on forms (and<br />

not words) will do. They are not even required to possess an extensive cultural<br />

background.<br />

That is the rule. There exist admirable exceptions. Such is the case of Luiz<br />

Paulo <strong>Baravelli</strong>, renowned in the milieu for his wide background of the historical<br />

and theoretical issues surrounding creative work, as well as for mastering<br />

the spoken language with the same brilliance he masters painting<br />

language. In fact, the kind of art he chose to do would not be feasible to an<br />

uncultured individual. It is not about art as interpersonal confi dence or immediate<br />

expression of a hypersensitiveness – like the one practiced in the<br />

XIX Century, and as great part of the public still see it nowadays. Neither is<br />

it art as the exorcism of personal demons, praxis freely passing by the Post-<br />

Freudian world and surely expressed in those artists, who at stiletto point,<br />

draw bloody zigzags on their own bellies, for the applause of body art’s fans. 1<br />

In <strong>Baravelli</strong>, people can fi nd art as the concretion of a sensitive thought and<br />

objectivation of an essentially imagetic universe – not like Ersatz of other<br />

dimensions and/or human activities. That means: art is art (=invention of<br />

forms), God is God, politics is politics, a rose is a rose is a rose is a rose<br />

– and every monkey on its branch. All of this calls for the possession of an<br />

extensive repertoire, being based and legitimated on contemporary thought<br />

on the nature and role of art itself.<br />

__________________________<br />

1 I can’t help telling a story to the reader. One of the pioneers of body art in the 60’s, was the<br />

Austrian Rudolf Schwarzkogler (1940-1969). The well constructed pictures of his body wrapped in<br />

bloodstained bandages, as well as other signifi cant scene accessories, are really interesting – even<br />

beautiful, I’d say. As his bright career developed, he was cutting pieces of his penis, until dying of<br />

a hemorrhage. His last work, in one of Kassel’s Documentas was his own obituary, which he left<br />

ready. The narrative of all that, in an article by Robert Hughes, the great critic of Time, generated a<br />

morally indignant text in the young critic I was then, published in 1973 in Veja magazine. Though<br />

times goes by, and truths come up. We know from one decade now that Schwarzkogler did not cut<br />

himself, and even less mutilated his penis. According to one of his group companions, he was a<br />

perfect dandy, who frequently attended horse racing in a dressy way. Pictures were nothing but a<br />

mise-en-scène. Fiction. But this does not prevent the fact that the artist had a complicated mind,<br />

and ended up jumping from a window – the real cause of his death. I’m certain that <strong>Baravelli</strong> knows<br />

what I mean (and hopefully so do readers) when I affi rm that my admiration for Schwarzkogler as<br />

an artist, only grew because of all that. Today I take him completely seriously<br />

But let’s go back to his verbal clarity. We are lucky to be allowed to begin<br />

listening from <strong>Baravelli</strong> himself, about his track record and the way he understands<br />

his work today. Here is a short text that he wrote in December 2006,<br />

for a book I edited, the transparency and total colloquialism of which give us<br />

an impeccable kick-off.<br />

In 1960 I was eighteen, and the 60’s were the timeframe of my formation<br />

as an artist. The key word back then was “limits”. Looking<br />

for them wherever they were and challenging them. The traditional<br />

boundaries of art were broken in all directions – though that movement<br />

went towards empty adjacent spaces. It moved outwards, getting<br />

away from the central body. Saying about someone: “He is doing<br />

something that has never been done before” was both a compliment<br />

and a proof of modernity. Like a spreading stain of liquid, the circumference<br />

was getting bigger every year, and each spot on it (an artist’s<br />

specifi c work), more distant, not only from the center but from his<br />

close colleagues.<br />

Visible, even for that time, the easiness and inconsequence of that<br />

operation. What seemed to be progress, in most cases was running<br />

away forward, and that increase made art more extended but not<br />

necessarily improved.<br />

The fi nal period of my apprenticeship, my informal post-graduation,<br />

lasted as long as the Escola Brasil, which I created with Fajardo,<br />

Nasser and Resende, and where I taught classes between 1970 and<br />

1974. The key idea driving us was: “Art is many things”. In other<br />

words, we were blindly betting on the new. Doing new and unusual<br />

things was a trick that students quickly learnt. The recipe is simple:<br />

bringing a material, a technique, a process outside art. To invert the<br />

use of something habitual within the traditional ways of art. Doing<br />

something much bigger or smaller than what is usually done. To repeat<br />

an ordinary object hundreds of times. To associate unlike and<br />

contradictory things. To attack any symbol of power, to make a threat<br />

out of something prosaic, to restructure the parts of people, things<br />

and animals, to create enigmas for spectators to solve.<br />

The experience of those years revealed how fatuous and shallow<br />

these attitudes are. I sensed that instead of looking for the limits on<br />

the art’s outer boundary, I should pursue a limit to be in the center<br />

of art, a point of accrual instead of a dispersion border. I came to<br />

the conclusion that the key artistic idea I was interested in was the<br />

creation of images. Painting has existed for the last 40,000 years,<br />

museums for the past 500; biennials for the last hundred years – I<br />

perceived that, to me, the ship is more important than foam. There is<br />

where weight, load and density lay. And I became a painter.<br />

A fi gurative painter, almost suicidal in terms of career, back then and<br />

today. Pasting fi ve thousand broken telephones on the wall and live<br />

of cheap analogies is something easy and of great impact; there’s<br />

nothing to compare that work with, and the same exists precariously,<br />

in a limbo. But attempt to draw a face and you will be walking among<br />

giants: Rafael, Rembrandt, Picasso. Your little face will need to strive<br />

for survival – because art lives there, where it is compact and diffi cult.<br />

Making progress does not mean inventing novelties, but fi nding oxygen<br />

to breathe along the way to the interior of human core. Said like<br />

this, it seems dramatic, though I have tried to stand light and cheer in<br />

this forty-year journey.<br />

__________________________<br />

2 And how tasty and precise his recipe book is: it seems like going through the pages of a salon catalog<br />

of the 70’s or 80’s. I perfectly recall a time, when under the infl uence of the arte povera – poor art – (in<br />

fact a high-quality and seminal movement), putting together almost aleatorily a block of metal, concrete or<br />

a brick, another one of paraffi n, and a dust mount or circle, preferably white (limestone?) or black (coal?),<br />

was almost guarantee to win an award in the salons. Search for new materials had become academy.<br />

***<br />

Possessing and collecting stuff is something I don’t enjoy at all, although<br />

there is something I would like to have, a work of art, a job that<br />

Paul Klee has not done. It would be a watercolor of the size of a palm,<br />

with little fi gures, arrows and intermixing hues and, at the bottom, the<br />

title with his peculiar calligraphy: To the inside! I would place it in any<br />

corner of a wall, and that little piece of paper, in its wooden frame,<br />

would contain the secret of art.<br />

When half of the artists is looking for weird things and it has been said so<br />

many times that “painting is dead”, at fi rst sight it might seem that <strong>Baravelli</strong>’s<br />

project – making fi gurative painting, hélàs! – became (or was it from the<br />

beginning?) small, antique – if not reactionary – and modest. Meanwhile,<br />

from my perspective, it is precisely about the opposite: an act of courage and<br />

ambition. In fact, modesty would not match with his intelligence. On the alert<br />

to what he ended by considering the fl aws of his generation’s vanguards,<br />

reduced to tricks of a “simple recipe” that his students at the Escola Brasil<br />

easily learnt, 2 <strong>Baravelli</strong> made the option for enrolling himself in tradition, in<br />

history of painting. And tried to see how he could fi t his personal contribution<br />

in it – and not into an expanded periphery. As he notices, adding one more<br />

face to the universe of those designed by Picasso, Rembrandt and Rafael,<br />

that is precisely where the audaciousness lies.<br />

So he did not get on the boat of those who are endlessly debating what art<br />

is and its eventual fl aws, and sail today adrift; these are two questions he<br />

answered to himself, at least to allow him to continue operating with awareness,<br />

pleasure and freedom. He did not stop either to listen to mermaids’<br />

songs of aesthetic fashions, where many others were lost in its contradictions.<br />

He pursued (and succeeded in) inventing his own language. No matter<br />

how different they are to each other, his works are incontrovertibly his, baravellians<br />

to his heart and soul. There is no way to mistake them with any other<br />

painter’s, in the Brazilian art of the last thirty years– compliment applicable<br />

to very few, maybe counted with the fi ngers. And he obtained after all, that


prodigy, within third-world cultures: being original. <strong>Baravelli</strong>’s painting is not<br />

similar to any other international master’s; he does not stand for an epigone<br />

or a dilutor of artifi ces hegemonically dictated by the centers. As far as to<br />

be or not be a reactionary is concerned, well… in some situations all you<br />

can do is quoting the great Verdi and agree with him: “Torniamo all’antico.<br />

