13.06.2015 Views

Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...

Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...

Anais do 7º Congresso - Centro Universitário Belas Artes de São ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA<br />

Reitor .............................................................<br />

Paulo Antonio Gomes Cardim<br />

Chanceler ...................................................... Vicente Di Gra<strong>do</strong> (in memoriam)<br />

Diretora-Administrativa .................................. Maria Lúcia <strong>de</strong> Oliveira Gomes Cardim<br />

Supervisor-Acadêmico ................................... Alexandre Luiz Degani Estolano<br />

CENTRAL DE ORIENTAÇÃO À PESQUISA<br />

Coor<strong>de</strong>nação ................................................ Maria Augusta Justi Pisani<br />

Secretária .................................................... Ana Paula Pinto Gomes


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

11 e 12 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008<br />

SÃO PAULO


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica (7.: 2008: São Paulo)<br />

<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Organização: Maria Augusta Justi Pisani<br />

São Paulo, FEBASP, 2008. p.: 30cm<br />

ISBN: xxxxxxxxxxx<br />

Capa:<br />

Revisão <strong>de</strong> texto: João <strong>de</strong> Oliveira<br />

Diagramação: Ana Paula Pinto Gomes/<br />

1. Iniciação Científica. 2. Pesquisa. I <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo. II Pisani,<br />

Maria Augusta Justi


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Índice<br />

Iniciação Científica<br />

Arquitetura Industrial em São Paulo<br />

A I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e a valorização <strong>de</strong> elementos formais da Arquitetura e <strong>do</strong> Urbanismo<br />

por meio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho à mão livre - uma leitura histórica contemporânea<br />

A Construção como Arte<br />

Ensino <strong>de</strong> Desenho <strong>de</strong> Expressão para a formação <strong>do</strong> Arquiteto e Urbanista<br />

Materiais para uma arquitetura sustentável na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Estrutura sócio-espacial <strong>de</strong> um bairro industrial: Mooca, alterações recentes entre a<br />

ferrovia e as Indústrias<br />

Reconstrução da cida<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>molições<br />

Bacharela<strong>do</strong> em <strong>Artes</strong> Visuais<br />

Professor Artista: Evandro Carlos Jardim<br />

Desenho Expandi<strong>do</strong>: diálogos e contaminações<br />

Espacialida<strong>de</strong>s audiovisuais<br />

Cada um tem o cinema que merece – relações entre a memória e o audiovisual<br />

Bacharela<strong>do</strong> Design <strong>de</strong> Interiores<br />

O Design <strong>de</strong> Interiores para as classes menos favorecidas<br />

A Relação <strong>do</strong>s espaços com pessoas que moram sozinhas<br />

Avaliação comportamental em i<strong>do</strong>sos a partir <strong>de</strong> mudanças no interior <strong>de</strong> uma<br />

habitação em comum<br />

Multiculturalismo nos Interiores – análise das casas <strong>de</strong> Sig Bergamin<br />

Circo.Mov


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Circo.Doc<br />

Arte na Banca: A cultura em brochura- estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> recepção<br />

Teoria das cores: o laranja <strong>do</strong> Itaú S/A<br />

A comunicação publicitária da ONG Projeto Tesourinha – um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso<br />

Responsabilida<strong>de</strong> social na gestão das marcas<br />

Responsabilida<strong>de</strong> social ou marketing social? Ética na gestão <strong>de</strong> projetos sociais<br />

O Profissional <strong>de</strong> relações públicas além da responsabilida<strong>de</strong> social<br />

O uso <strong>do</strong> marketing cultural como ferramenta <strong>de</strong> relações públicas<br />

A Construção da imagem da mulher na socieda<strong>de</strong> contemporânea pela publicida<strong>de</strong><br />

Responsabilida<strong>de</strong> social na perspectiva da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo na Zona<br />

Leste<br />

A Linguagem <strong>do</strong> slogan: o jargão popular inspira a criação <strong>do</strong> slogan publicitário<br />

Adaptação <strong>de</strong> obras literárias para televisão: estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso: Os Maias e a Pedra<br />

<strong>do</strong> Reino<br />

TV digital: um estu<strong>do</strong> sobre as novas formas <strong>de</strong> comunicação, a integração com a<br />

gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res e as oportunida<strong>de</strong>s para os profissionais <strong>de</strong><br />

propaganda<br />

TV digital: novas fronteiras culturais e merca<strong>do</strong>lógicas<br />

Comerciais <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil: as relações entre a linguagem audiovisual e o<br />

discurso publicitário<br />

A espetacularização da pobreza pelos meios <strong>de</strong> comunicação<br />

A estética visual <strong>do</strong>s cartazes da Companhia <strong>de</strong> Teatro Profissional “Os Satyros” –<br />

2000 e 2001<br />

A Presença <strong>de</strong> novos coeficientes nas artes gráficas advin<strong>do</strong>s da Semana <strong>de</strong> Arte<br />

Mo<strong>de</strong>rna<br />

Inventivida<strong>de</strong> tropicalista no <strong>de</strong>sign gráfico brasileiro


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A poética da observação na meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> projeto<br />

Poéticas da linguagem <strong>do</strong> cinema e ví<strong>de</strong>o experimental<br />

A construção da Marca Brasil aplicada ao <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produtos<br />

Brand Design e Brand Experience<br />

Moda e arte: O contexto das vanguardas históricas e a interface entre Elsa<br />

Schiaparelli e Salva<strong>do</strong>r Dali<br />

Moulage e figurino: a construção criativa na linguagem teatral<br />

Gustav Klimt e Emilie Floge: a ousadia da arte e da moda na Belle Époque<br />

Mackintosh: artista, arquiteto e <strong>de</strong>signer<br />

Gestão <strong>de</strong> moda e inclusão social<br />

Gestão <strong>de</strong> negócios e sustentabilida<strong>de</strong> no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> moda<br />

Trajes especiais para <strong>de</strong>ficientes físicos e visuais<br />

Preconceito <strong>de</strong> moda<br />

A Ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong>cente e estimula<strong>do</strong>ra no <strong>de</strong>spertar da leitura e interpretação <strong>de</strong><br />

mun<strong>do</strong>, pelo processo criativo e expressivo da arte<br />

Mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong> comportamento eleitoral das eleições presi<strong>de</strong>nciais brasileira e<br />

Norte-Americana<br />

Comparação <strong>do</strong> perfil <strong>de</strong> comportamento eleitoral <strong>do</strong>s eleitores brasileiros e norteamericanos<br />

Gestão estratégica da integração física sul-americana<br />

A energia como fator <strong>de</strong> integração da América Latina<br />

Brasil, Venezuela e Mercosul no imaginário da política externa <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

PESQUISA SOBRE O PROCESSO DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA<br />

No VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo, a COP<br />

– Central <strong>de</strong> Orientação à Pesquisa, apresenta com orgulho os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mais um ano <strong>de</strong><br />

pesquisa.<br />

Os 53 trabalhos ora apresenta<strong>do</strong>s reúne o que há <strong>de</strong> mais sóli<strong>do</strong> em pesquisa nesta instituição, nas<br />

áreas <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo, Bacharela<strong>do</strong> e Licenciatura em <strong>Artes</strong> Visuais, Comunicação<br />

Social, Design, Design <strong>de</strong> Interiores, Design <strong>de</strong> Moda, Relações Internacionais e Formação <strong>de</strong><br />

Professores.<br />

No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2002 a 2008 foram realiza<strong>do</strong>s 258 trabalhos, <strong>de</strong> forma ininterrupta, com fomento da<br />

FEBASP, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> a importância da pesquisa na Instituição.<br />

Neste ano aplicou-se um questionário sobre a Iniciação Científica para os pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 a agosto <strong>de</strong> 2008; as respostas foram registradas em gráficos que<br />

representam os resulta<strong>do</strong>s: (total <strong>de</strong> questionários respondi<strong>do</strong>s: 45)<br />

O gráfico 01abaixo indica o número <strong>de</strong> alunos na vertical e o grau <strong>de</strong> satisfação quanto ao seu<br />

envolvimento na elaboração e <strong>de</strong>talhamento <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Envolvimento <strong>do</strong> aluno no projeto <strong>de</strong> pesquisa<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O gráfico 2 a seguir mostra o número <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res relaciona<strong>do</strong>s ao grau <strong>de</strong> satisfação com a<br />

meto<strong>do</strong>logia empregada na pesquisa.<br />

Meto<strong>do</strong>logia A<strong>do</strong>tada<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo<br />

No gráfico 3 abaixo os pesquisa<strong>do</strong>res apontam quais foram os recursos utiliza<strong>do</strong>s durante o item<br />

“pesquisa bibliográfica” registra<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os projetos <strong>de</strong> pesquisa como um <strong>do</strong>s recursos da<br />

meto<strong>do</strong>logia.<br />

Pesquisa bibliográfica<br />

Normas ABNT<br />

Artigos na Internet<br />

Apostilas<br />

Revistas<br />

Catálogos<br />

Teses e Dissertações<br />

Livros<br />

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Os resulta<strong>do</strong>s apontam que a totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s (45) utilizou livros como fonte nas<br />

pesquisas e o segun<strong>do</strong> lugar coube aos recursos da internet com 42 respostas positivas. Nota-se o<br />

uso significativo <strong>de</strong> normas técnicas e isto se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> a Biblioteca <strong>do</strong> <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong><br />

disponibilizá-las on-line aos seus alunos. O recurso menos utiliza<strong>do</strong> foram as apostilas (impressas)<br />

e o motivo é facilmente verifica<strong>do</strong> nos catálogos das Bibliotecas, pois estão em número cada vez<br />

mais reduzi<strong>do</strong> em relação aos <strong>de</strong>mais recursos bibliográficos.<br />

O gráfico 4 abaixo mostra que o número <strong>de</strong> alunos que utilizaram a pesquisa <strong>de</strong> campo como<br />

recurso meto<strong>do</strong>lógico foi significativo, com prevalência para o levantamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s in loco.<br />

Pesquisas <strong>de</strong> Campo<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Fotografia Visita Levantamento


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O gráfico 5 abaixo representa a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> questionários que foram aplica<strong>do</strong>s nas respectivas<br />

pesquisas e quem os preparou.<br />

Preparação <strong>de</strong> entrevista<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Prepara<strong>do</strong> pelo<br />

aluno<br />

Prepara<strong>do</strong> pelo<br />

professor<br />

Prepara<strong>do</strong> pelo<br />

aluno e professor<br />

Prepara<strong>do</strong> por<br />

outro<br />

O gráfico 6 a seguir <strong>de</strong>monstra a participação <strong>do</strong>s alunos pesquisa<strong>do</strong>res em diferentes eventos<br />

técnico-científicos, internos e externos ao <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong>.<br />

Participação em eventos<br />

Viagens Culturais<br />

Seminário/Simpósio<br />

Exposições<br />

Cursos<br />

Palestras<br />

0 2 4 6 8 10 12 14 16


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O gráfico 7 a seguir apresenta o grau <strong>de</strong> satisfação com o cronograma das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa.<br />

Nota-se que apesar da COP receber verbalmente muitas reclamações <strong>do</strong>s prazos <strong>de</strong> entrega,<br />

nenhum pesquisa<strong>do</strong>r o consi<strong>de</strong>rou abaixo <strong>de</strong> regular, com pre<strong>do</strong>minância <strong>do</strong> conceito “bom”.<br />

Cronograma <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> proposto<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo<br />

O gráfico 8 abaixo i<strong>de</strong>ntifica o grau <strong>de</strong> satisfação <strong>do</strong>s alunos pesquisa<strong>do</strong>res com o <strong>de</strong>sempenho da<br />

COP – Central <strong>de</strong> Orientação à Pesquisa, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o atendimento durante todas as fases <strong>de</strong><br />

trabalho, <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> pesquisa à publicação.<br />

Atendimento <strong>do</strong> Departamento Iniciação Científica<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

Péssimo Ruim Regular Bom Ótimo


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

No gráfico 9 a seguir são relaciona<strong>do</strong>s os diversos recursos que os alunos utilizaram durante a<br />

produção <strong>de</strong> suas pesquisas.<br />

Benefícios adquiri<strong>do</strong>s no Processo <strong>de</strong> Pesquisa<br />

Pesquisa em trabalhos <strong>de</strong> alunos<br />

Levantamento Fotografico em livros<br />

Utilização <strong>de</strong> equipamentos e máquinas em laboratórios<br />

Utilização <strong>de</strong> normas técnicas<br />

Levantamento <strong>de</strong> campo<br />

Aplicação <strong>de</strong> questionário<br />

Elaboração <strong>de</strong> questionário<br />

Fotografias<br />

Elaboração <strong>de</strong>senhos<br />

Pesquisas Web<br />

Pesquisas bibliográficas<br />

Contatos com os pesquisa<strong>do</strong>res<br />

Elaboração <strong>de</strong> apresentações<br />

Conhecimento especifico <strong>do</strong> tema<br />

Elaboração <strong>de</strong> artigo<br />

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45<br />

Esta avaliação <strong>de</strong>monstra que o programa <strong>de</strong> Iniciação Científica tem alcança<strong>do</strong> bons resulta<strong>do</strong>s e<br />

os envolvi<strong>do</strong>s apresentam-se satisfeitos. Mas, o objetivo da COP é continuar aprimoran<strong>do</strong> seu<br />

<strong>de</strong>sempenho, pois consi<strong>de</strong>ra a pesquisa um fator primordial no processo ensino-aprendizagem.<br />

E ao término <strong>de</strong> mais um ano <strong>de</strong> proveitosos resulta<strong>do</strong>s, nossos agra<strong>de</strong>cimentos à Mantene<strong>do</strong>ra,<br />

às Coor<strong>de</strong>nações, aos Professores, aos alunos, à Biblioteca e a to<strong>do</strong>s os funcionários que se<br />

empenharam para garantir a qualida<strong>de</strong> das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e divulgação.<br />

São Paulo, setembro <strong>de</strong> 2008<br />

Profª. Drª. Maria Augusta Justi Pisani


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

INICIAÇÃO CIENTÍFICA


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

ARQUITETURA E URBANISMO


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ARQUITETURA INDUSTRIAL EM SÃO PAULO<br />

Andre Casari Favero<br />

Dilenia Oliveira Reis<br />

Eddie Humberto Giovannini Consorte<br />

Giovani Chrysostomo Gragnani<br />

Monique Simoni Pujiz<br />

Tales Alexandro Miguel Miranda<br />

Prof. Dr. A<strong>de</strong>mir Pereira <strong>do</strong>s Santos (orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Este estu<strong>do</strong> tem como objetivo realizar o levantamento <strong>de</strong> exemplares representativos da<br />

arquitetura industrial em São Paulo, contemplan<strong>do</strong> os aspectos históricos e estéticos relaciona<strong>do</strong>s<br />

ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urbano. Preten<strong>de</strong>-se abordar a partir <strong>de</strong>ste levantamento a<br />

arquitetura das indústrias como uma tipologia importante para a configuração da cida<strong>de</strong> e da<br />

metrópole paulistana. O procedimento contemplou basicamente a catalogação por meio <strong>de</strong> uma<br />

ficha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação e análise. As fichas contêm informações verbais e visuais (fotografia <strong>de</strong> época<br />

e atuais, mapas e plantas) sobre cada empresa selecionada. Tais informações assim reunidas<br />

permitiram a reflexão sobre a tipologia arquitetônica, os impactos urbanísticos e a história das<br />

empresas.<br />

OBJETIVOS<br />

Produzir o estu<strong>do</strong> histórico e cartográfico sobre a urbanização associada à industrialização <strong>de</strong> São<br />

Paulo, focan<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> tipológico da arquitetura industrial.<br />

- Relacionar o processo <strong>de</strong> urbanização à industrialização geran<strong>do</strong> uma cronologia composta <strong>de</strong><br />

etapas e fases históricas associadas à história econômica brasileira e paulista.<br />

- I<strong>de</strong>ntificar as áreas (bairros, regiões...) e os vetores espaciais (ferrovias, ro<strong>do</strong>vias...) que<br />

condicionaram o processo <strong>de</strong> industrialização paulistano.<br />

- I<strong>de</strong>ntificar as filiações estilísticas e tipológicas <strong>de</strong> conjuntos e obras para fins industriais, a partir da<br />

análise das relações entre os diversos setores industriais e os espaços fabris requeri<strong>do</strong>s em cada<br />

etapa ou fase histórica.<br />

- Catalogar por meio <strong>de</strong> uma ficha <strong>de</strong> cadastro e análise as indústrias e obras representativas das<br />

diferentes etapas <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> industrialização paulistana (1860 – 2000).


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

A bibliografia sobre a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo é volumosa e a primeira parte <strong>do</strong> trabalho consistiu em<br />

selecioná-la e ler os principais livros e autores que abordaram a industrialização e a sua relação<br />

com o processo <strong>de</strong> urbanização.<br />

Os mapas e plantas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo constituem-se em importantes <strong>do</strong>cumentos e nos<br />

ajudaram a compreen<strong>de</strong>r as relações entre a urbanização e a implantação das indústrias.<br />

A partir da visualização e <strong>do</strong> entendimento <strong>do</strong> processo histórico foi possível fazer um breve<br />

histórico cartográfico da morfologia da metrópole paulistana, on<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>stacadas as<br />

condicionantes e as características da industrialização.<br />

Os da<strong>do</strong>s censitários <strong>do</strong>s principais fatores (<strong>de</strong>mográficos, econômicos e políticos) que integram o<br />

processo <strong>de</strong> industrialização e <strong>de</strong> urbanização também foram reuni<strong>do</strong>s e complementaram a<br />

análise histórica da formação e das transformações recentes da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Num segun<strong>do</strong> momento, as indústrias representativas foram catalogadas por meio <strong>de</strong> uma ficha <strong>de</strong><br />

análise e i<strong>de</strong>ntificação. Nesta ficha constam campos para i<strong>de</strong>ntificar os aspectos técnicos,<br />

quantitativos (aspectos físicos) e qualitativos (conceituais), bem como, informações como a autoria<br />

<strong>do</strong> projeto, os construtores, a localização, as técnicas construtivas e os materiais utiliza<strong>do</strong>s.<br />

RESULTADOS<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento urbano recente da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong> Brasil esteve<br />

diretamente liga<strong>do</strong> ao processo <strong>de</strong> industrialização verifica<strong>do</strong> a partir das últimas décadas <strong>do</strong> século<br />

XIX, associa<strong>do</strong> ao êxito da cafeicultura. No entanto, a preservação da memória urbana, expressa<br />

nos testemunhos e particularmente para o enfoque <strong>de</strong>ste trabalho, nos edifícios preserva<strong>do</strong>s como<br />

patrimônio cultural, quase não contempla os edifícios industriais, sobressain<strong>do</strong> as residências, os<br />

edifícios públicos.<br />

Esta pesquisa procurou i<strong>de</strong>ntificar os edifícios industriais representativos <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

processo <strong>de</strong> industrialização (1860-2000), contribuin<strong>do</strong> para a valorização cultural da arquitetura<br />

industrial como parte importante da preservação da memória urbana paulista e paulistana.<br />

Percebeu-se que se trata <strong>de</strong> uma tipologia pouco valorizada pelos órgãos <strong>de</strong> tombamento. No<br />

entanto, as indústrias estão na origem <strong>do</strong> próprio processo <strong>de</strong> urbanização. Procurou-se i<strong>de</strong>ntificar<br />

também a arquitetura industrial como experimentação artística, relacionan<strong>do</strong> a linguagem <strong>do</strong>s<br />

edifícios com os movimentos estilísticos verifica<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> século XX, especialmente o<br />

Movimento Mo<strong>de</strong>rno.<br />

A partir da leitura da bibliografia concluiu-se que o processo <strong>de</strong> industrialização estuda<strong>do</strong> esteve<br />

liga<strong>do</strong> diretamente à configuração física da atual metrópole paulistana, sen<strong>do</strong> a cafeicultura o<br />

principal fator <strong>de</strong> sua propulsão inicial. A cafeicultura proporcionou a implantação e o crescimento<br />

da malha ferroviária, que num primeiro momento, atraiu as indústrias, vilas e bairros operários para


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

sua proximida<strong>de</strong>, facilitan<strong>do</strong> o transporte <strong>de</strong> matéria-prima, <strong>de</strong> acesso da mão-<strong>de</strong>-obra e <strong>do</strong><br />

escoamento <strong>do</strong>s produtos industrializa<strong>do</strong>s. Este processo <strong>de</strong>senvolveu-se com maior intensida<strong>de</strong> a<br />

partir da segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século 19, ainda sob o Império e o escravismo e se esten<strong>de</strong>u até o<br />

final da Primeira República, portanto, <strong>de</strong> 1860 a 1930.<br />

Num segun<strong>do</strong> momento, teve início a chamada “industrialização pesada”, que tem como marco<br />

inaugural a Era Vargas (1930 – 1954), segui<strong>do</strong> pela administração <strong>de</strong> Juscelino Kubitschek (1956 –<br />

1961), e que se consoli<strong>do</strong>u com o perío<strong>do</strong> militar (1964 – 1984). Foi nesse momento que se<br />

registrou a chegada das multinacionais, as gran<strong>de</strong>s monta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> automóveis, a indústria química<br />

e petroquímica, as hidroelétricas, e indústria <strong>de</strong> material para transporte, material elétrico e para<br />

comunicação.<br />

Ao longo <strong>de</strong>sse processo ocorreu a construção <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> tipologias industriais,<br />

projetos <strong>de</strong> arquitetos importantes no cenário nacional e internacional da arquitetura mo<strong>de</strong>rna<br />

brasileira, constituin<strong>do</strong>-se assim num <strong>do</strong>s maiores parques industriais <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A IDENTIFICAÇÃO E A VALORIZAÇÃO DE ELEMENTOS FORMAIS DA ARQUITETURA E DO<br />

URBANISMO POR MEIO DO DESENHO À MÃO LIVRE – UMA LEITURA HISTÓRICA E<br />

CONTEMPORÂNEA<br />

Stephanie Mori Taylor Zampieri<br />

Loenne Anne R. Maciel<br />

Prof. Ms. Flávio Luiz Marcon<strong>de</strong>s Bueno <strong>de</strong> Moraes (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo sempre passou, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seus primórdios, por revoluções culturais, políticas e<br />

sociais, e junto a elas ocorreram transformações no cenário arquitetônico da cida<strong>de</strong>.<br />

Muitos estilos vieram com a imigração como formas <strong>de</strong> reavivar a memória da terra <strong>de</strong> origem,<br />

como <strong>de</strong>monstração da riqueza, ou como afirmação da religiosida<strong>de</strong>.<br />

Muitos quebram tabus alteran<strong>do</strong> o rumo da arquitetura paulista e marcan<strong>do</strong> presença até os dias <strong>de</strong><br />

hoje.<br />

Com o intuito <strong>de</strong> resgatar a i<strong>de</strong>ntificação e dar um valor talvez perdi<strong>do</strong> aos elementos formais da<br />

arquitetura, o nosso estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> iniciação científica vem por meio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho à mão livre e também<br />

<strong>do</strong> levantamento fotográfico fazer uma leitura histórica e contemporânea.<br />

OBJETIVOS<br />

Tivemos como objetivo fundamental a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s elementos formais <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />

produção da arquitetura e <strong>do</strong> urbanismo em São Paulo, ao longo da história.<br />

Esse processo ocorreu por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos à mão livre, como parte integrante <strong>do</strong><br />

reconhecimento <strong>de</strong>sse universo, além <strong>de</strong> propiciar novas formas <strong>de</strong> compreensão, visan<strong>do</strong> a<br />

valorização <strong>do</strong>s elementos em referência.<br />

Preten<strong>de</strong>-se também propor uma publicação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> maneira a propiciar um<br />

melhor reconhecimento <strong>de</strong>ssa produção<br />

JUSTIFICATIVA<br />

O trabalho justifica-se na medida em que no seu <strong>de</strong>senvolvimento vários parâmetros <strong>de</strong> pesquisa<br />

po<strong>de</strong>rão ser contempla<strong>do</strong>s.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O primeiro <strong>de</strong>les, sem dúvida, permitiu como já adiantamos anteriormente, constituir um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

pesquisa científica que resulte na compreensão <strong>do</strong> universo <strong>do</strong>s elementos formais da arquitetura e<br />

<strong>do</strong> urbanismo, produzi<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> tempo na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Outro fator que envolve o trabalho, refere-se à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estreitar um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa<br />

científica com a fruição <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho propriamente dito, pois o <strong>de</strong>senho se configura no instrumento<br />

fundamental <strong>de</strong> percepção e <strong>de</strong> representação da lógica <strong>do</strong> pensamento <strong>do</strong> arquiteto.<br />

Outra justificativa se impõe pelo fato <strong>de</strong> que uma vez a<strong>do</strong>tada uma meto<strong>do</strong>logia que consubstancie<br />

o processo <strong>do</strong> trabalho, seus resulta<strong>do</strong>s possibilitarão o conhecimento <strong>de</strong> aspectos mais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s<br />

liga<strong>do</strong>s à arquitetura e ao urbanismo, nos elementos que configuram um edifício ou uma cida<strong>de</strong>, ou<br />

então, em última instância, no conhecimento das partes que constituem um to<strong>do</strong>.<br />

Dessa forma, enten<strong>de</strong>mos constituir-se em trabalho inédito <strong>de</strong> pesquisa, pois se preten<strong>de</strong> encontrar<br />

novas formas <strong>de</strong> compreensão <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada realida<strong>de</strong>, por meio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho como instrumento<br />

da percepção.<br />

METODOLOGIA<br />

A efetivação <strong>do</strong> trabalho se dará essencialmente por meio da produção <strong>de</strong> textos e registros<br />

gráficos e fotográficos a partir <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s levanta<strong>do</strong>s em campo; isto é, na análise <strong>do</strong>s elementos<br />

formais seleciona<strong>do</strong>s, e no estu<strong>do</strong> da bibliografia aplicada.<br />

Assim, a meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>tada teve as seguintes etapas <strong>de</strong> trabalho:<br />

Levantamento bibliográfico existente sobre o assunto, primeiramente na própria Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> e na Biblioteca da FAUUSP e na Biblioteca <strong>do</strong> Con<strong>de</strong>phaat.<br />

Levantamento fotográfico<br />

Confecção <strong>de</strong> fichas padrão para levantamento <strong>de</strong> campo<br />

Mapeamento e levantamento das suas obras em São Paulo<br />

Levantamento gráfico<br />

Formatação <strong>do</strong> material obti<strong>do</strong> nos levantamentos<br />

Levantamento iconográfico<br />

Mapeamento final e organização <strong>do</strong> fichamento realiza<strong>do</strong><br />

Formatação <strong>do</strong> material gráfico<br />

Redação <strong>de</strong> relatórios<br />

Redação <strong>do</strong> texto final<br />

Lançamento final <strong>do</strong> trabalho em várias formas <strong>de</strong> apresentação, impressas e em mídia


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

Uma vez concluí<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o levantamento e sua conseqüente análise e sistematização, espera-se<br />

que o trabalho possa nos levar a: -<br />

Compreensão <strong>do</strong> universo <strong>do</strong>s elementos formais que constituem a arquitetura e o urbanismo, em<br />

São Paulo<br />

Compreensão <strong>do</strong> seu processo <strong>de</strong> criação artística.<br />

Conhecimento e registro das suas diversas formas <strong>de</strong> expressão no campo da arte e da arquitetura.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A CONSTRUÇÃO COMO ARTE<br />

Fernanda Mencaroni Parreira Duarte<br />

Flávia Henriques<br />

Patrícia Lipparelli Favarão<br />

Stéfany Aguiar Todaka<br />

Prof. Ms. Joan Villà (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> é sobre as relações entre arte, arquitetura e construção <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> entre<br />

guerras <strong>de</strong> 1914 a 1939, foca<strong>do</strong> na cultura européia <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> posterior à revolução industrial que<br />

resultou a uma estética.<br />

Em relação à arte, existe um processo <strong>de</strong> evolução e <strong>de</strong>senvolvimento da figura para abstração. O<br />

cubismo é o movimento artístico que estabelece esta ligação, on<strong>de</strong> os artistas pintam figuras em<br />

planos geométricos e ao mesmo tempo passam uma idéia <strong>de</strong> perspectiva. Já no neoplasticismo<br />

po<strong>de</strong>-se observar a total abstração, quan<strong>do</strong> pela primeira vez Mondrian e outros artistas usam na<br />

pintura os princípios básicos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho: o ponto, a linha e os planos.<br />

Na arquitetura e na construção, estes princípios básicos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho serão também os elementos<br />

<strong>de</strong> uma nova linguagem.<br />

A conexão entre arte, arquitetura e construção foi formada pela escola <strong>de</strong> artes aplicadas, a<br />

Bauhaus, junto com as idéias e os fundamentos <strong>do</strong> funcionalismo e racionalismo.<br />

OBJETIVOS<br />

• Produzir um estu<strong>do</strong> fazen<strong>do</strong> uma conexão entre arte, arquitetura e construção, no perío<strong>do</strong><br />

entre guerras, na Europa, com o objetivo <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r a influência <strong>do</strong>s movimentos<br />

artísticos no <strong>de</strong>senvolvimento da Arquitetura e da Construção.<br />

• Utilizar os conceitos históricos para indicar as relações entre a Arte e a Construção.<br />

• Organizar criticamente o material produzi<strong>do</strong> pela pesquisa para futuras complementações<br />

ao tema.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia da pesquisa no tema, A Construção como Arte, foi feita através das seguintes


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

etapas:<br />

Pesquisas iniciais em dicionários, enciclopédias e Internet na área <strong>de</strong> interesse.<br />

Elaboração <strong>de</strong> textos para entendimento das relações entre Arte, Arquitetura e Construção.<br />

Análise histórica <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> entre guerras para apontar os principais movimentos que influenciaram<br />

no processo <strong>de</strong> industrialização da construção.<br />

Pesquisa aprofundada para <strong>de</strong>finição histórica <strong>do</strong>s movimentos artísticos, o cubismo e o<br />

neoplasticismo presentes na Bauhaus e complementan<strong>do</strong>-os com fundamentos <strong>do</strong> racionalismo e<br />

<strong>do</strong> funcionalismo.<br />

Analise <strong>de</strong> fotos <strong>do</strong>s movimentos.<br />

Análise final para comparação, através <strong>de</strong> imagens, mostran<strong>do</strong> assim, a conexão entre a Arte e a<br />

Construção.<br />

RESULTADOS<br />

Os movimentos artísticos que surgiram no perío<strong>do</strong> entre guerras trouxeram para a arquitetura a<br />

transformação <strong>do</strong> volume constituí<strong>do</strong> pela massa para, através da sua <strong>de</strong>composição, substituir o<br />

volume constituí<strong>do</strong> por planos, permitin<strong>do</strong> assim, a realização da estética <strong>de</strong> industrialização,<br />

enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-a como uma linguagem <strong>de</strong> componentes.<br />

A conexão da arte, da arquitetura e da construção está na massa presente no cubismo e na<br />

composição <strong>de</strong>sses em planos, que é o neoplasticismo, junto com fundamentos <strong>do</strong> funcionalismo e<br />

<strong>do</strong> racionalismo e, finalmente o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa abstração na construção realizada pela Bauhaus.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ENSINO DE DESENHO DE EXPRESSÃO PARA A FORMAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA<br />

Anna Gabriela Meercaldi Favero<br />

Profª. Ms. Liliane Simi Amaral (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Este projeto utiliza como fonte <strong>de</strong> experiências professores e alunos <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Arquitetura, e<br />

envolveu em seu processo meto<strong>do</strong>lógico/didático a representação gráfica <strong>de</strong>senvolvida nos últimos<br />

anos através <strong>de</strong> exercícios práticos e experimentações. A percepção, a criativida<strong>de</strong> e as<br />

transformações são ativadas através <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetar<br />

(instrumento elementar para o arquiteto).<br />

OBJETIVOS<br />

O foco <strong>de</strong>ste trabalho foi registrar e <strong>do</strong>cumentar os exercícios elabora<strong>do</strong>s nas disciplinas <strong>de</strong><br />

Desenho <strong>de</strong> Expressão I, II e III <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo <strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> (FEBASP),<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelos professores Flávio Luiz Marcon<strong>de</strong>s Bueno <strong>de</strong> Moraes, Liliane Simi Amaral,<br />

Marcos Martins Lopes, Takashi Fukushima e Jackson Antônio da S. Dualibi com a orientação <strong>do</strong><br />

coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> curso Turguenev Roberto <strong>de</strong> Oliveira. Mostrar a meto<strong>do</strong>logia educacional aplicada<br />

aos exercícios direciona<strong>do</strong>s com o aumento <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>, direcionan<strong>do</strong> o aluno a um<br />

resulta<strong>do</strong> progressivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>streza e <strong>do</strong>mínio da técnica <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho e liberda<strong>de</strong> da busca individual<br />

<strong>de</strong> cada um; geran<strong>do</strong> espaços para a criação artística que colabora para a formação <strong>do</strong> arquiteto.<br />

METODOLOGIA<br />

Os seguintes recursos foram utiliza<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>senvolver este trabalho:<br />

. Levantamento bibliográfico<br />

. Levantamento <strong>do</strong> registro <strong>do</strong>s professore em sala <strong>de</strong> aula<br />

. Levantamento fotográfico <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos <strong>do</strong>s alunos<br />

. Diagnóstico<br />

. Conclusão.<br />

RESULTADOS


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O produto final <strong>de</strong>sta pesquisa nos mostra como é importante a introdução <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho <strong>de</strong><br />

expressão para ampliar a visão <strong>do</strong> arquiteto. A elaboração <strong>de</strong> diversas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolve a<br />

“humanização” <strong>do</strong>s seus trabalhos e a sensibilida<strong>de</strong> para trabalhos simples até mesmo complexos.<br />

Forman<strong>do</strong> um melhor profissional no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

MATERIAIS PARA UMA ARQUITETURA SUSTENTÁVEL NA CIDADE DE SÃO PAULO<br />

Daniela Yoshizaki<br />

Luiza Junqueira<br />

Paloma Pezuti<br />

Pâmela Tole<strong>do</strong><br />

Wu Navarro<br />

Profª. Drª. Lúcia Fernanda <strong>de</strong> Souza Pirró (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

As primeiras concepções sobre <strong>de</strong>senvolvimento sustentável se <strong>de</strong>ram no Relatório Brundtland,<br />

relatório elabora<strong>do</strong> pela Comissão Mundial sobre o meio ambiente e <strong>de</strong>senvolvimento ocorri<strong>do</strong> em<br />

1987, que faz parte <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> iniciativas que antece<strong>de</strong>ram a Agenda 21. Esse <strong>do</strong>cumento<br />

reforça a visão crítica <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> pelos países industrializa<strong>do</strong>s e<br />

copia<strong>do</strong> pelos países em <strong>de</strong>senvolvimento, ressalta os riscos <strong>do</strong> uso excessivos <strong>do</strong>s recursos<br />

naturais não consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> se os ecossistemas são capazes <strong>de</strong> suportar esse tipo <strong>de</strong> prática.<br />

Dessa forma, o Relatório Brundtland, <strong>de</strong>fine como sustentável “o <strong>de</strong>senvolvimento que satisfaz as<br />

necessida<strong>de</strong>s presentes, sem comprometer a capacida<strong>de</strong> das gerações futuras <strong>de</strong> suprir suas<br />

próprias necessida<strong>de</strong>s.”<br />

Por isso o conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável <strong>de</strong>ve ser também assimila<strong>do</strong> pelas empresas,<br />

como uma forma <strong>de</strong> produzir não <strong>de</strong>gradan<strong>do</strong> o meio ambiente, formalizan<strong>do</strong> um processo <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> impacto ambiental da produção <strong>de</strong>ssa empresa no meio ambiente e que essa<br />

análise resulte em um projeto que vise tanto a produção quanto a preservação <strong>do</strong> meio ambiente.<br />

Assim foram estabelecidas medidas básicas para a implantação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> produção<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, sen<strong>do</strong> essas como:<br />

• Aproveitamento e consumo <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> energia alternativas como, energia solar, eólica e<br />

geotérmica;<br />

• Consumo racional <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> alimentos;<br />

• Reestruturação da distribuição <strong>de</strong> zonas resi<strong>de</strong>nciais e industriais;<br />

• Redução <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> produtos químicos que sejam prejudiciais à saú<strong>de</strong> e produção <strong>de</strong><br />

alimentos;<br />

• Reciclagem <strong>de</strong> materiais reaproveitáveis;


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

• E o uso <strong>de</strong> novos materiais na construção.<br />

OBJETIVOS<br />

Visan<strong>do</strong> principalmente os <strong>do</strong>is últimos tópicos relaciona<strong>do</strong>s no relatório <strong>de</strong> Brundtland, este<br />

trabalho tem como objetivo retratar o cenário atual da produção e <strong>do</strong>s materiais <strong>de</strong> construção<br />

sustentáveis no Brasil com enfoque na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo relatan<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> pesquisas o seu<br />

processo produtivo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a extração da matéria-prima, características da fábrica quanto ao seu<br />

impacto ambiental no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> produção, características <strong>do</strong> produto final quanto ao uso <strong>de</strong><br />

recicla<strong>do</strong>s e agrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> reuso, os resíduos gera<strong>do</strong>s na produção e na própria obra e a sua<br />

<strong>de</strong>stinação, ao final <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> vida <strong>do</strong> edifício. Os materiais pesquisa<strong>do</strong>s foram: ma<strong>de</strong>iras,<br />

borrachas, vidro, cimento (concreto), alumínio, PVC, tintas, colas e vernizes.<br />

METODOLOGIA<br />

Pesquisas bibliográficas em publicações, revistas especializadas e catálogos das empresas.<br />