Sarà un progresso”.<br />

But, in this juncture I am speaking theoretically, I do not mean to suggest<br />

that <strong>Baravelli</strong> went back, under any aspect whatsoever, to the old. “Every<br />

work of art is the child of its time”, proclaimed Kandinsky. And <strong>Baravelli</strong>’s<br />

could not be more faithful to that statement. As a matter of fact, the fi rst<br />

work of <strong>Baravelli</strong> I saw (and that I kept in my memory, even for the author’s<br />

trochaic and alliterated name) was an air bubble inside an acrylic little box,<br />

with a label à la Piero Mazoni, who by that time, used to make this kind<br />

of things: something like “It contains X dl3 of air breathed by L.P. <strong>Baravelli</strong>”.<br />

That was in 1967, in the very same São Paulo’s Biennale, where a<br />

triumphant pop art was coming to Brazil, in an unforgettable special room<br />

called Environment USA, with works of Jasper Johns, Andy Warhol, Claes<br />

Oldenburg, George Segal, Roy Lichtenstein and others. Three years later, in<br />

a great exposition held at the Museum of Modern Art of Rio, made together<br />

with his colleagues and founders of the Escola Brasil, <strong>Baravelli</strong> would show<br />

almost abstract landscape reductions, and I quote him: “radical representations<br />

of visible reality”. Therefore: fi gurative art. Where someone could think<br />

to be looking at minimalist art – for example, in a huge plaque of over 12 m 2<br />

made of parallel boards, suspended from the ceiling, making an angle with<br />

the fl oor – there was just a rereading of plowed land.<br />

In the ‘70’s, as we already know, his choice for painting was consolidated.<br />

During the fi rst years <strong>Baravelli</strong> intensely devoted to d’après-nature drawing,<br />

something for which he is really gifted – and part of his most essential<br />

resources repertoire today. The faith statements below are from 1974, and<br />

they still remain fully in force:<br />

My intentions: things that I want/ things that I do not want (things<br />

I am interested in):<br />

a) How rule corrects emotions.<br />

b) Leaving open doors and loose ends for later.<br />

c) Recapturing loose ends I left before.<br />

d) The shallow tension fi lm separating art from life.<br />

e) Enhancing my boundaries and moving myself more freely within<br />

those limits.<br />

f) Sharpening humor in the perception of life that surrounds me.<br />

g) How things are made or manufactured.<br />

h) Landscape, a bit, not less than before, though there are more things<br />

now.<br />

i) Getting the courage to have very large cycles.<br />

j) Breaking a very strict, stylistic coherence.<br />

k) Represented tridimensional space.<br />

l) To outwit, outsmart and outlive the international way to approach art.<br />

m) Including myself in the chain of artists from the last 40,000 years.<br />

n) Abstraction and humor.<br />

o) Affi rming that the artist can speak about everything.<br />

p) To not be afraid of complexity and running away from complication.<br />

We have already noticed that <strong>Baravelli</strong>’s painting language was not strictly<br />

born as a result of pop art’s – both pop art and the young artist arrived to<br />

the Biennale simultaneously; but his most visible roots were based on it, and<br />

he is what he is only because pop existed. The extensive and motley description<br />

of the American scene, appropriation of syntagmas of mass media,<br />

urban landscapes, the weightlifters and the pin up girls, Jackie Kennedy &<br />

Marilyn Monroe, soup and beer cans, the boxes of Brillo, the enthronement<br />

of the trivial and the vulgar – all of it, undoubtedly, mobilized and “inspired”<br />

<strong>Baravelli</strong>’s imagination. Though none of that appears on his work, either in<br />

the original, or “translated”: he never pursued an analogous report of the<br />

Brazilian scene, he did not change Jackie’s face for Maria Theresa Goulart’s<br />

(the only possible candidate), nor the box of soap powder Brillo for that of<br />

Brazilian Omo. Above all, he differentiates himself from pop for not doing any<br />

kind of stricto sensu political art.<br />

Although today there exist opposite interpretations to that one, 3 pop art back<br />

then, was undoubtedly understood like a movement of protest against consumer<br />

society, the American way of life, its icons, fetishes, its physical or<br />

moral catastrophes. The helpless loneliness of white sculptures in natural size<br />

by George Segal, that looked like people frozen in time, with their movements<br />

unexpectedly interrupted, like those impressive fi gures that the Vesuvius lava<br />

calcifi ed in Pompeii – and beyond that, written in scenarios with real objects:<br />

boxes with wall separators for bottles, and the Coca-Cola vending machine,<br />

the dress, the balcony, the neon sign, the bar, the coffee machine, the pole<br />

with traffi c lights for pedestrians, the park bench; or furthermore, at the very<br />

same room Environment USA, the falsely cold objectivity of huge serigraphs<br />

of Andy Warhol – his series of printings about electric chair, highway accidents;<br />

all that unequivocally appeared to us like a work of protest, implying a<br />

humanistic ethics without any ambiguity. <strong>Baravelli</strong>’s Humanism – something<br />

that no one would dare question – is not related with any ideological issues.<br />

It has to do with a more contemplative and intimate Weltanschauung, some<br />

sort of harmony with the world and with people, to keep all hopes always on<br />

and cultivating optimism overlapped by humor. It is in this orbit where his<br />

painting gravitates.<br />

Over forty thousand years of visual arts – including the activity of cavemen<br />

–, the starting point for an artist work was evidently outer reality: landscape,<br />

__________________________<br />

3 Those who in the 70’s assumed that pop housed a bitter criticism, are surprised a bit that signifi -<br />

cant contemporary art critics speak now of the “decided optimism”, of the “plain optimism” underlying<br />

it (Lucy R. Lippard), and of its “celebration” of “our civilization in common” (Alan Solomon). It is<br />

the opposite of what we admired in it.<br />

nature, animals, human being himself; representing them (with different degrees<br />

of realism) was the purpose of art. After Modernism – when the doors<br />

were opened by the beautiful papiers collés by Braque and Picasso, and by<br />

the Merzbilder by Kurt Schwitters –, representation itself (not only artistic)<br />

became a viable subject for re-representation. In 1987, in an exposition at the<br />

Contemporary Art Museum of the University of São Paulo, young Brazilian artists<br />

using appropriation as a work process gathered, and their resulting works<br />

were defi ned as “second generation images”. Mysteriously <strong>Baravelli</strong> was not<br />

included there. There is no doubt that not only he represents one of its pioneers<br />

in Brazil, but he is the only one who uses this method systematically.<br />

Hence, by 1975 the critic Ronaldo Brito wrote: “His work seems to be the<br />

outcome of singular perception and observation abilities, indiscriminately executed<br />

over all noteworthy systems ongoing in the contemporaneous society.<br />

<strong>Baravelli</strong> is not just a painter, he is a signifi cant-material appropriation and<br />

transformation machine originating in the most assorted sources: postcards,<br />

advertising, pictures, comics, art, technical defi nitions, children designs,<br />

etc. Everything is treated without hierarchy and set to work by means of<br />

an extremely personal rationale dynamics”. As far as I am concerned, I was<br />

able to state in 1984, in very similar terms: “<strong>Baravelli</strong> may be inspired (he<br />

would probably prefer an expression of the technical fi eld, like fed) by another<br />

work of art, by a bullet point, an ad on a newspaper, a kid’s drawing,<br />

a graffi ti, a monumental sign of a bar. He devours and swallows all that,<br />

he is permanently on the alert, vivid eyes, turned on like a small PC thirsty<br />

for informations, in charge of elaborating and circulating them again in a<br />

different way”. 4 Over twenty years later– above thirty from the fi rst quote<br />

–, both quotes remain fully truthful. Some of the artist’s typical procedures<br />

were and still are apparently incongruous juxtapositions showing every day<br />

objects, disproportions of scale, miniaturization and monumentality, big faces<br />

next to small fi gures or fragments of landscape, repeated, exterior or interior<br />

architectonic drawings with or without characters, the outline of cartoon, the<br />

doodles, and the already mentioned d’après-nature drawings, applied on the<br />

canvas as an element parallel to painting.<br />

As we have mentioned before, pictures are different from each other. However,<br />

they come from the same universe of sources and use the same formation<br />

processes. Consequently they end up by having an inevitably clear stylistic<br />

relationship – and as from there, unity, unmistakable feature of <strong>Baravelli</strong>’s<br />

whole work. To witness this very specifi c coherence, I will quote fragments<br />

of three texts I wrote over the years, since nothing is better than a statement<br />

synchronic to the generating facts themselves. In 1977: “His evolution is not<br />

linear. Each work could be compared with a point in a constellation. From<br />

time to time, the new work is placed on a spot nearby to the former one”. In<br />

1982: “Repertoire of <strong>Baravelli</strong>’s images and above all his syntax, the kind of<br />

agglutinant nexus, are so unique like a fi ngerprint”. In short: “He always plays<br />

with the innovative and the surprising. Though at the same time he remains<br />

__________________________<br />

4 Ronaldo Brito, Opinião newspaper, 11/21/1975; Olívio Tavares de Araújo, Isto É magazine 5/9/1984.<br />

infl exibly the same, beyond his different avatars. You can always identify him,<br />

either because of explicit qualities (...), either because of auras that include<br />

erudition, some humor, and a sort of permanent chronicle of visual universe<br />

as a whole”.<br />

To conclude this text, it is necessary to highlight a characteristic of this volume<br />

– and that will be especially pleasant to scholars of communication processes.<br />