Entrevistas com os representantes e associações responsáveis pelas empresas.<br />

RESULTADOS<br />

É produto <strong>de</strong>sta pesquisa uma relação <strong>de</strong> empresas que têm real comprometimento com o meio<br />

ambiente, que primam pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos, e que também têm o cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong> produzir<br />

conforme preceitos sustentáveis.<br />

O trabalho traz uma importante discussão a respeito da <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> termo sustentabilida<strong>de</strong> e quais<br />

os conceitos que ele abrange. Trata-se <strong>de</strong> um conceito sistêmico. Isto significa que possui caráter<br />

interdisciplinar, ou seja, não acontece isoladamente na Arquitetura, mas que está fortemente<br />

relaciona<strong>do</strong> a aspectos econômicos, culturais, sociais e ambientais da socieda<strong>de</strong> humana.<br />

Apresenta os principais sistemas <strong>de</strong> certificação para edifícios existentes no mun<strong>do</strong> e o processo<br />

que vem se <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma acelerada no Brasil, especialmente na região su<strong>de</strong>ste.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ESTRUTURA SÓCIO-ESPACIAL DE UM BAIRRO INDUSTRIAL: MOOCA, ALTERAÇÕES<br />

RECENTES ENTRE A FERROVIA E AS INDÚSTRIAS<br />

Aline Rosa<br />

Juliana Correia Savelli Graça<br />

Maíra Car<strong>do</strong>so De Bene<strong>de</strong>tto<br />

Profª. Drª. Luiza Naomi Iwakami (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A formação <strong>de</strong> um complexo urbano a partir da industrialização – como foi o caso <strong>de</strong> São Paulo,<br />

<strong>de</strong>terminou uma estrutura espacial comandada pela implantação fabril ao longo das ferrovias,<br />

principalmente ao longo da São Paulo Railway, inaugurada em 1867, mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominada<br />

Santos-Jundiaí. No prolongamento <strong>do</strong>s eixos ferroviários que cruzavam a cida<strong>de</strong>, formaram-se<br />

também bairros operários, acompanha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s comerciais, e que marcaram a história <strong>de</strong><br />

São Paulo.<br />

Diversos fatores impulsionaram a industrialização em São Paulo. Entre eles, um <strong>do</strong>s mais<br />

importantes foi a introdução <strong>do</strong> trabalho assalaria<strong>do</strong>, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> a imigração italiana um forte<br />

impulsiona<strong>do</strong>r que veio a substituir a mão-<strong>de</strong>-obra escrava; o outro é o <strong>de</strong> investimentos em infraestrutura<br />

viária – particularmente importante no caso <strong>de</strong> São Paulo, fazen<strong>do</strong> valer a industrialização<br />

concentrada, dada a sua condição como entroncamento para outras regiões brasileiras em direção<br />

ao porto <strong>de</strong> Santos.<br />

A primeira fase da industrialização foi marcada pela produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo não duráveis,<br />

principalmente <strong>de</strong> alimentos, bebidas, calça<strong>do</strong>s e têxteis – ten<strong>do</strong> em vista o crescente merca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

consumo amplia<strong>do</strong> pelo assalariamento.<br />

Se a eclosão da I Guerra Mundial foi um fator <strong>de</strong> impulsionamento da industrialização no Brasil,<br />

dada a restrição à importação então verificada, é em São Paulo que se concentraram os maiores<br />

investimentos <strong>do</strong> setor. Justamente a partir da década <strong>de</strong> 20 em que São Paulo superou<br />

numericamente o total <strong>de</strong> indústrias existentes no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Langenbuch consi<strong>de</strong>ra o perío<strong>do</strong> entre 1915 até 1940 como a fase da pré-metropolização <strong>de</strong> São<br />

Paulo em seu estu<strong>do</strong> volta<strong>do</strong> para a expansão urbana, indican<strong>do</strong> o prolongamento da infraestrutura<br />

e a ocupação <strong>de</strong> áreas cada vez mais distanciadas <strong>do</strong> centro.<br />

A ferrovia passou a configurar amplas áreas industriais na sua extensão, em direção su<strong>de</strong>ste, em<br />

áreas ainda <strong>de</strong>socupadas, superan<strong>do</strong> sua função inicial <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à exportação <strong>do</strong><br />

café e se incorporan<strong>do</strong> como importante elemento impulsiona<strong>do</strong>r da industrialização.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa é o <strong>de</strong> estabelecer conexões entre as mudanças ocorridas ao longo <strong>do</strong><br />

tempo no eixo industrial da ferrovia Santos-Jundiaí e nos espaços industriais contíguos,<br />

apresentan<strong>do</strong>, portanto, as relações entre os mora<strong>do</strong>res, seus espaços <strong>de</strong> referência e o significa<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong>s edifícios industriais (preserva<strong>do</strong>s ou não) neste contexto.<br />

O bairro da Mooca, on<strong>de</strong> foram implantadas as primeiras indústrias paulistanas, foi seleciona<strong>do</strong><br />

como área referencial para o reconhecimento e estu<strong>do</strong> das transformações recentes, ten<strong>do</strong> em<br />

vista sua condição <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> ao centro da cida<strong>de</strong>.<br />

Salienta-se, ainda, a i<strong>de</strong>ntificação e localização <strong>do</strong>s edifícios industriais – suas característica e sua<br />

história, <strong>de</strong> forma a verificar a valorização <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res aos mesmos, assim como o<br />

reconhecimento <strong>de</strong> transformações visíveis na estrutura <strong>do</strong> espaço social a partir <strong>do</strong>s novos<br />

empreendimentos imobiliários.<br />

METODOLOGIA<br />

A pesquisa teve como base o estu<strong>do</strong> da questão industrial no contexto metropolitano e o significa<strong>do</strong><br />

histórico da importância ferroviária na formação industrial. Para tanto, foram realiza<strong>do</strong>s<br />

levantamentos em campo e a posterior interpretação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s associada às transformações<br />

produtivas <strong>do</strong> último perío<strong>do</strong>.<br />

Inicialmente, realizou-se um estu<strong>do</strong> bibliográfico <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s volta<strong>do</strong>s para a questão industrial e<br />

urbana, além <strong>do</strong>s referenciais sociais, tais como a importância <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e as moradias<br />

operárias, resultan<strong>do</strong> em textos <strong>de</strong> caráter introdutório da pesquisa.<br />

Paralelamente, realizou-se a i<strong>de</strong>ntificação das áreas em estu<strong>do</strong> nos mapas <strong>de</strong> diferentes perío<strong>do</strong>s,<br />

permitin<strong>do</strong> o reconhecimento das mudanças efetuadas em <strong>de</strong>terminadas localida<strong>de</strong>s, servin<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

base para o estu<strong>do</strong> em campo.<br />

Com a realização <strong>do</strong> reconhecimento <strong>do</strong>s principais referenciais <strong>do</strong> bairro e <strong>do</strong>s registros<br />

fotográficos, estu<strong>do</strong>u-se a dinâmica das estruturas sócio-espaciais e o senti<strong>do</strong> das mudanças e<br />

permanências operadas.<br />

RESULTADOS<br />

A partir <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da estrutura urbana localiza<strong>do</strong> no bairro da Mooca, pô<strong>de</strong>-se observar as<br />

alterações sofridas ao longo <strong>do</strong> último perío<strong>do</strong>, em que, a <strong>de</strong>speito da permanência <strong>do</strong> uso intenso<br />

da ferrovia, houve um nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração <strong>do</strong>s edifícios industriais por um la<strong>do</strong>, e por outro, a<br />

tentativa <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> alguns edifícios. Parte <strong>de</strong>les foram utiliza<strong>do</strong>s para abrigar<br />

Universida<strong>de</strong>s (S. Judas e Anhembi-Morumbi) e para a instalação <strong>de</strong> supermerca<strong>do</strong> (Hipermerca<strong>do</strong><br />

Extra).


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Observou-se também uma gran<strong>de</strong> transformação resi<strong>de</strong>ncial no bairro, em que empreendimentos<br />

imobiliários vêm atuan<strong>do</strong> nas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> valorização. Há gran<strong>de</strong>s torres<br />

<strong>de</strong> conjunto <strong>de</strong> apartamentos, con<strong>do</strong>mínios fecha<strong>do</strong>s horizontais e edifícios isola<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alto padrão<br />

em que se observa uma realida<strong>de</strong> diversa daquela existente, <strong>do</strong>s conjuntos <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> bairro<br />

como moradias operárias.<br />

A paisagem urbana em transformação sofre impactos da implantação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s avenidas e a<br />

conseqüente <strong>de</strong>terioração <strong>do</strong> entorno mais imediato, apresentan<strong>do</strong> a divisão <strong>de</strong> áreas antes<br />

contíguas e permeáveis.<br />

A evolução industrial <strong>do</strong> bairro e a posterior transformação produtiva <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>suso <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s galpões e edifícios industriais apresentam hoje um quadro <strong>de</strong> in<strong>de</strong>finição quanto ao futuro<br />

da área em questão. Ou seja, a capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> interferirem na condução <strong>do</strong>s<br />

encaminhamentos quanto ao seu cotidiano forma<strong>do</strong> pelos usos vincula<strong>do</strong>s ao seu espaço <strong>de</strong><br />

vivência, é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s fatores fundamentais.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RECONSTRUÇÃO DA CIDADE A PARTIR DE DEMOLIÇÕES<br />

Camila Alves Santos<br />

Clarissa Esperança Masaracchia<br />

Evilaine Rosa Alves<br />

Sabrina Carolina Palermo<br />

Professor Dr. Waldir José Gaspar (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Na socieda<strong>de</strong> contemporânea a questão <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s tem si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s maiores <strong>de</strong>safios<br />

enfrenta<strong>do</strong>s pelos administra<strong>do</strong>res públicos, responsáveis por sua gestão. Diversos problemas<br />

relaciona<strong>do</strong>s a esse assunto preocupam autorida<strong>de</strong>s, pesquisa<strong>do</strong>res e socieda<strong>de</strong>. As principais<br />

dificulda<strong>de</strong>s encontradas na gestão <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s estão relacionadas principalmente a altos<br />

custos, escassez <strong>de</strong> espaços para a construção <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> disposição e problemas ambientais e<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública relaciona<strong>do</strong>s a procedimentos ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s.<br />

A situação <strong>do</strong>s Resíduos <strong>de</strong> Construção e Demolição (RCD) é particularmente preocupante <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>,<br />

principalmente, pelos gran<strong>de</strong>s volumes e massa que representam entre os Resíduos Sóli<strong>do</strong>s<br />

Urbanos (RSU) e à geração crescente, vinculada ao padrão <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento atual.<br />

Deve-se buscar estratégias e alternativas que contemplem o <strong>de</strong>senvolvimento, em todas as suas<br />

vertentes, no rumo da sustentabilida<strong>de</strong>, ou seja, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> às necessida<strong>de</strong>s atuais sem<br />

comprometer o <strong>de</strong>senvolvimento das gerações futuras.<br />

Existem pesquisas que apontam que em cida<strong>de</strong>s brasileiras, <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte, a geração<br />

anual média <strong>de</strong> resíduos é <strong>de</strong> 500 kg/hab. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se que a população urbana <strong>do</strong> Brasil é<br />

cerca <strong>de</strong> 140 milhões <strong>de</strong> habitantes, chega-se ao número <strong>de</strong> 70 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> RCD<br />

gera<strong>do</strong>s por ano no país.<br />

O setor <strong>de</strong> reformas, ampliações e <strong>de</strong>molições é o principal gera<strong>do</strong>r, contribuin<strong>do</strong> com cerca <strong>de</strong><br />

59% <strong>do</strong> total <strong>de</strong> resíduos, sen<strong>do</strong> que o setor <strong>de</strong> construções <strong>de</strong> edificações novas contribui com<br />

aproximadamente 41% <strong>de</strong>sse total. O <strong>de</strong>sperdício é causa<strong>do</strong> por problemas que começam no<br />

projeto da obra e estão presentes em to<strong>do</strong>s os setores da construção, reparo e <strong>de</strong>molição.<br />

Com o intuito <strong>de</strong> minimizar os impactos ambientais causa<strong>do</strong>s por esses processos, foram cria<strong>do</strong>s<br />

três principais instrumentos legais: Resolução 307/2002 <strong>do</strong> CONAMA, resolução SMA 22 <strong>de</strong><br />

16/05/2007, e <strong>de</strong>cretos 46594 e 48075 da PMSP que serviram <strong>de</strong> referência no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>ssa pesquisa.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

OBJETIVOS<br />

Esta pesquisa analisa o Manejo e a Gestão <strong>de</strong> RCD no município <strong>de</strong> São Paulo, ten<strong>do</strong> como<br />

referências estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> casos que a<strong>do</strong>taram a política <strong>de</strong> reutilização <strong>de</strong> RCD e que <strong>de</strong>ram certo:<br />

PROHAB - Usina <strong>de</strong> Reciclagem e Fábrica <strong>de</strong> Blocos na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Carlos; URBEM - Usina <strong>de</strong><br />

Reciclagem e Beneficiamento <strong>de</strong> Entulho e Materiais na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo e <strong>do</strong><br />

Parque <strong>do</strong> Povo na Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Seu objetivo fundamental é analisar a qualida<strong>de</strong> – tanto visual quanto técnica – <strong>de</strong> corpos <strong>de</strong> prova<br />

que utilizam RCD em sua composição, visan<strong>do</strong> sua utilização em projetos sociais, basean<strong>do</strong>-se na<br />

legislação <strong>do</strong> município <strong>de</strong> São Paulo e principalmente na resolução CONAMA n° 307/2002. Sua<br />

fundamentação é fruto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s bibliográficos e análises <strong>do</strong> produto em <strong>de</strong>senvolvimento, com<br />

intuito <strong>de</strong> reutilizar o RCD na produção <strong>de</strong> blocretes para pavimentação <strong>de</strong> calçadas, pistas,<br />

ciclovias e pátios.<br />

METODOLOGIA<br />

No seu <strong>de</strong>senvolvimento foram abordadas as seguintes etapas:<br />

I. Levantamento bibliográfico com base na resolução 307/2002 <strong>do</strong> CONAMA, <strong>de</strong>cretos 46594<br />

e 48075 da PMSP, resolução SMA 22 <strong>de</strong> 16/05/2007 no que instrumenta o Manejo e a<br />

Gestão <strong>de</strong> Resíduos <strong>de</strong> Construção e Demolição, orientan<strong>do</strong> sobre as legislações<br />

específicas para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> critérios <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> ações comunitárias e<br />

respectivas infra-estruturas para a remediação <strong>do</strong>s problemas oriun<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong><br />

construção, em nível local;<br />

II. Levantamento das Usinas <strong>de</strong> Reciclagem <strong>de</strong> RCD existentes na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo e<br />

visita à Usina URBEM (Usina <strong>de</strong> Reciclagem e Beneficiamento <strong>de</strong> Entulhos e Materiais) na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Bernar<strong>do</strong> <strong>do</strong> Campo, implantada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005 com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 400<br />

ton/dia. É uma empresa privada on<strong>de</strong>, para a sua implantação, houve um investimento <strong>de</strong><br />

aproximadamente 1 milhão <strong>de</strong> reais, com um retorno financeiro previsto para cinco anos<br />

(2010); coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s quanto à sua implementação, seu <strong>de</strong>senvolvimento e resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s;<br />

III. Levantamento e visita a locais que a<strong>do</strong>tam a Política <strong>de</strong> Reciclagem <strong>de</strong> RCD e utilizam a<br />

Resolução 307 <strong>do</strong> CONAMA como base para disciplinar o Manejo e a Gestão <strong>de</strong> Resíduos<br />

<strong>de</strong> Construção e Demolição. Coleta <strong>de</strong> informações através <strong>de</strong> visita à PROHAB<br />

(Progresso e Habitação São Carlos), autarquia que cuida da operacionalização habitacional<br />

<strong>de</strong> interesse social <strong>do</strong> município <strong>de</strong> São Carlos. Dentre as diversas frentes <strong>de</strong> atuações,<br />

está presente o projeto moradia solidária, em que, através <strong>de</strong> mutirão, os mora<strong>do</strong>res<br />

colaboram na construção <strong>de</strong> suas próprias casas. Para “baratear” o valor <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong><br />

utiliza<strong>do</strong> na construção <strong>de</strong>ssas moradias, a empresa implantou uma usina pública para<br />

processamento <strong>do</strong> material <strong>de</strong> RCD proveniente <strong>do</strong> município, através <strong>do</strong> direcionamento


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

<strong>do</strong>s caminhões caçambeiros;<br />

IV. Elaboração <strong>do</strong> Relatório <strong>de</strong> Pesquisa final com fotos <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das diversas<br />

etapas.<br />

RESULTADOS<br />

No <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da pesquisa constatamos que a política <strong>de</strong> reutilização realmente<br />

contribui para a minimização <strong>do</strong>s impactos ao meio ambiente.<br />

Para que a implantação <strong>do</strong> processo se viabilize é necessário observar quatro pontos importantes:<br />

• Diagnóstico (conhecimento da dinâmica <strong>do</strong> processo);<br />

• Interdisciplinarida<strong>de</strong> (negociação com profissionais <strong>de</strong> diversas áreas);<br />

• Conhecimento e trabalho com a legislação (Regulamentação das ações <strong>de</strong> projeto);<br />

• Análise econômica (avaliação da viabilida<strong>de</strong> financeira <strong>do</strong> projeto).<br />

No Brasil, não é tão usual o uso <strong>do</strong> RCD, justamente, por serem recicla<strong>do</strong>s, on<strong>de</strong> se observa certo<br />

preconceito por parte da população. Dessa forma, as municipalida<strong>de</strong>s tentam minimizar através <strong>de</strong><br />

aplicação da legislação, procuran<strong>do</strong> articular a gestão <strong>do</strong> RCD em seus projetos e na aplicação das<br />

políticas públicas.<br />

Julgamos que se <strong>de</strong>va acercar <strong>do</strong> maior número <strong>de</strong> informações para atribuir tarefas que levem à<br />

solução <strong>do</strong>s mesmos.<br />

Esperamos contribuir não só <strong>de</strong> maneira teórica, mas também sob o aspecto prático, analisan<strong>do</strong><br />

em conjunto (grupo <strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res e comunida<strong>de</strong>s) méto<strong>do</strong>s que contemplem novas formas <strong>de</strong><br />

tratamento para os resíduos das metrópoles, contribuin<strong>do</strong> assim para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida no planeta.<br />

Acreditamos que as medidas comentadas neste trabalho sejam questões que possam ser<br />

incorporadas às pequenas e gran<strong>de</strong>s empresas, que ainda receiem utilizar o material RCD por<br />

acharem, talvez, que apresentam menor qualida<strong>de</strong>.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

BACHARELADO EM<br />

ARTES VISUAIS


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

PROFESSOR ARTISTA: EVANDRO CARLOS JARDIM<br />

William Keri<br />

Profª. Ms. Débora Gigli Buonano (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Neste trabalho o professor artista analisa<strong>do</strong> é Evandro Carlos Jardim, um <strong>do</strong>s mais importantes<br />

grava<strong>do</strong>res brasileiros, que se formou na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo e atuou como<br />

<strong>do</strong>cente na mesma no ano <strong>de</strong> 1970. Dentro <strong>de</strong>ste contexto é <strong>de</strong> fundamental relevância o estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> sua produção que é ao mesmo tempo efetuada <strong>de</strong> maneira muito particular e que pertence à<br />

produção contemporânea. Suas atuações profissionais formam um lega<strong>do</strong> <strong>de</strong> referências para a<br />

reconstituição da história da arte, <strong>do</strong> meio artístico e educacional paulistano.<br />

Optou-se por um recorte enfocan<strong>do</strong> a atuação <strong>de</strong> Evandro Jardim como aluno e o contexto <strong>de</strong> sua<br />

formação; sua atuação como <strong>do</strong>cente/educa<strong>do</strong>r nas diversas experiências <strong>de</strong> ensino,<br />

principalmente na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo; e uma breve análise poética <strong>de</strong> sua<br />

produção.<br />

A presente pesquisa está inserida num estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> âmbito maior cuja finalida<strong>de</strong> é o levantamento e<br />

registro da atuação <strong>de</strong> professores artistas que fizeram parte <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong>cente da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo e das ações por esta instituição realizadas, vinculan<strong>do</strong>-se aos trabalhos<br />

<strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> Museu <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo – MuBA.<br />

OBJETIVOS<br />

Um levantamento histórico e uma análise poética da obra <strong>de</strong> Evandro Carlos Jardim tem por<br />

objetivo reafirmar sua posição no cenário das artes visuais no Brasil, marcan<strong>do</strong> profundamente<br />

gerações através <strong>de</strong> suas atuações profissionais, tanto artísticas como educacionais.<br />

Desta forma, além <strong>de</strong> homenagear um artista já consagra<strong>do</strong>, o presente trabalho busca contribuir<br />

para a reconstituição da história <strong>de</strong> museus e instituições <strong>de</strong> ensino, principalmente a instituição<br />

<strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

METODOLOGIA<br />

A pesquisa parte <strong>do</strong> levantamento <strong>de</strong> extensa bibliografia que se dá em gran<strong>de</strong> parte por consulta a<br />

hemerotecas, acervos que possuem significativas obras <strong>do</strong> artista, entrevistas com ex-alunos e


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

entrevista com o próprio artista.<br />

Buscou-se a análise e reflexão <strong>de</strong> referências teóricas sobre o contexto histórico e cultural da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos 40 até os dias atuais, marcan<strong>do</strong> a trajetória e poética <strong>do</strong><br />

artista; <strong>do</strong>cumentação variada composta por artigos <strong>de</strong> jornais, revistas e textos críticos abarcan<strong>do</strong><br />

toda sua produção; referências filosóficas acerca <strong>do</strong> tempo e interpretação da natureza,<br />

principalmente em Santo Agostinho, Gaston Bachelard e Francis Bacon que fornecem elementos<br />

<strong>de</strong> diálogo com sua poética.<br />

Um maior contato e aprofundamento nas obras <strong>do</strong> artista se <strong>de</strong>u por levantamento efetua<strong>do</strong> em<br />

museus que possuem em seus acervos expressivo número <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> Evandro Jardim como o<br />

Museu <strong>de</strong> Arte Contemporânea da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (MAC-USP) e o Museu <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong><br />

São Paulo (MASP), espaços on<strong>de</strong> foram realizadas consultas in loco junto às equipes responsáveis<br />

pelos acervos.<br />

RESULTADOS<br />

Os resulta<strong>do</strong>s mais significativos <strong>de</strong>correntes da pesquisa foram a <strong>de</strong>scoberta e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

resgate <strong>de</strong> materiais que atestam e <strong>do</strong>cumentam a trajetória <strong>do</strong> artista e seus vínculos profissionais<br />

principalmente em suas passagens pela Escola <strong>de</strong> <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo como aluno e,<br />

posteriormente, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo como <strong>do</strong>cente.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

DESENHO EXPANDIDO: DIÁLOGOS E CONTAMINAÇÕES<br />

Gustavo Mo<strong>de</strong>na Bassi<br />

Márcia <strong>do</strong>s Santos<br />

Profª. Ms. Kátia Salvany Felinto Álvares (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Refletir sobre o <strong>de</strong>senho na contemporaneida<strong>de</strong> pressupõe situá-lo em novos contextos,<br />

distancian<strong>do</strong> das questões tradicionais e clássicas <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho como representação, logo <strong>de</strong>tento<br />

<strong>de</strong> códigos e normas representantes <strong>de</strong> uma visão, <strong>de</strong>ntre as muitas possíveis <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

O <strong>de</strong>senho no século XXI estabelece novos territórios e campos <strong>de</strong> manifestações e pesquisas<br />

plástico poéticas ao dialogar e <strong>de</strong>ixar-se contaminar por outras linguagens como a pintura, a<br />

gravura e o ví<strong>de</strong>o.<br />

Neste presente trabalho Márcia <strong>do</strong>s Santos e Gustavo Mo<strong>de</strong>na Bassi <strong>de</strong>senvolveram suas<br />

pesquisas artísticas ten<strong>do</strong> como eixo condutor as questões acerca da linha gráfica construída por<br />

camadas que refletem as questões <strong>do</strong> tempo, trajetória e memória <strong>do</strong>s percursos, assim como a<br />

construção e o diálogo entre a figura humana e o texto como imagem.<br />

OBJETIVOS<br />

Mapear textos e artistas que dialogam com a produção <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res<br />

Desenvolver a pesquisa plástico poética juntamente com a reflexão sobre a produção<br />

Pesquisar as possibilida<strong>de</strong>s e manifestações <strong>do</strong> <strong>de</strong>senho em outras linguagens (hibridizações) e<br />

suportes.<br />

Estabelecer conexões entre o <strong>de</strong>senho da figura humana e o <strong>de</strong>senho da escrita como imagem e<br />

texto.<br />

METODOLOGIA<br />

Participação em palestras, workshops, cursos e eventos que discutiam o <strong>de</strong>senho<br />

Leituras e discussões <strong>de</strong> textos específicos sobre o pensar e produzir <strong>de</strong>senho<br />

Entrevistas com artistas contemporâneos brasileiros<br />

Prática em ateliê e posterior reflexão sobre a produção


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

Gustavo Mo<strong>de</strong>na Bassi conclui em seu trabalho plástico poético que a figura humana e o texto<br />

apresentam uma narrativa não linear que se dá pela construção <strong>de</strong> uma composição on<strong>de</strong> ambos<br />

estabelecem diálogos com o <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> suas grafias sem hierarquizações.<br />

Márcia <strong>do</strong>s Santos a partir <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> tema “mapa” percebe como o seu próprio corpo<br />

absorve e compreen<strong>de</strong> as relações entre seus percursos pela cida<strong>de</strong> que se configuram na<br />

construção <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> mapas imaginários construí<strong>do</strong>s a partir da sobreposição <strong>de</strong> linhas e<br />

camadas <strong>de</strong> CMC (Carboxilmetilcelulose), o CMC é um material transparente muito utiliza<strong>do</strong> na<br />

indústria alimentícia como espessante, além <strong>de</strong> servir como cola para papel <strong>de</strong> pare<strong>de</strong>, a<strong>de</strong>sivos <strong>de</strong><br />

látex, entre outras coisas).


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ESPACIALIDADES AUDIOVISUAIS<br />

Breno Morita Forastieri da Silva<br />

Profª. Drª. Nei<strong>de</strong> Jallageas (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Esta pesquisa pensa a espacialida<strong>de</strong> audiovisual <strong>de</strong> maneira a restabelecer relações entre o<br />

audiovisual e alguns <strong>de</strong> seus antecessores históricos, a pintura e a fotografia, <strong>de</strong> maneira a<br />

resgatar e reintroduzir na discussão audiovisual o forte caráter bidimensional <strong>de</strong> suas imagens.<br />

Tanto na pintura quanto na fotografia houve artistas que buscaram no caráter plano da imagem seu<br />

espaço <strong>de</strong> atuação – como Kandinsky na pintura e Geral<strong>do</strong> <strong>de</strong> Barros na fotografia – afastan<strong>do</strong> a<br />

figuração e a narrativa das questões pertinentes à produção <strong>de</strong> imagens. Dentro <strong>de</strong>ste contexto, o<br />

presente trabalho repensa a utilização da câmera filma<strong>do</strong>ra; não mais a utilizan<strong>do</strong> como replica<strong>do</strong>ra<br />

<strong>de</strong> imagens, mas como aparelho capaz <strong>de</strong> produzir imagens concretas.<br />

Se, por um la<strong>do</strong>, busca-se <strong>do</strong> aspecto visual <strong>do</strong> ví<strong>de</strong>o a bidimensionalida<strong>de</strong> da imagem, por outro,<br />

não é a manutenção <strong>do</strong> audiovisual neste mesmo espaço plano o intuito da pesquisa. O aspecto<br />

sonoro <strong>do</strong> audiovisual entra, <strong>de</strong> tal maneira, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> compor o corpo volumétrico, o espaço<br />

tridimensional, <strong>do</strong> trabalho.<br />

OBJETIVOS<br />

Esta pesquisa tem como objetivos discutir e <strong>de</strong>senvolver duas questões intimamente relacionadas:<br />

o espaço audiovisual, mais especificamente sua parcela bidimensional, e a utilização <strong>de</strong> seu<br />

principal aparelho, a câmera filma<strong>do</strong>ra. O primeiro se refere à complexida<strong>de</strong> inerente ao espaço<br />

audiovisual que, se por um la<strong>do</strong>, é capaz <strong>de</strong> oferecer uma sensação <strong>de</strong> espaço em profundida<strong>de</strong>,<br />

por outro, sua materialida<strong>de</strong> é sempre plana. No intuito <strong>de</strong> trabalhar nesta primeira camada, nesta<br />

superfície plana, o manejo <strong>do</strong> aparelho e a produção <strong>de</strong> imagens distanciam-se das idéias <strong>de</strong><br />

figuração e narrativa; voltan<strong>do</strong>-se para uma imagem concreta auto-referenciada (em oposição<br />

àquela que, por representar outra, referencia-se a algo exterior). De maneira a aproveitar <strong>do</strong><br />

aparelho mais seu caráter produtor que reprodutor.<br />

METODOLOGIA<br />

A pesquisa foi movida pelo interesse em um audiovisual que não se propusesse à narração. Para<br />

tanto, através <strong>de</strong> livros relaciona<strong>do</strong>s ao mo<strong>de</strong>rnismo, como A história da Arte, <strong>de</strong> Gombrich, O


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

espaço mo<strong>de</strong>rno, Tassinari, e alguns livros da coleção Movimentos da Arte Mo<strong>de</strong>rna, como<br />

Mo<strong>de</strong>rnismo, Cubismo, Arte Abstrata e Arte Conceitual, busquei aproximar o processo que afastou<br />

a pintura <strong>de</strong> sua forma Renascentista à produção audiovisual. Me propus, então, a experimentos<br />

com a câmera <strong>de</strong> maneira a <strong>de</strong>sconstruir, pelo uso <strong>do</strong> zoom, a referencialida<strong>de</strong> da imagem.<br />

Na medida em que a<strong>de</strong>nsava minha pesquisa tanto em pintura quanto em cinema e, ainda, sobre<br />

as relações entre elas, O olho interminável [pintura e cinema], percebi que estas eram construídas<br />

em relação a pinturas <strong>de</strong> relevante caráter figurativo. Muito <strong>do</strong> processo que trouxe a imagem<br />

pictórica cada vez mais para seu plano, não foi leva<strong>do</strong> a cabo pelo audiovisual. Passei então a me<br />

<strong>de</strong>bruçar sobre a questão da complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste espaço audiovisual que, apesar <strong>de</strong> ser capaz <strong>de</strong><br />

oferecer uma percepção tridimensional, está enclausura<strong>do</strong> numa superfície plana.<br />

Instiga<strong>do</strong> pela Filosofia da caixa preta, Flusser, passei a fazer experimentos que ampliasse a<br />

utilização da câmera filma<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> maneira a esta me possibilitar a produção <strong>de</strong>, conforme discuti<strong>do</strong><br />

em Do espiritual na arte (Kandinsky), imagens concretas. Esta produção, obtida pela inserção <strong>de</strong><br />

elementos entre a câmera e o “objeto” filma<strong>do</strong>, foi balizada pela intensão <strong>de</strong> trazer a imagem<br />

audiovisual, assim como fez a pintura em seu passa<strong>do</strong>, para sua superfície; <strong>de</strong>sta maneira,<br />

<strong>de</strong>scontruin<strong>do</strong> o espaço “em profundida<strong>de</strong>” produzi<strong>do</strong> pelo uso corrente <strong>do</strong> aparelho. Com a<br />

emersão <strong>de</strong>sta imagem e a conseqüente ruptura com a diegése audiovisual, proponho aqui a<br />

imersão <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r no audiovisual, não em um espaço proposto pelo ví<strong>de</strong>o, mas no espaço<br />

real, já resignifica<strong>do</strong> tanto pelo áudio quanto pelo visual.<br />

RESULTADOS<br />

Esta pesquisa apresenta como produto final uma discussão teórica, que aprofunda as questões<br />

aqui expostas, e um ví<strong>de</strong>o, construí<strong>do</strong> em conjunto àquele <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

O ví<strong>de</strong>o, no intuito <strong>de</strong> trazer a imagem à tona, começa com flashes <strong>de</strong> luz (ausência <strong>de</strong> um “espaço<br />

em profundida<strong>de</strong>”) que em seguida transparece um “espaço parcial”. A quebra da imagem<br />

movimento num still intensifica a tensão entre plano e profundida<strong>de</strong>; e o áudio, que então aparece,<br />

<strong>de</strong>sperta no especta<strong>do</strong>r a sensação claustrofóbica <strong>de</strong> um espaço que vai per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> espaço, uma<br />

tridimensionalida<strong>de</strong> (visual) que aos poucos se torna totalmente plana. O espaço, na medida em<br />

que a distância entre aparelho e referente diminui, entra num processo <strong>de</strong> planificação que culmina<br />

em uma completa fusão entre imagem e superfície, enquanto o áudio redimensiona a espacialida<strong>de</strong><br />

“perdida”.<br />

Já completamente distante <strong>de</strong> uma cognição representativa, a imagem concreta, produzida através<br />

da reorganização da informação luz, age conjuntamente com o áudio no envolvimento <strong>do</strong><br />

especta<strong>do</strong>r com o ví<strong>de</strong>o. Este não está mais presente apenas como especta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> um fato, a<br />

tensão <strong>do</strong> ví<strong>de</strong>o é a própria tensão <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r; assim, completan<strong>do</strong> o ví<strong>de</strong>o enquanto sujeito<br />

angustia<strong>do</strong>.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

CADA UM TEM O CINEMA QUE MERECE<br />

(relações entre a memória e o audiovisual)<br />

Jaime Lauriano<br />

Profª. Drª. Nei<strong>de</strong> Jallageas (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Esta pesquisa surgiu da intenção <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r as relações existentes entre a memória e a produção<br />

audiovisual contemporânea. Tentan<strong>do</strong> alargar o conceito <strong>de</strong> cinema, traz para a discussão sobre a<br />

construção <strong>do</strong>s filmes, a participação <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r, que passa a ser parte fundamental na<br />

construção <strong>do</strong>s filmes, pois a partir <strong>de</strong> sua memória (re)constrói o filme em seu imaginário. O foco<br />

central da pesquisa é o filme Carta para Jane, <strong>do</strong> Grupo Dziga Vertov, o qual problematiza a<br />

construção <strong>de</strong> imagens nas diversas mídias. Através <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> diversas seqüências <strong>de</strong> tela preta, o<br />

filme problematiza também a participação <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r (e <strong>de</strong> sua memória) na construção final <strong>do</strong><br />

filme, pois é a partir da relação das imagens gravadas pelos realiza<strong>do</strong>res <strong>do</strong> filme, e das imagens<br />

construídas pelo imaginário <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r que o filme se completa.<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>stas consi<strong>de</strong>rações e <strong>do</strong> campo das artes visuais, o objetivo inicial da pesquisa era<br />

estudar a produção <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>os feitos por artistas visuais brasileiros, através da relação que os<br />

mesmos mantinham com a memória, e com o imaginário <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r. No <strong>de</strong>senrolar da<br />

pesquisa, no entanto o objetivo principal foi se distancian<strong>do</strong> <strong>do</strong> objetivo inicial. Deixan<strong>do</strong> <strong>de</strong> ser a<br />

análise <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> outros realiza<strong>do</strong>res brasileiros, para ser uma imersão no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> filmes que nunca existirão enquanto imagem gravada pelo seu realiza<strong>do</strong>r. Tais filmes existirão<br />

somente como índices (no caso a sinopse), e estímulos para que o especta<strong>do</strong>r construa em seu<br />

imaginário o seu próprio filme.<br />

OBJETIVOS<br />

O presente estu<strong>do</strong> tem como objetivo alargar o conceito <strong>de</strong> cinema para além da criação <strong>de</strong> ilusão<br />

<strong>de</strong> movimento proveniente da projeção <strong>de</strong> fotogramas <strong>de</strong> forma rápida e sucessiva. Para tanto traz<br />

para a discussão a participação <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r, que passa a ser parte fundamental na construção<br />

<strong>do</strong>s filmes, pois a partir <strong>de</strong> sua memória (re)constrói o filme em seu imaginário.<br />

MATERIAIS E MÉTODOS<br />

Partin<strong>do</strong> da leitura da bibliografia sugerida pela professora orienta<strong>do</strong>ra, que contava com livros


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

sobre a importância <strong>do</strong> som no audiovisual (Ángel Rodríguez, 2006), e os componentes da imagem<br />

(Gilles Deleuze, 1990), a pesquisa foi se configuran<strong>do</strong>. A partir da leitura <strong>de</strong>sta primeira bibliografia<br />

e <strong>do</strong>s encontros com o grupo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s, foram levantadas questões que norteavam a inserção <strong>de</strong><br />

novos materiais à bibliografia inicial.<br />

Uma nova bibliografia (agora mais específica) foi introduzida; esta bibliografia contou com livros que<br />

além <strong>de</strong> problematizar as espacialida<strong>de</strong>s audiovisuais, <strong>de</strong>batem sobre o surgimento <strong>do</strong> cinema<br />

(Arlin<strong>do</strong> Macha<strong>do</strong>, 1997; Ismail Xavier, 2005), e sobre o imaginário e a tecnologia (Arlin<strong>do</strong><br />

Macha<strong>do</strong>, 2001).<br />

Um fator importante, que juntamente com o aprofundamento da bibliografia fez a pesquisa se<br />

encaminhar para as questões por ela abordada em seu texto final. A oficina “Práticas artísticas<br />

contemporâneas em sistemas <strong>de</strong> movimentação ou o site-specific hoje” ministrada pelos artistas<br />

visuais brasileiros Jorge Menna Barreto e Raquel Garbelotti <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> projeto Arte e Esfera Pública<br />

no <strong>Centro</strong> Cultural São Paulo. Essa oficina fez com que fosse incorpora<strong>do</strong> à pesquisa alguns<br />

aspectos <strong>do</strong> site-specific ao estu<strong>do</strong> da produção audiovisual contemporânea. Foi então que a<br />

pesquisa passou a investigar o alargamento <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> cinema, enquanto instância para além<br />

da realização física <strong>do</strong> mesmo.<br />

Concomitantemente às questões levantadas na pesquisa foram produzidas algumas<br />

experimentações audiovisuais, que objetivam problematizar ainda mais as espacialida<strong>de</strong>s<br />

audiovisuais. Tais experimentações foram sen<strong>do</strong> feitas/realizadas conforme as questões eram<br />

levantadas, chegan<strong>do</strong> ao trabalho final apresenta<strong>do</strong> junto com o texto da pesquisa.<br />

RESULTADOS<br />

Pensar o cinema através <strong>de</strong> sua relação com a memória é atribuir ao especta<strong>do</strong>r um papel<br />

fundamental na construção <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> filme. É também alargar o cinema para além da pura<br />

projeção <strong>de</strong> imagens em uma sala escura. É atribuir novos pesos a to<strong>do</strong>s os estímulos, que<br />

contribuem para que o filme se torne imagem para o especta<strong>do</strong>r.<br />

Esta pesquisa tenta enten<strong>de</strong>r o cinema em um campo alarga<strong>do</strong>, o qual abarca <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro<br />

contato <strong>do</strong> especta<strong>do</strong>r com algum estímulo (no caso da pesquisa à sinopse) que evi<strong>de</strong>ncie o filme,<br />

até o suprimento ou não das expectativas criadas por este especta<strong>do</strong>r, através <strong>de</strong> tais estímulos.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

BACHARELADO EM<br />

DESIGN DE INTERIORES


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O DESIGN DE INTERIORES PARA AS CLASSES MENOS FAVORECIDAS<br />

Alice Canola Silva<br />

Profª. Drª. Carla Reis Longhi (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Este trabalho tem o intuito <strong>de</strong> apontar as principais características <strong>do</strong> mobiliário produzi<strong>do</strong> em série,<br />

<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> à população <strong>de</strong> baixa renda. Tais características como: matéria-prima, produção e<br />

acabamentos.<br />

Para enten<strong>de</strong>rmos como surgiu esse tipo <strong>de</strong> mobiliário, faremos uma breve análise <strong>de</strong> suas origens,<br />

começan<strong>do</strong> pela casa burguesa, que mantinha estritas relações entre os seus membros, como<br />

também com a socieda<strong>de</strong> na qual se relacionava. Esse tipo <strong>de</strong> relação era transferi<strong>do</strong> para o<br />

mobiliário, como por exemplo, na forma hierárquica <strong>de</strong> organização ao re<strong>do</strong>r da mesa, on<strong>de</strong> as<br />

poltronas das extremida<strong>de</strong>s só os pais po<strong>de</strong>riam ocupá-las. Neste perío<strong>do</strong> o mobiliário fazia parte<br />

<strong>de</strong> um cenário no qual <strong>de</strong>veria simbolizar riqueza e status.<br />

Hoje o simbolismo foi <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> <strong>de</strong> la<strong>do</strong> dan<strong>do</strong> espaço para o que é o que útil.<br />

A casa atual não tem espaço para simbolizar e nem teatralizar, além disso, a relação entre os<br />

membros da família também mu<strong>do</strong>u.<br />

Para enten<strong>de</strong>rmos o mobiliário artesanal e o seria<strong>do</strong> analisaremos a indústria Móveis Daico que a<br />

princípio produzia móveis sob medida e posteriormente mu<strong>do</strong>u seu foco passan<strong>do</strong> a produzir<br />

mobiliário em série.<br />

Esta indústria tem hoje como foco principal a produção <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> jantar e cozinhas em série. Esta<br />

indústria passou por três importantes fases.<br />

A primeira, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>nominá-la como “fase artesanal”, e teve início em 1989, ano em que a<br />

indústria foi inaugurada, permanecen<strong>do</strong> até 1990. Neste perío<strong>do</strong> a Móveis Daico funcionava em um<br />

barracão <strong>de</strong> 120m², localiza<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coronel Freitas, no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Santa Catarina, no qual<br />

foi adquiri<strong>do</strong> pelos sócios e irmãos Adir e Vilmar Kist.<br />

A indústria também contava com um terceiro sócio, Edai José Sebben, este representava 50% da<br />

indústria e os irmãos Kist os outros 50%.<br />

Em sua “fase artesanal” a indústria contava com pouco maquinário e pouca mão-<strong>de</strong>-obra.<br />

Produziam estantes para sala <strong>de</strong> estar, armários para louças, conjunto para <strong>do</strong>rmitórios e salas <strong>de</strong><br />

jantar. To<strong>do</strong>s esses produtos tinham como característica principal a ma<strong>de</strong>ira torneada e entalhes. A<br />

produção <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> mobiliário era muito lenta <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às suas formas complexas e


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

conseqüentemente o preço era eleva<strong>do</strong>. As principais matérias-primas eram as ma<strong>de</strong>iras maciças<br />

<strong>de</strong> cerejeira, guajuvira e loro.<br />

A segunda fase foi em 1990, quan<strong>do</strong> os sócios começaram a produzir móveis em série com intuito<br />

<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r consumi<strong>do</strong>res da classe C. A principal característica <strong>de</strong>sses móveis eram suas formas<br />

simples e retas, que facilitava a produção. A matéria-prima mais utilizada nesta fase era o<br />

compensa<strong>do</strong> e a ma<strong>de</strong>ira marfim.<br />

Já consolidada no ramo <strong>de</strong> movelaria, a indústria mu<strong>do</strong>u-se para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Erechim, em<br />

Santa Catarina. Com melhores instalações e maquinário especializa<strong>do</strong> a indústria aumentava seu<br />

número <strong>de</strong> clientes.<br />

Neste perío<strong>do</strong> a mais relevante comercialização <strong>do</strong>s produtos Daico era feita em uma importante<br />

loja varejista.<br />

A terceira e última fase da indústria teve início no ano 2007, ten<strong>do</strong> como foco consumi<strong>do</strong>res da<br />

classe B.<br />

Para aten<strong>de</strong>r essa parcela <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res, a indústria precisou incluir em sua linha produtos com<br />

características diferentes das que possuía. Estes produtos necessitavam <strong>de</strong> uma matéria-prima que<br />

pu<strong>de</strong>sse receber qualquer tipo <strong>de</strong> acabamento. Novos teci<strong>do</strong>s foram incluí<strong>do</strong>s nos estofa<strong>do</strong>s das<br />

ca<strong>de</strong>iras e, também, novas tonalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. Além disso, a estética <strong>do</strong> produto<br />

mu<strong>do</strong>u, apesar da indústria não possuir um <strong>de</strong>signer, os produtos estavam <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as<br />

tendências atuais, observadas em feiras e eventos <strong>do</strong> ramo.<br />

Basicamente o que diferencia os produtos produzi<strong>do</strong>s por uma mesma indústria para públicos<br />

diferentes, é o seu preço. Este <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong>s materiais emprega<strong>do</strong>s no produto. Por isso é relevante<br />

enten<strong>de</strong>rmos o que faz um móvel ser barato ou caro.<br />

É importante ressaltar que o mobiliário atual popular em série apresenta características que não<br />

condizem com a realida<strong>de</strong> habitacional da população <strong>de</strong> baixa renda, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às suas proporções<br />

exageradas e sua incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>.<br />

OBJETIVOS<br />

Por meio <strong>de</strong>ste trabalho, ressaltaremos as principais características <strong>do</strong> mobiliário popular em série<br />

e <strong>de</strong>stacaremos também os problemas que seus consumi<strong>do</strong>res se <strong>de</strong>param ao adquiri-los como:<br />

matéria-prima ruim e proporções exageradas.<br />

Faremos uma breve análise das relações estritas <strong>do</strong>s indivíduos <strong>de</strong> uma época que eram refletidas<br />

no mobiliário traçan<strong>do</strong> um paralelo entre o mobiliário atual e seus usuários.<br />

Por meio <strong>de</strong>ssas análises po<strong>de</strong>remos enten<strong>de</strong>r as mudanças no mobiliário <strong>de</strong>correntes da situação<br />

econômica <strong>do</strong>s indivíduos juntamente com a relação entre eles na socieda<strong>de</strong>.<br />

Destacaremos também a importância <strong>do</strong> <strong>de</strong>signer para a concepção <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> mobiliário,


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

juntamente com a integração <strong>de</strong>ste nos ambientes.<br />

METODOLOGIA<br />

Este trabalho baseia-se em materiais bibliográficos técnicos, literários e acadêmicos, arquivos áudio<br />

e visual, entrevistas com profissionais liga<strong>do</strong>s ao ramo <strong>de</strong> movelaria, arquivos fotográficos, sites e<br />

matérias <strong>de</strong> jornais e revistas.<br />

RESULTADOS<br />

Os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s até o momento comprovam a <strong>de</strong>ficiência <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> movelaria na produção<br />

<strong>do</strong> mobiliário seria<strong>do</strong> para as classes <strong>de</strong> renda mais escassa. As <strong>de</strong>ficiências são basicamente as<br />

mesmas, tais como, matéria-prima <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> inferior e proporções exageradas que não condiz<br />

com a realida<strong>de</strong> das habitações da maioria da população brasileira.<br />

O problema da discordância entre casa e mobiliário po<strong>de</strong>ria ser resolvi<strong>do</strong> com a interferência <strong>de</strong> um<br />

profissional especializa<strong>do</strong> para uni-los <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração o gosto <strong>do</strong><br />

consumi<strong>do</strong>r unin<strong>do</strong> funcionalida<strong>de</strong> e beleza.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A RELAÇÃO DOS ESPAÇOS COM PESSOAS QUE MORAM SOZINHAS<br />

Bruno Gonçalves <strong>de</strong> Mattos<br />

Profª. Drª. Carla Reis Longhi<br />

INTRODUÇÃO<br />

O conceito <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> foi se transforman<strong>do</strong> com o passar <strong>do</strong> tempo. A burguesia trouxe uma<br />

nova forma <strong>de</strong> morar trazen<strong>do</strong> também uma nova noção <strong>de</strong> individualida<strong>de</strong>.<br />

No século XX, diversas transformações que ocorreram na socieda<strong>de</strong> refletiram nas necessida<strong>de</strong>s<br />

individuais, <strong>de</strong>ssa maneira refletin<strong>do</strong> em uma nova concepção <strong>de</strong> estrutura familiar.<br />

A partir <strong>de</strong>la, diversos fatores passaram a contribuir para as mudanças das moradias e <strong>de</strong> seus<br />

interiores. A mais importante, confecção <strong>de</strong>ssa pesquisa, são aquelas que envolvem pessoas que<br />

moram sozinhas, que por opção e planos distintos <strong>de</strong> não formar uma família tradicional, buscaram<br />

seu próprio espaço. Esse acabou receben<strong>do</strong> uma nova configuração com características que<br />

reforçavam ainda mais as novas características individuais e a nova concepção <strong>de</strong> individualida<strong>de</strong>.<br />

Enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-se esses novos conceitos sobre a individualida<strong>de</strong> e relacionan<strong>do</strong> a composição <strong>de</strong>ssas<br />

novas estruturas resi<strong>de</strong>nciais, estabeleceremos também uma relação entre os conceitos sociais, a<br />

composição <strong>do</strong>s espaços e a relação <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sses espaços com os objetos que os<br />

compõem.<br />

OBJETIVOS<br />

Em função <strong>de</strong>sse contexto, essa pesquisa se objetivará a pesquisar o espaço/ambiente <strong>de</strong> pessoas<br />

que moram sozinhas.<br />

1. Analisar a composição e a relação que seus mora<strong>do</strong>res têm com ele e a forma que essa se<br />

dá a formação <strong>de</strong>sse espaço.<br />

2. Analisar as motivações que geram esse tipo <strong>de</strong> composição ambiental, sua organização e a<br />

subjetivida<strong>de</strong> da pessoa que mora nesse espaço.<br />

3. Traçar parâmetros <strong>de</strong> como os espaços <strong>de</strong>ssas pessoas po<strong>de</strong>m ter características em<br />

comum e características que divergem.<br />

4. Fazer um breve relato sobre o conceito da individualida<strong>de</strong> pós-mo<strong>de</strong>rna e como esse<br />

conceito transformou as estruturas familiares e <strong>de</strong>ssa forma fazen<strong>do</strong> com que as estruturas<br />

das casas passassem a ter uma nova função e composição.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

5. Fazer um breve relato <strong>de</strong> como a casa passou por transformações em alguns pontos<br />

essenciais da história.<br />

METODOLOGIA<br />

As análises <strong>do</strong>s espaços foram feitas com base em entrevistas, registros fotográficos e<br />

acompanhadas <strong>de</strong> registros fílmicos feitos com os mora<strong>do</strong>res on<strong>de</strong> a análise <strong>de</strong> como ele enxerga<br />

seu espaço, com acompanhamento in loco.<br />

Foram feitas também entrevistas e tabulações <strong>de</strong>ssas para o cruzamento <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s para serem<br />

feitas as análises e serem compara<strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ssa forma traçan<strong>do</strong> características em comum<br />

da composição <strong>do</strong>s espaços <strong>de</strong>ssas pessoas e ressaltan<strong>do</strong> características individuais <strong>de</strong>sses<br />

espaços.<br />

Além da pesquisa <strong>de</strong> campo foi feita pesquisa bibliográfica <strong>de</strong> registros históricos e teóricos<br />

conceitual, on<strong>de</strong> serão sustentadas as análises feitas a partir <strong>do</strong> material colhi<strong>do</strong> nas entrevistas.<br />

Os aspectos teóricos relaciona<strong>do</strong>s à discussão sobre a individualida<strong>de</strong> e pós-mo<strong>de</strong>rnismo foram<br />

fundamenta<strong>do</strong>s pelo autor Zigmund Bauman e sen<strong>do</strong> reafirmadas por Jurandir Freire Costa, on<strong>de</strong><br />

aspectos sobre a vida pós-mo<strong>de</strong>rna e a transformação <strong>de</strong> valores relaciona<strong>do</strong>s a vida privada e<br />

família foram discuti<strong>do</strong>s, bem como questões relacionadas ao consumo e à função <strong>do</strong>s objetos<br />

através das discussões <strong>de</strong> Jean Budrillard. Foram discuti<strong>do</strong>s também aspectos sobre a composição<br />

espacial <strong>do</strong>s ambientes analisa<strong>do</strong>s e seus processos perceptivos, sen<strong>do</strong> fundamentada por leituras<br />

como Jun Okamoto e Aloísio Schimith e questões subjeticas da composição espacial com base nas<br />

teorias <strong>de</strong> Gaston Bachelard.<br />

RESULTADOS<br />

Os resulta<strong>do</strong>s colhi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssas entrevistas, juntamente com as pesquisas bibliográficas nos mostra<br />

como a composição <strong>de</strong>sses espaços e a relação <strong>de</strong> seus mora<strong>do</strong>res com eles, servem <strong>de</strong><br />

parâmetro para se enten<strong>de</strong>r como os conceitos e os processos pelos quais a socieda<strong>de</strong> passa,<br />

refletem na forma <strong>de</strong> morar <strong>de</strong> um conjunto e como o conceito sobre a vida privada e<br />

conseqüentemente sobre individualida<strong>de</strong>, suas necessida<strong>de</strong>s e características transformam esses<br />

espaços e a forma que eles são compostos.<br />

Alguns aspectos como a partir da composição <strong>de</strong>sses ambientes po<strong>de</strong>m ser relaciona<strong>do</strong>s como a<br />

hierarquização <strong>do</strong>s objetos e a seleção <strong>de</strong> alguns ambientes por parte <strong>de</strong> seus mora<strong>do</strong>res como os<br />

locais em que preferem permanecer a maior parte <strong>do</strong> tempo quan<strong>do</strong> estão em casa.<br />

A lógica da composição da casa em si, segue na contramão <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais ambientes, como por<br />

exemplo, para um grupo <strong>de</strong> entrevista<strong>do</strong>s que escolheu o ambiente preferi<strong>do</strong> o quarto, um espaço<br />

ti<strong>do</strong> como íntimo e acaba receben<strong>do</strong> um maior número <strong>de</strong> componentes em sua composição,<br />

diferente <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais ambientes que acabam sen<strong>do</strong> lugares poucos freqüenta<strong>do</strong>s e acabam se


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

caracterizan<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma austera e sem muitas referências sobre aquela pessoa.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssas diferenças quase sempre se dão pela relação que seus mora<strong>do</strong>res<br />

estabelecem com sua casa e seus objetos. O entendimento <strong>de</strong>ssa relação, se dá em gran<strong>de</strong> parte<br />

pela relação afetiva com o objeto e a referência que aquele espaço, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s costumes que cada<br />

entrevista<strong>do</strong> tem, em relação à época em que moravam acompanha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> suas famílias. Já a<br />

relação direta com os objetos, se dá pela questão afetiva relacionada a lembranças passadas e das<br />

próprias relações interpessoais.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL EM IDOSOS A PARTIR DE MUDANÇAS NO INTERIOR DE<br />

UMA HABITAÇÃO EM COMUM<br />

Mariana Escanhoela Cicolicchio<br />

Profª. Drª. Carla Reis Longhi (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A população <strong>do</strong> Brasil vem envelhecen<strong>do</strong> mais a cada dia. Os i<strong>do</strong>sos são hoje 14,5 milhões <strong>de</strong><br />

pessoas, 8,6% da população total <strong>do</strong> País, segun<strong>do</strong> o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística<br />

(IBGE) e com base no Censo 2000. O instituto consi<strong>de</strong>ra i<strong>do</strong>sas as pessoas com 60 anos ou mais.<br />

Em uma década, o número <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da<br />

população. Projeções recentes mostram que este segmento po<strong>de</strong>rá vir a ser responsável por quase<br />

10% da população total no ano 2020. Além disto, a porcentagem da população “mais i<strong>do</strong>sa”, ou<br />

seja, <strong>de</strong> 80 anos ou mais, também está crescen<strong>do</strong>. Elevan<strong>do</strong> a média etária <strong>do</strong> grupo.<br />

No país, o aumento da população i<strong>do</strong>sa será da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> quinze vezes entre 1950 e 2025,<br />

enquanto se estima que o aumento populacional como um to<strong>do</strong> seja da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> cinco vezes. Isto<br />

significa que, em 2025 o Brasil terá a sexta maior população <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, cerca <strong>de</strong> trinta e<br />

<strong>do</strong>is milhões <strong>de</strong> indivíduos com sessenta anos ou mais. Assim, é espera<strong>do</strong> para as próximas<br />

décadas um aumento significativo da proporção <strong>de</strong> pessoas na terceira ida<strong>de</strong><br />

Tais mudanças no quadro etário brasileiro acarretam modificações em diversos aspectos da<br />

socieda<strong>de</strong>, como o econômico, o político e o merca<strong>do</strong>lógico. Contu<strong>do</strong>, percebemos que a<br />

população ainda não possui informações suficientes para lidar com a velhice e com os i<strong>do</strong>sos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ntro da família.<br />

Observan<strong>do</strong> a situação habitacional atual <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos no Brasil, fica claro que na gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s<br />

casos, existe uma <strong>de</strong>sarmonia entre as necessida<strong>de</strong>s físico-motoras e psico-emocionais daqueles<br />

que atingem os 60 anos e, <strong>do</strong>s espaços on<strong>de</strong> eles estão inseri<strong>do</strong>s. Percebemos que a organização<br />

interna <strong>de</strong>stes lugares não colabora para que as pessoas possam continuar se <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> na<br />

velhice; já que impossibilita práticas essenciais <strong>do</strong> dia-a-dia e, não contribui influencian<strong>do</strong> e<br />

estimulan<strong>do</strong> positivamente essas pessoas. E, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às novas discussões sobre bem-estar, não<br />

cabe mais, apenas se preocupar com a saú<strong>de</strong> física <strong>de</strong>ssa faixa etária e com o seu potencial<br />

consumi<strong>do</strong>r. É necessário pensar na segurança que as habitações oferecem a estas pessoas, que<br />

possuem necessida<strong>de</strong>s físicas tão particulares. Na adaptação <strong>de</strong>stes ambientes para o melhor<br />

convívio <strong>de</strong>las e, pensar se estes ambientes são capazes <strong>de</strong> influenciar ainda mais estas pessoas,<br />

<strong>de</strong> uma forma subjetiva.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Este projeto <strong>de</strong> pesquisa se baseia nos conceitos <strong>de</strong> bem-estar e melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

através <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> interiores e, se fundamenta na geriatria e nos estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> percepção e<br />

psicologia ambiental. A intenção é <strong>de</strong>senvolver formas <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s aparentes e as<br />

mais intimas <strong>de</strong> um i<strong>do</strong>so <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um ambiente, para que assim, a re<strong>de</strong>scoberta da vida na<br />

velhice seja mais fácil e mais interessante.<br />

PROBLEMÁTICA<br />

Existe uma inter-relação inevitável entre o indivíduo e o meio em que está inseri<strong>do</strong>: o meio muda o<br />

indivíduo e o indivíduo muda o meio. Esta condição está presente <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s ambientes<br />

construí<strong>do</strong>s. A organização <strong>do</strong>s espaços influencia muito no cotidiano das pessoas. Porém, todas<br />

as formas <strong>de</strong> se criar intencionalmente essas influências são pensadas para o grupo que mais<br />

consome na socieda<strong>de</strong>, os economicamente ativos, o que não incluem os i<strong>do</strong>sos.<br />

Por esse motivo, ainda não sabemos se os elementos espaciais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s para nós são os<br />

mesmos para eles. Esta dúvida parte <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que eles têm necessida<strong>de</strong>s físicas e<br />

emocionais diferentes das nossas, já que viveram em outra época, com outros valores, outra<br />

cultura e têm outra forma <strong>de</strong> ver o mun<strong>do</strong>.<br />

Desejamos enten<strong>de</strong>r quais necessida<strong>de</strong>s um <strong>de</strong>signer <strong>de</strong>ve levar em consi<strong>de</strong>ração quan<strong>do</strong> estiver<br />

projetan<strong>do</strong> para um i<strong>do</strong>so.<br />

OBJETIVOS<br />

-Observar a rotina <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> 30 i<strong>do</strong>sos que vivem e convivem em uma casa <strong>de</strong> repouso<br />

especializada na acomodação <strong>de</strong> pessoas acima <strong>de</strong> 60 anos a médio e longo prazo.<br />

-Avaliar a atual situação habitacional <strong>de</strong>ste espaço, em especial <strong>do</strong> ambiente <strong>de</strong> maior convivência<br />

<strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos ali <strong>de</strong>ntro, a sala <strong>de</strong> estar/<strong>de</strong> refeições para enten<strong>de</strong>r o que ali não está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos.<br />

- Traçar um paralelo das observações feitas, com os estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s sobre as idéias <strong>de</strong> conforto<br />

e psicologia comportamental.<br />

- Enten<strong>de</strong>r quais aspectos po<strong>de</strong>riam ser modifica<strong>do</strong>s ali <strong>de</strong>ntro para que a vivência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos fosse<br />

facilitada e melhorada.<br />

-Propor tais mudanças por meio <strong>de</strong> quatro <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> perspectivas, abrangen<strong>do</strong> assim as quatro<br />

pare<strong>de</strong>s <strong>do</strong> ambiente estuda<strong>do</strong>.<br />

MÉTODOS<br />

Primeiramente foi feita a observação in loco da casa <strong>de</strong> repouso para i<strong>do</strong>sos, em especial <strong>do</strong>


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ambiente estuda<strong>do</strong>, sala <strong>de</strong> estar/<strong>de</strong> refeições, juntamente com registro fotográfico.<br />

Em seguida, foram feitas entrevistas e conversas informais com as pessoas envolvidas na casa <strong>de</strong><br />

repouso: funcionários, profissionais responsáveis e parentes. E, por meio <strong>de</strong> conversas informais,<br />

observação e perguntas pontuais, extraímos <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos suas preferências, tanto objetivas quanto<br />

as subjetivas.<br />

Estamos cruzan<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> feito in loco com os estu<strong>do</strong>s teóricos feitos através da leitura <strong>de</strong> livros e<br />

artigos para compreen<strong>de</strong>r as fundamentações lógicas <strong>do</strong>s aspectos observa<strong>do</strong>s.<br />

A partir <strong>de</strong>ssa interpretação, iremos propor a mudança <strong>do</strong> ambiente por meio <strong>de</strong> quatro <strong>de</strong>senhos<br />

<strong>de</strong> perspectiva, abrangen<strong>do</strong> as quatro pare<strong>de</strong>s e, pelo memorial <strong>de</strong>scritivo <strong>do</strong>s elementos utiliza<strong>do</strong>s.<br />

Os elementos que usaremos estarão diretamente relaciona<strong>do</strong>s com o estu<strong>do</strong> efetivo e teórico.<br />

Iremos traçar este paralelo e concluir com as nossas observações <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> e da proposta <strong>de</strong>sse<br />

novo ambiente.<br />

RESULTADOS<br />

Por meio <strong>do</strong> cruzamento entre o estu<strong>do</strong> feito in loco com o estu<strong>do</strong> teórico, já concluímos quais<br />

elementos não estão favoráveis <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> ambiente e a melhor forma <strong>de</strong> substituí-los.<br />

Os elementos pontua<strong>do</strong>s com falhas forma:<br />

O Mobiliário, que não aten<strong>de</strong> a algumas questões <strong>de</strong> ergonomia, <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong> conforto <strong>do</strong>s<br />

i<strong>do</strong>sos.<br />

A iluminação, que é insuficiente para garantir a segurança <strong>de</strong>les e gera variações <strong>de</strong> luz, sombras,<br />

que influenciam no mo<strong>do</strong> como os i<strong>do</strong>sos se relacionam com o ambiente.<br />

As cores <strong>do</strong> ambiente, que não estão <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os estu<strong>do</strong>s que comprovam que i<strong>do</strong>sos<br />

i<strong>de</strong>ntificam e se relacionam melhor com cores quentes e vivas.<br />

A distribuição <strong>do</strong> espaço, que respeita muito a circulação <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos andantes e ca<strong>de</strong>irantes. Porém,<br />

gera a separação <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos nos momentos <strong>de</strong> refeição, causa discórdia entre eles e não separa<br />

as mesas <strong>de</strong> refeição com a sala <strong>de</strong> estar, tornan<strong>do</strong> as tarefas <strong>do</strong> dia-a-dia por <strong>de</strong>mais integradas.<br />

Elementos inseri<strong>do</strong>s no ambiente, como os quadros e painéis <strong>de</strong> aviso, que seguem a mesma<br />

paleta <strong>de</strong> cores <strong>do</strong> ambiente, que é falha e não permite aproximação e toque e seria pouco<br />

estimulante.<br />

Estudamos o ambiente <strong>de</strong> forma pontuada e <strong>de</strong> forma holística e concluímos que a mudança<br />

intencional <strong>de</strong>stes elementos cita<strong>do</strong>s, geraria a melhor convivência <strong>do</strong>s i<strong>do</strong>sos ali <strong>de</strong>ntro.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

MULTICULTURALISMO NOS INTERIORES<br />

(Análise das Casas <strong>de</strong> Sig Bergamin)<br />

Nam Kyung Kim<br />

Profª. Drª. Carla Reis Longhi (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Voltan<strong>do</strong> no tempo po<strong>de</strong>mos dizer que no passa<strong>do</strong> existiam fronteiras entre os paises; estes<br />

podiam ser claramente diferencia<strong>do</strong>s tanto pela <strong>de</strong>marcação territorial quanto pela sua cultura bem<br />

<strong>de</strong>finida. Existia também o patriotismo, principalmente em paises fortes e <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s, que<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ava muitas vezes ao etnocentrismo (tendência em rejeitar a outra cultura como inferior,<br />

encaran<strong>do</strong> os seus padrões culturais como os mais racionais e ajusta<strong>do</strong>s a uma boa vida).<br />

Mas com a globalização o homem po<strong>de</strong>, hoje, “conhecer” as diversas culturas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> a qualquer<br />

momento e <strong>de</strong> qualquer lugar. Isso tem si<strong>do</strong> possível graças ao progressivo <strong>de</strong>senvolvimento das<br />

tecnologias (Internet, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação internacionais, etc.) que acabam com a noção <strong>de</strong><br />

distância, mudam o conceito <strong>de</strong> tempo e dão ao indivíduo to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> informações/culturas<br />

possíveis, caben<strong>do</strong> a este apenas selecionar as <strong>de</strong>sejadas e apropriar-se <strong>de</strong>las. O homem<br />

contemporâneo po<strong>de</strong>, assim, montar a sua própria cultura.<br />

“Quan<strong>do</strong> me perguntam por minha i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> étnica ou nacionalida<strong>de</strong>, não consigo respon<strong>de</strong>r com<br />

uma palavra, pois minha i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> já possui repertórios múltiplos”.<br />

(trecho extraí<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro Culturas Híbridas)<br />

O multiculturalismo e o hibridismo são processos <strong>do</strong> pós-mo<strong>de</strong>rnismo que são vistos facilmente em<br />

diversas áreas <strong>de</strong> nossas vidas (fusion food, fusion music, empresas multinacionais que se<br />

adaptam ao território imigra<strong>do</strong>, feng -shui adapta<strong>do</strong> aos brasileiros...). A casa não foge à exceção.<br />

Atualmente <strong>de</strong>signers <strong>de</strong> interiores e arquitetos estão colocan<strong>do</strong> em seus projetos elementos <strong>de</strong><br />

estilos, épocas e nacionalida<strong>de</strong>s diferentes, fazen<strong>do</strong> com que estes se juntem e formem um<br />

ambiente que atenda às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conforto, tanto físico quanto emocional, <strong>do</strong> ser que habita<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le. Po<strong>de</strong>mos assim perceber que o multiculturalismo e o hibridismo nos interiores são uma<br />

conseqüência <strong>do</strong> momento em que estamos viven<strong>do</strong>, se consi<strong>de</strong>rarmos a casa como uma<br />

<strong>do</strong>cumentação <strong>de</strong> nós mesmos.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

PROBLEMÁTICA<br />

A minha finalida<strong>de</strong> ao realizar este trabalho é enten<strong>de</strong>r a relação multiculturalismo-interioreshabitante.<br />

Para tal fim achei que seria interessante analisar ambientes das diferentes casas <strong>do</strong> arquiteto Sig<br />

Bergamin, por ele ser um profissional que <strong>de</strong>ixa evi<strong>de</strong>nte em seus projetos as diversida<strong>de</strong>s étnicas.<br />

Tenho certeza <strong>de</strong> que a cada casa estudada nos introduzirá a uma cultura diferente <strong>do</strong> arquiteto,<br />

pois a nossa própria cultura vai se modifican<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong>s tempos.<br />

OBJETIVOS<br />

1. O que faz o habitante querer trazer diferentes culturas em seus ambientes?<br />

2. Como foi o processo <strong>de</strong> escolha das culturas presentes nos interiores da casa? Qual a<br />

ligação <strong>de</strong>ssas culturas com o habitante da casa?<br />

3. Como as diversas culturas aparecem na composição <strong>do</strong>s ambientes?<br />

4. De que forma Sig Bergamin integra/harmoniza o multiculturalismo em cada ambiente?<br />

5. Existem culturas híbridas presentes? Como elas aparecem nos espaços?<br />

6. Quais as semelhanças e as diferenças encontradas nas diferentes casas analisadas? Há<br />

alguma cultura que prevaleceu em todas as casas?<br />

METODOLOGIA<br />

1. Estu<strong>do</strong>/leitura: relação <strong>do</strong> homem pós-mo<strong>de</strong>rno com o multiculturalismo.<br />

2. Recolher informações (entrevistas, biografias) sobre o arquiteto Sig Bergamin. Juntar<br />

imagens <strong>de</strong> suas casas (revistas, livros, Internet, fotos).<br />

3. Analisar os ambientes, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> as culturas existentes e a forma como elas se<br />

integram.<br />

4. Entrevistar o arquiteto.<br />

5. Concluir o trabalho.<br />

RESULTADOS<br />

A Pós-Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é um mun<strong>do</strong> flui<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> tu<strong>do</strong> é incerto e está em constante e rápida<br />

transformação. Nesse mun<strong>do</strong> instável o homem contemporâneo tem como conceito <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> o<br />

carpe diem.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Viver o Pós-Mo<strong>de</strong>rnismo é viver o presente; viver o presente é viver sentin<strong>do</strong> prazeres/sensações.<br />

Tanto os objetos quanto os interiores <strong>de</strong>vem suprir as carências <strong>do</strong> indivíduo fornecen<strong>do</strong>-lhe<br />

prazeres sensoriais, experiências. Nesse contexto po<strong>de</strong>mos dizer que as culturas exóticas são<br />

ótimas para causá-los (pois conseguem estimular os cinco senti<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma forma totalmente<br />

<strong>de</strong>sconhecida).<br />

Interiores com diversida<strong>de</strong> étnica criam, certamente, experiências inusitadas. Observan<strong>do</strong> os<br />

ambientes <strong>de</strong> Sig Bergamin temos, como ele mesmo afirmou, a impressão <strong>de</strong> estarmos numa<br />

amostra da Casa Cor: a cada espaço, um novo mun<strong>do</strong>. Nesses mun<strong>do</strong>s não encontramos “culturas<br />

antigas”, mas sim culturas recolecionadas, culturas <strong>do</strong> próprio arquiteto. Nas diferentes casas<br />

analisadas não encontramos pre<strong>do</strong>minância uma <strong>de</strong> cultura, apenas pre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong> alguns<br />

gostos pessoais e necessida<strong>de</strong>s (predileção pelo azul e branco, sua paixão por flores e livros).<br />

O resgate às “culturas antigas” nos ambientes talvez possa trazer ao observa<strong>do</strong>r a falsa impressão<br />

<strong>de</strong> resgate às origens/às raízes, mas se consi<strong>de</strong>ramos a cultura como um padrão <strong>de</strong><br />

comportamento e pensamento, algo que possui uma tradição/que é passa<strong>do</strong> “em bloco” ao longo<br />

<strong>do</strong>s tempos, po<strong>de</strong>mos logo perceber que estes elementos culturais possuem apenas valores<br />

referenciais, sensoriais e estéticos. Essas culturas não são vivenciadas. Elas acabam sen<strong>do</strong><br />

empobrecidas pela simplificação, on<strong>de</strong> apenas a sua embalagem é absorvida.<br />

Multiculturalismo e hibridismo: quan<strong>do</strong> o indivíduo monta a sua própria cultura e a materializa num<br />

ambiente, ele está tentan<strong>do</strong>, <strong>de</strong> certa forma, criar/confirmar a sua individualida<strong>de</strong>/diferença através<br />

<strong>do</strong> visual.<br />

As novas culturas que vão surgin<strong>do</strong> têm por finalida<strong>de</strong> então, dar prazer através <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s e<br />

afirmar a individualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> homem contemporâneo. Quan<strong>do</strong> esta cultura <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> cumprir a sua<br />

função, acaba sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>scartada. Atualmente, as culturas não duram.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

COMUNICAÇÃO SOCIAL


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

CIRCO.MOV<br />

André Moreira Neves<br />

Profª. Msc Claudia Aparecida Garrocini (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A vi<strong>de</strong>oarte é uma forma <strong>de</strong> expressão artística, na qual o ví<strong>de</strong>o é o elemento principal. Cria-se<br />

uma nova linguagem, uma nova inter-relação entre imagem e especta<strong>do</strong>r. Esse tipo <strong>de</strong> arte surgiu<br />

nos anos sessenta, como meio artístico, em uma época em que os artistas procuravam um tipo <strong>de</strong><br />

arte contrária à alienação da TV.<br />

Para a realização <strong>do</strong> meu estu<strong>do</strong> em vi<strong>de</strong>oarte usarei o circo como referencial imagético, para tanto<br />

as criações <strong>de</strong>sses ví<strong>de</strong>os estão atreladas à captação <strong>de</strong> imagens no Galpão <strong>do</strong> Circo, que serão<br />

trabalhadas segun<strong>do</strong> o meu olhar <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o artista. Após a captação <strong>de</strong>ssas imagens segue o<br />

trabalho <strong>de</strong> edição nos programas Final Cut, inserção <strong>de</strong> efeitos com ajuda <strong>do</strong> programa A<strong>do</strong>be<br />

After Effects e inserções <strong>de</strong> experimentação em composição <strong>de</strong> áudio em Garage Band.<br />

O intuito <strong>de</strong>ssa edição é refletir sobre os processos e procedimentos artísticos utiliza<strong>do</strong>s na criação<br />

<strong>do</strong>s protótipos em vi<strong>de</strong>oarte, ressaltan<strong>do</strong> os efeitos <strong>de</strong> captação ou edição <strong>de</strong> imagem que<br />

consigam <strong>de</strong> certa forma agir no inconsciente e no consciente das pessoas, o interesse pelo circo.<br />

Os circos que chegam com <strong>de</strong>staque nas cida<strong>de</strong>s, com propaganda em diversos tipos <strong>de</strong> mídia,<br />

são geralmente os circos estrangeiros. São eles que têm apoio e oportunida<strong>de</strong>s para se<br />

mo<strong>de</strong>rnizarem e se tornarem extremamente capitalistas, sem apagar a chama da diversão e <strong>do</strong><br />

sonho no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> entretenimento e no coração das platéias. Cada vez mais criativo e inova<strong>do</strong>r, o<br />

circo se tornou business, e elitizan<strong>do</strong> seus especta<strong>do</strong>res nos países que visitam. Como é o caso <strong>do</strong><br />