This book contains the reproduction of forty works, chosen according<br />

to their plastic interest to the eyes of the author himself and his daughter<br />

(who seconded him in the task); there were no other criteria – thematic,<br />

stylistic, technical, of epoch etc. <strong>Baravelli</strong> chose a fragment of each one of<br />

those works and reworked it as a drawing – being the drawing shown next to<br />

each original painting. Accordingly, we have the chance to see the intimate<br />

mechanics of creation from the inside, at the very moment when its gears<br />

turn. And to perceive on which points the mother work and child drawing<br />

touch and when they separate from each other; and which changes were<br />

introduced due to the lyricism made available by the graphic, not pictorial<br />

resources.<br />

Equally fl avorsome will be the set of small epigraphs that the painted included,<br />

complementing images: some of them are quotations, others refl<br />

ections (or boutades) of his own. They do not stand for interpretations or<br />

clarifi cations, they are not taken redundantly with image, they co-work with<br />

it, making mini-ignitions to motivate thinking and fruition by the public. In the<br />

same way he can cope with words to the most transparent and clearest of<br />

expressions, <strong>Baravelli</strong> also knows how to poetically and provocatively cope<br />

with them to increase the surprise ratio surrounding his works. Adding up all<br />

these things he deserves the acknowledgment of that small pleasant right:<br />

having his shapes and ideas playing hide and seek.<br />

__________________________<br />

5<br />

Texts by Olívio Tavares de Araújo in Veja, Magazine 10/26/1977, and on Isto É, magazine 9/8/1982<br />

and 5/9/1984.


As Contingências Las Contingencias The Contingencies


“Conversar no escuro, quaisquer<br />

que sejam as circunstâncias,<br />

tende a se tornar algo íntimo,<br />

a tomar uma dimensão de<br />

verdade que a luz dissiparia”.<br />

Lawrence Durrell<br />

“Conversar en la oscuridad,<br />

cualesquiera que sean las<br />

circunstancias, tiende a<br />

tornarse algo íntimo, a tomar<br />

una dimensión de verdad que<br />

la luz disiparía”.<br />

2006<br />

A Casa e a Noite<br />

La casa y la Noche<br />

The House and The Night<br />

Acrílica e crayon s/ mdf<br />

62,5 x 87 cm<br />

“Talking in the darkness,<br />

no matter what the<br />

circumstances are, tends to<br />

become something intimate,<br />

gaining a dimension of truth<br />

that the light would dissipate”.


“O Céu e a Terra não são humanos”.<br />

Lao Tse<br />

“El Cielo y la Tierra no son humanos”.<br />

“Heaven and Earth are not human”.<br />

2004<br />

Cinco Dias, Seis Noites<br />

Cinco Dias, Seis Noches<br />

Five Days, Six Nights<br />

Acrílica, crayon e encáustica s/ compensado<br />

220 x 40 cm


Defi nición del Diccionario Zahar<br />

de Música: “Composición<br />

musical espirituosa y alegre”.<br />

Defi nition in the Zahar Dictionary<br />

of Music: “Spirited and happy<br />

musical composition”.<br />

Defi nição do Dicionário Zahar de Música:<br />

“Composição musical espirituosa e alegre”.<br />

LPB<br />

2004<br />

Humoresque nº 10<br />

Acrílica, crayon e óleo s/ compensado<br />

80,5 x 85 cm


2005<br />

A Dona da Fazenda<br />

La Dueña de la Hacienda<br />

The Farm Owner<br />

Acrílica, betume e encáustica s/ compensado<br />

75,5 x 192,5cm


“En fi n, ¿será que el violeta<br />

tiene un aroma diferente del<br />

amarillo, por ejemplo? ¿Y el<br />

naranja? ¿Y el verde claro?<br />

¿Y no serán esos colores<br />

diferentes, en materia de<br />

sabor ? No se engañen.<br />

No piensen que reciben la<br />

pintura apenas por los ojos.<br />

No. Sino que sepan que<br />

la reciben a través de los<br />

cinco sentidos”.<br />

“Enfi m, será que o violeta tem um<br />

odor diferente do amarelo, por<br />

exemplo? E o laranja? E o verde<br />

claro? E não serão essas cores<br />

diferentes, em matéria de gosto?<br />

Não se enganem. Não pensem<br />

que recebem a pintura apenas pelo<br />

olho. Não. Sem o que o saibam,<br />

a recebem pelos cinco sentidos”.<br />

Kandinsky<br />

“After all, would it be that the<br />

color violet has a different<br />

perfume than yellow, for<br />

example? And orange? And<br />

light green? And will the taste<br />

of those colors be different?<br />

Do not misunderstand. Do not<br />

think that painting is perceived<br />

only through your eyes. No.<br />

Be aware that you perceive<br />

paintings through your<br />

fi ve senses”.


“Somos uma paisagem de tudo o que sabemos”.<br />

Isamu Noguchi<br />

“Somos un paisaje de todo<br />

lo que sabemos”.<br />

“We are a landscape of<br />

everything we know”.<br />

2007<br />

Série Preta nº 6 – A Partida para Itanhaém<br />

Serie Negra nº 6 – La partida para Itanhaém<br />

Black Series nº 6 – The Departure to Itanhaém<br />

Acrílica, betume, encáustica e óleo s/ compensado<br />

110 x 160 cm


Às vezes penso<br />

que o silêncio<br />

é o contrário da<br />

ausência.<br />

LPB<br />

A veces pienso que el silencio es lo contrario a la ausencia.<br />

I sometimes think that silence is the opposite of absence.<br />

1999<br />

A Ponte Japonesa<br />

El Puente Japonés<br />

The Japanese Bridge<br />

Acrílica, colagem, massa acrílica s/ laminado<br />

31,5 x 63,5 cm


“O olhar da criança registra rápido.<br />

Depois ela irá revelar o fi lme,<br />

fazer cópias, ampliar etc.”<br />

Jean Cocteau<br />

“La mirada del niño registra<br />

rápido. Después él irá<br />

a revelar la película,<br />

hacer copias etc.”<br />

“A child’s glance registers<br />

quickly. Then he will develop<br />

the fi lm, make copies,<br />

enlargements etc.”<br />

1979<br />

Ao Lado da Piscina<br />

Al Lado de la Piscina<br />

At The Poolside<br />

Acrílica s/ tela<br />

50 x 60 cm


“Miserável raça dos mortais,<br />

como vossa existência, a meus olhos,<br />

está próxima do nada”.<br />

“Miserable raza de los<br />

mortales, como vuestra<br />

existencia, a mis ojos,<br />

está próxima de la nada”.<br />

O coro em Édipo Rei, de Sófocles.<br />

“Miserable race of mortals,<br />

in my perspective<br />

your existence is almost<br />

nothing”.<br />

2000<br />

Os Demiurgos<br />

Los Demiurgos<br />

The Demiurges<br />

Acrílica e óleo s/ compensado<br />

37 x 220 cm


Uma ópera é mais arte<br />

do que um seriado de<br />

detetive na TV porque nela,<br />

o fi ngimento é maior;<br />

é mais inverossímil.<br />

LPB<br />

Una ópera es más arte que<br />

una serie de detectives<br />

de la TV porque en ella, el<br />

fi ngimiento es más grande;<br />

ella es más inverosímil.<br />

An opera is more art than<br />

a detective series on TV,<br />

because the sham is bigger,<br />

the plot more unlikely.<br />

2004<br />

Arte e Ilusão nº 6<br />

Arte e Ilusión nº 6<br />

Art and Illusion nº 6<br />

Acrílica, colagem, crayon e encáustica s/ compensado<br />

131 x 140 cm


“O único paraíso que existe<br />

é o Paraíso Perdido”.<br />

Marcel Proust<br />

“El único paraíso que existe es el Paraíso Perdido”.<br />

“The only paradise that exists is the Lost Paradise”.<br />

2007<br />

A Noite e a Tarde do Dia Seguinte<br />

La Noche y la Tarde del Dia Siguiente<br />

The Night and Next Day’s Afternoon<br />

Acrílica, encáustica e óleo s/ compensado<br />

65 x 220 cm


Passar do erótico ao sexual é ir perdendo<br />

gradualmente a nitidez da visão.<br />

LPB<br />

Pasar de lo erótico a lo sexual es ir perdiendo gradualmente la nitidez de la visión.<br />

Going from erotic to sexual is gradually losing the sharpness of sight.<br />

2003<br />

Todas as Vezes, na Ilha<br />

Todas las Veces, en la Isla<br />

Everytime, in the Island<br />

Acrílica, crayon e óleo s/ compensado<br />

65 x 160 cm


Sinto que sempre tenho<br />

de me perguntar:<br />

Qual é o verbo?<br />

LPB<br />

1999<br />

O Quarto dos Brinquedos<br />

El Cuarto de los Juguetes<br />

The Nursery<br />

Acrílica, betume, colagem, crayon e encáustica s/ compensado<br />

75,5 x 160 cm<br />

Siento que tengo siempre que<br />

preguntarme: ¿cuál es el verbo?<br />

I feel I have always to ask<br />

myself: which is the verb?