“Cirque du Soleil”, que no Brasil as entradas mais baratas estão em torno <strong>de</strong> R$150,00.<br />

Levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso aos gran<strong>de</strong>s espetáculos, pensei na proposta <strong>de</strong><br />

produzir protótipos <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>oarte <strong>de</strong> um minuto cada, para publicação na internet tentan<strong>do</strong> aproximar<br />

a arte e o circo, <strong>de</strong> uma maneira inova<strong>do</strong>ra, utilizan<strong>do</strong> recursos tecnológicos possíveis na produção<br />

<strong>de</strong> peças audiovisuais.<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo da proposta <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>oarte é a realização <strong>de</strong> cinco obras audiovisuais com tema circo.<br />

O estu<strong>do</strong> tem alicerce nas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> efeitos <strong>de</strong> captação e principalmente edição <strong>de</strong><br />

imagens. Essas ferramentas tecnológicas permitem <strong>de</strong> certa forma uma mistura <strong>do</strong> fascínio<br />

imagético <strong>do</strong> circo trata<strong>do</strong> com outros elementos ví<strong>de</strong>ográficos também fascinantes: como a<br />

montagem, os planos <strong>de</strong> câmera, os movimentos <strong>de</strong> câmera e os efeitos já cita<strong>do</strong>s.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O objetivo secundário é a tentativa <strong>de</strong> aproximar novamente o circo na vida das pessoas que virem<br />

os vi<strong>de</strong>oartes. A proposta <strong>de</strong> cinco vi<strong>de</strong>oartes ainda dá margem para que elas sejam exibidas não<br />

só em emissoras educativas, mas na Internet, em sites como “youtube”, “fiz TV” e “My Space”, além<br />

da participação em festivais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o.<br />

METODOLOGIA<br />

- Pesquisa bibliográfica sobre vi<strong>de</strong>oarte;<br />

- Pesquisa <strong>de</strong> material audiovisual sobre circo;<br />

- Captação <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> circos, e escolas <strong>de</strong> circo;<br />

- Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> fazer direção <strong>de</strong> arte, e iluminação;<br />

- Estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> montagem das vi<strong>de</strong>oartes;<br />

- Análise <strong>de</strong> dvd’s <strong>de</strong> circos, making of’s e saber como funciona a estrutura <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

espetáculo;<br />

- Exercícios <strong>de</strong> edição;<br />

- Reflexão sobre o alcance comunicacional e artístico <strong>do</strong>s trabalhos edita<strong>do</strong>s.<br />

RESULTADOS<br />

Usei imagens <strong>de</strong> espetáculos <strong>do</strong> Cirque du Soleil, para fazer exercícios <strong>de</strong> edição, utilizan<strong>do</strong> o livro<br />

“Técnicas <strong>de</strong> Edição para Cinema e Ví<strong>de</strong>o”, me aprimoran<strong>do</strong> para as edições <strong>do</strong>s ví<strong>de</strong>os finais.<br />

Com o livro “Direção <strong>de</strong> Câmera” procurei saber quais os melhores planos <strong>de</strong> câmera para passar o<br />

significa<strong>do</strong> que queria, e para saber o que queria passar me apoiei nos livros “Da Fotografia à<br />

Realida<strong>de</strong> Virtual”, “Sintaxe da Linguagem Visual” e “A Arte <strong>do</strong> Ví<strong>de</strong>o”.<br />

Eu escolhi alguns efeitos para a realização <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s, eles são: mirror, sobreposições, inversão<br />

<strong>de</strong> cores, mosaic, solarize, crop, camera view, edge feather, Palette Knife e Dust e Scratches.<br />

Utilizei, em boa parte <strong>do</strong>s ví<strong>de</strong>os, um efeito por obra áudio visual, assim dan<strong>do</strong> mais ênfase para<br />

cada efeito, justamente para não ficar tão poluí<strong>do</strong>, pois procuro um tipo <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>oarte que agra<strong>de</strong> o<br />

olhar e que promova um bem-estar visual, soma<strong>do</strong>s à magia das imagens <strong>de</strong> espetáculo circense.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

CIRCO.DOC<br />

Danilo Leôncio <strong>de</strong> Souza Oliveira<br />

Profª. Msc. Claudia Aparecida Garrocini (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O trabalho traz uma análise da sobrevivência <strong>do</strong> Circo nos dias <strong>de</strong> hoje. Acredita-se que com o<br />

crescimento da tecnologia o circo foi per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> seu brilho.<br />

O circo não é composto por apenas estruturas físicas: a lona, o mastro e a gran<strong>de</strong> arquibancada,<br />

mas também por estruturas emocionais: o filho <strong>do</strong> palhaço que é trapezista e a mãe que é bailarina.<br />

A essência não está apenas no dinheiro arrecada<strong>do</strong> na bilheteria ou nos saquinhos <strong>de</strong> pipoca, mas<br />

no sorriso inocente <strong>de</strong> uma criança ao ver o velho palhaço atrapalha<strong>do</strong>.<br />

Pensan<strong>do</strong> neste contexto, o <strong>do</strong>cumentário “Circo.<strong>do</strong>c”, preten<strong>de</strong> relatar <strong>de</strong>poimentos, fatos e<br />

espetáculos que compreen<strong>de</strong> uma cultura que as pessoas estão esquecen<strong>do</strong>.<br />

O trabalho resgata a riqueza, a essência e a magia <strong>do</strong> circo e registra em ví<strong>de</strong>o a beleza <strong>do</strong>s<br />

movimentos <strong>do</strong>s espetáculos.<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo é resgatar a beleza <strong>do</strong> espetáculo circense em “drops” audiovisuais <strong>de</strong>dica<strong>do</strong>s ao gran<strong>de</strong><br />

público.<br />

Nesta pesquisa são apresenta<strong>do</strong>s mínis <strong>do</strong>cumentários no qual cada <strong>do</strong>cumentário apresentará a<br />

categoria <strong>de</strong> cada artista circense e sua cultura com relação ao espetáculo proposto.<br />

Procura-se evi<strong>de</strong>nciar mínis <strong>do</strong>cumentários no formato <strong>de</strong> curta-metragem com intuito <strong>de</strong> exibição<br />

em emissoras educativas, já que muitas <strong>de</strong>las nos horários <strong>de</strong> intervalo, utilizam-se <strong>de</strong> interprogramas<br />

<strong>de</strong> um minuto; e na internet em sites como “you tube” ou “fiz TV”, que também têm<br />

suporte a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para esse formato.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia estabelecida se constitui na captação <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong> circos itinerantes e entrevista<br />

<strong>de</strong> artistas que relatam suas experiências, como vivem, há quanto tempo estão no circo, ou como<br />

apren<strong>de</strong>ram essa arte. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> montagem <strong>do</strong>s “drops” <strong>de</strong> um minuto com linguagem<br />

acessível para todas as pessoas. Refletir sobre o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> comunicação <strong>do</strong>s trabalhos edita<strong>do</strong>s.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

Através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>, fica possível refletir que o circo é uma arte mágica, não só apenas<br />

pelos números que impressionam a platéia, mas primeiramente pelo significa<strong>do</strong> que tem na vida <strong>de</strong><br />

cada artista.<br />

To<strong>do</strong> projeto provém <strong>de</strong> uma concepção, um ponto <strong>de</strong> partida relaciona<strong>do</strong> com o momento cultural<br />

e histórico no ato <strong>de</strong> sua criação. O trabalho <strong>de</strong> pesquisa resulta em mínis <strong>do</strong>cumentários<br />

“Circo.<strong>do</strong>c”. A proposta consistia principalmente em <strong>do</strong>cumentar profissionais circenses ainda<br />

atuantes nos dias <strong>de</strong> hoje e mostrar <strong>de</strong> forma simples “drops” <strong>de</strong> um minuto com uma linguagem<br />

acessível mostran<strong>do</strong> para todas as pessoas um pouco <strong>do</strong> que é esse imenso mun<strong>do</strong> circense.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ARTE NA BANCA: A CULTURA EM BROCHURA<br />

Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> recepção<br />

Alessandra Rios<br />

Marcio Fransciquetti<br />

Prof. Msc. Eliane Aparecida Andreoli (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Cada vez mais se tem nota<strong>do</strong> a oferta <strong>de</strong> produtos relaciona<strong>do</strong>s à arte em bancas <strong>de</strong> jornal e<br />

revistas. Essa é uma tendência comum em muitos países, inclusive no Brasil.<br />

Já não são apenas as livrarias os únicos locais on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> encontrar e adquirir livros, CDs, DVDs<br />

e outros produtos que divulgam imagens, textos, idéias e conceitos <strong>de</strong> arte.<br />

Dentre várias reproduções <strong>de</strong> artes, dispostas nas bancas, foi escolhida a promoção lançada pela<br />

Editora CARAS S.A. em 2007, sob o título: “As pinturas mais valiosas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”. Houve um<br />

acompanhamento em to<strong>do</strong>s os processos: <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o lançamento, a distribuição e circulação <strong>do</strong>s<br />

exemplares nas bancas, até o fechamento da promoção.<br />

A pesquisa surge com o intuito <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r questionamentos sobre essa nova realida<strong>de</strong><br />

(popularização da arte): ocorre, <strong>de</strong>ssa forma, uma verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>mocratização da arte? O consumo<br />

da arte massifica<strong>do</strong> implica em uma absorção significativa <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong> que forma a publicida<strong>de</strong><br />

influencia no consumo <strong>de</strong>sses produtos?<br />

Para chegar a resulta<strong>do</strong>s concretos, a investigação não se limitou apenas a pesquisas com<br />

consumi<strong>do</strong>res <strong>de</strong>ssas reproduções, mas se <strong>de</strong>s<strong>do</strong>brou ao estu<strong>do</strong> sobre os objetivos e estratégias<br />

<strong>de</strong> marketing, trabalha<strong>do</strong>s nas peças publicitárias veiculadas.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

Existe uma tendência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 90, das revistas e jornais em trabalhar com promoções<br />

similares às da Revista Caras, objeto <strong>de</strong>ssa pesquisa, que oferecem reproduções <strong>de</strong> pinturas e<br />

brin<strong>de</strong>s personaliza<strong>do</strong>s com obras <strong>de</strong> arte.<br />

A pesquisa po<strong>de</strong> ajudar a esclarecer a viabilida<strong>de</strong> em promover a venda <strong>de</strong>ssas revistas, ao utilizar<br />

a reprodução como composto <strong>do</strong> mix <strong>de</strong> marketing. (O mix <strong>de</strong> marketing é um conjunto <strong>de</strong> quatro<br />

variáveis utilizadas para otimizar a performance <strong>de</strong> vendas, são elas: Produto, Preço, Praça e<br />

Promoção. As reproduções das obras <strong>de</strong> arte se enquadram no composto Promoção, conceito<br />

utiliza<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> promover algo, aqui, no caso a própria Revista CARAS).


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

As investigações também po<strong>de</strong>m comprovar como a publicida<strong>de</strong> se utiliza <strong>de</strong> mensagens explícitas<br />

e implícitas em seu discurso, disfarçan<strong>do</strong> a ambigüida<strong>de</strong> em sua fala para direcionar o consumi<strong>do</strong>r<br />

a duas etapas principais: à ação <strong>de</strong> compra e ao processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> imagem <strong>do</strong> produto –<br />

revista. A reprodução da obra <strong>de</strong> arte gera um posicionamento positivo, ao associar a revista às<br />

artes.<br />

OBJETIVOS<br />

Através da pesquisa preten<strong>de</strong>-se provar que o consumo <strong>de</strong> bens culturais, distribuí<strong>do</strong>s em<br />

promoções <strong>de</strong> mídias impressas, é usa<strong>do</strong> como meio <strong>de</strong> alavancar as vendas, servin<strong>do</strong> como parte<br />

integrante <strong>do</strong> mix <strong>de</strong> marketing. O bem cultural é um meio <strong>de</strong> intensificar as vendas <strong>de</strong> um produto,<br />

mas por si não po<strong>de</strong> se tornar conheci<strong>do</strong>, se utilizan<strong>do</strong> da publicida<strong>de</strong> para este fim.<br />

O objetivo da pesquisa é <strong>de</strong>monstrar como a Revista CARAS aliou estratégia <strong>de</strong> marketing e<br />

publicida<strong>de</strong> na promoção “As pinturas mais valiosas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”, aumentan<strong>do</strong> suas vendas ao<br />

mesmo tempo em que cria uma imagem positiva, pois liga a Revista ao incentivo às artes.<br />

METODOLOGIA<br />

Inicialmente foi <strong>de</strong>bati<strong>do</strong> o percurso i<strong>de</strong>al para realizar a pesquisa. Esclarecer como exatamente<br />

cada um <strong>de</strong> nós compreendia os temas e as suas intersecções. Para subsidiar os conceitos <strong>de</strong><br />

cada um, partimos para o levantamento bibliográfico, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se os temas <strong>de</strong> teoria da<br />

comunicação, recepção, cultura e arte, sen<strong>do</strong> eleitos os autores A<strong>do</strong>rno, Walter Benjamim e Ernest<br />

Fischer. Na segunda etapa, fomos à busca e seleção <strong>de</strong> bancas <strong>de</strong> jornal que trabalharam com a<br />

revista Caras e as quais estariam dispostas a dar entrevistas. Simultaneamente, buscamos<br />

entrevistar algum responsável da revista Caras, que pu<strong>de</strong>sse informar e esclarecer as nossas<br />

questões. E assim entrevistamos o Sr. Pablo Pizzutiello, responsável pela promoção “As pinturas<br />

mais valiosas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>”. Ainda como recurso meto<strong>do</strong>lógico assistimos à peça teatral “Teatro /<br />

Merca<strong>do</strong>ria”, a qual possibilitou discussões, acerca <strong>de</strong> conceitos e função da arte.<br />

RESULTADOS<br />

Com base nos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s na pesquisa até o presente momento é possível apresentar os<br />

objetivos <strong>de</strong> marketing da Revista CARAS ao trabalhar com reproduções <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> arte através<br />

<strong>de</strong> uma entrevista realizada com o Sr. Pablo Pizzutiello, diretor comercial da revista CARAS. Ele<br />

informou que existe uma tendência no Brasil e em vários países da Europa em trabalhar com<br />

promoções veiculadas a obras <strong>de</strong> arte, pois além <strong>de</strong> “anabolizar” as vendas, geran<strong>do</strong> um fluxo<br />

maior <strong>de</strong> circulação <strong>do</strong>s exemplares da revista, a reprodução da obra <strong>de</strong> arte, acoplada, neste caso,<br />

aos brin<strong>de</strong>s ofereci<strong>do</strong>s durante a promoção, geram alto valor percebi<strong>do</strong> ao consumi<strong>do</strong>r.<br />

Existe, porém, um segun<strong>do</strong> ponto a ser aborda<strong>do</strong>: o fato da estratégia <strong>de</strong> marketing ter si<strong>do</strong>


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

direcionada ao aumento das vendas, sem preocupação significativa com a <strong>de</strong>mocratização da arte,<br />

não implica, necessariamente, na anulação <strong>de</strong>ssa possibilida<strong>de</strong>, embora a aquisição e<br />

transformação <strong>do</strong> conhecimento seja mais relacionada à vonta<strong>de</strong> pré-existente <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, que<br />

pela influência das estratégias <strong>de</strong> marketing e comunicação. Além <strong>do</strong> impulso ao consumo <strong>de</strong> artes,<br />

motiva<strong>do</strong> pelas campanhas publicitárias, existe a necessida<strong>de</strong> interior <strong>do</strong> homem em ser “algo mais<br />

que ele mesmo” e ele se utiliza da arte como forma <strong>de</strong> pensar e expressar suas idéias, sentimentos<br />

e emoções. O consumo das reproduções, motiva<strong>do</strong> pelos brin<strong>de</strong>s, ocorre, antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao<br />

valor percebi<strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> a esses brin<strong>de</strong>s, a partir <strong>do</strong> momento em que neles está ilustra<strong>do</strong> o<br />

Retrato <strong>de</strong> Adèle Bloch-Bauer, <strong>de</strong> Gustav Klimt, um retrato não tão famoso, mas que foi altamente<br />

promovi<strong>do</strong> e leva<strong>do</strong> a conhecimento <strong>do</strong> público, através <strong>de</strong> campanhas publicitárias.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

TEORIA DA CORES: O LARANJA DO BANCO ITAÚ S/A.<br />

Deise Carvalho Ramos<br />

Prof. Msc. Eliane Aparecida Andreoli (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Des<strong>de</strong> a escolha <strong>de</strong> qual cor <strong>de</strong> blusa comprar à escolha <strong>de</strong> quais pigmentos eram utiliza<strong>do</strong>s por<br />

pintores renascentistas permeiam minhas dúvidas e o meu interesse em estudar as cores e,<br />

conseqüentemente focar tal tema em meu projeto. De valiosas curiosida<strong>de</strong>s aos misteriosos<br />

significa<strong>do</strong>s construí<strong>do</strong>s pela história <strong>do</strong>s homens, fundamentam o meu interesse e me<br />

impulsionam “mergulhar” nas cores.<br />

Depois <strong>de</strong> algumas aulas referentes ao estu<strong>do</strong> das cores, pu<strong>de</strong> perceber o quanto as cores estão<br />

presentes em nossas vidas, chegan<strong>do</strong> ao ponto <strong>de</strong> conseguir <strong>de</strong>tectar a importância <strong>de</strong>las na<br />

comunicação, buscan<strong>do</strong> focar e enten<strong>de</strong>r como é a diferença das apresentações <strong>de</strong> campanhas<br />

publicitárias na busca da cor certa.<br />

Busca-se discutir <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> inicial a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da importância das cores na<br />

comunicação e como sua forma é composta para a utilização na Publicida<strong>de</strong> e na Propaganda<br />

como forma <strong>de</strong> Expressão e Comunicação.<br />

Com isso, preten<strong>de</strong>-se ampliar e contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> tema, amplian<strong>do</strong> e<br />

<strong>de</strong>smistifican<strong>do</strong> o conceito cor para outras áreas <strong>do</strong> conhecimento, no caso, a Comunicação como<br />

um to<strong>do</strong>, além <strong>do</strong> foco em Publicida<strong>de</strong> e Propaganda.<br />

OBJETIVO E JUSTIFICATIVA<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> estudar a importância das cores na comunicação, serão realizadas análises da<br />

cor laranja na logomarca <strong>do</strong> Banco Itaú S/A, juntamente com todas as modificações realizadas até<br />

os dias atuais. Focar-se-á também a última campanha publicitária e análise externa <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong><br />

vendas (PDV).<br />

Com isso, objetiva-se ampliar o estu<strong>do</strong> das cores na Comunicação, com o objetivo <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r sua<br />

utilização na Publicida<strong>de</strong> e Propaganda, pois se percebe <strong>de</strong>ntro da literatura <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong> e<br />

Propaganda pouco foco em tal tema, sen<strong>do</strong> necessária uma ampliação e maior discussão,<br />

possibilitan<strong>do</strong> assim maiores questionamentos e futuras novas pesquisas.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

Para a realização <strong>do</strong> projeto, primeiros passos foram da<strong>do</strong>s: levantamento bibliográfico, leitura <strong>de</strong><br />

textos para o conhecimento das cores e suas teorias, possibilitan<strong>do</strong> assim, uma formulação e<br />

embasamento para orientar a pesquisa.<br />

Após tal levantamento, um foco <strong>de</strong> pesquisa foi traça<strong>do</strong> e uma cor foi selecionada. Analisa-se e se<br />

contextualiza a cor laranja na comunicação no Banco Itaú S/A.<br />

Em paralelo à <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> pesquisa, foram agrega<strong>do</strong>s outros pontos <strong>de</strong> análise: estu<strong>do</strong><br />

da modificação da logomarca, a cor laranja nas campanhas publicitárias e análise externa <strong>do</strong> ponto<br />

<strong>de</strong> venda (PDV), objetivan<strong>do</strong> abranger as modificações da comunicação visual até o século XXI por<br />

meio <strong>de</strong> uma leitura semiótica.<br />

Concluin<strong>do</strong> o projeto, serão realizadas pesquisas qualitativas com pessoas físicas e jurídicas<br />

correntistas <strong>do</strong> banco, com o objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar qual a relevância da alteração <strong>do</strong> logo através da<br />

inserção da cor laranja.<br />

RESULTADOS<br />

Dentre os instrumentos utiliza<strong>do</strong>s para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> pesquisa, conseguimos<br />

i<strong>de</strong>ntificar que houve uma significativas percepção <strong>do</strong>s correntistas <strong>do</strong> banco na alteração <strong>do</strong> logo<br />

<strong>do</strong> Banco Itaú S/A.<br />

De acor<strong>do</strong> com os resulta<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>-se observar que parte <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s enten<strong>de</strong>ram a<br />

mudança como uma forma <strong>de</strong> renovação <strong>do</strong> logo, com a interpretação <strong>de</strong> que a cor preta<br />

pre<strong>do</strong>minante no logo era muito forte e representava um sinônimo <strong>de</strong> tristeza, morte.<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssas respostas, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Farina (1990) e Danger (1973) a combinação das cores<br />

afeta o la<strong>do</strong> psicológico das pessoas, on<strong>de</strong> a combinação po<strong>de</strong> causar efeitos como <strong>de</strong> excitação,<br />

urgência, contentamento, calma, vulgarida<strong>de</strong>, melancolia e no exemplo acima, tristeza e morte.<br />

Os entrevista<strong>do</strong>s possuem a opinião <strong>de</strong> que com a alteração ocorrida melhorou a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> visual<br />

da empresa, pois a maioria <strong>de</strong>sses não conhecia o significa<strong>do</strong> da utilização da cor preta, pois a<br />

mesma estava relacionada com a expressão Itaú, cuja tradução é pedra preta.<br />

Ulilizan<strong>do</strong>-se a Semiótica (SANTAELLA, 1998), <strong>de</strong>staca-se que os correntistas <strong>do</strong> banco percebem<br />

a cor preta (Percepto), pois a mesma inicialmente não vem com o rótulo estimulan<strong>do</strong> a percepção.<br />

Todavia, por meio da conversão <strong>do</strong> Percepto em Percipuum, há uma adaptação às condições<br />

mentais <strong>do</strong>s esquemas sensórios.<br />

No caso <strong>do</strong>s correntistas, há uma adaptação em seus esquemas sensórios após a apresentação da<br />

pergunta inicial (Em sua opinião o que diferencia o logo <strong>do</strong> Banco Itaú S/A. <strong>de</strong> 1972, com o <strong>de</strong><br />

1982/1983?), na qual a cor preta é traduzida em sensação, imagem e convertida em Percipuum<br />

com o auxílio <strong>do</strong> Juízo Perceptivo.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Por meio <strong>do</strong> Juízo Perceptivo, a cor é traduzida em esquemas sensoriais, cain<strong>do</strong> no fluxo <strong>do</strong><br />

pensamento. Nisso, há um julgamento <strong>de</strong> percepção, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> aquilo o que estamos<br />

interpretan<strong>do</strong>, ou seja, o juízo <strong>de</strong> valor.<br />

No caso da cor preta, apresentada como estímulo bruto é traduzida pelos esquemas sensoriais e é<br />

julgada a partir <strong>do</strong> Juízo Perceptivo, ou seja, os correntistas julgam a cor como um sinônimo, morte.<br />

Nisso, pontua-se que a cor exerce influência <strong>de</strong>cisiva nos olhos <strong>do</strong>s seres humanos, afeta a<br />

ativida<strong>de</strong> muscular, mental, nervosa (GUIMARÃES, 2004; FARINA, 1990; LACY, 1989; DANGER,<br />

1973; DEL NEGRO, 1962), po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> se tornar um ponto importante no interesse <strong>do</strong> público pelo<br />

produto, serviço ou marca.<br />

Dentre os participantes, 70% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s se sentiram satisfeitos com a mudança realizada<br />

pela empresa e os <strong>de</strong>mais 30% afirmaram que não gostaram da alteração, justamente por<br />

conhecerem o significa<strong>do</strong> da expressão Itaú, informan<strong>do</strong> que a cor laranja, foi utilizada apenas para<br />

chamar atenção da marca e para ajudar em ações <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> e propaganda da empresa.<br />

Segun<strong>do</strong> (1973) muitas vezes as pessoas não sabem da importância da cor, <strong>do</strong> quanto ela é capaz<br />

<strong>de</strong> persuadir o consumi<strong>do</strong>r na hora da aquisição, estimulan<strong>do</strong> um impulso <strong>de</strong> compra a ponto <strong>de</strong><br />

ven<strong>de</strong>r e atrair a atenção, como foi dito pelos correntistas.<br />

Entretanto, os próprios correntistas colocam a questão <strong>de</strong> que se a cor influenciará ou não a<br />

aquisição <strong>de</strong> um serviço, como no caso <strong>do</strong> banco. Há certos produtos em que a cor não será<br />

responsável ou não influenciará tanto na sua aquisição, pois são produtos que ven<strong>de</strong>m mais os<br />

serviços presta<strong>do</strong>s que a sua própria aparência (KOTLER, 1998; DANGER, 1973).<br />

Contu<strong>do</strong>, no processo <strong>de</strong> venda é muito importante, pois os clientes po<strong>de</strong>m comprar porque gostam<br />

ou necessitam, escolhen<strong>do</strong> a cor que lhes agrada (KOTLER, 1998; DANGER, 1973).


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A COMUNICAÇÃO PUBLICITÁRIA DA ONG PROJETO TESOURINHA<br />

UM ESTUDO DE CASO<br />

Ana Paula Pinto Gomes<br />

Cristiana Moreira Bastos<br />

Prof. Ms. José Ronal<strong>do</strong> Alonso Mathias (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Nos meios <strong>de</strong> comunicação, como a publicida<strong>de</strong>, muitas vezes recebemos excesso <strong>de</strong> informações<br />

publicitárias que, em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras, promovem as discussões <strong>de</strong> assuntos pertinentes ao<br />

indiscrimina<strong>do</strong> assunto conheci<strong>do</strong> como "Terceiro Setor". Cada vez mais, empresas privadas<br />

tornam públicas, via propagandas e outras comunicações dirigidas, ações voltadas às questões<br />

sociais. É <strong>de</strong> fundamental importância que a publicida<strong>de</strong> esclareça a socieda<strong>de</strong> quanto às reais<br />

vantagens oferecidas pelos serviços presta<strong>do</strong>s por empresas privadas, ONG entre outras<br />

instituições com ou sem fins lucrativos.<br />

Nesse senti<strong>do</strong>, é necessário compreen<strong>de</strong>r as relações estabelecidas entre "Terceiro Setor", setor<br />

priva<strong>do</strong> e a população mais carente que, no Brasil, teoricamente é o alvo principal das ações<br />

filantrópicas. Des<strong>de</strong> a qualificação <strong>do</strong>s profissionais envolvi<strong>do</strong>s no chama<strong>do</strong> terceiro setor bem<br />

como a interação com a população mais carente, através <strong>de</strong> material publicitário, fornecem<br />

subsídios para compreen<strong>de</strong>r a lógica que sustenta a chamada responsabilida<strong>de</strong> social no Brasil.<br />

Assim buscaremos pesquisar projetos publicitários que tenham este foco, como o Projeto<br />

Tesourinha. Assim, a pesquisa visa, um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação mais utiliza<strong>do</strong>s pelas<br />

ONGs e quais são suas ferramentas publicitárias mais utilizadas.<br />

JUSTIFICATICA E OBJETIVOS<br />

O principal objetivo é apontar as principais campanhas publicitárias institucionais e as mais<br />

recorrentes linguagens utilizadas para a divulgação <strong>do</strong> "Terceiro Setor". Pontuar se realmente há<br />

ou não carência em suas estratégias <strong>de</strong> comunicação,<br />

sinalizar o que está realmente impossibilitan<strong>do</strong> uma real interação para com a população carente.<br />

Para esta reflexão é necessária uma análise capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver os fluxos <strong>de</strong> informação, ou<br />

seja, a maneira como é criada a campanha publicitária e seu real po<strong>de</strong>r comunicacional.<br />

Como a população carente, a priori é a principal consumi<strong>do</strong>ra <strong>de</strong>stes serviços <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

social, o veículo <strong>de</strong> comunicação, em princípio, tem que ser direciona<strong>do</strong> a eles, possuin<strong>do</strong> uma


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

linguagem diferenciada. Será importante consi<strong>de</strong>rar também aspectos que envolvam o grau <strong>de</strong><br />

interação <strong>de</strong>sse público.<br />

Nossa pesquisa objetiva a análise <strong>de</strong> uma campanha publicitária em específico. Focalizamos o<br />

trabalho publicitário que tem se proposto a informar e apresentar da<strong>do</strong>s que acreditamos nos<br />

permitirá enten<strong>de</strong>r a dinâmica tanto da ONG em si, como da linguagem comunicacional por ela<br />

utilizada.<br />

A escolha <strong>do</strong> Projeto Tesourinha se <strong>de</strong>u em função <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> volta<strong>do</strong> a comparação <strong>de</strong> casos, ou<br />

seja, um mo<strong>de</strong>lo que aparentemente correspon<strong>de</strong> às expectativas <strong>do</strong> público, e talvez outro que<br />

não o faça. Escolhemos o Terceiro Setor por se tratar <strong>de</strong> um tema intrigante <strong>de</strong> nossa socieda<strong>de</strong>, a<br />

qual sempre está ávida por soluções e <strong>de</strong> pouco esclarecimento social. Assim, como são raras,<br />

quase inexistentes as campanhas publicitárias <strong>de</strong> ONG no Brasil, preten<strong>de</strong>mos encontrar algumas<br />

respostas que fundamentem este tipo <strong>de</strong> escolha, ou seja, a resistência à publicida<strong>de</strong>, por parte <strong>de</strong><br />

algumas Ongs.<br />

METODOLOGIA<br />

Utilizaremos no projeto <strong>de</strong> pesquisa bibliografias, trabalhan<strong>do</strong> com textos específicos sobre as<br />

ONGs, a crise no Esta<strong>do</strong>, suas <strong>de</strong>ficiências em atendimento ao publico carente, bem como<br />

pesquisa sobre análises <strong>de</strong> discurso, teorias, linguagens publicitárias, pesquisa <strong>de</strong> campo por meio<br />

<strong>de</strong> questionários e entrevistas com os responsáveis pela ONG "Projeto Tesourinha", e, se possível<br />

com alguns profissionais da área <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>.<br />

RESULTADOS<br />

A maioria <strong>do</strong>s autores e estudiosos das funções das ONGs i<strong>de</strong>ntificou alguns pontos negativos<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a não utilização da publicida<strong>de</strong>, o que torna a comunicação insuficiente para o gran<strong>de</strong><br />

sucesso <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto social que a mesma procura transformar.<br />

Acreditamos que a "Propaganda como alma <strong>do</strong> negócio" continua sen<strong>do</strong> uma arma po<strong>de</strong>rosa para<br />

que a população carente tenha ciência quanto à existência <strong>de</strong>sta ou daquela ONG que po<strong>de</strong>rá<br />

atendê-la conforme suas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Com a informação (publicitária) a população se tornará mais exigente, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> selecionar as<br />

propostas mais a<strong>de</strong>quadas à solução <strong>de</strong> seus problemas. Teoricamente conforme a lógica, o<br />

amadurecimento das relações entre as organizações pertencentes ao terceiro setor e a população<br />

carente, ten<strong>de</strong> a fomentar uma crescente busca, por parte das ONGs, <strong>do</strong>s serviços publicitários.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESPONSABILIDADE SOCIAL NA GESTÃO DE MARCAS<br />

Carolina Martins <strong>de</strong> Menezes Teixeira<br />

Prof. Ms. José Ronal<strong>do</strong> Alonso Mathias (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A pesquisa tem como princípio analisar a Responsabilida<strong>de</strong> Social diante da gestão <strong>de</strong> marcas nos<br />

tempos atuais.<br />

Hoje em dia as marcas não representam apenas um produto, elas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> simplesmente<br />

nomear e passaram a agregar valores e atributos que transcen<strong>de</strong>m ao produto e alcançam a<br />

empresa e seus componentes. Por esses motivos, uma gestão <strong>de</strong> marcas bem sucedida torna-se<br />

porta <strong>de</strong> entrada no merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e auxiliam fortemente no crescimento, fortalecimento e<br />

permanência da empresa.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, a análise da Responsabilida<strong>de</strong> Social confrontan<strong>do</strong> com a gestão <strong>de</strong> marcas e o<br />

papel da empresa, po<strong>de</strong>m revelar importantes consi<strong>de</strong>rações que conduzam a uma gestão eficaz e<br />

bem sucedida.<br />

Para a área <strong>de</strong> comunicação social, especificamente a Publicida<strong>de</strong> e Propaganda, essa análise nos<br />

permitirá ter visões e conhecimentos básicos que fundamentaram possíveis estratégias <strong>de</strong> gestão<br />

<strong>de</strong> marcas.<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa é analisar o contexto social brasileiro <strong>do</strong>s últimos 25 anos e o crescente<br />

interesse e exigência da socieda<strong>de</strong> por empresas socialmente responsáveis e a relação que essa<br />

corrente <strong>de</strong> pensamento apresenta ante a gestão <strong>de</strong> marcas.<br />

METODOLOGIA<br />

Para analisar a socieda<strong>de</strong> social brasileira <strong>do</strong>s dias atuais é necessário uma revisão bibliográfica<br />

sobre temas como neoliberalismo, função <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, gestão <strong>de</strong> marcas e responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

Assim a leitura <strong>de</strong> autores como Naomi Klein, Manuel Castells e Andrea Semprini entre outros.<br />

Além <strong>de</strong>stas fontes bibliográficas também serão analisa<strong>do</strong>s sites, ví<strong>de</strong>os e outros materiais que<br />

forem necessários ao longo da escrita.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

Atualmente cada vez mais o priva<strong>do</strong> ocupa o espaço <strong>do</strong> público. As gestões governamentais<br />

per<strong>de</strong>m credibilida<strong>de</strong> e espaço conforme as gran<strong>de</strong>s multinacionais ganham a amiza<strong>de</strong> entre a<br />

socieda<strong>de</strong>, buscan<strong>do</strong> através da responsabilida<strong>de</strong> social garantir seus lucros.<br />

As marcas atualmente são as portas <strong>de</strong> entrada das gran<strong>de</strong>s corporações, é através <strong>de</strong>las que<br />

suas relações com o consumi<strong>do</strong>r e com a socieda<strong>de</strong> se firmam.<br />

Diariamente a socieda<strong>de</strong> é exposta a inúmeras propagandas e propostas feitas por essas marcas<br />

que explicitam sua participação ativa na socieda<strong>de</strong>. Essas ações sociais que são reveladas à<br />

socieda<strong>de</strong> nos mostram propósitos divergentes, pois ao mesmo tempo em que a empresa se<br />

compromete com a socieda<strong>de</strong>, ela também visa seu lucro e estabilida<strong>de</strong>.<br />

A análise <strong>de</strong>sse processo <strong>de</strong> gestão através da responsabilida<strong>de</strong> social visa enten<strong>de</strong>r como essa<br />

proposta é aceita pela socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma tão satisfatória e como a mesma vem a contribuir para a<br />

construção <strong>de</strong> uma marca respeitada e sempre lembrada por to<strong>do</strong>s.<br />

Para compreen<strong>de</strong>r o cenário em que essa gestão <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social se <strong>de</strong>senvolve, é<br />

preciso compreen<strong>de</strong>r o papel <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> nos dias atuais e o das gran<strong>de</strong>s multinacionais na<br />

socieda<strong>de</strong>.<br />

O início da chamada Responsabilida<strong>de</strong> Social no contexto brasileiro ocorreu em meio a tensões<br />

econômicas e políticas, a partir da década <strong>de</strong> 80, que alertaram a socieda<strong>de</strong> quanto ao papel <strong>de</strong><br />

empresas e <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> juntamente com as medidas que <strong>de</strong>veriam ser tomadas para o crescimento<br />

<strong>de</strong> um país.<br />

É num contexto <strong>de</strong> tensões e <strong>de</strong> mudanças que surge a prática da Responsabilida<strong>de</strong> Social,<br />

permitin<strong>do</strong> às gran<strong>de</strong>s Marcas encontrarem uma importante oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fortalecimento e<br />

redimensionamento <strong>de</strong> suas imagens perante a socieda<strong>de</strong>.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESPONSABILIDADE SOCIAL OU MARKETING SOCIAL?<br />

ÉTICA NA GESTÃO DE PROJETOS SOCIAIS<br />

Diego <strong>de</strong> Campos Sabor<br />

Prof. Ms. José Ronal<strong>do</strong> Alonso Mathias (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

No atual contexto socioeconômico em que vivemos, a Responsabilida<strong>de</strong> Social Empresarial <strong>de</strong>ixou<br />

<strong>de</strong> ser uma tendência e diferencial das organizações e passou a ser consi<strong>de</strong>rada como uma<br />

ferramenta <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong> marketing.<br />

A gestão <strong>de</strong> forma transparente e ética com to<strong>do</strong>s os públicos <strong>de</strong> uma empresa e a compatibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> metas empresariais que respeitem o meio ambiente e o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, sempre<br />

promoven<strong>do</strong> a redução das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais e respeitan<strong>do</strong> a diversida<strong>de</strong>, para as futuras<br />

gerações, é consi<strong>de</strong>rada Responsabilida<strong>de</strong> Social Empresarial.<br />

Para Vázquez a ética é “a teoria ou ciência <strong>do</strong> comportamento moral <strong>do</strong>s homens em socieda<strong>de</strong>”.<br />