“Sento-me gravemente, à espera do que partiu.<br />

Voltará carregado das lembranças dos que o<br />

tiveram e o abraçaram”.<br />

Farnese de Andrade<br />

“Me siento seriamente, a la espera<br />

del que partió. Regresará cargado<br />

de los recuerdos de quienes lo<br />

tuvieron y lo abrazaron”.<br />

2005<br />

Alegoria da Descoberta<br />

Alegoria de la Descubierta<br />

Allegory of Discovery<br />

Acrílica s/ compensado<br />

73,5 x 220 cm<br />

“I sit down, gravely, waiting for<br />

the one who left. He will be back<br />

fi lled with memories of those who<br />

had and held him”.


2006<br />

Série Scan nº 13<br />

Serie Scan nº 13<br />

Scan Series nº 13<br />

Acrílica, colagem, crayon<br />

e pigmento s/ mdf<br />

200 x 49 cm<br />

“A palavra velocidade,<br />

no espaço, é um<br />

termo curiosamente<br />

escorregadio, na medida<br />

em que é relativo a<br />

um ponto qualquer<br />

considerado fi xo –<br />

mas no espaço não há<br />

pontos fi xos”.<br />

Robert Heinlein<br />

“La palabra velocidad,<br />

en el espacio, es un término<br />

curiosamente resbaladizo, en la<br />

medida en que esté relacionada<br />

con un punto cualquiera<br />

considerado fi jo – aunque en el<br />

espacio no hay puntos fi jos”.<br />

“The word speed, in space,<br />

is a curiously slippery term,<br />

as it is relative to a point<br />

considered still – but there<br />

are no still points in space”.


1997<br />

Na Poltrona (Negro)<br />

En el Sillón (Negro)<br />

In The Armchair ( black)<br />

Acrílica, crayon e colagem s/ compensado<br />

81 x 220 cm


“Os traidores naturais<br />

– como eu e tu – são os<br />

verdadeiros gnósticos.<br />

Estamos mortos e vivemos<br />

esta vida numa espécie de<br />

limbo. Contudo, os vivos<br />

não podem dispensar-nos.<br />

Nós os contaminamos com<br />

o desejo de fazer novas<br />

experiências, com o desejo<br />

de crescer”.<br />

Lawrence Durrell, Justine<br />

“Los traidores naturales<br />

– como yo y como tú – son<br />

los verdaderos gnósticos.<br />

Estamos muertos y vivimos<br />

esta vida en una especie<br />

de limbo. Sin embargo, los<br />

vivos no pueden liberarnos.<br />

Nosotros los hemos<br />

contaminado con el deseo de<br />

realizar nuevas experiencias,<br />

con el deseo de crecer”.<br />

“Natural traitors – like you<br />

and I – are the real gnostics.<br />

We are dead and live this life<br />

in a kind of limbo. However,<br />

the living are not capable<br />

of dismissing us. We have<br />

contaminated them with<br />

the wish to accomplish new<br />

experiences, with the wish<br />

to grow”.


A vida é maior que a arte – mas é menos intensa.<br />

LPB<br />

La vida es más grande que el arte – pero es menos intensa.<br />

Life is bigger that art – though less intense.<br />

2007<br />

Série Preta nº 3 – A Paisagista<br />

Serie Negra nº 3 – La Paisajista<br />

Black Series nº 3 – The Landscape Architect<br />

Acrílica, encáustica, óleo e vinílica s/ compensado<br />

119 x 160 cm


Citando Charles Eames<br />

de memória: “Pergunta:<br />

Qual sua defi nição de<br />

design? Resposta:<br />

Resolver o problema”.<br />

LPB<br />

1996<br />

O Muro e Seu Projeto<br />

El Muro y Su Proyecto<br />

The Wall and its Project<br />

Acrílica e crayon s/ painel<br />

91x101 cm<br />

Citando a Charles Eames<br />

de memoria: “Pregunta:<br />

¿Cuál es su defi nición de<br />

design? Respuesta:<br />

Resolver el problema”.<br />

Quoting Charles Eames<br />

from memory: “Question:<br />

How would you defi ne<br />

design? Answer: Solving<br />

the problem”.


“A mulher é o futuro do Homem”.<br />

Luís Aragon<br />

“La mujer es el futuro del Hombre”.<br />

“Woman is the future of Man”.<br />

1998<br />

Afrodite em Ocean Park<br />

Afrodita en Ocean Park<br />

Aphrodite at Ocean Park<br />

Acrílica s/ compensado<br />

62 x 320 cm


Lembrança vaga de um verso:<br />

“Ela era criança<br />

e criança fi cou,<br />

achando que tudo<br />

era e/ou”.<br />

LPB<br />

Vago recuerdo de un verso:<br />

“Ella era niña<br />

y niña quedó,<br />

creyendo que todo<br />

era y/o”.<br />

Vague memory of a verse:<br />

“A kid she was<br />

and a kid she remained,<br />

thinking that everything<br />

would be and/or”.<br />

2002<br />

E/Ou<br />

Y/O<br />

And/Or<br />

Acrílica, crayon e encáustica s/ compensado<br />

122,5 x 140 cm


1999<br />

Pitoresco nº 1<br />

Pintoresco nº 1<br />

Picturesque nº 1<br />

Acrílica e crayon s/ compensado<br />

44 x 53 cm


1999<br />

Pitoresco nº 1<br />

Pintoresco nº 1<br />

Picturesque nº 1<br />

Acrílica e crayon s/ compensado<br />

44 x 53 cm


Quando desenho do natural, sinto que<br />

o resultado me pertence. Quando uso<br />

desenhos de outra fonte, especialmente<br />

de anônimos, estou-me relacionando a<br />

uma espécie de inconsciente coletivo<br />

visual. Raramente uso só um modo<br />

ou só outro e sempre o trabalho nasce<br />

deste meu encontro com o mundo.<br />

LPB<br />

Cuando dibujo d’après-nature,<br />

siento que el resultado me<br />

pertenece. Cuando uso<br />

dibujos de otra fuente,<br />

especialmente de anónimos,<br />

me estoy relacionando con<br />

una especie de inconsciente<br />

colectivo visual. Raramente<br />

uso sólo un modo u otro,<br />

y siempre el trabajo nace<br />

de este encuentro entre el<br />

mundo y yo.<br />

When I draw from nature,<br />

I feel the outcome is<br />

mine. When I use other<br />

sources’ designs, specially<br />

anonymous, I am relating<br />

to some kind of visual<br />

collective unconscious.<br />

I rarely use only one way<br />

or another, and the work<br />

always results from<br />

this encounter between the<br />

world and I.


“A cidade é o lugar onde<br />

uma criança escolhe o<br />

que vai ser quando crescer”.<br />

Louis Kahn<br />

2003<br />

L´Urbanisme<br />

Encáustica s/ compensado<br />

151 x 103,5 cm<br />

“La ciudad es el lugar donde<br />

un niño decide qué va a ser<br />

cuando crezca”.<br />

“A city is the place where<br />

a child chooses what he will<br />

become as a grown up”.