Essa ciência <strong>do</strong> comportamento moral, a ética, tem sua função igual à <strong>de</strong> todas as teorias, <strong>de</strong><br />

explicar, esclarecer e investigar <strong>de</strong>terminada realida<strong>de</strong>, elaboran<strong>do</strong> seus conceitos correspon<strong>de</strong>ntes<br />

da realida<strong>de</strong> ou forma <strong>de</strong> comportamento humano, ou seja, o da moral, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> ainda sua<br />

totalida<strong>de</strong>, diversida<strong>de</strong> e varieda<strong>de</strong>. Como teoria, ela está naquilo que explica e não no fato <strong>de</strong><br />

prescrever ou recomendar com vistas à ação em situações concretas.<br />

A ética é à base da gestão <strong>de</strong> projetos sociais, ou Responsabilida<strong>de</strong> Social Empresarial, pois<br />

expressa os princípios e valores da organização. Quan<strong>do</strong> tratamos <strong>do</strong> bem-estar <strong>do</strong> ser humano ou<br />

<strong>do</strong> meio ambiente precisamos seguir um conjunto <strong>de</strong> normas pré-estabelecidas pela socieda<strong>de</strong> na<br />

qual a organização preten<strong>de</strong> atuar para que possamos compreen<strong>de</strong>r as necessida<strong>de</strong>s e<br />

expectativas daquele nicho.<br />

O profissional <strong>de</strong> Relações Públicas <strong>de</strong>ve atuar na Responsabilida<strong>de</strong> Social sempre <strong>de</strong> forma<br />

transparente e coerente, buscan<strong>do</strong> agregar valores tanto para a organização quanto para seus<br />

públicos, direcionan<strong>do</strong> as ações da empresa para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável da socieda<strong>de</strong> e<br />

<strong>do</strong> meio ambiente.<br />

Por que a Responsabilida<strong>de</strong> Social Empresarial é tão importante para uma organização e por que é<br />

utilizada como ferramenta <strong>de</strong> comunicação e/ou <strong>de</strong> marketing? O objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa é<br />

<strong>de</strong>scobrir tais indagações.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

OBJETIVOS<br />

Enten<strong>de</strong>r como a empresa privada faz ações <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social visan<strong>do</strong>-a como<br />

empreendimento e utilizan<strong>do</strong>-a como ferramenta <strong>de</strong> comunicação ou marketing. Averiguar on<strong>de</strong><br />

está o limite entre a Responsabilida<strong>de</strong> Social e o Marketing Social.<br />

METODOLOGIA<br />

Este estu<strong>do</strong> utilizará como referência bibliografias nas áreas <strong>de</strong> Comunicação Social, Relações<br />

Públicas, Administração, Responsabilida<strong>de</strong> Social e Ética. Serão utilizadas também pesquisas<br />

acadêmicas, sites <strong>de</strong> empresas certifica<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Social e <strong>do</strong> Conselho Regional<br />

e Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Relações Públicas.<br />

RESULTADOS<br />

Com base nos princípios éticos, esta pesquisa busca o entendimento da Responsabilida<strong>de</strong> Social<br />

Empresarial em suas utilizações, como ferramenta <strong>de</strong> marketing e como instrumento <strong>de</strong> integração<br />

e inclusão social, estabelecen<strong>do</strong> pontos convergentes e divergentes.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ALÉM DA RESPONSABILIDADE SOCIAL<br />

Ellen Cristina Alexandre<br />

Prof. Ms. José Ronal<strong>do</strong> Alonso Mathias (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Ao longo <strong>do</strong> século XX o Esta<strong>do</strong> foi cada vez mais assumin<strong>do</strong> o compromisso pelo bem estar<br />

social. O antigo Esta<strong>do</strong> liberal foi ce<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir direitos sociais cada vez<br />

mais amplos, fortalecen<strong>do</strong> assim a <strong>de</strong>mocracia ao garantir direitos básicos <strong>do</strong>s cidadãos como:<br />

saú<strong>de</strong>, educação, alimentação, moradia, enfim to<strong>do</strong>s os direitos previstos na Constituição <strong>de</strong> 1988.<br />

Enquanto na Europa e EUA tais garantias foram conquistadas por lutas, no Brasil esse fenômeno<br />

<strong>de</strong>u-se ao revés da população, uma vez que a própria história política brasileira, e mesmo latinoamericana,<br />

foi financiada por um esta<strong>do</strong> tutela<strong>do</strong>r.<br />

A partir <strong>do</strong>s anos 60, vimos avançar pela Europa e EUA um programa notadamente neoliberal que<br />

teve como fundamento a diminuição <strong>do</strong> papel <strong>de</strong>ste Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Bem-Estar social. Inevitavelmente, já<br />

nos anos 80 em diante vem ganhan<strong>do</strong> força, ampara<strong>do</strong> nesta i<strong>de</strong>ologia, um novo conceito <strong>de</strong><br />

atendimento aos anseios sociais, a Responsabilida<strong>de</strong> Social das <strong>de</strong>mais instituições sociais. Assim,<br />

em ampara<strong>do</strong> por instituições <strong>do</strong> terceiro setor, ONG, entida<strong>de</strong>s religiosas, entre outras, este novo<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atendimento aos anseios sociais, se não <strong>de</strong> gestão, tornou-se alvo <strong>de</strong> empresas<br />

privadas aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> tanto a interesses <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> quanto a interesses pauta<strong>do</strong>s pela<br />

solidarieda<strong>de</strong>, como tem si<strong>do</strong> apresenta<strong>do</strong>.<br />

As razões que fizeram muitas corporações a<strong>de</strong>rirem à responsabilida<strong>de</strong> social, no entanto, é o fato<br />

da participação em ações sociais melhorar a imagem da empresa junto à comunida<strong>de</strong> e perante a<br />

clientela além <strong>de</strong> tal a<strong>de</strong>são também estar atrelada à questão <strong>de</strong> incentivos fiscais. Sen<strong>do</strong> assim<br />

torna-se um requisito básico para a sobrevivência da empresa no merca<strong>do</strong> global.<br />

OBJETIVOS<br />

Verificar as justificativas para a iniciativa das empresas privadas em a<strong>do</strong>tar um pleno <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> social compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> esse e outros motivos pelos quais tal ação é implantada.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

O estu<strong>do</strong> será <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> ten<strong>do</strong> como base pesquisas bibliográficas com foco no setor <strong>de</strong><br />

transporte aéreo. Serão utiliza<strong>do</strong>s artigos científicos, livros relaciona<strong>do</strong>s à área <strong>de</strong> comunicação,<br />

responsabilida<strong>de</strong> social, marketing e terceiro setor.<br />

Também serão feitas entrevistas com os profissionais que estiverem envolvi<strong>do</strong>s com a questão da<br />

aplicabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> comportamento socialmente responsável das empresas aéreas.<br />

RESULTADOS<br />

A pesquisa preten<strong>de</strong> verificar a importância das ações sociais e qual a sua influência para a<br />

socieda<strong>de</strong> atual. O que está sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> como Responsabilida<strong>de</strong> Social é realmente uma<br />

ação responsável ou trata-se <strong>de</strong> marketing social. E neste contexto como está inseri<strong>do</strong> o Relações<br />

Públicas.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O USO DO MARKETING CULTURAL COMO FERRAMENTA DE RELAÇÕES PÚBLICAS<br />

Fábio Leme <strong>de</strong> Souza<br />

Prof. Ms. José Ronal<strong>do</strong> Alonso Mathias (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

As empresas buscam sempre formas <strong>de</strong> serem socialmente responsáveis, investin<strong>do</strong> em diversos<br />

projetos sociais, buscan<strong>do</strong> retorno na imagem corporativa. O marketing cultural é uma forma <strong>de</strong><br />

promoção <strong>de</strong> uma empresa através <strong>do</strong> patrocínio <strong>de</strong> projetos culturais. Uma empresa que seja<br />

patrocina<strong>do</strong>ra ou proprietária <strong>de</strong> um projeto cultural visa obter uma associação da marca com a<br />

marca da ação cultural para, assim, obter retornos institucionais.<br />

PROBLEMATIZAÇÃO<br />

As questões são: o quão o investimento em cultura po<strong>de</strong> ser benéfico para uma empresa? Qual é o<br />

valor social <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> investimento? Qual “tipo” <strong>de</strong> cultura merece investimento?<br />

OBJETIVOS<br />

Esta pesquisa visa criar uma associação entre o marketing cultural e a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Relações<br />

Públicas e i<strong>de</strong>ntificar como o envolvimento em projetos culturais po<strong>de</strong> influenciar positivamente a<br />

imagem corporativa perante a socieda<strong>de</strong>, agregan<strong>do</strong> valor à marca / empresa.<br />

O marketing cultural é comumente <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como uma forma eficiente <strong>de</strong> associar marcas a um<br />

produto cultural. Para Leonar<strong>do</strong> Brant (2004), “uma marca cultural bem posicionada e bem<br />

conceituada possui uma série <strong>de</strong> valores agrega<strong>do</strong>s passíveis <strong>de</strong> serem transferi<strong>do</strong>s a uma<br />

segunda marca (a patrocina<strong>do</strong>ra) a ela associada”.<br />

Kunsch (2003, p. 166) diz que é função da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações públicas “administrar<br />

estrategicamente a comunicação das organizações com seus públicos, atuan<strong>do</strong> não <strong>de</strong> forma<br />

isolada, mas em perfeita sinergia com todas as modalida<strong>de</strong>s comunicacionais”. E diz sobre os<br />

instrumentos úteis às relações públicas:<br />

“Outro meio é a promoção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse público, como projetos sociais e culturais. São<br />

exemplos possíveis: o patrocínio <strong>de</strong> publicações institucionais, esportes ama<strong>do</strong>res e trabalhos<br />

científicos e culturais; o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública; a criação <strong>de</strong>


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

concursos e prêmios; a elaboração <strong>de</strong> filmes institucionais e educacionais; a confecção <strong>de</strong><br />

calendários que tratam <strong>de</strong> temas socioculturais; a realização <strong>de</strong> eventos (congressos, simpósios,<br />

seminários, etc.); o fomento <strong>do</strong> intercâmbio com escolas, por meio <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong><br />

estu<strong>do</strong>s, visitas, palestras etc. É um trabalho <strong>de</strong> promoção da cultura e um excelente meio para as<br />

relações públicas se valerem das estratégias <strong>do</strong> que se convencionou chamar <strong>de</strong> marketing cultural<br />

e se posicionarem bem, politicamente”.(KUNSH, p. 119-120. 2003)<br />

Enten<strong>de</strong>-se, portanto, que há uma junção entre ambas ativida<strong>de</strong>s e que, se for <strong>de</strong> interesse da<br />

organização, incluir o marketing cultural <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> relações públicas po<strong>de</strong> ser<br />

extremamente vantajoso para a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> corporativa e conseqüente formação <strong>de</strong> uma imagem<br />

bem <strong>de</strong>finida perante os públicos estratégicos.<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa é analisar qual o retorno efetivo na imagem <strong>de</strong> uma organização ao<br />

associar-se a uma marca cultural, e como isso é recebi<strong>do</strong> por seus públicos. Também visa expandir<br />

a atuação <strong>de</strong> ambas as ativida<strong>de</strong>s – as relações públicas e a produção cultural – para que atuem<br />

em conjunto, obten<strong>do</strong> melhores e mais eficientes resulta<strong>do</strong>s.<br />

Associar como o investimento em marketing cultural po<strong>de</strong> influenciar positivamente a imagem<br />

corporativa.<br />

Com essa comprovação, preten<strong>de</strong>-se comprovar que o marketing cultural po<strong>de</strong> compor o<br />

planejamento <strong>de</strong> relações públicas e, atuan<strong>do</strong> em sinergia com outras ações da empresa, obter<br />

resulta<strong>do</strong>s globais satisfatórios na comunicação.<br />

METODOLOGIA<br />

Na primeira parte, a pesquisa utilizará pesquisa bibliográfica abrangen<strong>do</strong> os temas cultura,<br />

marketing cultural e relações públicas, buscan<strong>do</strong> explicar a problemática e apresentar da<strong>do</strong>s que<br />

comprovem o objetivo.<br />

A seguir preten<strong>de</strong>-se coletar da<strong>do</strong>s junto ao público e, ao estudá-los, traçar um panorama <strong>de</strong> como<br />

os da<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s se relacionam com a opinião pública, investigan<strong>do</strong> eventuais falhas.<br />

Por fim, o objetivo é apresentar um parecer final e associan<strong>do</strong> as partes anteriores, formular como o<br />

marketing cultural po<strong>de</strong> atuar em conjunto com as relações públicas.<br />

RESULTADOS<br />

Aproximar duas áreas – o marketing cultural e as relações públicas – e comprovar que, em atuação<br />

sinérgica, ambas po<strong>de</strong>m obter resulta<strong>do</strong>s mais eficientes em seus projetos.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DA MULHER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA PELA<br />

PUBLICIDADE<br />

Jeferson Rodrigues Ferreira<br />

Prof. Dr. José Ronal<strong>do</strong> Alonso Mathias<br />

INTRODUÇÃO<br />

A presente pesquisa tem como princípio apresentar <strong>de</strong> que forma está inserida a imagem feminina<br />

no discurso publicitário e <strong>de</strong> que forma essa imagem foi construída aos poucos pela socieda<strong>de</strong><br />

através <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> <strong>do</strong>minação i<strong>de</strong>ológica.<br />

A i<strong>de</strong>ologia tem si<strong>do</strong> fator <strong>de</strong>terminante no comportamento e nos costumes femininos, e através<br />

<strong>de</strong>stes foi construída uma imagem estereotipada da mulher a partir <strong>do</strong> século XIX. Mesmo com<br />

suas recentes conquistas como maior participação <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s campos comerciais e políticos ainda<br />

é forte o estigma <strong>de</strong> “sexo frágil” carrega<strong>do</strong> pelo símbolo feminino.<br />

Essa imagem é utilizada fixamente pela publicida<strong>de</strong>, que se aproveita <strong>de</strong>sta construção com fins<br />

comerciais e através da socieda<strong>de</strong> contemporânea vem se <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> altamente rentável.<br />

OBJETIVOS<br />

Analisar <strong>de</strong> que forma a imagem da mulher foi construída socialmente pela socieda<strong>de</strong> capitalista<br />

<strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> suas imposições e os atuais <strong>do</strong>mínios estéticos da mulher, e esclarecer como essa<br />

imagem é gerida como ferramenta <strong>de</strong>sta socieda<strong>de</strong> através da sua principal fonte <strong>de</strong> comunicação<br />

comercial: a publicida<strong>de</strong>.<br />

METODOLOGIA<br />

Para analisar como foi construída a imagem feminina e seus reflexos na socieda<strong>de</strong> contemporânea<br />

se fez necessário um levantamento bibliográfico utilizan<strong>do</strong> uma série <strong>de</strong> autores que abordaram<br />

temas artísticos e sociais. Nas artes os estu<strong>do</strong>s foram concentra<strong>do</strong>s a fim da busca <strong>de</strong><br />

embasamento <strong>de</strong> discussões estéticas da imagem da mulher. Os estu<strong>do</strong>s sociais comparam,<br />

através da leitura <strong>de</strong> diversas obras entre as imagens e conquistas <strong>do</strong>s símbolos femininos e<br />

masculinos buscan<strong>do</strong> os principais pontos e diferenças entre os gêneros, finalmente a pesquisa<br />

analisará o out<strong>do</strong>or da empresa Runner veicula<strong>do</strong> em outubro <strong>de</strong> 2007.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

O intuito inicial da pesquisa foi compreen<strong>de</strong>r melhor o merca<strong>do</strong> publicitário através <strong>do</strong> seu maior<br />

ícone: a mulher. Com isso ficou claro que para atingir o objetivo era necessário uma série <strong>de</strong><br />

estu<strong>do</strong>s referente à mulher e o feminismo e seu papel <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> econômico e político.<br />

A imagem feminina que a socieda<strong>de</strong> construiu é o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> ações e imposições<br />

realizadas tanto i<strong>de</strong>ologicamente quanto sexualmente, porém é visível que na socieda<strong>de</strong> atual o<br />

signo feminino vem ganhan<strong>do</strong> cada vez mais espaço e com isso trazen<strong>do</strong> a discussão se realmente<br />

ainda existe o “sexo frágil”. No entanto a publicida<strong>de</strong> ainda se agarra neste ícone e obtém<br />

resulta<strong>do</strong>s contraditórios com êxito em suas campanhas <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> mulheres em condições<br />

sociais inferiores aos homens.<br />

Portanto, o trabalho preten<strong>de</strong> alcançar o resulta<strong>do</strong> proposto no objetivo compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>de</strong> que<br />

forma movimenta-se esse merca<strong>do</strong> publicitário, que ofusca, muitas vezes, as lutas às quais as<br />

mulheres buscaram representar suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESPONSABILIDADE SOCIAL NA PERSPECTIVA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO NA<br />

ZONA LESTE<br />

Nathalia Pessoa Matias Gouveia<br />

Prof. Dr. José Ronal<strong>do</strong> Alonso Mathias<br />

INTRODUÇÃO<br />

A Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Escola <strong>de</strong> <strong>Artes</strong>, Ciências e Humanida<strong>de</strong>s foi inaugurada no ano <strong>de</strong><br />

2005, localizada nas <strong>de</strong>pendências <strong>do</strong> Parque Ecológico <strong>do</strong> Tietê. A idéia <strong>de</strong> implantar a EACH<br />

surgiu entre os anos <strong>de</strong> 2001 e 2002, quan<strong>do</strong> o Conselho <strong>de</strong> Reitores das Universida<strong>de</strong>s Estaduais<br />

Paulistas – CRUESP levantou estu<strong>do</strong>s sobre a expansão e oferta <strong>de</strong> vagas no sistema público,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> espaços pertencentes à própria universida<strong>de</strong> ou governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Enten<strong>de</strong>u-se que o<br />

melhor local seria a zona leste, a qual tem cerca <strong>de</strong> quatro milhões <strong>de</strong> habitantes e uma diversida<strong>de</strong><br />

social e econômica <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância.<br />

A USP-LESTE em seus seis primeiros meses <strong>de</strong> existência, já apresentou altos índices <strong>de</strong> inclusão<br />

social. Foi planejada para aten<strong>de</strong>r um total <strong>de</strong> vinte mil alunos. Esta oferece cursos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />

excelência, alguns até nunca antes ofereci<strong>do</strong>s por nenhuma outra entida<strong>de</strong> pública ou privada.<br />

Estes abrangem as áreas <strong>de</strong> Gestão Ambiental, Gestão <strong>de</strong> Políticas Públicas, Lazer e Turismo,<br />

Ciêcias da Natureza, Ciências da Ativida<strong>de</strong> Física, Gerontologia, Marketing, Obstetrícia, Sistemas<br />

<strong>de</strong> Informação e Tecnologia Têxtil e da Indumentária.<br />

A Escola <strong>de</strong> <strong>Artes</strong>, Ciências e Humanida<strong>de</strong>s tem como objetivo atingir sua proposta inicial que é<br />

expandir vagas no ensino superior público, melhorar as condições e qualida<strong>de</strong>s das comunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> baixa renda e proporcionar o <strong>de</strong>senvolvimento social, econômico e cultural alcançan<strong>do</strong> níveis <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> social inova<strong>do</strong>res.<br />

OBJETIVOS<br />

Este projeto <strong>de</strong> pesquisa tem como objetivo geral verificar a aplicação <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong><br />

responsabilida<strong>de</strong> social na esfera da educação pública superior.<br />

Preten<strong>de</strong>-se ainda analisar os <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos da responsabilida<strong>de</strong> social a partir <strong>do</strong>s projetos<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pela USP - Leste em parcerias com a comunida<strong>de</strong> e verificar a relação entre as<br />

escolhas <strong>do</strong>s cursos da EACH-USP-LESTE e o conceito <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social bem como<br />

enten<strong>de</strong>r a dimensão <strong>de</strong>ste conceito na esfera da Comunicação Social Universitária.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

Para a realização <strong>do</strong> projeto serão utilizadas a pesquisa <strong>do</strong>cumental e a pesquisa bibliográfica bem<br />

como as técnicas <strong>de</strong> entrevistas a partir da aplicação <strong>de</strong> questionários estrutura<strong>do</strong>s e abertos.<br />

RESULTADOS<br />

A Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo na Zona Leste tem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua implantação o objetivo <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong><br />

vagas <strong>do</strong> ensino público, <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> à comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu entorno e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

econômico, social e cultural para a população paulista, principalmente a da região leste da cida<strong>de</strong>.<br />

Estes objetivos vêm sen<strong>do</strong> atingi<strong>do</strong>s nestes quase quatro anos <strong>de</strong> existência por meio <strong>de</strong> oficinas,<br />

simpósios, palestras, exposições, feiras e cursos entre outros ofereci<strong>do</strong>s pela Universida<strong>de</strong> à<br />

comunida<strong>de</strong> externa da EACH. Além disso, é possível verificar a inclusão social pela porcentagem<br />

<strong>de</strong> alunos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> baixa renda matricula<strong>do</strong>s na unida<strong>de</strong>.<br />

A USP-LESTE conta com uma Comissão <strong>de</strong> Cultura e Extensão que tem como principal foco a<br />

interação da Universida<strong>de</strong> com a socieda<strong>de</strong>.<br />

Neste senti<strong>do</strong> espera-se alcançar os resulta<strong>do</strong>s propostos nos objetivos comprovan<strong>do</strong> a<br />

aplicabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social no Ensino Superior da EACH.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A LINGUAGEM DO SLOGAN: O JARGÃO POPULAR INSPIRA A CRIAÇÃO DO SLOGAN<br />

PUBLICITÁRIO<br />

Danielle Franzon Paulinelli<br />

Prof. Msc. Luiz Fernan<strong>do</strong> Cury (orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

“O i<strong>de</strong>al <strong>do</strong> slogan é ser provérbio”. Esta frase po<strong>de</strong> configurar o tema <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> neste<br />

trabalho. Provérbios ou jargões populares inspiram a criação <strong>de</strong> slogans em diversas campanhas<br />

<strong>de</strong> comunicação. Mas não é por acaso, suas características e funções especiais resultam numa<br />

parceria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r persuasivo.<br />

Na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Rabaça e Barbosa [2001: 402], o slogan é "uma frase concisa, marcante,<br />

geralmente incisiva, atraente, <strong>de</strong> fácil percepção e memorização, que apregoa as qualida<strong>de</strong>s e a<br />

superiorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um produto, serviço ou idéia" Para Reboul, [1975: 7] ele tem como funções<br />

básicas: fazer a<strong>de</strong>rir, pren<strong>de</strong>r a atenção e resumir. Carrascoza [2003] lembra que o slogan é usa<strong>do</strong><br />

como forma <strong>de</strong> aconselhamento e sedução, em campanhas <strong>de</strong> cunho religioso, político e social. É<br />

uma arma, <strong>de</strong> construção simples e aliada a i<strong>de</strong>ologias, que fica facilmente retida na cabeça <strong>de</strong><br />

quem o ouve. Importantes sínteses <strong>do</strong>s posicionamentos estratégicos <strong>de</strong> instituições e produtos, os<br />

slogans fazem parte <strong>do</strong> patrimônio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresas que, para garantir exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seu uso, po<strong>de</strong>m registrá-los, assim como registram suas marcas ou inventos. Slogans aparecem<br />

em nossas vidas a to<strong>do</strong> o momento, transmiti<strong>do</strong>s pela propaganda e outras ferramentas <strong>de</strong><br />

comunicação, como nos anúncios <strong>de</strong> revistas e nos comerciais <strong>de</strong> televisão. Bons slogans resistem<br />

ao tempo e são constantemente pronuncia<strong>do</strong>s, como estes: “uma boa idéia”(da Caninha 51); "você<br />

conhece, você confia"( da Volkswagen), “a número um”(da cerveja Brahma), “gostoso como a vida<br />

<strong>de</strong>ve ser”(<strong>do</strong> Mc Donald´s) e “lava mais branco” (<strong>do</strong> sabão em pó Omo).<br />

Em sua Coletânea <strong>de</strong> Provérbios Brasileiros, Ana Maria <strong>de</strong> Moraes Sarmento Vellasco <strong>de</strong>staca os<br />

provérbios como “elementos notáveis em todas as línguas, tanto no que tange às idéias que<br />

veiculam, como na articulação entre a forma e o conteú<strong>do</strong>.” Originários da sabe<strong>do</strong>ria popular, a<br />

exemplo <strong>de</strong> mitos e lendas, os provérbios têm valida<strong>de</strong> universal e ficam livres para serem usa<strong>do</strong>s<br />

em qualquer situação, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> lugar e tempo. Po<strong>de</strong>m atuar como frases <strong>de</strong> efeito nas<br />

conversas, ajudan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um personagem, a interpretação <strong>de</strong> um fato, ou participan<strong>do</strong><br />

como figura <strong>de</strong> linguagem <strong>de</strong> um argumento. Algumas funções <strong>do</strong> provérbio são: contar uma<br />

verda<strong>de</strong>, expressar norma/advertência/conselho, ensinar, elogiar e restringir.<br />

Provérbios e slogans têm pontos em comum, como ser populares, representar metáforas, manter


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ritmo e anunciar ou resumir um discurso, o que incentiva a combinação entre eles. Por tratarem <strong>de</strong><br />

assuntos cotidianos como o amor, luta, saú<strong>de</strong>, <strong>do</strong>ença, velhice, juventu<strong>de</strong>, fome, alimento e<br />

trabalho os provérbios são facilmente compreendi<strong>do</strong>s. O caráter persuasivo <strong>do</strong>s provérbios facilita<br />

para que caiam no gosto popular, e esta qualida<strong>de</strong> é tu<strong>do</strong> o que o anunciante mais <strong>de</strong>seja para um<br />

slogan <strong>de</strong> sua empresa ou produto. Depois <strong>de</strong> veicula<strong>do</strong>s em campanhas publicitárias, ficam em<br />

nossa memória, até que, incorpora<strong>do</strong>s ao vocabulário pessoal, voltam para as conversas diárias,<br />

formam novas gírias ou frases prontas. Assim completam um ciclo <strong>de</strong> uso na língua falada, até<br />

serem substituí<strong>do</strong>s por novos.<br />

OBJETIVOS<br />

Este projeto <strong>de</strong> iniciação científica tem como objetivo estudar o uso <strong>de</strong> provérbios ou jargões<br />

populares como mo<strong>de</strong>lo criativo na formação <strong>de</strong> slogans publicitários.<br />

Fazem parte <strong>de</strong>sta análise os slogans que utilizam provérbios em sua forma original, e, também, os<br />

slogans inspira<strong>do</strong>s em provérbios, com adaptação <strong>de</strong> sua forma ao contexto merca<strong>do</strong>lógico ou <strong>de</strong><br />

uso <strong>de</strong> um produto, serviço ou empresa.<br />

METODOLOGIA<br />

Como objeto <strong>de</strong> análise, são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s os anúncios das revistas Veja, Época, Isto É e<br />

Superinteressante, veicula<strong>do</strong>s no segun<strong>do</strong> semestre <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2007. A base teórica é composta<br />

por: obras específicas sobre os <strong>do</strong>is temas <strong>de</strong> foco (slogans e provérbios) como "O Slogan" <strong>de</strong><br />

Olivier Reboul, "A arte <strong>do</strong>s slogans" <strong>de</strong> Luis C. Iasbeck e "Coletânea <strong>de</strong> Provérbios Brasileiros" <strong>de</strong><br />

Ana Maria <strong>de</strong> Moraes Sarmento Vellasco, obras alusivas aos temas, como as <strong>de</strong> João Anzanello<br />

Carrascoza, Jane <strong>de</strong> Freitas e Jorge Martins, teses, dissertações, sites e outros.<br />

RESULTADOS<br />

O mo<strong>de</strong>lo criativo <strong>de</strong> slogans com uso <strong>de</strong> provérbios ou jargões populares é um formato que<br />

apresenta como vantagens a facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização e simplificação <strong>do</strong> entendimento <strong>do</strong> seu<br />

conteú<strong>do</strong>. Quanto mais simples for a mensagem, mais fácil e rapidamente será absorvida. Outro<br />

fator é a versatilida<strong>de</strong>, pois apesar <strong>do</strong>s provérbios carregarem uma moral, po<strong>de</strong>m também ser<br />

adaptáveis ao humor, ao drama e à ironia.<br />

A pesquisa, realizada em anúncios <strong>de</strong> revistas <strong>de</strong> interesse geral, comprova a influência textual <strong>do</strong>s<br />

provérbios e jargões na criação <strong>do</strong>s slogans, <strong>de</strong> forma parcial, total e inspira<strong>do</strong>ra. Os critérios <strong>de</strong><br />

análise incluem a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> provérbio <strong>do</strong> anúncio, da idéia implícita na campanha, <strong>do</strong><br />

provérbio <strong>de</strong> origem e da sua ligação com o slogan, como ilustram os exemplos seguintes:<br />

• “Medicina é nossa vida” – Anúncio da Amil (Revista Veja – 14/Nov/2007 – ed. 2034 – p. 159)


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Idéia: A empresa e seus funcionários cuidam da medicina como cuidam da própria vida.<br />

Provérbio original: “Esta é nossa praia.”<br />

Utilização <strong>do</strong> provérbio: inspira<strong>do</strong>ra<br />

• “O mun<strong>do</strong> é <strong>do</strong>s NETS” – Anúncio da NET (Revista Veja – 28/Nov/2007 – ed. 2036 - nº 47 –<br />

p.100-101)<br />

Idéia: Quem tem NET é superior aos <strong>de</strong>mais.<br />

Provérbio <strong>de</strong> origem: “O mun<strong>do</strong> é <strong>do</strong>s espertos.”<br />

Utilização <strong>do</strong> provérbio: parcial<br />

• “1 é pouco, 2 é bom, 3 é bom <strong>de</strong>mais” – Anúncio da Gilette (Revista Veja – 24/Out/2007 – ed.<br />

2031 – p. 83)<br />

Idéia: O aparelho <strong>de</strong> barbear anuncia<strong>do</strong>, com três lâminas, é mais eficiente que os <strong>de</strong>mais com<br />

duas lâminas.<br />

Provérbio original: “1 é pouco, 2 é bom, 3 é <strong>de</strong>mais.”<br />

Utilização <strong>do</strong> provérbio: total<br />

• “Fazen<strong>do</strong> mais que o possível” – Anúncio <strong>do</strong> Banco Real (Revista Veja – 13/Jun/2007 – ed. 2012<br />

– nº23 – p. 13-14)<br />

Idéia: O banco anuncia<strong>do</strong> supera seus limites para agradar o cliente.<br />

Provérbio original: “Fazer até o impossível”<br />

Utilização <strong>do</strong> provérbio: parcial<br />

• “Para quem tem um parafuso a mais” – Anúncio da Revista Piauí (Revista Veja – 19/Dez/2007 –<br />

nº 50 – p. 172)<br />

Idéia: A revista é para pessoas que têm o pensamento aberto para temas diferentes<br />

Provérbio: “Ter um parafuso a menos”<br />

Utilização <strong>do</strong> provérbio: inspira<strong>do</strong>ra


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ADAPTAÇÃO DE OBRAS LITERÁRIAS PARA A TELEVISÃO – ESTUDO DE CASO: OS MAIAS<br />

E A PEDRA DO REINO<br />

Daniela Braga<br />

Guilherme William U<strong>do</strong> Santos<br />

Kelly Cristina Damião<br />

Tamiris Cristina Nogueira<br />

Profª. Ms. Marisa Cândi<strong>do</strong> <strong>de</strong> Almeida (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A adaptação <strong>de</strong> obras literárias para a televisão aponta para uma relação conflituosa e complexa<br />

entre o mun<strong>do</strong> das letras e <strong>do</strong> espetáculo, pois livro e televisão são distintos como meio, forma e<br />

produto. O original, chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> hipotexto, originará um novo produto, que sen<strong>do</strong> fruto <strong>de</strong> uma<br />

adaptação, se chamará hipertexto. O escritor e o roteirista não têm a mesma sensibilida<strong>de</strong> e<br />

perspectiva, pois o último é obriga<strong>do</strong> a selecionar fatos, personagens e situações da obra original<br />

em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outras. Esse trabalho visa explicar esse processo minucioso e mostrá-lo em <strong>do</strong>is<br />

produtos audiovisuais – “Os Maias” e “A Pedra <strong>do</strong> Reino”.<br />

Verifica-se que, fora da intertextualida<strong>de</strong>, a obra literária seria incompreensível, como se fosse a<br />

palavra <strong>de</strong> uma língua <strong>de</strong>sconhecida, portanto, ela introduz uma relação <strong>de</strong> transformação e<br />

interpretação; construin<strong>do</strong>-se o texto como um mosaico <strong>de</strong> referências.<br />

As histórias <strong>de</strong> ficção, que provavelmente começaram a ser contadas ao pé <strong>do</strong> fogo há milhares <strong>de</strong><br />

anos, encontram na literatura e no teatro seus meios preferenciais, até dividi-los com o envolvente<br />

e po<strong>de</strong>roso cinema. No auge <strong>do</strong> cinema surgiu a televisão como meio <strong>de</strong> avassala<strong>do</strong>ra força<br />

atrativa, mostran<strong>do</strong> filmes, crian<strong>do</strong> ficções e fazen<strong>do</strong> adaptações <strong>de</strong> textos literários para<br />

minisséries e telenovelas; provan<strong>do</strong> que a literatura po<strong>de</strong> circular por outros meios, conforme Tânia<br />

Pellegrini, que ainda afirma que a cultura contemporânea é, sobretu<strong>do</strong>, visual.<br />

Segun<strong>do</strong> Hélio Guimarães, “as adaptações <strong>de</strong> obras literárias para veículos audiovisuais<br />

constituem um processo cultural complexo” que transforma a relação autor-obra em uma “ca<strong>de</strong>ia<br />

quase infinita <strong>de</strong> referências a outros textos”, além <strong>de</strong> discutir a “relação conflituosa (...) entre o<br />

mun<strong>do</strong> das letras e <strong>do</strong> espetáculo”. Questiona-se também a exigência <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, acrescentan<strong>do</strong><br />

outros argumentos ao <strong>de</strong>bate: <strong>de</strong> um la<strong>do</strong>, con<strong>de</strong>na uma visão empobrece<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> texto literário que<br />

não reconhece nele “a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suscitar interpretações diversas e ganhar novos senti<strong>do</strong>s<br />

com o passar <strong>do</strong> tempo e a mudança das circunstâncias”, por outro la<strong>do</strong>, con<strong>de</strong>na “uma visão<br />

mistificada e mistifica<strong>do</strong>ra da televisão e também <strong>do</strong> livro”, que estabelece uma falsa hierarquia


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

entre ambos. Ao mostrar como a ficção televisual brasileira procura “fazer um comentário à<br />

realida<strong>de</strong> brasileira, pois mesmo adaptan<strong>do</strong> uma obra literária, dialoga primordialmente com o seu<br />

público e com a sua época”.<br />

OBJETIVOS<br />

- Expor os fundamentos da Literatura Brasileira e Portuguesa <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a trajetória literária,<br />

contexto histórico e sociocultural;<br />

- Pesquisar os diversos tipos <strong>de</strong> ligação entre obra e produto <strong>de</strong>sta obra, tais como “adapta<strong>do</strong> <strong>de</strong>”,<br />

“inspira<strong>do</strong> na obra <strong>de</strong>”, etc.;<br />

- Contextualizar o surgimento <strong>de</strong> obras adaptadas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> percurso histórico televisivo no Brasil;<br />

- Discutir e analisar as obras “Os Maias” e “O Romance d’A Pedra <strong>do</strong> Reino e o príncipe <strong>do</strong> sangue<br />

<strong>do</strong> vai-e-volta” nos seus originais literários e em suas respectivas adaptações;<br />

- Mostrar as etapas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma adaptação televisiva;<br />

- Elucidar as soluções utilizadas por autores e diretores em adaptações;<br />

- Retratar relações entre hipotexto e hipertexto e<br />

- Relacionar o tabu da “fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à obra original” ao contexto das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um produto<br />

audiovisual televisivo.<br />

METODOLOGIA<br />

- Leitura das obras da Literatura selecionadas (“Os Maias” e “O Romance d’A Pedra <strong>do</strong> Reino e o<br />

príncipe <strong>do</strong> sangue <strong>do</strong> vai-e-volta”);<br />

- Leitura <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> fundamentação teórica;<br />

- Análise das produções audiovisuais em questão;<br />

- Debates, palestras e seminários com autores, roteiristas e profissionais liga<strong>do</strong>s a área e<br />

- Pesquisa <strong>de</strong> referencial.<br />

RESULTADOS<br />

Fundamentação teórica sobre a relação literatura e seus produtos, bem como a análise e estu<strong>do</strong> da<br />

teoria literária. Relato classificatório <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> adaptação (adaptação, inspira<strong>do</strong> em, etc.). Análise<br />

da estrutura <strong>do</strong> produto audiovisual resultante das obras, nos quesitos roteiro e plástica visual e<br />

sonora, atribuin<strong>do</strong> relações com obra, teoria literária, estética, linguagem audiovisual e técnicas <strong>de</strong><br />

produção.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

TV DIGITAL: UM ESTUDO SOBRE AS NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO, A INTEGRAÇÃO<br />

COM A GRANDE REDE DE COMPUTADORES E AS OPORTUNIDADES PARA OS<br />

PROFISSIONAIS DE PROPAGANDA<br />

Bárbara <strong>de</strong> Oliveira Souza<br />

Luís Carlos Macha<strong>do</strong><br />

Prof. Dr. Múcio Whitaker (orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Os experimentos pioneiros <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> imagens elétricas <strong>de</strong> uma cena real, inicia<strong>do</strong>s em<br />

mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XIX, permitiram que a socieda<strong>de</strong> usufruísse somente no início <strong>do</strong> século XX, das<br />

primeiras transmissões <strong>de</strong> imagens remotas. O equipamento foi <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> televisão e permitia a<br />

formação <strong>de</strong> uma imagem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um tubo <strong>de</strong> raios, que era exibida na parte frontal numa tela<br />

<strong>de</strong>nominada cinescópio.<br />

Após a Segunda Gran<strong>de</strong> Guerra, alguns países retomaram as suas pesquisas e, privilegian<strong>do</strong> o<br />

setor público no <strong>do</strong>mínio da tecnologia e na transmissão, inibiram – pela escassez <strong>de</strong> recursos - o<br />

crescimento <strong>de</strong>sse importante meio <strong>de</strong> comunicação. A concessão das transmissões para a<br />

iniciativa privada serviu como mola propulsora da socialização <strong>do</strong> meio que, oportunamente,<br />

acabou sen<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s mais importantes meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa. Assim, a<br />

iniciativa privada explorou a forma comercial da comunicação, geran<strong>do</strong> subsídios para financiar<br />

essa gran<strong>de</strong> empreitada<br />

No Brasil, as primeiras estações comerciais surgiram somente em 1949, com transmissões<br />

monocromáticas, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> o nosso país com um atraso bastante expressivo no <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>ssa<br />

tecnologia. Sob influência norte-americana o Brasil a<strong>do</strong>tou o padrão técnico <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> televisão<br />

em preto-e-branco, origina<strong>do</strong> naquele país, condicionan<strong>do</strong> a evolução <strong>do</strong>s nossos sistemas e <strong>do</strong>s<br />

nossos padrões, ao <strong>do</strong>mínio norte-americano. Somente com o advento das transmissões em cores,<br />

o Brasil a<strong>do</strong>tou o padrão PAL-M, <strong>de</strong> origem alemã, e adaptou seus padrões <strong>de</strong> transmissão.<br />

As primeiras propagandas – ainda em preto-e-branco - foram levadas ao ar, com cenas reais,<br />

geradas ao vivo, numa transmissão repleta <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s, erros e aci<strong>de</strong>ntes comunicacionais.<br />

O receptor das mensagens <strong>de</strong> entretenimento, educacionais ou daquelas com cunho<br />

propagandístico, sempre esteve à mercê <strong>de</strong> outros recursos, para inserir-se num contexto<br />

interativo.<br />

A má qualida<strong>de</strong> das transmissões – por conta das bandas <strong>de</strong> freqüência reservadas -, a Internet e<br />

as re<strong>de</strong>s privadas <strong>de</strong> comunicação, serviram <strong>de</strong> motivação para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

tecnologia: a TV digital.<br />

Então, já no final <strong>do</strong> século XX e início <strong>do</strong> século XXI, as socieda<strong>de</strong>s começaram experimentar o<br />

verda<strong>de</strong>iro senti<strong>do</strong> da interativida<strong>de</strong>. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res, sistemas <strong>de</strong> transmissões a cabo e<br />

outras tecnologias foram incorporadas ao novo padrão <strong>de</strong> transmissão televisiva.<br />

Os anunciantes, as agências <strong>de</strong> propaganda, os profissionais <strong>de</strong> criação e os receptores <strong>de</strong><br />

informação - potenciais compra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> produtos e serviços – foram inseri<strong>do</strong>s num novo contexto<br />

comunicacional: a interativida<strong>de</strong>. Esse novo mo<strong>de</strong>lo exigirá incontáveis adaptações e ajustes<br />

comportamentais <strong>do</strong>s profissionais da comunicação e da socieda<strong>de</strong> em geral.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

Este trabalho <strong>de</strong> pesquisa investigou o processo evolutivo <strong>do</strong>s recursos <strong>de</strong> transmissão televisiva<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua origem até os tempos atuais. A evolução das transmissões monocromáticas até os<br />

recursos digitais – canais abertos ou sistema <strong>de</strong> transmissão a cabo – produziu significativas<br />

mudanças nas ações propagandísticas. As agências e os profissionais da comunicação foram<br />

exigi<strong>do</strong>s no investimento tecnológico e no aprimoramento <strong>do</strong> uso das novas ferramentas <strong>de</strong> criação,<br />

especialmente nas ações <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, no direcionamento <strong>de</strong><br />

mensagens, na interativida<strong>de</strong> e na combinação <strong>de</strong>sses recursos eletrônicos mais sofistica<strong>do</strong>s.<br />

OBJETIVOS<br />

Investigar o processo evolutivo das transmissões televisivas, suas características, os recursos<br />

disponíveis, a relação com os receptores – potenciais clientes das empresas anunciantes – e o<br />

quadro das novas exigências para as agências, os profissionais <strong>de</strong> propaganda e os anunciantes.<br />

A fundamentação <strong>de</strong>ste trabalho buscou ofertar, aos agentes interferentes nas transmissões<br />

digitais, o <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> um novo cenário que permita aumentar o nível <strong>de</strong> empregabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />

profissionais da comunicação e o volume das campanhas propagandísticas veiculadas na mídia<br />

televisiva.<br />

Assim, o principal objetivo é contribuir na formação <strong>do</strong>s egressos <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> comunicação e <strong>do</strong>s<br />

profissionais já gradua<strong>do</strong>s, sugerin<strong>do</strong> inclusões e ajustes nos currículos acadêmicos que contemple<br />

as novas exigências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> e <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> digital.<br />

METODOLOGIA<br />

Este trabalho foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> uma pesquisa exploratória, bibliográfica e <strong>de</strong>scritiva,<br />

utilizan<strong>do</strong>-se referencial teórico sobre a comunicação, a tecnologia, o comportamento <strong>de</strong> consumo<br />

e as gra<strong>de</strong>s curriculares oferecidas nos cursos <strong>de</strong> bacharela<strong>do</strong> em comunicação: propaganda,<br />

publicida<strong>de</strong> e marketing.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

Este estu<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificou que, nos últimos 50 anos, os meios <strong>de</strong> comunicação tiveram um crescente<br />

<strong>de</strong>senvolvimento o que não exaure as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação com o maior ganho <strong>de</strong><br />

tecnologia e a manutenção <strong>de</strong> relações mais profícuas com os receptores <strong>do</strong>s novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

campanhas propagandísticas.<br />

Dos profissionais e das agências que operam no setor esperamos um aprimoramento <strong>do</strong><br />

aprendiza<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s anunciantes também esperamos o reconhecimento das ações que serão<br />

convertidas em novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios e a conseqüente geração <strong>de</strong> lucro.<br />

Com as disponibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tantos novos recursos po<strong>de</strong>mos concluir que a criativida<strong>de</strong> e a ousadia<br />

<strong>do</strong>s profissionais <strong>de</strong> propaganda modificarão os hábitos e o comportamento <strong>de</strong> consumo. A<br />

interativida<strong>de</strong>, neste início <strong>de</strong> século, será o gran<strong>de</strong> mote da história da propaganda.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

TV DIGITAL: NOVAS FRONTEIRAS CULTURAIS E MERCADOLÓGICAS<br />

Daniele Pinto Carvalho <strong>de</strong> Souza<br />

Prof. Msc. Natalício Batista Jr. (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O sinal digital que passamos a receber em 2008 funciona como uma plataforma tecnológica que,<br />

em breve, po<strong>de</strong> proporcionar inúmeros serviços <strong>de</strong> comunicação como veicular a programação da<br />

TV aberta e fechada, permitir o acesso à Internet, à telefonia e a banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s diversos. É<br />

importante que essa plataforma, enquanto unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio, seja <strong>de</strong>senvolvida para estimular o<br />

consumo responsável, garantin<strong>do</strong> espaço para a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> públicos e interesses.<br />

A interativida<strong>de</strong> é um <strong>do</strong>s maiores apelos da televisão digital, e atualmente, articulam-se quatro<br />

pontos em que essa interativida<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolverá: a) redução na intervenção <strong>do</strong> sinal; b) abertura<br />

<strong>de</strong> soluções e informações <strong>de</strong> programas; c) funções relativas a comércio; d) recursos específicos<br />

que requerem maior responsabilida<strong>de</strong>, como operações bancárias. Quan<strong>do</strong> a interativida<strong>de</strong> for uma<br />

prática, haverá um rompimento na idéia <strong>de</strong> programação televisiva que se aplica hoje, que é a <strong>de</strong><br />

oferecer ao público um pacote <strong>de</strong> atrações pré-estabeleci<strong>do</strong>. A capacida<strong>de</strong> que o receptor terá <strong>de</strong><br />

selecionar será ampliada no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que ele po<strong>de</strong>rá, a partir das atrações disponíveis, criar a<br />

programação <strong>de</strong> sua preferência, alteran<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa forma, os mecanismo <strong>de</strong> inserção <strong>do</strong> veículo na<br />

formação <strong>de</strong> laços sociais, representações sociais e negócios.<br />

O cenário será <strong>de</strong> pessoas em lugares diferentes que não terão necessariamente que absorver o<br />

mesmo conteú<strong>do</strong>, e menos ainda, ao mesmo tempo. Essa mudança na maneira como a socieda<strong>de</strong><br />

recebe o sinal televisivo altera concepções tradicionais sobre o mo<strong>de</strong>lo comunicacional da TV (TV<br />

geralista) bem como paradigmas da comunicação social no que se refere à relação emissorreceptor<br />

e a formação <strong>de</strong> laços sociais.<br />

OBJETIVOS<br />

a) Analisar os aspectos socioculturais, políticos e econômicos da expansão tecnológica da TV no<br />

Brasil e internacionalmente;<br />

b) Apresentar as características e diferenças entre os mo<strong>de</strong>los analógico e digital <strong>de</strong> TV;<br />

d) Estudar os caminhos e <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos da TV Digital no âmbito social, merca<strong>do</strong>lógico e <strong>do</strong>s<br />

novos negócios;


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia consiste em análise teórico-conceitual sobre a área <strong>de</strong> televisão, tecnologias digitais<br />

e socieda<strong>de</strong> a fim <strong>de</strong> mapear conceitos, práticas e perspectivas. Serão analisa<strong>do</strong>s autores e<br />

estu<strong>do</strong>s clássicos sobre a televisão no Brasil e no mun<strong>do</strong> a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir horizontes históricos,<br />

formas <strong>de</strong> tecnologia e inserção merca<strong>do</strong>lógica, além das mudanças culturais da televisão na<br />

socieda<strong>de</strong>. A pesquisa analisa os parâmetros <strong>de</strong> TV Digital <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s pelo governo fe<strong>de</strong>ral em 2007.<br />

RESULTADOS<br />

Fazen<strong>do</strong> uma superficial análise econômica <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> televisivo digital, o sinal digital irá gerar<br />

aumento no tempo <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> cada emissora e, conseqüentemente, um aumento na<br />

<strong>de</strong>manda <strong>do</strong> audiovisual, o que levará a uma inflação <strong>de</strong> custo nesse merca<strong>do</strong>. É inevitável um<br />

aumento nos custos operacionais das emissoras, principalmente enquanto as transmissões digitais<br />

e analógicas estiverem acontecen<strong>do</strong> ao mesmo tempo.<br />

A viabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> negócio para as emissoras se dará quan<strong>do</strong> for significante a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pessoas a<strong>de</strong>rin<strong>do</strong> ao sistema, para que as estratégias <strong>de</strong> alcance sejam colocadas em prática. No<br />

Brasil, existe a imposição da distribuição gratuita <strong>de</strong> programação televisiva, porém, abre<br />

concessão para cobrança <strong>do</strong> serviço interativo, ten<strong>do</strong> em vista o custo <strong>do</strong> canal <strong>de</strong> retorno para as<br />

emissoras.<br />

Isso significa que, agora, o financiamento <strong>do</strong> material produzi<strong>do</strong> será feito parte pela publicida<strong>de</strong> e<br />

parte pelo consumi<strong>do</strong>r final. Para que a transmissão <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> analógico aconteça junto ao<br />

digital <strong>de</strong>finiu-se um prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos, porém, a disseminação <strong>do</strong> novo sistema, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

sucesso econômico e social da implantação.<br />

Por fim todas essas mudanças apresentadas até agora são relativamente técnicas, tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong>s e tecnologias <strong>de</strong> transmissão. Contu<strong>do</strong>, para atingir <strong>de</strong> uma maneira significante e tocar no<br />

ponto culminante para a socieda<strong>de</strong> brasileira é necessário que sejam realizadas mudanças no<br />

conteú<strong>do</strong> e mensagem, para que se possa sugerir uma nova programação cultural e promover a<br />

inclusão social através <strong>de</strong> iniciativas particulares e políticas públicas <strong>de</strong> comunicação. Ou seja, é<br />

importante que se mu<strong>de</strong> o “mo<strong>do</strong>” <strong>de</strong> produzir TV, mas é <strong>de</strong> fato, primordial, uma mudança no<br />

conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> que se consome.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

COMERCIAIS DO BANCO DO BRASIL: AS RELAÇÕES ENTRE A LINGUAGEM AUDIOVISUAL<br />

E O DISCURSO PUBLICITÁRIO<br />

Emerson Soares da Silva<br />

Prof. Msc. Natalício Batista Jr. (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O setor bancário brasileiro é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s investi<strong>do</strong>res sociais. As instituições<br />

financeiras têm um papel significativo no crescimento econômico <strong>do</strong> país, sen<strong>do</strong> responsáveis<br />

também por um acúmulo cada vez maior <strong>de</strong> lucros. Desta forma, as estratégias <strong>de</strong> ações sociais<br />

aparecem, muitas vezes, associadas aos projetos <strong>de</strong> expansão <strong>do</strong>s bancos. Para fazer esta ligação<br />

entre o banco e o cidadão, nota-se o fortalecimento <strong>de</strong> campanhas publicitárias com mensagens <strong>de</strong><br />

participação e inclusão social <strong>de</strong> grupos e comunida<strong>de</strong>s. Na televisão, o discurso publicitário utilizase<br />

<strong>de</strong> recursos da linguagem audiovisual e <strong>de</strong> dramatização a fim <strong>de</strong> produzir representações<br />

sociais, i<strong>de</strong>ntificações, <strong>de</strong>sejos e projeções.<br />

OBJETIVOS<br />

Como se caracteriza o discurso publicitário na televisão? Como ele é construí<strong>do</strong> e quais seus<br />

objetivos? A publicida<strong>de</strong> possui mecanismos próprios <strong>de</strong> comunicação e persuasão, ten<strong>do</strong> como<br />

objetivo último a venda <strong>de</strong> produtos, serviços ou mesmo idéias e valores. Enten<strong>de</strong>r seus fins e seus<br />

meios possibilita analisar seu papel como media<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> trocas simbólicas e da dinâmica <strong>do</strong><br />

consumo, da construção <strong>de</strong> representações sociais e i<strong>de</strong>ntificações.<br />

Este trabalho analisa os comerciais <strong>de</strong> TV <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil no ano <strong>de</strong> 2007 com o intuito <strong>de</strong>: a)<br />

i<strong>de</strong>ntificar como é construí<strong>do</strong> seu discurso publicitário; b) quais formas e recursos <strong>de</strong> linguagem<br />

(verbais, visuais e sonoros) utiliza<strong>do</strong>s para construir mensagens; c) analisar os meios e recursos <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> representações sociais e i<strong>de</strong>ntificações. A pesquisa quer, com isso, i<strong>de</strong>ntificar como é<br />

realizada a construção <strong>de</strong> um discurso <strong>de</strong> participação e inclusão social, traçan<strong>do</strong> um perfil <strong>do</strong><br />

Banco <strong>do</strong> Brasil no atual cenário <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia consiste em leitura bibliográfica sobre a área <strong>de</strong> comunicação, publicida<strong>de</strong>,<br />

persuasão, consumo e linguagem audiovisual que acompanha a condução <strong>de</strong> toda a pesquisa.<br />

Será realizada a análise <strong>do</strong>s comerciais <strong>de</strong> TV <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil em 2007 no que diz respeito ao


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

uso da linguagem audiovisual e construção <strong>do</strong> discurso publicitário nos <strong>do</strong>mínios <strong>do</strong> roteiro,<br />

produção, direção, edição, narração e sonoplastia, bem como elenco, figurino e direção <strong>de</strong> arte.<br />

Juntamente a esta etapa, a pesquisa faz um levantamento histórico <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil, a fim <strong>de</strong><br />

estabelecer uma ligação com o cenário socioeconômico atual brasileiro.<br />

RESULTADOS<br />

O que po<strong>de</strong> ser nota<strong>do</strong> é o fato <strong>do</strong> discurso publicitário se apropriar <strong>do</strong>s sonhos, <strong>do</strong>s <strong>de</strong>sejos e <strong>do</strong><br />

imaginário <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r para, a partir daí, criar histórias, representações e i<strong>de</strong>ntificações no<br />

consumi<strong>do</strong>r. O esforço da publicida<strong>de</strong> e seu discurso é manter a renovada obsolescência <strong>de</strong><br />

produtos, instigan<strong>do</strong> o consumi<strong>do</strong>r à troca contínua <strong>de</strong> produtos, serviços e valores em nome da<br />

moda. O consumo aparece como uma dimensão constitutiva das dinâmicas sociais, <strong>do</strong><br />

comportamento e das relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r nas socieda<strong>de</strong>s contemporâneas.<br />

Para a produção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> consumo, o discurso publicitário se vale <strong>de</strong> várias linguagens<br />

(verbais, visuais e sonoras), <strong>de</strong> figuras e funções <strong>de</strong> linguagem, principalmente <strong>de</strong> apelo emocional<br />

e visual. Sen<strong>do</strong> o principal Banco <strong>do</strong> Governo Fe<strong>de</strong>ral, os comerciais <strong>de</strong> TV <strong>do</strong> Banco <strong>do</strong> Brasil,<br />

além <strong>de</strong> se utilizar <strong>do</strong>s recursos tradicionais <strong>do</strong> audiovisual e da publicida<strong>de</strong>, apresentam nos<br />

últimos anos significativas mudanças nos focos <strong>de</strong> suas mensagens, construin<strong>do</strong> novas<br />

representações para os correntistas e público em geral. Nota-se o interesse <strong>de</strong> criar mais<br />

aproximação com o público, chegar mais perto <strong>de</strong> cenas e situações cotidianas, fortalecen<strong>do</strong> a<br />

imagem <strong>de</strong> um banco para to<strong>do</strong>s.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A ESPETACULARIZAÇÃO DA POBREZA PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO<br />

Lara Anastácia Lopes Macha<strong>do</strong><br />

Prof. Msc. Natalício Batista Jr. (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias, principalmente após a industrialização européia no perío<strong>do</strong><br />

conheci<strong>do</strong> como Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, permitiu o surgimento e a evolução <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação.<br />

Cinema, rádio, televisão e mídia impressa tornaram-se importantes media<strong>do</strong>res políticos e culturais<br />

na estrutura atual da socieda<strong>de</strong>, mostran<strong>do</strong>, aparentemente, pessoas reais com seu cotidiano, suas<br />

alegrias e sues problemas.<br />

Porém, é possível questionar o conteú<strong>do</strong> e as pretensões <strong>do</strong> que é veicula<strong>do</strong> pela mídia. Muitas<br />

vezes, reduzida a um simples espetáculo, a realida<strong>de</strong> apresentada torna-se uma representação <strong>de</strong><br />

preceitos capitalistas que permeiam a socieda<strong>de</strong>, a fim <strong>de</strong> sustentar e garantir a permanência <strong>do</strong><br />

controle burguês.<br />

Há ainda aqueles que contestem essa visão <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>ra da mídia e a banalização cultural que ela<br />

po<strong>de</strong> gerar. Para isso partem <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que o espetáculo não é resulta<strong>do</strong> da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> sua tecnologia, mas sempre esteve presente nas mais diversas manifestações culturais. Assim<br />

também, a pobreza, tão comumente retratada, não é conseqüência única e direta <strong>do</strong> perío<strong>do</strong><br />

mo<strong>de</strong>rno.<br />

Portanto, cabe a discussão sobre o porquê da espetacularização da pobreza, <strong>de</strong> que forma se dá<br />

esse processo, se é que ele ocorre, e como pobreza e mídia se relacionam atualmente. Sen<strong>do</strong><br />

estas as principais questões <strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

OBJETIVOS<br />

Pesquisar a possível relação existente entre espetáculo e miséria analisan<strong>do</strong> a importância<br />

adquirida pelo espetáculo na socieda<strong>de</strong>, a partir da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, e <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> como ele representa a<br />

pobreza por intermédio <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação.<br />

METODOLOGIA<br />

A pesquisa se baseará em análises bibliográficas que abordam o assunto, tais como<br />

espetáculo/cultura, pobreza e mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. Para isso serão utiliza<strong>do</strong>s autores como Simon


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Schwartzman (‘Pobreza, exclusão social e mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>: uma análise <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> contemporâneo’),<br />

Guy Debord (‘A Socieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> Espetáculo’), Karl Marx e Friedrich Engels (‘Manifesto <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong><br />

Comunista’), Theo<strong>do</strong>r A<strong>do</strong>rno e Max Horheimer (‘Dialética <strong>do</strong> Esclarecimento’), Walter Benjamin (‘A<br />

obra <strong>de</strong> arte na era da reprodutibilida<strong>de</strong> técnica’) e Marilena Chauí (‘Simulacro e po<strong>de</strong>r: uma análise<br />

da mídia’).<br />

RESULTADOS<br />

Foi na socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna, iniciada com a industrialização e com o Iluminismo, que o espetáculo<br />

mais se <strong>de</strong>senvolveu, sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> ainda hoje. Segun<strong>do</strong> Guy Debord, ela tem o espetáculo como<br />

principal produção, mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> vida e visa à manutenção da estrutura atual. É a mídia um <strong>do</strong>s<br />

principais sustentáculos da visão mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>, por meio <strong>do</strong>s programas que veicula e da<br />

i<strong>de</strong>ologia presente neles.<br />

Contrapon<strong>do</strong> essa linha <strong>de</strong> pensamento, tem-se o espetáculo como parte da cultura e das<br />

manifestações artísticas; ao ser retrata<strong>do</strong> pelos meios <strong>de</strong> comunicação ele torna-se um ‘retrato da<br />

realida<strong>de</strong>’, uma <strong>de</strong>monstração <strong>do</strong> que é a socieda<strong>de</strong>.<br />

Assim, essa pesquisa busca comparar diferentes visões sobre o que é espetáculo, o que ele<br />

representa e como representa, bem como sua ligação com a pobreza e a realida<strong>de</strong>.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

DESIGN GRÁFICO/PRODUTO


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A ESTÉTICA VISUAL DOS CARTAZES DA COMPANHIA DE TEATRO PROFISSIONAL “OS<br />

SATYROS” – 2000 e 2001<br />

Fabiana Lolis Milani<br />

Tiago Barbosa Tateyama<br />

Prof. Ms. Claudinei Benitez Luque Nakasone (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Como pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>signer gráfico ter o <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> ferramentas que possibilitem um trabalho<br />

<strong>de</strong> impacto é indispensável, portanto analisar profundamente a estética visual da Cia. teatral “Os<br />

Satyros” em que coexistem diversos valores como o <strong>de</strong>senho, o equilíbrio na fotografia, a fonte e<br />

sua cor, o tipo <strong>de</strong> papel,etc. E valores como o estu<strong>do</strong>, treinamento, precisão, emoção, ampliam a<br />

visão para novas estéticas visuais.<br />

OBJETIVOS<br />

Analisar os cartazes “Transex” e “Divinas Palavras” da Cia. teatral “Os Satyros” a partir <strong>de</strong> temas<br />

como: os signos, a cor, que são estuda<strong>do</strong>s pela simbologia.<br />

Evi<strong>de</strong>nciar a importância da interdisciplinarida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign. Mostran<strong>do</strong> que as diversas<br />

áreas que foram percorridas <strong>de</strong>ntro da pesquisa são importantes para uma boa formação.<br />

Ressaltar a importância <strong>de</strong> alguns momentos políticos para a história <strong>do</strong> teatro.<br />

Traçar um perfil histórico da Cia. “Os Satyros” e mostrar a importância <strong>de</strong> alguns momentos.<br />

Obter referências a partir <strong>de</strong> fotógrafos conceitua<strong>do</strong>s na fotografia <strong>de</strong> teatro.<br />

Catalogar os espetáculos <strong>do</strong> grupo.<br />

METODOLOGIA<br />

Para elaboração <strong>do</strong> processo científico foram utiliza<strong>do</strong>s:<br />

Fichamentos <strong>do</strong>s livros<br />

Pesquisas em bibliotecas<br />

Entrevistas com o um <strong>do</strong>s funda<strong>do</strong>res Ro<strong>do</strong>lfo García Vázques<br />

Entrevista com o <strong>de</strong>signer responsável pelos cartazes analisa<strong>do</strong>s, Laerte Késsimos.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Levantamento <strong>do</strong>s cartazes cria<strong>do</strong>s para a divulgação <strong>do</strong>s espetáculos <strong>do</strong> grupo “Os<br />

Satyros”.<br />

Levantamento das fotos das peças realizadas pelo grupo.<br />

Pesquisa <strong>de</strong> campo com registro fotográfico da Praça Roosevelt.<br />

RESULTADOS<br />

De acor<strong>do</strong> com os objetivos levanta<strong>do</strong>s o trabalho <strong>de</strong> pesquisa foi realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma satisfatória.<br />

Com os da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s observamos e refletimos sobre a importância da conjunção <strong>de</strong><br />

conhecimento como: a simbologia, a fotografia, o teatro, a política e até mesmo a história <strong>de</strong> grupos<br />

teatrais que são relevantes para a compreensão <strong>de</strong> alguns momentos culturais. Percebemos que<br />

com uma análise correta <strong>do</strong>s cartazes, esse trabalho po<strong>de</strong>rá ajudar na criação <strong>de</strong> outros cartazes,<br />

não conten<strong>do</strong> ruí<strong>do</strong>s e falhas <strong>de</strong> interpretação.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A PRESENÇA DE NOVOS COEFICIENTES NAS ARTES GRÁFICAS ADVINDOS DA SEMANA<br />

DE ARTE MODERNA<br />

Anna Carolina Solano Gomes<br />

Profª. Ms. Débora Gigli Buonano (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A Semana <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna foi uma forma <strong>de</strong> contestação à Arte acadêmica e expôs uma nova<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação em to<strong>do</strong>s os âmbitos da arte, livre <strong>de</strong> parâmetros ultrapassa<strong>do</strong>s. Trouxe a<br />

reflexão <strong>de</strong> uma arte nacional, que a partir <strong>de</strong> 1922 foi se <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> com os i<strong>de</strong>ais<br />

mo<strong>de</strong>rnistas.<br />

O movimento mo<strong>de</strong>rnista correspon<strong>de</strong>u às profundas transformações pelas quais passava a<br />

socieda<strong>de</strong> brasileira, na qual a tradicional e obsoleta oligarquia agrária era ainda <strong>do</strong>minante. Nesse<br />

quadro, o movimento representou o mais radical esforço <strong>de</strong> atualização da linguagem, procuran<strong>do</strong><br />

promover novas práticas culturais em seu tempo. Há <strong>de</strong> se salientar, como afirma Aracy Amaral,<br />

que “o mo<strong>de</strong>rnismo não teve tanta repercussão entre as classes mais pobres da socieda<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong><br />

um movimento mais elitista, mas que <strong>de</strong>spertou uma ‘consciência cria<strong>do</strong>ra nacional’, <strong>de</strong> forma que<br />

a arte tivesse uma função na organização social “(AMARAL, 1998, p.13).<br />

Posteriormente essas idéias mo<strong>de</strong>rnistas ficaram mais próximas da socieda<strong>de</strong> através da produção<br />

gráfica presente nos periódicos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por artistas gráficos como Antonio Paim Vieira,<br />

Emiliano Di Cavalcanti e Ignácio da Costa Ferreira, conheci<strong>do</strong> como Ferrignac. Estes foram<br />

participantes da Semana <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna e freqüentavam o círculo <strong>de</strong> intelectuais que eram a<br />

favor <strong>de</strong> uma nova forma <strong>de</strong> expressão longe <strong>do</strong> aca<strong>de</strong>mismo.<br />

O Art Déco foi uma <strong>de</strong>stas formas <strong>de</strong> expressão que os artistas da década <strong>de</strong> 1920 encontraram<br />

para iniciar as idéias mo<strong>de</strong>rnistas na área gráfica. Contu<strong>do</strong>, estes artistas assimilaram os estilos<br />

parisienses e os transportaram para uma linguagem mais próxima da cultura brasileira.<br />

Não obstante, o quadro social e político da época que passava por diversas transformações<br />

advindas da metropolização, necessitava <strong>de</strong> um novo regime livre das oligarquias, assim como uma<br />

arte livre <strong>do</strong>s parâmetros acadêmicos, como afirma Nicolau Sevcenko em seu livro “Orfeu extático<br />

na metrópole: São Paulo nos Frementes anos 20 ”.<br />

Desta forma, os i<strong>de</strong>ais mo<strong>de</strong>rnistas contribuíram para uma arte gráfica mo<strong>de</strong>rna? Quais eram os<br />

novos elementos presentes nas artes gráficas <strong>de</strong> 1915-1930?


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

OBJETIVOS<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> panorama histórico <strong>de</strong> 1915-1930, analisar-se-á os acontecimentos que<br />

marcaram a época, buscan<strong>do</strong> as relações das idéias <strong>de</strong>fendidas pelos mo<strong>de</strong>rnistas com as novas<br />

tendências nas artes gráficas.<br />

O enfoque da pesquisa são as novas formas culturais presentes na época e que embasaram os<br />

mo<strong>de</strong>rnistas em suas idéias, o que prometia novas formas <strong>de</strong> expressão com vínculos<br />

nacionalistas, expressas nos trabalhos gráficos. Deste estu<strong>do</strong> partem as análises às produções <strong>de</strong><br />

Paim, Ferrignac e Di Cavalcanti, em busca <strong>de</strong> novos coeficientes em suas produções gráficas.<br />

METODOLOGIA<br />

A análise partiu <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> das obras <strong>de</strong> três artistas gráficos <strong>do</strong>s anos <strong>de</strong> 1915-1930: Di<br />

Cavalcanti, Ferrignac e Paim Vieira. As obras analisadas <strong>de</strong> Di Cavalcanti foram: Capa <strong>de</strong> O<br />

Pirralho, 12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1917; Desenho publica<strong>do</strong> horstexte em klaxon, nº 2, 15 <strong>de</strong> Junho; Desenho<br />

publica<strong>do</strong> na revista O Cruzeiro, 1920-30.<br />

Do artista Ferrignac foram analisadas: Caricatura <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, 1918; Capa <strong>de</strong> Panóplia,<br />

<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1918; Colombina, Coleção Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s Brasileiros,<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Já <strong>de</strong> Paim Vieira foram analisadas as obras: Ecce homo!, <strong>de</strong>senho publica<strong>do</strong> horstexte na revistas<br />

Ariel, <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1924; Maxixe, <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1924; Ilustrações para o livro Pathé Baby, <strong>de</strong><br />

Antônio <strong>de</strong> Alcântara Macha<strong>do</strong>, pertencente ao arquivo Décio <strong>de</strong> Almeida Pra<strong>do</strong>, coleção Instituto<br />

Moreira Salles.<br />

Estes artistas foram seleciona<strong>do</strong>s por serem participantes da Semana <strong>de</strong> Arte Mo<strong>de</strong>rna, ocorrida<br />

em fevereiro <strong>de</strong> 1922. Já as obras foram selecionadas por conterem traços <strong>do</strong> estilo Art Déco e<br />

apresentarem, em alguns casos, temáticas nacionalistas próprias <strong>do</strong> movimento mo<strong>de</strong>rnista.<br />

RESULTADOS<br />

Esta análise <strong>do</strong>s novos elementos encontra<strong>do</strong>s no início das artes gráficas no Brasil possibilitou<br />

uma percepção das influências mo<strong>de</strong>rnistas que embasaram futuros movimentos à mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong><br />

gráfica nacional. Mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> esta, presente nos traços geométricos Art Déco e nas temáticas<br />

nacionalistas.<br />

Por conseguinte, esta pesquisa significou a busca aos princípios mo<strong>de</strong>rnistas nas produções<br />

precursoras <strong>do</strong>s artistas analisa<strong>do</strong>s, presentes na atuação gráfica brasileira e influentes<br />

principalmente na década <strong>de</strong> 50 e 60, com o <strong>de</strong>vir <strong>do</strong> Tropicalismo e <strong>do</strong> Concretismo.<br />

Não obstante, esta investigação estimulou a reflexão crítica a cerca das relações socioculturais <strong>do</strong>s<br />

anos <strong>de</strong> 1915-30 com os novos coeficientes presentes nos trabalhos gráficos da época analisada.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Isto conclui-se através <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> sobre a política e a socieda<strong>de</strong> da época, no qual<br />

po<strong>de</strong>-se perceber que, a partir da metropolização, a arte passou a ser colabora<strong>do</strong>ra política, o que<br />

influenciou em novos elementos na produção gráfica vigente, principalmente em São Paulo,<br />

passan<strong>do</strong> a ser a “capital artística” (SEVCENKO, 1992, p.95).