"Como o comediante burlesco<br />

que sou, me agrada demais aquela<br />

precisão que cria movimento."<br />

e. e. cummings<br />

“Al igual que al comediante<br />

burlesco, me gusta<br />

desmesuradamente<br />

aquella precisión que crea<br />

movimiento”.<br />

“Like the burlesque<br />

comedian, I am abnormally<br />

fond of that precision which<br />

creates movement”.<br />

2006<br />

Interior com Cachorro Branco<br />

Interior con Perro Blanco<br />

Interior with White Dog<br />

Acrílica, nanquim e óleo s/ mdf<br />

80 x 54,5 cm


Citando de memória: “Só é possível penetrar abaixo<br />

da superfície das coisas quando esta for conhecida.<br />

Mas a superfície é inesgotável”.<br />

Italo Calvino<br />

Citando de memoria:<br />

“Sólo después de haber<br />

conocido la superfi cie de las<br />

cosas, se puede uno animar<br />

a buscar lo que hay debajo.<br />

Pero la superfi cie de las<br />

cosas es inagotable”.<br />

I quote from memory:<br />

“Only after knowing the<br />

surface of things, you can<br />

dare to seek underneath.<br />

However, the surface of<br />

things is inexhaustible”.<br />

1997<br />

A Pele<br />

La Piel<br />

The Skin<br />

Acrílica, colagem, crayon e óleo s/ painel<br />

160 x 124 cm


Um sonho é uma história<br />

que você inventa para<br />

contar para si próprio.<br />

LPB<br />

Un sueño es una historia que<br />

uno se inventa para contarla<br />

a sí mismo.<br />

A dream is a story you make<br />

up and then tell to yourself.<br />

2005<br />

Adormeço<br />

Me Duermo<br />

Falling Asleep<br />

Acrílica e crayon s/ mdf<br />

103,5 x 108,5 cm


“A madureza é tudo”.<br />

Shakespeare<br />

“La madurez lo es todo”.<br />

“Ripeness is all”.<br />

2004<br />

O Coração das Coisas<br />

El Corazón de las Cosas<br />

The Heart of Things<br />

Acrílica, betume e encáustica s/ compensado<br />

120 x 120 cm


Arquitetura é um continente abstrato<br />

para um conteúdo fi gurativo.<br />

LPB<br />

La Arquitectura es un continente abstracto para un contenido fi gurativo.<br />

Architecture is an abstract continent to a fi gurative content.<br />

2003<br />

Casa de Emigrantes (a partir de Santiago Sequeiros)<br />

Casa de Emigrantes (basado en Santiago Sequeiros)<br />

The Emigrant’s House (based on Santiago Sequeiros)<br />

Acrílica e encáustica s/ compensado<br />

160 x 220 cm


“…e beijos são um destino melhor que a sabedoria…”<br />

e. e. cummings<br />

“…y besos son un mejor<br />

destino que la sabiduría …”<br />

“…and kisses are a better<br />

fate than wisdom…”<br />

2001<br />

Dia dos Namorados<br />

Dia de los Enamorados<br />

Valentine’s Day<br />

Acrílica, betume e esmalte s/compensado<br />

56,5 x 81,5 cm


“O passado nunca é real.”<br />

Lawrence Durrell<br />

“El pasado nunca es real”<br />

“The past is never real”.<br />

2001<br />

Rapsódia sobre Dois Temas Antigos<br />

Rapsodia Sobre Dos Temas Antiguos<br />

Rhapsody on Two Ancient Themes<br />

Acrílica, crayon e óleo s/ tecido em compensado<br />

56 x 220 cm


“Há coisas que a gente não sabe<br />

nunca o que fazer com elas”.<br />

Mário Quintana<br />

“Hay cosas con las cuales<br />

las personas no saben nunca<br />

qué hacer con ellas”.<br />

“There are things which<br />

one never knows what<br />

to do with.”<br />

2005<br />

O Quarto das Gêmeas<br />

El Cuarto de las Mellizas<br />

The Twins Bedroom<br />

Acrílica s/ compensado<br />

81 x 210 cm


“O espaço está para a<br />

matéria assim como a alma<br />

está para a mente”.<br />

Lawrence Durrell<br />

“Lo que el espacio es para la materia, el alma es para la mente”.<br />

“What space is to matter, soul is to mind”.<br />

2005<br />

Espelho<br />

Espejo<br />

Mirror<br />

Acrílica e crayon s/ compensado<br />

70,5 x 160,5 cm


Tradução livre:<br />

o vento levou o teto.<br />

LPB<br />

Traducción libre:<br />

el viento se llevó el techo.<br />

Free translation:<br />

the wind took the roof away.<br />

2002<br />

Fukinuki Yatai<br />

Acrílica e betume s/ compensado<br />

105 x 177,5 cm


a<br />

2008<br />

Gabriela nº 3<br />

Acrílica e esmalte s/ compensado<br />

220 x 81 cm<br />

Beleza é o outro nome da palavra Sim.<br />

W.H. Auden<br />

Belleza es el otro nombre de la palabra Sí.<br />

Beauty is the other name of the word Yes.


“Na extrema concentração não há esforço”.<br />

Franz Kafka<br />

“En la concentración extrema no hay esfuerzo”.<br />

“In extreme concentration there is no effort”.<br />

2007<br />

Investigação Branda da Realidade<br />

Leve Investigación de la Realidad<br />

Mild Investigation of Reality<br />

Acrílica, crayon e lápis de cor s/ mdf<br />

54 x 211 cm


1997<br />

O Sol e a Lua<br />

El Sol y la Luna<br />

The Sun and the Moon<br />

Acrílica colagem e crayon s/ compensado<br />

124 x 120 cm<br />

Trayectoria nel límite<br />

entre el día y la noche:<br />

ojo, cabeza,<br />

corazón, espacio.<br />

Trajectory in the day/night<br />

boundary: eye, head,<br />

heart, space.<br />

Trajetória no limite entre o dia e a noite:<br />

olho, cabeça, coração, espaço.<br />

LPB


“O amor une e depois divide;<br />

se não, como iríamos crescer?”<br />

Lawrence Durrell<br />

“El amor une y después divide; si no, ¿cómo haríamos para crecer?”<br />

“Love joins and then divides; how else would we grow?”<br />

2006<br />

Rica e Solteira!<br />

Rica y Soltera!<br />

She´s Rich and Single!<br />

Acrílica, encáustica, óleo e nanquim s/ mdf<br />

115 x 276 cm


1986<br />

Mulher Apaixonada<br />

Mujer Enamorada<br />

Woman in Love<br />

Acrílica s/ madeira<br />

220 x 82 cm<br />

“Brasil es una República Federativa<br />

llena de árboles y de personas que<br />

dicen adiós”.<br />

“Brazil is a Federative Republic<br />

full of trees and people saying<br />

good-bye”.<br />

“O Brasil é uma República Federativa cheia<br />

de árvores e de gente dizendo adeus”.<br />

Oswald de Andrade


1983<br />

Parque Dom Pedro<br />

Parque Don Pedro<br />

Dom Pedro Park<br />

Acrílica s/ tela<br />

56 x 78 cm<br />

“Mesmo que todas as questões científi cas fossem<br />

respondidas, a questão humana não teria sido tocada”.<br />

Ludwig Wittgenstein<br />

Parafraseando: mesmo se todos os problemas sociais<br />

entre os sexos tivessem sido resolvidos, a questão<br />

homem/mulher não teria sido tocada.<br />

LPB<br />

“Aunque todas las preguntas<br />

científi cas fuesen respondidas,<br />

la cuestión humana no habría<br />

sido tocada”.<br />

Parafraseando: aún cuando<br />

se hubiesen resuelto todos los<br />

problemas sociales entre los<br />

sexos, la cuestión hombre/mujer<br />

no habría sido tocada.<br />

“Even though all scientifi c<br />

questions were answered, the<br />

human issue would not have<br />

been be tackled”.<br />

Paraphrasing: even though<br />

all social problems between<br />

genders were solved, the issue<br />

man/woman would not have<br />

been tackled.


A partir da pintura Greek Girls Playing at Ball<br />

(1888-89) de Frederic, Lord Leighton.<br />

A partir de la pintura Greek<br />

Girls Playing at Ball (1888-89),<br />

de Frederic, Lord Leighton.<br />

After the painting Greek Girls<br />

Playing at Ball (1888-89),<br />

by Frederic, Lord Leighton.<br />

2005<br />

As Miragens (a partir de Frederic, Lord Leighton)<br />

Los Espejismos (basado en Frederic, Lord Leighton)<br />

The Mirages (after Frederic, Lord Leighton)<br />

Acrílica s/ compensado<br />

90 x 220 cm


2004<br />

Uma Música Particular<br />

Una Música Particular<br />

A Private Music<br />

Acrílica s/ compensado<br />

117 x 99 cm


Jazz é para quem gosta de sexo<br />

e geometria em doses iguais.<br />

LPB<br />

El Jazz es para aquéllos<br />

que gustan del sexo y de la<br />

geometría en dosis iguales.<br />

Jazz is for those who like sex<br />

and geometry in equal doses.