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

INVENTIVIDADE TROPICALISTA NO DESIGN GRÁFICO BRASILEIRO<br />

Eduar<strong>do</strong> Salles Ramuski<br />

Profª. Ms. Débora Gigli Buonano (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O principal objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é refletir e analisar a produção gráfica <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s mais<br />

importantes movimentos culturais brasileiros, a Tropicália. Surgi<strong>do</strong> em 1967, li<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> pelos músicos<br />

Caetano Veloso e Gilberto Gil, contava com o apoio <strong>de</strong> inúmeros artistas e intelectuais, como o<br />

artista plástico Hélio Oiticica, o cineasta Glauber Rocha, o diretor <strong>de</strong> teatro José Celso Martinez<br />

Correa, entre outros.<br />

Um <strong>do</strong>s inspira<strong>do</strong>res <strong>do</strong> movimento, Rogério Duarte, foi autor <strong>do</strong> clássico cartaz “Deus e o Diabo na<br />

Terra <strong>do</strong> Sol” e das principais capas <strong>de</strong> discos da Tropicália. Seu trabalho continha uma linguagem<br />

inova<strong>do</strong>ra, com características pós-mo<strong>de</strong>rnas e influência <strong>do</strong> psico<strong>de</strong>lismo, da pop arte e <strong>do</strong> kitsch.<br />

Este artigo propõe estudar a concepção gráfica das principais capas <strong>de</strong> discos e cartazes <strong>do</strong><br />

movimento Tropicália, em sua maioria, projetada pelas mãos <strong>de</strong>ste gran<strong>de</strong> ícone das artes gráficas:<br />

o <strong>de</strong>signer, poeta e músico, tradutor da cultura e da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> visual <strong>do</strong> Brasil, Rogério Duarte.<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa é ampliar o estu<strong>do</strong> sobre o movimento até os dias atuais e divulgar as<br />

conquistas tropicalistas no âmbito <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign gráfico.<br />

A pesquisa procura oferecer uma maior visibilida<strong>de</strong> da obra <strong>do</strong> <strong>de</strong>signer gráfico Rogério Duarte, e<br />

analisar quais foram às influências e técnicas utilizadas por ele e também por outros artistas<strong>de</strong>signers<br />

na concepção <strong>do</strong>s principais trabalhos gráficos <strong>do</strong> tropicalismo.<br />

METODOLOGIA<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho ocorreu através <strong>de</strong> uma extensa pesquisa em jornais, revistas e<br />

sites da internet. Foram utiliza<strong>do</strong>s trechos <strong>de</strong> livros e entrevistas, e citações <strong>do</strong>s principais autores<br />

sobre o tema aborda<strong>do</strong>.<br />

Também foram realizadas visitas ao acervo da Cinemateca <strong>de</strong> São Paulo e análise <strong>do</strong>s filmes para<br />

compreen<strong>de</strong>r o significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s cartazes, como também a audição <strong>do</strong>s discos, para<br />

compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> concepção das capas.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

Através <strong>de</strong>sta pesquisa foi possível observar a influência e contribuição estética <strong>do</strong> movimento<br />

tropicalista para a história <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign gráfico brasileiro. Este estu<strong>do</strong> resgata e reforça o pioneirismo<br />

criativo e transgressor <strong>do</strong> <strong>de</strong>signer tropicalista Rogério Duarte, uma importante referência visual<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sign comprometi<strong>do</strong> com os valores nacionais e atualiza<strong>do</strong> com as<br />

novida<strong>de</strong>s artísticas e tecnológicas mundiais.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A POÉTICA DA OBSERVAÇÃO NA METODOLOGIA DE PROJETO<br />

Andressa Alves Silva<br />

Prof. Msc. Luís Emiliano Costa Avendaño (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O mun<strong>do</strong> rege as condições humanas e as mudanças que influenciam o ato criativo. As<br />

observações <strong>de</strong>sse mun<strong>do</strong> criam um senso “inventivo” no bom <strong>de</strong>signer, e a cada novo dia, há o<br />

<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> contemplar o mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma totalmente diferente, novas visões aparecem e novas<br />

manifestações <strong>de</strong>vem surgir para refletir as visões subjetivas <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> essas a poética <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sign.<br />

A cada nova palavra que o <strong>de</strong>signer conhece uma nova forma <strong>de</strong> expressá-la, surgirá - a palavra<br />

inserida aqui como um componente <strong>de</strong> verbalização da observação que nomeia a função e pela<br />

qual se traça o <strong>de</strong>stino para a inovação. Por meio da criativida<strong>de</strong>, as observações são traduzidas e<br />

repassadas ao usuário, e refletem sua condição humana, pois as pessoas procuram e compram<br />

objetos que respondam aos seus <strong>de</strong>sejos e emoções. A necessida<strong>de</strong> que o <strong>de</strong>signer resolve <strong>de</strong>ve<br />

sempre ser repensada <strong>de</strong> uma maneira totalmente diferente <strong>do</strong> contexto em que a maioria pensa,<br />

com uma quebra <strong>do</strong>s paradigmas e uma fuga <strong>de</strong> situações pré-concebidas. O usuário <strong>de</strong>ve enfim<br />

perceber que existem seres que escrevem, pensam e criam sobre ele e que ainda resolvam seus<br />

problemas.<br />

A mágica <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>signer é ter certa <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> encanto, subjetivida<strong>de</strong> e técnica. E saber como<br />

se aprimorar através <strong>do</strong>s conhecimentos e observações que são apropria<strong>do</strong>s a cada dia. Somente<br />

assim, é possível por meio <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> observação melhorar não só as técnicas <strong>de</strong><br />

representação: <strong>de</strong>senho, esboço, pintura entre outras, mas ampliar a percepção na solução <strong>de</strong><br />

problemas e a transmissão <strong>do</strong> que é o ser humano para quem se cria. A observação é como a<br />

prévia <strong>de</strong> um treino para a melhoria <strong>de</strong> seu trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong>signer, e ela nunca <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>ixada <strong>de</strong><br />

la<strong>do</strong> como um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa. Porém, os alunos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign <strong>de</strong>ixam essa meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> la<strong>do</strong>,<br />

e vão logo para a representação gráfica <strong>do</strong> que seria uma solução <strong>do</strong> trabalho, sem ao menos se<br />

perguntar se tivessem usa<strong>do</strong> a observação como um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa, se seus trabalhos não<br />

teriam soluções tão poéticas como técnicas, tão gestuais como emocionais. E boa parte <strong>de</strong>ssa<br />

dificulda<strong>de</strong> está na maneira como se formam os conhecimentos e experiências visuais - o repertório<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>signer, às vezes tornam-se mentalizações pré-concebidas da criativida<strong>de</strong>, ser <strong>de</strong>signer é mais<br />

<strong>do</strong> que saber fazer belíssimos trabalhos estéticos, mas saber que <strong>de</strong>sign é emoção e que isso só<br />

po<strong>de</strong> ser consegui<strong>do</strong> com muita observação. O <strong>de</strong>sign começa no olhar.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Ter uma observação apurada é como ler livros a cada dia e, sempre apren<strong>de</strong>r com eles. Os<br />

professores e os próprios alunos <strong>de</strong>vem se animar com a infinita qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leituras que existem<br />

pelo mun<strong>do</strong> e <strong>de</strong>vem sempre repassar esse conhecimento com seus projetos e com suas citações<br />

em classe <strong>de</strong> aula. Conforme o número <strong>de</strong> leituras cresce, assim como, as experiências visuais,<br />

entre os alunos e os professores po<strong>de</strong>–se notar que os trabalhos tornam-se não somente mais<br />

belos e mais poéticos como conceitualmente surgirão diferencia<strong>do</strong>s com maior freqüência nessa<br />

profissão chamada DESIGN.<br />

OBJETIVOS<br />

Por meio <strong>de</strong>ssa iniciação colocar-se-á aos alunos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign como observar e notar a diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sta condição humana. E <strong>de</strong>ntro disso a observação <strong>de</strong>ve ser apurada conforme o repertório<br />

cultural e os interesses <strong>de</strong> cada aluno, somente assim o acontecer da observação po<strong>de</strong> ser capta<strong>do</strong><br />

e usufruí<strong>do</strong> como um méto<strong>do</strong> subjetivo para assim po<strong>de</strong>r expressar <strong>de</strong> uma forma poética o<br />

acontecer humano, seus <strong>de</strong>sejos e finalmente a solução criativa. A observação é a parte inerente<br />

para resolver problemas e necessida<strong>de</strong>s humanas bem como aprimorar técnicas <strong>de</strong> representação.<br />

As influências e conhecimentos diversos recebi<strong>do</strong>s antes <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> <strong>de</strong>signer, não <strong>de</strong>vem<br />

ser <strong>de</strong>ixadas <strong>de</strong> la<strong>do</strong>, é por meio <strong>de</strong>las que o profissional nota e expressa novas formas <strong>de</strong> ver o<br />

mun<strong>do</strong>. A poética da observação está nesse contexto <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r que cada cultura ou vivência<br />

gera novas situações antes não notadas por muitos para se inspirar e captar informações. Cada<br />

<strong>de</strong>signer tem seu estilo <strong>de</strong> criar, mas to<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem ter uma ferramenta importante em seu contexto -<br />

OBSERVAR.<br />

METODOLOGIA<br />

Será realizada através <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s com textos bibliográficos, Internet, entrevistas com profissionais<br />

e artistas que <strong>de</strong>senvolvam soluções criativas no âmbito <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign, artes e cultura geral, finalizan<strong>do</strong><br />

com a análise <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> e proposta <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logia da observação.<br />

RESULTADOS<br />

Po<strong>de</strong>-se concluir que a observação é a parte essencial para a criação <strong>de</strong> novos objetos e novas<br />

necessida<strong>de</strong>s que regem o <strong>de</strong>sign. Um aluno que saiba observar po<strong>de</strong> alcançar habilida<strong>de</strong>s<br />

especiais que outros alunos não alcançariam sem essa prática, porém nunca <strong>de</strong>vem andar<br />

separa<strong>do</strong>s a prática e o pensamento. Seja para ser um bom observa<strong>do</strong>r ou bom aplica<strong>do</strong>r <strong>de</strong><br />

técnica é preciso acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> saber que qualquer solução exige aprimoramento e <strong>de</strong>dicação, que<br />

conceitos sem aplicações não geram bons produtos. É preciso perceber que qualquer maneira <strong>de</strong><br />

representar o mun<strong>do</strong>, antes <strong>de</strong>ve ser baseada no conhecimento <strong>de</strong>sse mun<strong>do</strong>, e esse<br />

conhecimento nasce da observação.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A natureza e o ser humano serão bem representa<strong>do</strong>s e necessida<strong>de</strong>s serão bem resolvidas quan<strong>do</strong><br />

os alunos e os <strong>de</strong>signers olharem o encargo (briefing) além <strong>do</strong> próprio encargo, e perceberem que<br />

ali existe uma “alma” que precisa ser “traduzida” e comunicada.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

POÉTICAS DA LINGUAGEM DO CINEMA E VÍDEO EXPERIMENTAL<br />

Camila Bellotti<br />

Prof a . Msc. Marcia Aparecida Ortegosa (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O processamento <strong>de</strong> linguagens no Cinema e no Ví<strong>de</strong>o traduz uma audiovisualida<strong>de</strong>, complexa,<br />

numa comunhão <strong>de</strong> diferentes elementos expressivos enlaça<strong>do</strong>s por múltiplas possibilida<strong>de</strong>s<br />

estéticas e técnicas. A articulação <strong>do</strong>s códigos nas imagens e nos sons irá promover além <strong>de</strong> uma<br />

estética híbrida, uma produção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s pautada na transformação <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s conceitos<br />

abstratos em linguagem organizada.<br />

A observação e a análise <strong>de</strong> alguns caminhos trilha<strong>do</strong>s pelo Cinema e Ví<strong>de</strong>o, nos levam a<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s campos <strong>de</strong> investigação da linguagem, que irão contribuir para avanços nas<br />

pesquisas sobre os processos relacionais entre som-imagem. Artistas como Maya Deren, Marcel<br />

Duchamp, Man Ray, <strong>de</strong>ntre outros, colaboraram para quebrar paradigmas, amplian<strong>do</strong> nossa<br />

percepção no universo imagético-sonoro no Cinema. Além disso, a pesquisa sobre a Ví<strong>de</strong>o Arte da<br />

década <strong>de</strong> 60, através <strong>de</strong> alguns artistas representativos <strong>de</strong>sse movimento, tais como Nam June<br />

Paik, Bill Viola, John Cage, por exemplo, nos aponta caminhos similares ao Cinema experimental,<br />

on<strong>de</strong> o foco era a própria subversão estética, <strong>do</strong>s aparatos técnicos, <strong>do</strong> suporte, abrin<strong>do</strong> caminho<br />

para uma reinvenção da linguagem audiovisual.<br />

Esse universo rico em experimentações permitiu a manipulação estrutural <strong>de</strong> sons e imagens, com<br />

total liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> criação e fuga <strong>do</strong>s padrões dita<strong>do</strong>s pela indústria cultural, crian<strong>do</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

em cada projeto, da idéia ao conceito, transitar das imagens figurativas até a <strong>de</strong>sintegração e<br />

abstração das formas. Desse mo<strong>do</strong>, as questões aqui apontadas tentarão pensar como a<br />

organização <strong>de</strong>sses códigos entre som e imagem, além <strong>de</strong> promoverem uma audiovisualida<strong>de</strong>, são<br />

forma<strong>do</strong>res <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sign, e <strong>de</strong>terminam uma mudança na forma <strong>de</strong> percepção.<br />

Com o avanço <strong>do</strong> sistema digital e <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> computação gráfica, cada vez mais, ampliamse<br />

as ferramentas que geram infinitas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> combinações <strong>de</strong> códigos num audiovisual.<br />

O Ví<strong>de</strong>o possui uma característica híbrida muito forte permitin<strong>do</strong> a absorção <strong>de</strong> fotografias,<br />

animações, grafismos, som, textos e objetos interativos. Assim sen<strong>do</strong>, a construção <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Ví<strong>de</strong>o aparece <strong>de</strong> forma mais explícita em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s gêneros, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s mais<br />

experimentais, como o Ví<strong>de</strong>o Arte e o Ví<strong>de</strong>o clipe e retornam ao Cinema como uma espécie <strong>de</strong><br />

contaminação entre meios e linguagens.<br />

A linguagem Cinematográfica é um sistema organiza<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> um universo permea<strong>do</strong> por jogos


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

<strong>de</strong> cores, luzes, sons, formas, linhas, enfim, códigos articula<strong>do</strong>s no tempo e no espaço, que irá<br />

produzir diversos senti<strong>do</strong>s no observa<strong>do</strong>r. Para enten<strong>de</strong>r como o Cinema se articula na busca pela<br />

construção <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sign, <strong>de</strong>vemos procurar enten<strong>de</strong>r como se dá a análise <strong>do</strong>s processos<br />

relacionais <strong>de</strong> seus elementos expressivos advin<strong>do</strong>s <strong>de</strong> diferentes áreas, ou seja, da fotografia,<br />

iluminação, cenografia, artes plásticas, <strong>de</strong>ntre outros, que irão formar uma produção híbrida,<br />

marcada também pela diversida<strong>de</strong> das técnicas e ferramentas <strong>do</strong> meio, capazes <strong>de</strong> permitir a<br />

exploração das mais variadas possibilida<strong>de</strong>s experimentais, produtoras <strong>de</strong> uma nova<br />

audiovisualida<strong>de</strong>.<br />

OBJETIVOS<br />

A pesquisa buscou estudar como se dá a articulação <strong>de</strong> linguagem no Cinema e Ví<strong>de</strong>o<br />

experimental, toman<strong>do</strong> por base cineastas como Maya Deren, Marcel Duchamp, Man Ray, e<br />

artistas da Ví<strong>de</strong>o Arte, como Nam June Paik, Bill Viola, John Cage, <strong>de</strong>ntre outros. Este estu<strong>do</strong><br />

permitiu refletir sobre como a concepção e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mensagens imagético-sonoras se<br />

articulam para equacionar sistematicamente experimentos, que se traduzem em signos e conceitos,<br />

que atendam concretamente às necessida<strong>de</strong>s da linguagem, não somente no campo da produção<br />

estética, mas também na análise, organização e méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> soluções a<strong>de</strong>quadas<br />

para os problemas <strong>de</strong> comunicação, encontra<strong>do</strong>s nos objetos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia utilizada foi a leitura <strong>de</strong> livros teóricos, revistas, catálogos e também a consulta <strong>de</strong><br />

sites da internet que abordassem os temas sobre Cinema experimental, Ví<strong>de</strong>o Arte, linguagem,<br />

estética e Design, a fim <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r e comparar estu<strong>do</strong>s já existentes.<br />

Para tanto, foram feitas observação e análise <strong>de</strong> material vi<strong>de</strong>ográfico e Cinematográfico, através<br />

<strong>de</strong> alguns artistas, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s importantes na história <strong>do</strong> Cinema experimental e da Ví<strong>de</strong>o Arte,<br />

para compreen<strong>de</strong>r como subvertiam as técnicas, o suporte, o meio, enfim, como inovavam<br />

constantemente a linguagem, provocan<strong>do</strong> rupturas e amplian<strong>do</strong> a percepção e possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

leituras <strong>de</strong> suas poéticas.<br />

Paralelamente, foi feita visão <strong>de</strong> diversos filmes, <strong>de</strong> caráter experimental, para tentar mapear<br />

conceitos, entre os diferentes artistas pesquisa<strong>do</strong>s e tentar traduzir o engendramento na articulação<br />

da linguagem <strong>do</strong> Cinema e Ví<strong>de</strong>o, levan<strong>do</strong>-se em conta, os processos relacionais imagéticosonoros.<br />

RESULTADOS<br />

Essa reflexão permitiu investigar como o Cinema e Ví<strong>de</strong>o experimental produz e constrói um


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

universo estético e conceitual que questiona a própria influência da técnica ou da mídia na<br />

realização da idéia. No caso das mídias audiovisuais, objetos da pesquisa, a investigação procurou<br />

pensar como a construção <strong>do</strong> Design projeta a forma, coor<strong>de</strong>nan<strong>do</strong>, integran<strong>do</strong> e articulan<strong>do</strong><br />

aqueles fatores que, <strong>de</strong> uma maneira ou <strong>de</strong> outra, participam no processo constitutivo fílmico.<br />

O gênero Ví<strong>de</strong>o clipe é her<strong>de</strong>iro da Ví<strong>de</strong>o Arte <strong>do</strong>s anos 60, cujo pai é o coreano Nam June Paik. O<br />

princípio que prevalecia é sempre o <strong>de</strong> experimentação <strong>de</strong> linguagem. Se o Cinema até então<br />

seguia pre<strong>do</strong>minantemente as regras da linguagem clássica, respeitan<strong>do</strong> acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> as leis da<br />

continuida<strong>de</strong> para escon<strong>de</strong>r qualquer procedimento que evi<strong>de</strong>nciasse a montagem, o Ví<strong>de</strong>o criava<br />

várias formas <strong>de</strong> romper com esta linhagem e passa a subverter a linguagem, reinventan<strong>do</strong>-a<br />

constantemente.<br />

A Ví<strong>de</strong>o Arte é, acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, conceitual e irá explorar as principais características <strong>do</strong> meio, ou<br />

seja da imagem eletrônica. A granulação passa a ser um recurso conceitual altamente emprega<strong>do</strong>.<br />

Outros recursos também serão emprega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> auto-reflexivo. O uso <strong>do</strong> procedimento da<br />

metalinguagem é recorrente. O Ví<strong>de</strong>o clipe surge a partir da Ví<strong>de</strong>o Arte mas caminha em direção a<br />

outra vertente, ou seja, a musical. O clipe vai buscar na montagem rítmica sua principal<br />

estruturação. A irreverência vai se dar tanto na quebra <strong>de</strong> formalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua temática, como na<br />

busca constante <strong>de</strong> inovar a linguagem. Começam a acontecer uma contaminação entre elementos<br />

explora<strong>do</strong>s na Ví<strong>de</strong>o Arte e no Ví<strong>de</strong>o clipe para o universo Cinematográfico, através <strong>de</strong> uso<br />

diferencia<strong>do</strong> por diretores inova<strong>do</strong>res, que atuam nos diversos meios <strong>de</strong> expressão, transitan<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Ví<strong>de</strong>o para o Cinema e vice-versa. É possível perceber hibridizações da linguagem<br />

Cinematográfica em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong>s experimentos realiza<strong>do</strong>s essencialmente nesses gêneros criativos<br />

e um alargamento da percepção relacional entre imagem e som.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A CONSTRUÇÃO DA MARCA BRASIL APLICADA AO DESIGN DE PRODUTOS<br />

André Andra<strong>de</strong> Barbieri<br />

Tiago Santos Natalino<br />

Prof. Msc. Sergio Lage (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Ao se levar em consi<strong>de</strong>ração a história <strong>do</strong> Brasil comparada com a <strong>de</strong> outros países, principalmente<br />

os <strong>do</strong> continente europeu notamos um perío<strong>do</strong> relativamente curto, no entanto nossas<br />

particularida<strong>de</strong>s bem observadas por Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holanda tornaram nossa produção cultural<br />

relevante. Contu<strong>do</strong>, se essa análise recair sobre o <strong>de</strong>sign é notória a baixa participação que temos<br />

comparan<strong>do</strong> a esses mesmos países, pois, por mais que já tenhamos realiza<strong>do</strong> gran<strong>de</strong>s feitos,<br />

atingi<strong>do</strong> reconhecimento e estarmos em uma crescente evolução, ainda não temos um histórico<br />

que nos coloque la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com nações <strong>de</strong> vanguarda <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign, como a Alemanha, berço da<br />

Bauhaus, ou a Itália, consi<strong>de</strong>rada por muitos, o centro <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign e da moda. Para comprovar este<br />

fato basta notar a data <strong>de</strong> criação da primeira escola <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign <strong>do</strong> Brasil, a ESDI (Escola Superior<br />

<strong>de</strong> Desenho Industrial), 1963; além <strong>de</strong> que, a maioria <strong>do</strong>s mais importantes nomes que construíram<br />

o <strong>de</strong>sign brasileiro estão vivos, nomes como Sérgio Rodrigues, Carlos Motta, Alexandre Wollner,<br />

Irmãos Campana, entre outros. E até por essa juventu<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign brasileiro, alguns assuntos<br />

ainda são freqüentes, como a gra<strong>de</strong> curricular <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign, a própria <strong>de</strong>nominação da<br />

profissão (<strong>de</strong>senho industrial, <strong>de</strong>sign industrial), a regulamentação da profissão <strong>de</strong> <strong>de</strong>signer, a<br />

prática <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign por outros profissionais tais como arquitetos e engenheiros, e a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sign brasileiro.<br />

E <strong>de</strong>ntre os assuntos cita<strong>do</strong>s acima, está o foco <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta pesquisa <strong>de</strong> iniciação científica: a<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign brasileiro, pois é clara a existência <strong>de</strong> três vertentes na produção nacional: a<br />

artesanal, marcada pela expressivida<strong>de</strong>, não-regularida<strong>de</strong> formal e por fortes características<br />

regionais; a experimental, que se atenta à experimentação <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s formais, da<br />

materialida<strong>de</strong> e diversas combinações; e a industrial, que visa prioritariamente à produção seriada.<br />

Sen<strong>do</strong> assim, se o artesanato, o <strong>de</strong>sign experimental, o <strong>de</strong>sign industrial e suas variáveis já formam<br />

uma consistente base produtiva com pontos em comum e outros tantos divergentes, que soma<strong>do</strong>s<br />

às características sincréticas <strong>de</strong> nossa formação, acabam geran<strong>do</strong> uma falta <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>, então é<br />

através da antropofagia que se torna possível atingir esse objetivo, alcançan<strong>do</strong> o que po<strong>de</strong> ser<br />

chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> “essência da brasilida<strong>de</strong>”.<br />

Ao <strong>de</strong>senvolver produtos com uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> brasileira, muitos <strong>de</strong>signers acabam se per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> e<br />

<strong>de</strong>svirtuan<strong>do</strong> as qualida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> país como a alegria, as cores, a diversida<strong>de</strong>, e geram produtos


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

caricatos, multicolori<strong>do</strong>s sem critério e harmonia, ou com uma estética excessivamente artesanal.<br />

Muitos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m um <strong>de</strong>sign global, que possa aten<strong>de</strong>r diversos países, porém os costumes e<br />

valores variam muito <strong>de</strong> país para país, dificultan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos que se dirijam a<br />

tantas pessoas com formações culturais diferentes, além <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>sign local também<br />

po<strong>de</strong> ser global, vi<strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong> regiões on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>sign “ma<strong>de</strong> in” geram gran<strong>de</strong> influência, como<br />

os móveis italianos, os relógios suíços, etc.<br />

E estas características que se tornam qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> certos lugares, nada mais são <strong>do</strong><br />

que aplicações em produtos das manifestações, da sensibilida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> conhecimento humano que<br />

se instalam na coletivida<strong>de</strong>. Portanto o caminho natural é utilizar o mesmo méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> captura da<br />

essência brasileira realizada com sucesso pelo Movimento Antropófago <strong>de</strong> Oswald <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e<br />

posteriormente pelo Tropicalismo <strong>de</strong> Caetano Veloso e Gilberto Gil.<br />

É importante ser leva<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração também os conceitos <strong>de</strong> marketing, branding e <strong>de</strong>sign,<br />

essenciais para a busca <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural brasileira no <strong>de</strong>sign, pois se o Brasil é tão<br />

exalta<strong>do</strong> pela sua diversida<strong>de</strong>, pluralida<strong>de</strong> e miscigenação, uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> característica única<br />

po<strong>de</strong> ser restritiva e prejudicial, então é através <strong>do</strong> branding e <strong>do</strong> marketing que a diversida<strong>de</strong> po<strong>de</strong><br />

ser trabalhada como matéria-prima para a antropofagia e não ser interpretada como falta <strong>de</strong> foco ou<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>.<br />

Com tu<strong>do</strong> isso, mais <strong>do</strong> que gerar um material com forte base teórico-conceitual, o <strong>de</strong>sejo é propor<br />

um conceito merca<strong>do</strong>logicamente aplicável ao <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produtos, pois ambos os movimentos<br />

cita<strong>do</strong>s, mais <strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s os conceitos apresenta<strong>do</strong>s, geraram resulta<strong>do</strong>s concretos, sejam<br />

quadros, poesias, discos, entre tantos outros, e com o <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produtos, que vive <strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> objetos concretos não po<strong>de</strong>ria ser diferente.<br />

OBJETIVOS<br />

1. Abordar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural brasileira <strong>de</strong> maneira aprofundada para captar suas<br />

essências, principalmente através <strong>do</strong> Movimento Antropófago e da Tropicália.<br />

2. Analisar algumas das principais empresas, escritórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>sign e <strong>de</strong>signers que<br />

<strong>de</strong>senvolvem produtos que se <strong>de</strong>stacam e possuem um reconhecimento como originários<br />

<strong>do</strong> Brasil.<br />

3. Estudar os conceitos <strong>de</strong> marketing, branding e <strong>de</strong>sign e sua relação com o aspecto cultural<br />

para a construção <strong>de</strong> uma marca.<br />

4. Através <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s e conclusões obtidas, propor um conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

produtos que os faça ser caracteriza<strong>do</strong>s com uma “Marca Brasil”.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia consta <strong>de</strong> levantamentos teóricos com base em referências bibliográficas, tais como:<br />

livros, revistas especializadas, monografias, Internet, estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> “cases”, contato com instituições<br />

que tenham relação com a proposta, entre outros.<br />

RESULTADOS<br />

A questão sobre uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> brasileira no <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produtos gera diferentes opiniões e com<br />

diversas argumentações, porém o que <strong>de</strong>ve ser leva<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração, antes da discussão sobre<br />

ter um <strong>de</strong>sign com uma essência única ou não, é a importância da utilização <strong>do</strong>s conceitos <strong>de</strong><br />

branding no <strong>de</strong>sign nacional, ações que já são comuns entre as empresas privadas, que sabem a<br />

importância da valorização <strong>do</strong>s ativos intangíveis e imateriais que vivem em uma marca. Este<br />

trabalho com os valores que são percebi<strong>do</strong>s pelo consumi<strong>do</strong>r é muito utiliza<strong>do</strong>, no âmbito nacional,<br />

pelo setor turístico, que ressalta as qualida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Brasil e <strong>do</strong>s brasileiros, e com esse esforço,<br />

assim como uma empresa que po<strong>de</strong> estar em baixa economicamente falan<strong>do</strong>, e sua marca ainda<br />

assim manter o seu potencial, o mesmo benefício po<strong>de</strong> ser obti<strong>do</strong> por um país e sua produção.<br />

Uma marca forte possui vantagens competitivas, além <strong>de</strong> ser uma barreira à entrada <strong>de</strong><br />

concorrentes, pois <strong>de</strong>tém uma situação <strong>de</strong> referência, ou seja, possui confiabilida<strong>de</strong>, tradição,<br />

origem, etc.<br />

Uma vez entendida a importância <strong>do</strong> enfoque <strong>de</strong> marca para a criação <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural<br />

brasileira no <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produtos, passa a ser necessário captar a essência <strong>do</strong> Brasil, mas <strong>de</strong> uma<br />

forma profunda e através das experiências vividas, para que não ocorram distorções.<br />

O artesanato, por exemplo, é um <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> expressão que conseguem <strong>de</strong> uma forma mais<br />

aprofundada e representativa caracterizar uma região ou cultura, mesmo sen<strong>do</strong>, e talvez por isso,<br />

<strong>de</strong>spoja<strong>do</strong> <strong>de</strong> complexos conhecimentos e sistemas técnicos e teóricos que muitas vezes acabam<br />

subverten<strong>do</strong> a essência, pois o artesanato trabalha <strong>de</strong> maneira “crua” - até esteticamente falan<strong>do</strong> -<br />

o sentimento, a herança e as raízes absorvidas e transportadas para o produto.<br />

O gran<strong>de</strong> adjetivo <strong>do</strong> produto artesanal está justamente em seu processo <strong>de</strong> confecção, pois ao<br />

produzir <strong>de</strong>terminada peça, e da forma com que é feita, com as variações e imperfeições com que<br />

são geradas, e acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> pelas mãos carregadas <strong>de</strong> histórias e significa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> quem a está<br />

fazen<strong>do</strong>, justamente neste momento os artesãos não estão apenas costuran<strong>do</strong>, moldan<strong>do</strong> ou<br />

cortan<strong>do</strong> um pedaço <strong>de</strong> palha, argila ou renda, e sim, como em um rito, eles estão materializan<strong>do</strong><br />

as características abstratas que carregam consigo.<br />

Sem saber eles estão atuan<strong>do</strong> em um processo antropofágico, pois <strong>de</strong>glutem os ensinamentos<br />

transmiti<strong>do</strong>s por antepassa<strong>do</strong>s, absorvem influências <strong>do</strong> momento e local on<strong>de</strong> vivem e regurgitam<br />

um objeto particular, com isso eles reafirmam esta materialização <strong>do</strong> fazer como uma característica<br />

peculiar brasileira.<br />

Por isso, para produzir objetos carrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> “brasilida<strong>de</strong>”, é necessário materializar o sentimento,


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

as características e <strong>de</strong>talhes únicos que nos fazem ser <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s brasileiros, mais que<br />

geográfica ou culturalmente. O melhor exemplo é o das sandálias <strong>de</strong> borracha Havaianas, que<br />

materializaram um sentimento (alegria), um hábito (<strong>de</strong>spojo), enfim, uma experiência nacional e<br />

própria, original, sem cópias e chegaram a um produto marcantemente brasileiro. E que faz<br />

sucesso internacionalmente. E ela não é uma sandália <strong>de</strong> palha feita por artesãos manualmente<br />

sem produção seriada.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

BRAND DESIGN E BRAND EXPERIENCE<br />

Márcia Regina Gervastock<br />

Prof. Msc. Sergio Lage (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Branding é o trabalho <strong>de</strong> construção e gerenciamento <strong>de</strong> uma marca junto ao merca<strong>do</strong>. O brand<br />

experience, com o intuito <strong>de</strong> aumentar o valor da marca e ganhar a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r,<br />

i<strong>de</strong>ntifica oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilizar os princípios <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign, que vão além das funções estéticas e<br />

funcionais, mas principalmente proporcionar ao cliente momentos memoráveis, através <strong>de</strong> ações<br />

que fazem com que o mesmo perceba o produto ou serviço <strong>de</strong> forma tão agradável e impactante,<br />

que envolva seus senti<strong>do</strong>s, e se torne irresistível. É a sedução da marca através <strong>de</strong> vivências<br />

experienciais, crian<strong>do</strong> um vínculo com o consumi<strong>do</strong>r. A marca passa a fazer parte da sua forma <strong>de</strong><br />

vida, como parte da sua imagem pessoal e da sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>. Através da visão, olfato, audição,<br />

paladar e tato, o brand experience <strong>de</strong>sperta emoções que influenciarão na escolha entre diversas<br />

marcas.<br />

OBJETIVOS<br />

O Objetivo principal <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> é abordar o marketing <strong>de</strong> experiência, e o papel <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign na<br />

construção <strong>de</strong>ste novo branding, a partir das mudanças no marketing tradicional, em <strong>de</strong>corrência<br />

até das próprias transformações ocorridas na socieda<strong>de</strong>, que passa a utilizar o consumo como<br />

construtor da imagem pessoal, da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>; a vivência da marca como forma <strong>de</strong> auto-expressão.<br />

O brand experience, através <strong>do</strong>s novos formatos <strong>de</strong> comunicação e publicida<strong>de</strong>, ações, e<br />

estratégias que captam muito bem as novas necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r atual, proporciona não<br />

apenas a aquisição <strong>de</strong> um produto ou serviço, mas a vivência <strong>de</strong> uma experiência significativa, <strong>de</strong><br />

forma sinestésica, sensorial, envolven<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os senti<strong>do</strong>s, da visão, audição, olfato, tato, ao<br />

paladar, <strong>de</strong> forma sedutora.<br />

A escolha <strong>de</strong>ste assunto <strong>de</strong> pesquisa vem da sua relevância atual. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />

socieda<strong>de</strong> que cultua cada vez mais a forma, a estética, o espetáculo, as emoções, <strong>de</strong>fine uma<br />

necessida<strong>de</strong> cada vez maior <strong>de</strong> estratégias que atendam a essas novas expectativas; ou seja, fazer<br />

com que as pessoas se i<strong>de</strong>ntifiquem e se sintam parte integrante da essência e <strong>do</strong> estilo <strong>de</strong> vida<br />

que a marca representa, através <strong>de</strong> experiências que preencham justamente a falta das sensações<br />

e significa<strong>do</strong>s trazi<strong>do</strong>s pelas experiências mais profundas não vividas. O consumo passa a ser uma<br />

experiência holística, uma vivência <strong>de</strong> sensações, e o resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssas experiências representa a


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

diferenciação <strong>de</strong> merca<strong>do</strong>. A estratégia <strong>de</strong> marca é um <strong>do</strong>s maiores <strong>de</strong>safios na gestão das<br />

empresas mo<strong>de</strong>rnas, o que requer especialistas <strong>de</strong> diferentes áreas que contribuem para entendêla,<br />

criá-la e <strong>de</strong>senvolvê-la. Nesse contexto, a função <strong>do</strong> <strong>de</strong>sign é <strong>de</strong> tornar concretos os valores<br />

subjetivos e imaginários da marca; é materializar uma estratégia previamente <strong>de</strong>finida que englobe<br />

os diversos formatos <strong>de</strong> comunicação.<br />

METODOLOGIA<br />

Para colher informações sobre o assunto proposto, foi utilizada a pesquisa bibliográfica on<strong>de</strong><br />

recorremos aos autores Kapferer no livro “As Marcas”, Schmitt em “A Estética <strong>do</strong> Marketing” e<br />

“Marketing <strong>de</strong> Experiência”, Martin Lindstrom com “Brand Sense: a marca multissensorial”, e os<br />

autores James H. Gilmore e Joseph B. Pine II em “Autenticida<strong>de</strong>: tu<strong>do</strong> o que os consumi<strong>do</strong>res<br />

realmente querem”; estu<strong>do</strong> e análise <strong>de</strong> alguns “cases” na área <strong>de</strong> brand experience; pesquisas no<br />

Google e na Internet, em sites que trazem conteú<strong>do</strong> sobre o assunto; palestras, com Daniele<br />

Khauaja, e com a <strong>de</strong>signer Karina Castar<strong>de</strong>lli.<br />

RESULTADOS<br />

Através da pesquisa realizada po<strong>de</strong>mos verificar as mudanças ocorridas no marketing ao longo das<br />

décadas, acompanhan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento da socieda<strong>de</strong> e as mudanças <strong>de</strong> comportamento. Dos<br />

anos 50, on<strong>de</strong> o que fazia a diferença fundamental na escolha da compra era o produto físico em si<br />

e não a sua marca, nos anos 60 quan<strong>do</strong> passamos a ter produtos semelhantes diferencia<strong>do</strong>s pela<br />

marca, na década <strong>de</strong> 80, a corporação por <strong>de</strong> traz da marca torna-se <strong>de</strong> fato a marca, aos anos 90<br />

com o Brand Equity, ou valor da marca, no qual a marca torna-se mais forte que as dimensões<br />

físicas <strong>do</strong> produto. Já no final da década <strong>de</strong> 90 a preposição <strong>de</strong> venda passa a ter uma conotação<br />

individualizada, on<strong>de</strong> as novas tecnologias têm possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ir além da produção em massa,<br />

para a customização das marcas. Hoje a preposição <strong>de</strong> vendas é holística; as marcas têm uma<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> própria.<br />

A formação <strong>de</strong>sta i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma coesa e inteligível para os consumi<strong>do</strong>res necessita <strong>de</strong> uma<br />

varieda<strong>de</strong> enorme <strong>de</strong> elementos com o potencial <strong>de</strong> produzir experiências estéticas múltiplas.<br />

Conseqüentemente a linguagem não só visual como também a <strong>de</strong> outros senti<strong>do</strong>s (audição, olfato,<br />

tato e paladar) <strong>de</strong>ve ser gerenciada <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que as expressões planejadas produzam as<br />

impressões <strong>de</strong>sejadas nos clientes. Os quatro Ps, Proprieda<strong>de</strong>, Produtos, (A)Presentações,<br />

Publicações são os componentes principais <strong>de</strong> expressão e gerenciamento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> pela<br />

estética e imagem, associan<strong>do</strong> uma <strong>de</strong>terminada instituição e suas marcas a um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> estilo<br />

<strong>de</strong> vida.<br />

Uma marca hoje precisa tornar-se uma experiência sensorial, o que vai além <strong>do</strong>s aspectos visual e<br />

auditivo, pois consumir é uma experiência multisenssorial. Música, e som ambiente, o<strong>do</strong>res e<br />

gostos, materiais e texturas envolvem e influenciam as pessoas, pois, toda nossa compreensão <strong>de</strong>


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

mun<strong>do</strong> acontece por meio <strong>do</strong>s nossos senti<strong>do</strong>s, que são nossos vínculos com a memória e atingem<br />

diretamente nossas emoções.<br />

O <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> brand experience é <strong>de</strong>senvolver instrumentos que garantam a sinergia entre a<br />

percepção <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e as realida<strong>de</strong>s sensoriais.<br />

Cada senti<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser influencia<strong>do</strong> para construir uma marca melhor, mais forte e mais dura<strong>do</strong>ura,<br />

<strong>de</strong> forma a garantir uma sinergia positiva através <strong>do</strong>s múltiplos pontos <strong>de</strong> contato <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r,<br />

crian<strong>do</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> exclusiva e impossível <strong>de</strong> ser copiada pelo concorrente. Para isso é preciso<br />

integrar elementos muito fortes à marca; componentes da marca que sejam capazes <strong>de</strong> funcionar<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente, e ao mesmo tempo não <strong>de</strong>ixam dúvida <strong>de</strong> que fazem parte <strong>de</strong>la, e que atuem<br />

com tal sinergia que gere familiarida<strong>de</strong> à mesma, eliminan<strong>do</strong> assim o mo<strong>de</strong>lo foca<strong>do</strong> apenas no<br />

logotipo.<br />

O <strong>de</strong>sign seja ele gráfico, produto, eletrônico, ambiente, é um elemento fundamental na estratégia<br />

<strong>de</strong> marca, pois é o responsável pela sua imagem, pelos elementos fortes que a distinguira das<br />

<strong>de</strong>mais.<br />

A pesquisa proporcionou um melhor entendimento <strong>do</strong> tema, o que contribui para a minha formação<br />

acadêmica e profissional.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

DESIGN DE MODA


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

MODA E ARTE: O CONTEXTO DAS VANGUARDAS HISTÓRICAS E A INTERFACE ENTRE<br />

ELSA SCHIAPARELLI E SALVADOR DALÍ<br />

Beatriz Alcici Pelegrini<br />

Profª. Drª. Agda Carvalho (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

Profª. Drª. Sueli Carvalho (co-orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Esta pesquisa apresenta uma reflexão sobre a interface entre a arte e a moda a partir <strong>do</strong> contexto<br />

das vanguardas históricas, observan<strong>do</strong> especificamente a aproximação da estilista Elsa Schiaparelli<br />

e <strong>do</strong> artista surrealista Salva<strong>do</strong>r Dali que ocorreu na década <strong>de</strong> 30 <strong>do</strong> século XX.<br />

A pesquisa aponta que o valor artístico po<strong>de</strong> estar presente em um objeto <strong>do</strong> cotidiano, ou seja,<br />

uma indumentária que tenha um conceito manipula<strong>do</strong> pela imaginação e <strong>de</strong>sejos <strong>do</strong> seu cria<strong>do</strong>r.<br />