Entreouvido de passagem, em uma<br />

letra de música:“... será que isto é real?<br />

Comparado a que?”<br />

LPB<br />

Oído al pasar, de la letra de<br />

una canción: “... ¿esto es<br />

real? ¿Comparado con qué?”<br />

Overheard by chance in a<br />

song’s lyrics: “... is this real?<br />

Comparing to what?”<br />

2003<br />

Lembrança de uma Lembrança<br />

Recuerdo de un Recuerdo<br />

Memory of a Memory<br />

Acrílica s/ compensado<br />

103,5 x 163 cm


Cronologia Cronología Chronology <strong>Baravelli</strong>


<strong>Baravelli</strong>, Luiz Paulo<br />

3 de outubro de 1942, São Paulo, SP, Brasil<br />

Cronologia<br />

Pintor, desenhista, gravador, artista visual,<br />

arquiteto, professor e cronista.<br />

1960/1962 – Estuda pintura e desenho na<br />

Fundação Armando Álvares Penteado – Faap<br />

1964/1966 – Estuda pintura e desenho com<br />

Wesley Duke Lee (1931)<br />

1964/1968 – Cursa arquitetura na<br />

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da<br />

Universidade de São Paulo – FAU/USP<br />

1966/1967 – Leciona desenho na Escola Superior<br />

de Desenho Industrial de Ribeirão Preto<br />

1967/1983 – Dá aulas de desenho e composição<br />

no Curso Universitário, São Paulo<br />

1970 – Funda a Escola Brasil, com<br />

Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e<br />

José Resende (1945), na qual atuam até 1974<br />

1971/1972 – Professor de desenho<br />

e composição no Instituto de<br />

Artes e Decoração – Iade<br />

1975/1976 – Co-editor da revista Malasartes<br />

1981/1983 – Co-editor da revista<br />

Arte em São Paulo<br />

1982 – Prêmio de melhor pintor pela<br />

Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA<br />

1985/1986 – Escreve crônicas para o<br />

jornal Folha de S.Paulo<br />

1985/1989 – Membro do Conselho de Arte<br />

e Cultura da Fundação Bienal de São Paulo<br />

1989 – Participa da curadoria coletiva da<br />

20ª Bienal Internacional de São Paulo<br />

1990 – Curador da exposição “70 Artistas”,<br />

Paço das Artes São Paulo<br />

1992 – Prêmio de melhor pintor,<br />

Associação Paulista de Críticos de Arte, APCA<br />

A partir de 1990 dedica-se exclusivamente<br />

à pintura, com participações ocasionais em cursos<br />

e debates e alguns artigos na imprensa.<br />

Cronología<br />

Pintor, dibujante, grabador, artista visual, arquitecto,<br />

profesor y cronista.<br />

1960/1962 – Estudia pintura y dibujo en la<br />

Fundación Armando Álvares Penteado – Faap<br />

1964/1966 – Estudia pintura y dibujo con<br />

Wesley Duke Lee (1931)<br />

1964/1968 – Cursa la carrera de arquitectura en<br />

la Facultad de Arquitectura y Urbanismo de la<br />

Universidad de San Pablo – FAU/USP<br />

1966/1967 – Enseña dibujo en la Escuela Superior<br />

de Dibujo Industrial de Ribeirão Preto<br />

1967/1983 – Da clases de dibujo y de composición<br />

en la Carrera Universitaria, San Pablo<br />

1970 – Funda la Escuela Brasil, con<br />

Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945)<br />

y José Resende (1945), en la que actúan<br />

hasta 1974<br />

1971/1972 – Profesor de dibujo y composición en el<br />

Instituto de Artes y Decoración – Iade<br />

1975/1976 – Co-editor de la revista Malasartes<br />

1981/1983 – Co-editor de la revista<br />

Arte en San Pablo<br />

1982 – Premio al mejor pintor por la Asociación<br />

Paulista de Críticos de Arte – APCA<br />

1985/1986 – Escribe crónicas para el diario<br />

Folha de S.Paulo<br />

1985/1989 – Miembro del Consejo de Arte y Cultura<br />

de la Fundación Bienal de San Pablo<br />

1989 – Participa de la curaduría colectiva de la 20ª<br />

Bienal Internacional de San Pablo<br />

1990 – Curador de la exposición “70 Artistas”, Paso<br />

de las Artes, San Pablo<br />

1992 – Premio al mejor pintor,<br />

Asociación Paulista de Críticos de Arte, APCA<br />

A partir de 1990 se dedica exclusivamente<br />

a la pintura, participando ocasionalmente<br />

de cursos y debates y escribiendo algunos<br />

artículos para la prensa.<br />

Chronology<br />

Painter, designer, engraver, visual artist,<br />

architect, teacher and columnist.<br />

1960/1962 – Studies painting and design at the<br />

Armando Álvares Penteado Foundation – Faap<br />

1964/1966 – Studies painting and design<br />

with Wesley Duke Lee (1931)<br />

1964/1968 – Makes the course of studies<br />

in Architecture at the School of<br />

Architecture and Urbanism of the<br />

University of São Paulo – FAU/USP<br />

1966/1967 – Teaches Design at the Upper School<br />

of Industrial Design of Ribeirão Preto<br />

1967/1983 – Teaches Design and Composition at<br />

the University Course of Studies, São Paulo<br />

1970 – Creates the School “Brasil” together with<br />

Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945)<br />

and, José Resende (1945), where they<br />

perform up to 1974<br />

1971/1972 – Design and Composition Teacher at<br />

the Institute of Arts and Decoration – Iade<br />

1975/1976 – Co-editor of the magazine Malasartes<br />

1981/1983 – Co-editor of the magazine<br />

Arte in São Paulo<br />

1982 – Best painter Award granted by the Paulista<br />

Association of Art Critics – APCA<br />

1985/1986 – He writes a column for the<br />

Folha de S. Paulo paper.<br />

1985/1989 – Member to the Council of Arts and<br />

Culture of the Biennial Foundation of São Paulo<br />

1989 – Participates in the collective curatorship of<br />

the 20th International Biennial of São Paulo<br />

1990 – Curator to the Exhibition “70 Artists”,<br />

Paço das Artes, São Paulo<br />

1992 – Best Painter Award<br />

Paulista Association of Art Critics, APCA<br />

As from 1990 he is exclusively devoted to painting,<br />

participating from time to time of seminars and<br />

debates, as well as writing some press articles


Exposições Individuais<br />

2008 – Série Preta – Galeria Penteado – Campinas, SP<br />

– Mulheres Verticais – AC Galeria de Arte – São Paulo, SP<br />

2007 – Galeria Marcelo Guarnieri – Ribeirão Preto, SP<br />

– Obras Inéditas – Espaço Cultural Citigroup – São Paulo, SP<br />

2004 – Galeria Múltipla de Arte – São Paulo, SP<br />

– Série dos Casais – Galeria Nara Roesler – São Paulo, SP<br />

2002 – Interior/Exterior – Galeria Nara Roesler – São Paulo, SP<br />

2000 – Objetos da Década de 60 – Galeria Múltipla de Arte – São Paulo, SP<br />

– Panoramas – Galeria Nara Roesler – São Paulo, SP<br />

1998 – Pinturas Recentes – Galeria Nara Roesler – São Paulo, SP<br />

1996 – Série Branca – Kolams Galeria de Arte – Belo Horizonte MG<br />

– Série Branca – Galeria Nara Roesler – São Paulo, SP<br />

1993 – “Deus” – Galeria São Paulo – São Paulo, SP<br />

1992 – <strong>Baravelli</strong>: 50 Anos – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

1991 – Galeria Documenta – São Paulo, SP<br />

– Lendas do Princípio – Galeria São Paulo – São Paulo, SP<br />

1989 – Galeria São Paulo – São Paulo, SP<br />

1987 – Série das Ovais – Galeria São Paulo – São Paulo, SP<br />

– Partes do Todo – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

1985 – Recortes Recentes – Galeria São Paulo – São Paulo, SP<br />

1984 – Galeria Tina Zappoli – Porto Alegre, RS<br />

– Galeria São Paulo – São Paulo, SP<br />

1982 – Pinturas sobre a Indeterminação – Paulo Figueiredo Galeria de Arte – São Paulo, SP<br />

1980 – Galeria Luisa Strina – São Paulo, SP<br />

1979 – Galeria Luisa Strina – São Paulo, SP<br />

1977 – Pinturas Recentes – Galeria Luisa Strina – São Paulo, SP<br />

1975 – Pinturas 72/75 – MAM / RJ – Rio de Janeiro, RJ<br />

1974 – Desenhos e Pinturas – Galeria Astréia – São Paulo, SP<br />

Exposições Coletivas<br />

2008 – After School – A Experiência Pictórica Brasileira<br />

Brasília – Ministério de Relações Exteriores – Itamaraty – Brasilia, DF<br />

Bruxelas – Galeria Marcantonio Villaça – Bruxelas, Bélgica<br />

Berlim – Espaço Cultural Embaixada do Brasil – Berlim, Alemanha<br />

Takayama – Hikaru Memorial Museum –Takayama, Japão<br />

2007 – A Imagem do Som da Música Popular Brasileira – Paço Imperial – Rio de Janeiro, RJ<br />

– Arte como Questão – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo, SP<br />

2005 – Arte em Metrópolis – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo, SP<br />

2004 – Bienais – Hotel Sofi tel São Paulo – São Paulo, SP<br />

– Novas Aquisições: 1995–2003 – MAB/Faap – São Paulo, SP<br />

– O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone – Itaú Cultural – São Paulo, SP<br />

2003 – Grupo Rex/Escola Brasil – MAM/RJ – Rio de Janeiro, RJ<br />

– Projeto Brazilianart – Almacén Galeria de Arte – Rio de Janeiro, RJ<br />

– A Subversão dos Meios – Itaú Cultural – São Paulo, SP<br />

– Compressores e Condensadores – Espaço Villa-Lobos do MAM – São Paulo, SP<br />

– Estética do Fluido – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

– Meus Amigos – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

2002 – Ceará Redescobre o Brasil – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – Fortaleza, CE<br />

– Caminhos do Contemporâneo 1952-2002 – Paço Imperial – Rio de Janeiro, RJ<br />

– Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte<br />

Contemporânea de Niterói – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo, SP<br />

– Múltiplos Brasileiros 30 Anos Depois – Galeria Múltipla de Arte – São Paulo, SP<br />

– Ópera Aberta: celebração – Casa das Rosas – São Paulo, SP<br />

– Portão 2 – Galeria Nara Roesler – São Paulo, SP<br />

– Quem Faz as Bienais – Galeria Múltipla de Arte – São Paulo, SP<br />

2001 – Museu de Arte Brasileira: 40 anos – MAB / Faap – São Paulo, SP<br />

– Arte Pará 2000 – Museu de Arte do Belém – Belém, PA<br />

– A Figura Humana na Coleção Itaú – Itaú Cultural – São Paulo, SP<br />

1999 – 8 Artistas Brasileiros – Sérgio Caribé Galeria de Arte – São Paulo, SP<br />

– Cotidiano/Arte. O Consumo – Paratodos – Itaú Cultural – São Paulo, SP<br />

– Transparências – Escritório de Arte Rosa Barbosa – São Paulo, SP<br />

1998 – Espelho da Bienal – MAC/Niterói – Niterói, RJ<br />

– A Arte de Expor Arte – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Acervo Galeria de Arte São Paulo – Galeria de Arte São Paulo – São Paulo, SP<br />

– Afi nidades Eletivas I: o olhar do colecionador – Casa das Rosas – São Paulo, SP<br />

– Arte Contemporânea – Sérgio Caribé Galeria de Arte – São Paulo, SP<br />

– Década de Setenta – Galeria de Arte São Paulo – São Paulo, SP<br />

– Figurações: 30 anos na arte brasileira – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

1996 – Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini – MAC/Niterói – Niterói, RJ<br />

– Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970 – MAC/USP –<br />

São Paulo, SP<br />

– Bandeiras – Galeria de Arte do Sesi – São Paulo, SP<br />

– 2ª United Artists: utopia – Casa das Rosas – São Paulo, SP<br />

1995 – Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco – MAM/RJ –<br />

Rio de Janeiro, RJ<br />

1994 – Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco – Casa da<br />

Cultura de Poços de Caldas – Poços de Caldas, MG<br />

– Bandeiras: 60 artistas homenageiam os 60 anos da USP – MAC/USP – São Paulo, SP


1994 – Bienal Brasil Século XX – Fundação Bienal – São Paulo, SP<br />

1992 – Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da USP – Casa da<br />

Cultura de Poços de Caldas – Poços de Caldas, MG<br />

– 1ª A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini – Paço Imperial – Rio de Janeiro, RJ<br />

– Brazilian Contemporary Art – EAV/Parque Lage – Rio de Janeiro, RJ<br />

– Coca-Cola 50 Anos com Arte – MAM/RJ – Rio de Janeiro, RJ<br />

– A Sedução dos Volumes: os tridimensionais do MAC – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

– Branco Dominante – Galeria de Arte São Paulo – São Paulo, SP<br />

– Coca-Cola 50 Anos com Arte – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

1991 – Nacional x Internacional na Arte Brasileira – Paço das Artes – São Paulo, SP<br />

1990 – 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea – Atami, Japão<br />

– 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea – Brasília, DF<br />

– 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea – Rio de Janeiro, RJ<br />

– 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea – Fundação Brasil-Japão – São Paulo, SP<br />

– O Múltiplo na Visão de <strong>Baravelli</strong>, Marcello Nitsche, Maria Bonomi, Noberto Nicola, Peticov e<br />

Vlavianos – Galeria Múltipla de Arte – São Paulo, SP<br />

– 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea – Sapporo, Japão<br />

– 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea – Tóquio, Japão<br />

1989 – 20º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Acervo Galeria São Paulo – Galeria de Arte São Paulo – São Paulo, SP<br />

1988 – 63/66 Figura e Objeto – Galeria Millan – São Paulo, SP<br />

– MAC 25 Anos: aquisições e doações recentes – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

1987 – 20ª Exposição de Arte Contemporânea – Chapel Art Show – São Paulo, SP<br />

1986 – Sin Brazilian Artists – Snug Harbor Cultural Center – Nova York, EUA<br />

– 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura – Paço Imperial – Rio de Janeiro, RJ<br />

– 17º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– A Paisagem na Visão de Aguilar, <strong>Baravelli</strong>, Granato, Marcello Nitsche, Tomoshigue – Galeria<br />

Múltipla de Arte – São Paulo, SP<br />

1985 – Brasilidade e Independência – Teatro Nacional Cláudio Santoro – Brasília, DF<br />

– Velha Mania: desenho brasileiro – EAV/Parque Lage – Rio de Janeiro, RJ<br />

– Destaques da Arte Contemporânea Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Tendências do Livro de Artista no Brasil – CCSP – São Paulo, SP<br />

– Today’s Art of Brazil – Hara Museum of Contemporary Art – Tóquio, Japão<br />

1984 – Madeira, Matéria de Arte – MAM/RJ – Rio de Janeiro, RJ<br />

– Viva a Pintura – Petite Galerie – Rio de Janeiro, RJ<br />

– As Dimensões Urbana e Industrial na Pintura Figurativa Paulista – Traço Galeria de Arte –<br />

São Paulo, SP<br />

– Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras – Fundação Bienal – São Paulo, SP<br />

1983 – 3 x 4 Grandes Formatos – Galeria do Centro Empresarial Rio – Rio de Janeiro, RJ<br />

– 14º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

1981 – 13º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Arte e Pesquisa – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

– Artistas Contemporâneos Brasileiros – Escritório de Arte São Paulo – São Paulo, SP<br />

1980 – 12º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Arte e Pesquisa – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

1979 – 11º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Volta à Figura: década de 60 – Museu Lasar Segall – São Paulo, SP<br />

1978 – 15 Jovens Artistas do Brasil – Museo de Arte Moderno de Buenos Aires – Buenos Aires,<br />

Argentina<br />

– Quatro Artistas Brasileños – Caracas, Venezuela<br />

– 10º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– 15 Jovens Artistas do Brasil – MAB/Faap – São Paulo, SP<br />

1978 – O Objeto na Arte: Brasil anos 60 – MAB/Faap – São Paulo, SP<br />

1977 – 5º Salão Global de Inverno – Fundação Palácio das Artes – Belo Horizonte, MG<br />

– 9º Panorama da Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

1976 – Arte Agora I – MAM/RJ – Prêmio Aquisição Light – Rio de Janeiro, RJ<br />

1975 – 7º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

1974 – 9º Salão de Arte Contemporânea de Campinas – MACC – Campinas, SP<br />

– 6º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Galeria Luisa Strina: mostra inaugural – Galeria Luisa Strina – São Paulo, SP<br />

1973 – 5º Salão Global de Inverno – Fundação Palácio das Artes – Belo Horizonte MG<br />

– 5º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

1972 – Luiz Paulo <strong>Baravelli</strong>, Frederico Nasser, José Resende e Carlos Fajardo – Galeria da Missão<br />

Cultural Brasileira – Assunção, Paraguai<br />

– 4º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

– Arte Brasil/Hoje: 50 anos depois – Galeria da Collectio – São Paulo, SP<br />

– Mostra de Arte Sesquicentenário da Independência e Brasil Plástica – 72 – Fundação<br />

Bienal – São Paulo, SP<br />

– Múltiplos Brasileiros – Galeria Múltipla de Arte – São Paulo, SP<br />

1971 – 3º Panorama de Arte Atual Brasileira – MAM/SP – São Paulo, SP<br />

1970 – <strong>Baravelli</strong>, Fajardo, Nasser, Resende – MAM/RJ – Rio de Janeiro, RJ<br />

– <strong>Baravelli</strong>, Fajardo, Nasser, Resende – MAC/USP – São Paulo, SP<br />

1968 – <strong>Baravelli</strong>, Fajardo, Nasser, Resende – Petite Galerie – Rio de Janeiro, RJ<br />

– <strong>Baravelli</strong>, Fajardo, Nasser, Resende – Galeria Art-Art – São Paulo, SP<br />

Bienais<br />

1991 – 4ª Bienal de Havana – sala especial – Havana, Cuba<br />

1989 – 20ª Bienal Internacional de São Paulo – Fundação Bienal – São Paulo, SP<br />

1984 – 41ª Bienal de Veneza – Veneza, Itália<br />

1983 – 17ª Bienal Internacional de São Paulo – Fundação Bienal – São Paulo, SP<br />

1967 – 9ª Bienal Internacional de São Paulo – Fundação Bienal – Prêmio Aquisição Itamaraty –<br />

São Paulo, SP<br />

Salões<br />

1992 – Premiado nos Salões de Arte Contemporânea de Campinas – MACC – Campinas, SP<br />

– 7º Salão Brasileiro de Arte – Fundação Mokiti Okada M.O.A. – São Paulo, SP<br />

1977 – 5º Salão Global de Inverno – Fundação Cultural do Distrito Federal – Brasília, DF<br />

– 5º Salão Global de Inverno – MNBA – Rio de Janeiro, RJ<br />

1972 – Brasil Plástica 72 – sala especial – Fundação Bienal – prêmio aquisição – São Paulo, SP<br />

1967 – 1ª Jovem Arte Contemporânea – MAC/USP – São Paulo, SP


Global Crossing Coleção Colección Collection<br />

1992 1993 1994<br />

Ah! Se Tivesse Sabido, pinturas de<br />

Hermenegildo Sábat, artista plástico<br />

uruguaio, frases recopiladas, 5000<br />

exemplares. Reedição em 1999, 4000<br />

exemplares.<br />

Haberlo Sabido Antes, pinturas de<br />

Hermenegildo Sábat, artista plástico<br />

uruguaio, frases recopiladas, 5000<br />

exemplares. Reedição em 1999, 4000<br />

exemplares.<br />

Ah! If I Had Know Before, paintings by<br />

Hermenegildo Sábat, uruguayan artist,<br />

compiled phrases. 5000 copies. Reprint<br />

in 1999, 4000 copies.<br />

1995<br />

Um Dicionário de Sabedoria, pinturas<br />

de Gustavo Salamea, artista plástico<br />

colombiano, frases recopiladas.<br />

7000 exemplares.<br />

Un Diccionario de Sabiduría, pinturas<br />

de Gustavo Salamea, artista plástico<br />

colombiano, frases recopiladas.<br />

7000 ejemplares.<br />

A Dictionary of Wisdom, paintings by<br />

Gustavo Salamea, colombian artist,<br />

compiled phrases. 7000 copies.<br />

Natura I, fotografi as de lugares típicos<br />

de regiões da América Latina, poesia.<br />

5000 exemplares.<br />

Natura I, fotografías de lugares típicos<br />

de regiones de Latinoamérica, poesía.<br />

5000 ejemplares.<br />

Natura I, photography of typical regions<br />

of Latin American, poetry.<br />

5000 copies.<br />

1996<br />

Os Versos do Capitão, poemas de<br />

Pablo Neruda e pinturas de Raúl Soldi,<br />

artista plástico argentino.<br />

8000 exemplares.<br />

Los Versos del Capitán, poemas de<br />

Pablo Neruda, escritor chileno y pinturas<br />

de Raúl Soldi, artista plástico argentino.<br />

8000 ejemplares.<br />

The Captains Verses, poetry by Pablo<br />

Neruda, chilean writer and paintings by<br />

Raúl Soldi, argentinian artist.<br />

8000 copies.<br />

O Outro, A Outra e a “Outredade”, pinturas<br />

de Luis Felipe Noé, artista plástico<br />

argentino, frases recopiladas.<br />

7000 exemplares.<br />

El Otro, la Otra y la Otredad, pinturas de<br />

Luis Felipe Noé, artista plástico argentino,<br />

frases recopiladas.<br />

7000 ejemplares.<br />

Others, The Other and the Otherness,<br />

paintings by Luis Felipe Noé, argentinian<br />

artist, compiled phrases.<br />

7000 copies.<br />

1997<br />

Alquimia de Nosso Tempo, pinturas<br />

e textos de Pedro León Zapata, artista<br />

plástico venezuelano.<br />

10.000 exemplares.<br />

La Alquimia de Nuestro Tiempo,<br />

pinturas y textos de Pedro León Zapata,<br />

artista plástico venezolano.<br />

10.000 ejemplares.<br />

Alquimy of our Time, paintings and texts<br />

by Pedro León Zapata, venezuelan artist.<br />

10.000 copies.<br />

1998<br />

A Vida Bate, pinturas de Sirón Franco<br />

artista plástico brasileiro e poesias de<br />

Ferreira Gullar, escritor brasileiro.<br />

16.000 exemplares.<br />

La Vida Late, pinturas de Sirón Franco<br />

artista plástico brasileño y poesías de<br />

Ferreira Gullar, escritor brasileño.<br />

16.000 ejemplares.<br />

Life Beats, paintings by Sirón Franco,<br />

brazilian artist and poetry by Ferreira Gullar,<br />

brazilian writer. 16.000 copies.<br />

Os Artistas do Futuro, desenhos e<br />

frases de crianças entre 6 e 14 anos, de<br />

sete países latino-americanos.<br />

7000 exemplares.<br />

Los Artistas del Futuro, dibujos y frases<br />

de niños entre 6 y 14 años, de siete<br />

países latinoamericanos.<br />

7000 ejemplares.<br />

The Artists of the Future, drawings and<br />

phrases of 6 to 14 years old kids, from<br />

seven latin american countries.<br />

7000 copies.<br />

1999<br />

2003 2004<br />

Amor é Mais Labirinto, poemas de Sor<br />

Juana Inés de la Cruz, escritora mexicana<br />

e pinturas de Jorge Marín, artista<br />

plástico mexicano.<br />

12.000 exemplares.<br />

Amor es Más Laberinto, poemas de Sor<br />

Juana Inés de la Cruz, escritora mexicana<br />

y pinturas de Jorge Marín, artista<br />

plástico mexicano.<br />

12.000 ejemplares.<br />

Love is More Labyrinth, poetry by Sor<br />

Juana Inés de la Cruz, Mexican Writer<br />

and paintings by Jorge Marín, mexican<br />

artist. 12.000 copies.<br />

Os Habitantes do Outro Lado,<br />

pinturas de Carlos Revilla, radicado<br />

no Peru, textos de M. Vargas Llosa,<br />

C. Herrera, C. Calvo e A. Cisneros.<br />

7800exemplares.<br />

Los Habitantes de Otro Lado, pinturas<br />

de Carlos Revilla, radicado en Perú, textos<br />

de M. Vargas Llosa, C. Herrera,<br />

C. Calvo y A. Cisneros. 7800 ejemplares.<br />

The Inhabitants from the Other Side,<br />

paintings by Carlos Revilla, Perú, texts<br />

by M.Vargas Llosa, C. Herrera, C. Calvo<br />

and A. Cisneros. 7800 copies.<br />

2000<br />

Teatro Popular, pinturas de Ricardo<br />

Cinalli, artista plástico argentino e textos<br />

de Rodolfo Rabanal, Renato Rita e<br />

Raul Santana. 15.000 exemplares.<br />

Teatro Popular, pinturas de Ricardo<br />

Cinalli, artista plástico argentino y textos<br />

de Rodolfo Rabanal, Renato Rita y<br />

Raúl Santana. 15.000 ejemplares.<br />

Popular Theater, paintings by Ricardo<br />

Cinalli, argentinian artist and texts by<br />

Rodolfo Rabanal, Renato Rita and<br />

Raul Santana. 15.000 copies.<br />

2006<br />

Café Extrésse, pinturas de Carlos<br />

Rosero, artista plástico equatoriano,<br />

textos de Susana Mariño, Marco Antonio<br />

Rodríguez e Manuel Esteban Mejía.<br />

7000 exemplares.<br />

Café Extréss, pinturas de Carlos Rosero,<br />

artista plástico ecuatoriano, textos de<br />

Susana Mariño, Marco Antonio Rodríguez<br />

y Manuel Esteban Mejía. 7000 ejemplares.<br />

Coffee Extress, paintings by Carlos<br />

Rosero, ecuatorian artist, texts by Susana<br />

Mariño, Marco Antonio Rodríguez and<br />

Manuel Esteban Mejía. 7000 copies.<br />

2002<br />

De Sonhos e Mares..., pinturas de<br />

Alberto Thormann e textos de Ezequiel<br />

Garma Feijóo. 7000 exemplares.<br />

De Sueños y Mares..., pinturas de<br />

Alberto Thormann y textos de Ezequiel<br />

Garma Feijóo. 7000 ejemplares.<br />

Of Dreams and Seas..., paintings by<br />

Alberto Thormann and texts by Ezequiel<br />

Garma Feijóo. 7000 copies.<br />

2007<br />

Mundo Imaginável, óleos e aquarelas<br />

de Gonzalo Cienfuegos, artista plástico<br />

chileno, textos de Pedro Celedón.<br />

7000 exemplares.<br />

Mundo Imaginable, oleos y acuarelas<br />

de Gonzalo Cienfuegos, artista plástico<br />

chileno, textos de Pedro Celedón.<br />

7000 ejemplares.<br />

Imaginable World, paintings and watercolors<br />

by Gonzalo Cienfuegos, chilean<br />

artist, texts by Pedro Celedón.<br />

7000 copies.


Glossário Glosario Glossary<br />

Pequeno glossário das técnicas e dos materiais usados<br />

por <strong>Baravelli</strong> nos seus trabalhos.<br />

Pequeño glosario sobre las técnicas y los materiales<br />

usados por <strong>Baravelli</strong> en sus trabajos<br />

Short glossary of the techniques and materials used<br />

by <strong>Baravelli</strong> in his works<br />

Acrílica / Acrílico / Acrylic<br />

Betume / Betún / Bitumen<br />

Colagem / Encolado / Collage<br />

Compensado / Compensado / Plywood<br />

Crayon / Crayón / Crayon<br />

Encáustica / Encáustica / Encaustic<br />

Esmalte / Esmalte / Enamel<br />

Laminado / Laminado / Laminate<br />

Lápis de cor / Lápiz de Color / Colored Pencil<br />

Madeira / Madera / Wood<br />

Massa acrílica / Masa Acrílica / Acrylic Paste<br />

Mdf / Mdf / Mdf<br />

Nanquim / Tinta China / Indian Ink<br />

Óleo / Óleo / Oil<br />

Painel / Panel / Panel<br />

Pigmento / Pigmento / Pigment<br />

Tecido / Tejido / Fabric


Editora Responsável<br />

Paula Vivo<br />

Produção<br />

Ana <strong>Baravelli</strong><br />

Design e Diagramação<br />

BVDA/Brasil Verde<br />

Direção de Arte<br />

Carlo Zuffellato e<br />

Paulo Humberto L. de Almeida<br />

Texto<br />

Olívio Tavares de Araújo<br />

Versões para inglês e espanhol<br />

Juan E. Girado<br />

Fotografi a<br />

Claudio Wakarara<br />

Pre-press e impressão<br />

Biblos<br />

Copyright<br />

Global Crossing 2008<br />

São Paulo, Brasil<br />

Este livro foi impresso em novembro de 2008<br />

na Gráfi ca Biblos SA, em Lima, Peru.<br />

Tiragem de 7.000 exemplares.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!