Em meio a interesses em comum, Elsa Schiaparelli e Dali, trabalharam em parceria em algumas<br />

criações.<br />

As roupas <strong>de</strong> Elsa Schiaparelli eram feitas para impressionar e para valorizar a elegância da mulher<br />

que as usava. A estilista estava à frente <strong>do</strong> seu tempo em algumas das atitu<strong>de</strong>s, tanto que escolheu<br />

interpretar as obras <strong>de</strong> Dali em suas roupas. A partir da obra <strong>de</strong>ste artista ela criou estampas,<br />

chapéus, casacos e vesti<strong>do</strong>s, revolucionan<strong>do</strong> a moda e sain<strong>do</strong> <strong>do</strong> comum para sua época,<br />

apresentan<strong>do</strong> um encontro entre a moda e a arte.<br />

OBJETIVOS<br />

Este trabalho tem como objetivo discutir a proximida<strong>de</strong> da arte e moda a partir das produções <strong>de</strong><br />

Salva<strong>do</strong>r Dali e Elsa Schiaparelli. Como e porquê os <strong>do</strong>is cria<strong>do</strong>res tiveram esta parceria e a<br />

contribuição <strong>de</strong>stes trabalhos na atualida<strong>de</strong>.<br />

Será importante refletir sobre as vanguardas artísticas no início <strong>do</strong> século XX e as aproximações<br />

<strong>do</strong>s artistas com a moda, e assim discutir a repercussão <strong>de</strong>sta proximida<strong>de</strong> da moda e da arte na<br />

atualida<strong>de</strong>.<br />

Busca-se analisar e interpretar as obras elaboradas em parceria: Elsa Schiaparelli criava a partir<br />

das obras <strong>de</strong> Salva<strong>do</strong>r Dalí. A partir daí enten<strong>de</strong>r a relação entre ambos e os elementos<br />

compositivos que constroem a interface entre os <strong>do</strong>is cria<strong>do</strong>res a partir das obras: pintura, escultura<br />

e moda, para gerar elementos criativos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> coleção em moda.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

O trabalho inicialmente contou com o levantamento bibliográfico nas instituições: <strong>Centro</strong><br />

Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Senac Lapa, Anhembi Morumbi.<br />

A bibliografia <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>ste trabalho selecionou os seguintes autores para a abordagem da<br />

moda e da arte: Gilda <strong>de</strong> Melo e Souza, Florence Muller, Elizabeth Wilson, Gilles Lipovetsky, Diane<br />

Crane e François Bau<strong>do</strong>t.<br />

A conceituação das vanguardas artísticas <strong>do</strong> início <strong>do</strong> século XX utiliza os seguintes autores: Giulio<br />

Carlo Argan, H.B. Chipp, Vegap, Robert Descharnes, Lúcio Agra e Richard Martin.<br />

A análise procurou evi<strong>de</strong>nciar as características formais e a influência <strong>do</strong> contexto na relação moda<br />

e arte, especificamente o encontro <strong>do</strong> artista e da estilista.<br />

A pesquisa <strong>de</strong> imagens e a reflexão <strong>do</strong> encontro <strong>de</strong> Elsa Schiaparelli e Salva<strong>do</strong>r Dali possibilitaram<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> coleção para<br />

experimentação <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> arte e moda a partir <strong>do</strong> Surrealismo.<br />

RESULTADOS<br />

Em to<strong>do</strong> o la<strong>do</strong> as roupas e os a<strong>do</strong>rnos têm um papel simbólico <strong>de</strong> comunicação e um papel<br />

estético; sen<strong>do</strong> o vestuário sempre um transmissor <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s transpon<strong>do</strong> e comunican<strong>do</strong> as<br />

limitações <strong>do</strong> corpo, mas personalizan<strong>do</strong>-o e preenchen<strong>do</strong> certo número <strong>de</strong> funções sociais<br />

estéticas e psicológicas.<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os estilos da moda uma relativida<strong>de</strong> entre a moral <strong>do</strong> vestuário e os códigos rígi<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> comportamento, até a produção em massa <strong>de</strong> estilos <strong>de</strong> moda, contradizen<strong>do</strong> o seu significa<strong>do</strong>;<br />

enquanto liga a política <strong>de</strong> moda à moda como arte.<br />

A moda reflete o capitalismo, e po<strong>de</strong> ser utilizada <strong>de</strong> maneiras liberta<strong>do</strong>ras, e permanecer<br />

ambígua. Como um espetáculo <strong>de</strong> arte age como um veículo <strong>de</strong>sta ambivalência, que está sempre<br />

em busca <strong>de</strong> iluminar nossos dilemas, em razão da sua ligação com o corpo e com a vida cotidiana,<br />

e o comportamento atrain<strong>do</strong>-nos, e ao menos tempo nos afastan<strong>do</strong> numa tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir<br />

seus objetivos.<br />

As vanguardas trouxeram uma nova visão da socieda<strong>de</strong> exploran<strong>do</strong> inúmeras formas <strong>de</strong><br />

expressão. Empregavam o vestuário como suporte da expressão artística e propuseram<br />

modificações em outros segmentos que acabaram por ser afeta<strong>do</strong>s pelas manifestações como:<br />

moda, mobiliário, arquitetura, objetos utilitários, etc. A noção da obra <strong>de</strong> arte total favorece a<br />

reaproximação entre a arte e a vida, a criação e a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> científica.<br />

As manifestações das vanguardas se relacionavam com o cotidiano e estavam próximos da<br />

realida<strong>de</strong>; perceben<strong>do</strong> assim que eram capazes <strong>de</strong> criar o novo e também se relacionar com a<br />

socieda<strong>de</strong> propon<strong>do</strong> novas respostas e geran<strong>do</strong> processos criativos e interativos entre a obra e o


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

observa<strong>do</strong>r. Este envolvimento <strong>de</strong> experimentar e trabalhar próximo à realida<strong>de</strong> da vida naquele<br />

contexto, fez com que os artistas utilizassem elementos <strong>do</strong> cotidiano nos trabalhos, o que permitiu<br />

também um envolvimento com a linguagem da moda.<br />

O surrealismo, cria<strong>do</strong> por André Breton em 1924, traz à tona os impulsos das regiões ainda<br />

inexploradas da mente. Recorre aos temas forneci<strong>do</strong>s pelo inconsciente e subconsciente: o acaso,<br />

a loucura, os sonhos, as alucinações, o <strong>de</strong>lírio ou o humor. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste conceito <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

onírico, a estilista Elsa Schiaparelli foi inspirada pela arte <strong>do</strong> surrealismo, pela sua proximida<strong>de</strong> com<br />

alguns componentes <strong>do</strong> movimento, como Salva<strong>do</strong>r Dali.<br />

O artista Salva<strong>do</strong>r Dali <strong>do</strong> Surrealismo, era excessivo e extravagante, mas foi por causa <strong>de</strong>le que<br />

as portas se abriram para as publicações surrealistas, como sua parceria nas coleções <strong>de</strong> Elsa<br />

Schiaparelli. A partir <strong>de</strong>sse relacionamento, revistas <strong>de</strong> moda da época divulgaram essa integração,<br />

como a revista Vogue e Harper’s Baazar da época, que publicaram obras <strong>de</strong> Salva<strong>do</strong>r Dali e Jean<br />

Cocteau.<br />

As roupas e os a<strong>do</strong>rnos possuem um papel simbólico <strong>de</strong> comunicação e um papel estético, mas<br />

também significa o contexto, o tempo em que foram construídas; sen<strong>do</strong> o vestuário sempre um<br />

transmissor <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s transpon<strong>do</strong> e comunican<strong>do</strong> as limitações <strong>do</strong> corpo, além <strong>de</strong><br />

personalizá-lo, preenchen<strong>do</strong> certo número <strong>de</strong> funções sociais estéticas e psicológicas.<br />

A incursão <strong>do</strong> surrealismo passou a trazer para a moda <strong>de</strong> Schiaparelli cada vez mais, uma paleta<br />

<strong>de</strong> cores inteiramente nova e novas técnicas <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> cores e novos efeitos <strong>de</strong> superfície.<br />

Schiaparelli fica envolvida pelo espírito surrealista <strong>de</strong> atingir outra realida<strong>de</strong> com os trabalhos. Elsa<br />

Schiaparelli, <strong>de</strong> sua associação com o artista Salva<strong>do</strong>r Dali, criou e inovou a moda <strong>de</strong> uma época<br />

com as suas roupas.<br />

O resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta pesquisa orientou para o levantamento <strong>do</strong>s elementos compositivos <strong>de</strong> ambos os<br />

cria<strong>do</strong>res, Dali e Schiaparelli para finalizar em um processo <strong>de</strong> criação e <strong>de</strong>senvolver uma proposta<br />

<strong>de</strong> coleção.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

MOULAGE E FIGURINO: A CONSTRUÇÃO CRIATIVA NA LINGUAGEM TEATRAL<br />

Edva Ferreira <strong>de</strong> Siqueira<br />

Gustavo Hatagima<br />

Marisa <strong>do</strong>s Santos Gama<br />

Profª. Ms. Euzita Clei<strong>de</strong> <strong>de</strong> Almeida (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

É habitual que tenhamos no senso comum a idéia <strong>de</strong> que os elementos visuais presentes no teatro<br />

sejam apenas acessórios e que sua presença é apenas um ornamento em cena, levan<strong>do</strong> em<br />

consi<strong>de</strong>ração que o espetáculo teatral tem na essência a tría<strong>de</strong>: ator, texto e público. Porém esses<br />

elementos fundamentais não excluem outros que vêm compor não apenas a cena, como também<br />

situar o ator e auxiliar a caracterização <strong>do</strong> personagem. Feita esta <strong>de</strong>finição foi possível o<br />

aprofundamento na arte da indumentária ou <strong>do</strong> figurino.<br />

Embora a criação <strong>de</strong> um figurino seja próxima à criação <strong>de</strong> Moda, é necessário sublinhar as<br />

diferenças essenciais, ou seja, <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> a criação artística e <strong>do</strong> outro <strong>de</strong> um produto. A Moda<br />

exige um processo técnico e meto<strong>do</strong>lógico rigoroso, on<strong>de</strong> o público-alvo é o fator <strong>de</strong>terminante,<br />

enquanto para a criação <strong>do</strong> figurino, apesar <strong>de</strong> exigir igualmente técnicas e méto<strong>do</strong>s, o seu fator<br />

<strong>de</strong>terminante é o ator e o texto, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> mais livre e artístico. Assim, o figurino, como os outros<br />

elementos visuais <strong>do</strong> teatro, serve ao ator, ao seu gesto, à palavra ou ao silêncio, configuran<strong>do</strong><br />

assim o teatro como uma arte múltipla que incorpora diferentes possibilida<strong>de</strong>s para uma encenação<br />

mais completa e concisa.<br />

Trabalhamos em conjunto com estudantes <strong>de</strong> teatro, <strong>do</strong> Teatro Escola Macunaíma, acompanhan<strong>do</strong><br />

to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> um espetáculo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua estruturação básica até a estréia da peça, atuan<strong>do</strong><br />

com uma participação significativa, colocan<strong>do</strong> em prática os conhecimentos obti<strong>do</strong>s, possibilitan<strong>do</strong><br />

assim uma noção prática da criação e produção <strong>do</strong> figurino teatral. Para a confecção <strong>de</strong>stes<br />

figurinos foi escolhida a técnica da moulage – mo<strong>de</strong>lagem tridimensional - por sua simplicida<strong>de</strong>, que<br />

permite agilida<strong>de</strong> e eficácia na percepção e experimentação sobre o manequim, possibilitan<strong>do</strong> que<br />

o processo criativo amadureça durante a mo<strong>de</strong>lagem, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> assim o conhecimento e as<br />

técnicas <strong>de</strong> moulage.<br />

OBJETIVOS<br />

Primeiramente estudar a relação Moda-Teatro, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma produção da indumentária<br />

voltada ao espetáculo, on<strong>de</strong> a roupa <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um produto –moda- e adquire um conceito


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

artístico –figurino- , trazen<strong>do</strong> assim uma nova possibilida<strong>de</strong> ao profissional da Moda. Em seguida<br />

compor figurinos para um espetáculo teatral, <strong>de</strong> cunho concreto, utilizan<strong>do</strong>-se da meto<strong>do</strong>logia<br />

necessária, obtida após a pesquisa teórica, e da técnica <strong>de</strong> moulage.<br />

METODOLOGIA<br />

O primeiro procedimento <strong>de</strong>sta pesquisa foi levantar bibliografia pertinente sobre o tema,<br />

analisan<strong>do</strong> não apenas o figurino e sua história, mas também relacionan<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

teatro e <strong>do</strong>s outros elementos visuais, como a cenografia, formalizan<strong>do</strong> assim uma linha <strong>de</strong><br />

pensamento.<br />

No segun<strong>do</strong> momento procuramos a aplicação prática <strong>de</strong>stes conhecimentos, em colaboração ao<br />

Teatro Escola Macunaíma, on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>mos participar <strong>de</strong> aulas, ensaios e <strong>do</strong> processo criativo no<br />

teatro. Po<strong>de</strong>mos resumir este processo em algumas fases como:<br />

- a seleção, on<strong>de</strong> os atores trazem elementos externos para a composição <strong>de</strong> um tema geral para o<br />

espetáculo;<br />

- o aprofundamento, quan<strong>do</strong> estes atores vão em um “jogo <strong>de</strong> palavras” traçan<strong>do</strong> as linhas mais<br />

especificas <strong>do</strong>s significa<strong>do</strong>s que estarão conti<strong>do</strong>s na peça;<br />

- a repetição, que se dá em forma <strong>de</strong> ensaio, colocan<strong>do</strong> os atores como artesãos, que lapidam os<br />

personagens em busca <strong>de</strong> um âmago, um peso, um valor.<br />

Observan<strong>do</strong> essas etapas foi possível analisar a relação entre o projeto no <strong>de</strong>sign e o processo<br />

criativo no teatro, facilitan<strong>do</strong> e estreitan<strong>do</strong> assim essa relação entre a Moda e o Teatro. Nesta etapa<br />

coletamos informações que seriam o pilar para o início da criação <strong>do</strong> figurino, que então se<br />

esten<strong>de</strong>u também para a elaboração da cenografia e <strong>do</strong> projeto gráfico <strong>do</strong> espetáculo.<br />

Em linhas gerais po<strong>de</strong>mos sintetizar o processo criativo <strong>do</strong>s figurinos em sete pontos principais,<br />

que foram:<br />

1 – Primeiros esboços;<br />

2 – Busca <strong>de</strong> referências visuais (expressionismo, moda da década <strong>de</strong> 20);<br />

3 – Ambiência;<br />

4 – Croquis;<br />

5 – Moulage;<br />

6 – Costura;<br />

7 – Acabamento.<br />

De todas essas etapas existem registros fotográficos e/ou material original, que servem <strong>de</strong> anexo<br />

para a monografia final.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

RESULTADOS<br />

Terminada essa pesquisa po<strong>de</strong>mos afirmar que nossos resulta<strong>do</strong>s foram positivos, pois fomos<br />

inicia<strong>do</strong>s à arte teatral, tanto na teoria quanto na prática, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que <strong>de</strong>senvolvemos nossa<br />

percepção, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o teatro e a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra maneira, e possibilitan<strong>do</strong> novas<br />

perspectivas profissionais. Pois o figurinista ainda é um profissional em déficit <strong>de</strong> formação no<br />

merca<strong>do</strong> teatral brasileiro, exemplifica<strong>do</strong> por uma falta <strong>de</strong> bibliografia, material e cursos específicos<br />

para essa área. Por meio <strong>de</strong>sta pesquisa foi possível a compreensão <strong>do</strong> papel <strong>do</strong> figurinista, assim<br />

como <strong>de</strong> outros profissionais <strong>do</strong> teatro, e <strong>de</strong> sua importância, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> méto<strong>do</strong>s e técnicas<br />

para concepção, criação e produção da indumentária voltada ao teatro.<br />

No campo prático nossos resulta<strong>do</strong>s foram igualmente positivos, pois foi possível a realização <strong>de</strong><br />

figurinos para um espetáculo teatral concreto, utilizan<strong>do</strong> uma técnica <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem precisa e<br />

simples, a moulage, agregan<strong>do</strong> novos valores e noções sobre essa técnica, sem esquecer que<br />

produzimos também o cenário e as peças gráficas impressas para esse espetáculo, que permitiram<br />

um contato mais amplo com o teatro.<br />

Concluin<strong>do</strong> po<strong>de</strong>mos dizer que apesar da riqueza <strong>do</strong> teatro brasileiro, ainda existem muitas<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> experimentação e profissionalização, principalmente para quem quiser rumar pela<br />

visualida<strong>de</strong> no teatro, que é extensa e, infelizmente, pouco explorada no país.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

GUSTAV KLIMT E EMILIE FLOGE: A OUSADIA DA ARTE E DA MODA NA BELLE ÉPOQUE<br />

Bruna Baltuz Leme <strong>de</strong> Almeida<br />

Larissa Mannis Nogueira<br />

Profª. Msc. Patrícia Helena Soares Fonseca (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

No inicio <strong>do</strong> século XX, artistas vanguardistas trouxeram uma nova visão <strong>de</strong> arte para a socieda<strong>de</strong>,<br />

exploran<strong>do</strong> todas as formas <strong>de</strong> expressão. Encontrou no vestuário um suporte contemporâneo e<br />

versátil, que fez com que a moda funcionasse como um fator psicológico, <strong>de</strong>spertan<strong>do</strong> o interesse<br />

por um novo tipo <strong>de</strong> produto levan<strong>do</strong> o anterior a uma <strong>de</strong>cadência. Novos estilistas <strong>de</strong> espírito<br />

vanguardista estavam muito receptivos a essa inovação. Intensificaram seus laços com artistas<br />

plásticos na área <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>coração e afins, trazen<strong>do</strong> novos hábitos para o universo<br />

<strong>do</strong> vestuário. Demonstraram assim, que a moda e a arte possuem uma gran<strong>de</strong> sinergia e<br />

alimentam-se reciprocamente, trazen<strong>do</strong> para seus trabalhos o seu tema predileto: a silhueta.<br />

OBJETIVOS<br />

O estu<strong>do</strong> se propõe a compreen<strong>de</strong>r os aspectos peculiares da moda e da arte, ten<strong>do</strong> como foco o<br />

artista Gustav Klimt e a estilista Emilie Flöge, mostran<strong>do</strong> as suas influências na arte, moda e<br />

<strong>de</strong>sign, remeten<strong>do</strong> aos dias atuais.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia utilizada neste estu<strong>do</strong> baseou-se em pesquisa bibliográfica, elaboração <strong>de</strong><br />

hipóteses, visita a museus, pesquisas iconográficas que <strong>de</strong>monstraram a estreita relação que se<br />

<strong>de</strong>u entre a moda e a arte <strong>de</strong> Gustav Klimt e Emilie Flöge, on<strong>de</strong> o Art Nouveau assumiu uma<br />

vertente sensual e vanguardista.<br />

.<br />

RESULTADOS<br />

A pesquisa acadêmica realizada neste trabalho remonta ao final <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> XX na<br />

Europa, que foi sem dúvida um <strong>do</strong>s mais férteis e conturba<strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s no âmbito artístico-social.<br />

Este perío<strong>do</strong> foi caracteriza<strong>do</strong> por gran<strong>de</strong>s reformas trazidas pela revolução industrial, por<br />

movimentos sociais que tomaram força e movimentos artísticos como o Art Nouveau, que surgiram


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

influencian<strong>do</strong> grupos <strong>de</strong> artistas em toda a Europa, revolucionan<strong>do</strong> a moda e a arte.<br />

O trabalho <strong>de</strong> pesquisa buscou apresentar as obras <strong>do</strong> artista Gustav Klimt e da estilista Emilie<br />

Flöge, levan<strong>do</strong> a uma nova visão sobre os seus trabalhos realiza<strong>do</strong>s, mostran<strong>do</strong> sua influência<br />

nas artes, na <strong>de</strong>coração e na moda.<br />

A pesquisa trouxe indícios claros da importância <strong>do</strong> casal, que uniu arte e moda e as transformaram<br />

em uma das mais exitosas parcerias. Influenciaram ao longo <strong>do</strong> tempo estilistas e artistas, que<br />

utilizaram estas duas áreas como um meio <strong>de</strong> expressão para enfatizar alguma insatisfação ou<br />

pensamento, crian<strong>do</strong> assim uma sinergia entre arte e moda. Temos como exemplo claro os<br />

estilistas: Paul Poiret, Ma<strong>de</strong>leine Vionnet, Sonia Delaunay, Elsa Schiaparelli, André Courrèges,<br />

Yves Saint Laurent e John Galliano.<br />

Em última análise conclui-se que a arte influencia a moda e a moda a arte respectivamente, a partir<br />

<strong>do</strong>s contextos sociopolíticos e artísticos <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> da historia.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

MACKINTOSH: ARTISTA, ARQUITETO e DESIGNER<br />

Felippe Moraes<br />

Profª. Msc. Patrícia Helena Soares Fonseca (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Des<strong>de</strong> o século XVII o mun<strong>do</strong> passava por um processo <strong>de</strong> mudança cultural, tecnológica e social<br />

muito intenso. Nesse processo surgia um fenômeno <strong>de</strong> um sentimento europeu <strong>de</strong> hegemonia<br />

sobre o mun<strong>do</strong>. Estabelecia-se uma socieda<strong>de</strong> iludida e por tal repleta <strong>de</strong> incongruências atingin<strong>do</strong><br />

seu ápice no século XIX.<br />

Neste momento histórico em que se atingiu um grau <strong>de</strong> saturação social irreversível, o homem <strong>de</strong><br />

então, em uma busca frenética por um alívio em meio a esse turbilhão, se refugiou na temática <strong>do</strong><br />

familiar e <strong>do</strong> conheci<strong>do</strong>. Então, em um movimento pós-romântico surge o Art Nouveau: movimento<br />

com características conceituais bem acentuadas e similares em to<strong>do</strong>s os países em que se<br />

manifestou, apesar das diferentes formas visuais que tomou. Com fortes pretensões nacionalistas,<br />

foi o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> muitos artistas em busca <strong>de</strong> uma estética vanguardista, que se<br />

<strong>de</strong>sligasse <strong>do</strong>s revivencialismos estéticos <strong>de</strong> então.<br />

Nessas manifestações se enquadra o trabalho <strong>de</strong> Charles Rennie Mackintosh. Natural <strong>de</strong> Glasgow,<br />

na Escócia, revolucionou a arquitetura e o <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> seu tempo com formas suaves e <strong>de</strong>licadas. Às<br />

vezes até acanha<strong>do</strong>, não publicava manifestos nem gritava suas i<strong>de</strong>ologias, entretanto seus<br />

resulta<strong>do</strong>s em nada foram tími<strong>do</strong>s como se viria a notar postumamente. Buscou inspiração na<br />

crescente influência japonesa, simbolista, pré-rafaelita e no Arts & Crafts inglês, culminan<strong>do</strong> num<br />

trabalho que em alguns momentos po<strong>de</strong> ser classifica<strong>do</strong> inclusive como pré-funcionalista. Negou os<br />

estilos vigentes em seu país, importa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> toda a Europa, e bra<strong>do</strong>u, com a sutileza <strong>de</strong> seus<br />

trabalhos, as virtu<strong>de</strong>s da arquitetura escocesa. Mackintosh não a reproduziu, mas a revisitou e<br />

mo<strong>de</strong>rnizou, pois em suas próprias palavras: “<strong>de</strong>vemos vestir idéias mo<strong>de</strong>rnas com trajes<br />

mo<strong>de</strong>rnos – a<strong>do</strong>rnar nossos <strong>de</strong>signs com uma elegância viva”.<br />

OBJETIVOS<br />

Ten<strong>do</strong>-se em vista a pouca quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material existente em português sobre Charles Rennie<br />

Mackintosh, uma das gran<strong>de</strong>s e pioneiras mentes <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>rnismo europeu, preten<strong>de</strong>u-se elaborar<br />

uma obra responsável, acessível e inclusiva, <strong>de</strong> forma a elucidar pesquisa<strong>do</strong>res em <strong>de</strong>sign, arte e<br />

arquitetura e <strong>de</strong>mais interessa<strong>do</strong>s. Elaborou-se uma obra que colocasse em <strong>de</strong>staque as


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

ambiciosas aspirações <strong>de</strong> renovação artística e <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong>ste artista.<br />

Procurou-se também abordar o Charles Rennie Mackintosh homem, colocan<strong>do</strong>-o la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com o<br />

artista. Desta forma tornam-se muito mais claras as influências <strong>de</strong> pessoas próximas a ele como<br />

seus amigos e esposa em seu trabalho.<br />

Mackintosh é aborda<strong>do</strong> como um homem <strong>do</strong> fin-<strong>de</strong>-siécle e, como tal, é coloca<strong>do</strong> no contexto<br />

social, político e artístico <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> XX. Sua busca por uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

nacional na arquitetura e <strong>de</strong>sign colocam-no la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com o espírito <strong>de</strong> sua época, ten<strong>do</strong> como<br />

referência os trabalhos que se realizavam nestas áreas no continente europeu. Mackintosh, através<br />

<strong>de</strong> um trabalho híbri<strong>do</strong> em referências nacionalistas diversas (Escócia, Japão, Inglaterra, entre<br />

outros), consegue construir uma obra única, em que todas estas inspirações acomodam-se na<br />

construção <strong>de</strong> uma nova i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> escocesa mo<strong>de</strong>rna.<br />

METODOLOGIA<br />

Através da análise <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> referência sobre Mackintosh, o <strong>de</strong>sign e a arte <strong>do</strong> século XIX e<br />

princípio <strong>do</strong> século XX, e obras <strong>de</strong> referência sobre análise da cultura, procurou-se montar um<br />

panorama cultural da socieda<strong>de</strong> vitoriana e escocesa <strong>de</strong> fin-<strong>de</strong>-siècle.<br />

CONCLUSÕES<br />

Charles Rennie Mackintosh, diferentemente <strong>de</strong> seus colegas contemporâneos, praticantes <strong>do</strong> Art<br />

Nouveau, teve uma produção artística e <strong>de</strong> artes aplicadas muito suave e simbólica. Para tal<br />

recorreu às tradições nacionais buscan<strong>do</strong> inspiração para sua obra absolutamente agradável e bem<br />

conceituada.<br />

Apesar <strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> vivo, se dizer contra o Art Nouveau, hoje seu trabalho é classifica<strong>do</strong> como tal,<br />

pelas características, principalmente conceituais, que encontravam congruência com o movimento<br />

no continente. Entretanto o trabalho que <strong>de</strong>senvolveu explorava curvas, uma das principais<br />

características formais <strong>do</strong> art nouveau, mais suaves, chegan<strong>do</strong> ao ponto <strong>de</strong> repousarem por<br />

completo, tornan<strong>do</strong> seu trabalho repleto <strong>de</strong> uma geometria absolutamente original.<br />

Des<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> sua carreira, quan<strong>do</strong> ainda estudava formalmente, já revelava seu pioneirismo.<br />

Como centro informal <strong>do</strong> “Glasgow Style”, estilo com inspirações simbolistas que teve gran<strong>de</strong> força<br />

no fim <strong>do</strong> século XIX e início <strong>do</strong> XX na Glasgow School of Art, influenciou uma série <strong>de</strong> jovens<br />

artistas que, como ele, buscavam uma autenticida<strong>de</strong> em seus trabalhos e uma compreensão da<br />

condição humana.<br />

Ao longo <strong>de</strong> sua carreira produziu um trabalho tão autêntico e bem fundamenta<strong>do</strong> que sua obraprima,<br />

a Glasgow School of Art, é geralmente consi<strong>de</strong>rada a primeira obra mo<strong>de</strong>rnista da Europa.<br />

Desta maneira tornou-se o precursor <strong>de</strong> tendências e movimentos que surgiriam décadas <strong>de</strong>pois<br />

como o funcionalismo e o art-déco.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

GESTÃO DE MODA E INCLUSÃO SOCIAL<br />

Akie Cavalcanti Tagawa<br />

Profª. Msc. Sandra Penkal (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A origem da palavra socieda<strong>de</strong> vem <strong>do</strong> latim societas, uma "associação amistosa com outros".<br />

Societas é <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>de</strong> socius, que significa "companheiro", e assim o significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> é<br />

intimamente relaciona<strong>do</strong> àquilo que é social. Paralelamente a este conceito, a estrutura da<br />

socieda<strong>de</strong> pós-mo<strong>de</strong>rna está relacionada ao consumismo, ao mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> produção e sua logística,<br />

aos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> nas classes sociais, à maneira como se estruturam as instituições na<br />

vida cotidiana. A mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> apresenta o conceito <strong>de</strong> uma economia sólida e permanente; já a<br />

economia na pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é uma economia <strong>de</strong> transitorieda<strong>de</strong>, líquida, pois não está fixa no<br />

espaço e tempo.<br />

Está implícito no significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> que seus membros compartilham interesse ou<br />

preocupação mútuas sobre um objetivo comum. Porém, nota-se que os <strong>de</strong>ficientes visuais não<br />

estão incluí<strong>do</strong>s nesse conceito <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong>, não há o compartilhamento <strong>de</strong> informações,<br />

preocupações, objetivos etc.<br />

Neste senti<strong>do</strong>, ao analisar a socieda<strong>de</strong> atual e a socieda<strong>de</strong> consumista, percebe-se que os<br />

<strong>de</strong>ficientes visuais não são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s como consumi<strong>do</strong>res potenciais, as criações <strong>de</strong> produtos e<br />

roupas são praticamente inexistentes para o atendimento <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s especificas. Ao<br />

observar esse espaço no merca<strong>do</strong> e a questão social, esse trabalho se volta para a questão da<br />

moda como possibilita<strong>do</strong>ra da inclusão social e, assim, participar <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s fatores essenciais da<br />

sustentabilida<strong>de</strong>: ser socialmente justo.<br />

Segun<strong>do</strong> o sociólogo polonês Zygmund Bauman’ “estar excluí<strong>do</strong> da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> consumo<br />

equivale a ser um fracassa<strong>do</strong>, um incompetente. Um consumi<strong>do</strong>r falho fica se utilizan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />

mesmos bens, e a utilização repetida o priva da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sensações novas e inéditas. Isso o<br />

leva ao tédio e à frustração’’. Isso ocorre com os <strong>de</strong>ficientes visuais, que não encontram na moda<br />

um setor seguro para o atendimento <strong>de</strong> suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo.<br />

OBJETIVO<br />

Os <strong>de</strong>ficientes visuais encontram-se excluí<strong>do</strong>s da socieda<strong>de</strong> e sem oportunida<strong>de</strong>s. Assim,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> moda este é um nicho da socieda<strong>de</strong> esqueci<strong>do</strong>, mas que necessita <strong>de</strong>


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

atenção e alguns diferenciais. Observan<strong>do</strong> esse problema, foi possível notar que a moda po<strong>de</strong><br />

auxiliar na inclusão social e aceitação.<br />

Dessa maneira, este trabalho tem como objetivo a introdução da moda para os <strong>de</strong>ficientes visuais,<br />

através <strong>de</strong> elementos sensoriais nas roupas e teci<strong>do</strong>s, facilida<strong>de</strong>s com etiquetas <strong>de</strong> composição e<br />

especificação <strong>do</strong> produto como cores em Braille. Esses diferenciais facilitam o consumo e o uso <strong>do</strong><br />

vestuário para os <strong>de</strong>ficientes.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia estabelecida consistiu em levantamentos teóricos, com base em referências<br />

Bibliográficas e Pesquisas <strong>de</strong> Campo, como: livros, revistas especializadas, periódicos, exposições<br />

e palestras, monografias, publicações e pesquisas na Internet, análise <strong>de</strong> “cases”, entrevista com<br />

profissionais, visitas a empresa e instituições que tenham relação com a proposta, entre outros.<br />

Mediante o contexto histórico este projeto <strong>de</strong> pesquisa busca realizar um paralelo entre a pósmo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,<br />

através da economia <strong>de</strong> transitorieda<strong>de</strong>, líquida por assim dizer, e sua relação com a<br />

socieda<strong>de</strong> e a inclusão social no segmento <strong>de</strong> moda.<br />

Em cada etapa <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento foram elabora<strong>do</strong>s os respectivos relatórios.<br />

RESULTADOS<br />

Ao realizar um paralelo entre a pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, através da economia <strong>de</strong> transitorieda<strong>de</strong>, líquida<br />

por assim dizer, e sua relação com a inclusão social, observa-se uma gran<strong>de</strong> fragilida<strong>de</strong> entre os<br />

laços humanos. As pessoas, cada vez mais, se importam menos com as outras, as relações estão<br />

cada dia mais superficiais e egoístas.<br />

Assim, as inovações tecnológicas, benefícios e novida<strong>de</strong>s priorizam e chegam para uma minoria,<br />

esta geralmente é a parte da população mais rica e bem informada.<br />

Também, com as tecnologias e novas <strong>de</strong>scobertas no setor <strong>do</strong> vestuário, essas inovações<br />

precisam ser usadas <strong>de</strong> forma a beneficiar todas as pessoas da socieda<strong>de</strong>.<br />

Os porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência visual ten<strong>de</strong>m a ser excluí<strong>do</strong>s da socieda<strong>de</strong> e se isolarem por não<br />

conseguirem se adaptar ao mun<strong>do</strong>, pois este não está adapta<strong>do</strong> para atendê-los. Dessa maneira,<br />

esse estu<strong>do</strong> quer proporcionar aos porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência visual a oportunida<strong>de</strong> e a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se vestirem e fazerem escolhas.<br />

É espera<strong>do</strong> através <strong>de</strong>sse trabalho que o segmento <strong>do</strong> vestuário inove e evolua no setor <strong>de</strong> roupas<br />

especializadas e contribua para que a socieda<strong>de</strong> aceite e tenha menos preconceito com <strong>de</strong>ficientes<br />

visuais. Visto que a moda po<strong>de</strong> transmitir tendências e padrões <strong>de</strong> beleza conseqüentemente<br />

po<strong>de</strong>ria auxiliar na aceitação e inclusão <strong>de</strong>ssas pessoas.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

GESTÃO DE NEGÓCIOS E SUSTENTABILIDADE NO MERCADO DE MODA<br />

Natália Belesso Tosin<br />

Profª. Msc. Sandra Penkal (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser caracterizada como uma reação da cultura ao mo<strong>do</strong> como se<br />

<strong>de</strong>senvolveu historicamente os i<strong>de</strong>ais da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, associada à perda <strong>de</strong> otimismo e confiança<br />

no potencial universal <strong>do</strong> projeto mo<strong>de</strong>rno.<br />

O norte-americano Fre<strong>de</strong>ric Jameson consi<strong>de</strong>ra a década <strong>de</strong> 60 como o início da pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,<br />

entendida por ele como parte da lógica cultural <strong>do</strong> capitalismo tardio.<br />

Toda a estrutura da socieda<strong>de</strong> pós-mo<strong>de</strong>rna está relacionada ao consumismo, ao mo<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

produção e sua logística, aos padrões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> nas classes sociais e à maneira como se<br />

estruturam as instituições na vida cotidiana.<br />

A mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> traz o conceito <strong>de</strong> uma “economia permanente”, sólida, com dimensões espaciais<br />

claras, que diminuem o significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo. Já a configuração na pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> é uma<br />

“economia <strong>de</strong> transitorieda<strong>de</strong>”, líquida por assim dizer, não fixa o espaço, nem pren<strong>de</strong> o tempo.<br />

Produz-se objetos baratos, que não po<strong>de</strong>m ser conserta<strong>do</strong>s e que sejam <strong>de</strong>scartáveis, cria-se<br />

assim uma obsolescência instantânea, que impulsiona o consumo, e por conseqüência traz lucros.<br />

Constrói-se uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scartes e resíduos, todas essas máximas afetam não só o<br />

individuo no singular, mas também seus laços afetivos e sua relação com o ambiente em que vive.<br />

OBJETIVO<br />

A pesquisa encontrou como problemática, entre outros, a questão da <strong>de</strong>scartabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos;<br />

fato gera<strong>do</strong>r <strong>de</strong> um aumento <strong>de</strong> resíduos para o meio ambiente.<br />

O estu<strong>do</strong> preten<strong>de</strong> discutir, sob a ótica ecologicamente correta e economicamente viável, o papel<br />

<strong>do</strong> <strong>de</strong>signer <strong>de</strong> moda na socieda<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a participação da agroindústria <strong>do</strong> algodão<br />

orgânico neste contexto.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia estabelecida consistiu em levantamentos teóricos, com base em referências


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Bibliográficas e Pesquisas <strong>de</strong> Campo, como: livros, revistas especializadas, periódicos, exposições<br />

e palestras, monografias, publicações e Internet, análise <strong>de</strong> “cases”, entrevista com profissionais,<br />

visitas a empresa e instituições que tenham relação com a proposta, entre outros.<br />

Mediante o contexto histórico este projeto <strong>de</strong> pesquisa busca realizar um paralelo entre a pósmo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,<br />

através da economia <strong>de</strong> transitorieda<strong>de</strong>, líquida por assim dizer, e sua relação com a<br />

gestão sustentável no segmento <strong>de</strong> moda.<br />

Em cada etapa <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento foram elabora<strong>do</strong>s os respectivos relatórios.<br />

RESULTADOS<br />

A manifestação da condição da pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, com os <strong>de</strong>scartes nas relações humanas e na<br />

natureza, estava apenas no interesse <strong>do</strong>s sociólogos e ambientalistas, mas a responsabilida<strong>de</strong> pela<br />

mudança <strong>de</strong> padrões coerentes com a realida<strong>de</strong> surgida é também <strong>de</strong> incumbência <strong>do</strong>s <strong>de</strong>signers,<br />

consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os processos <strong>de</strong> criação e produção <strong>do</strong>s produtos <strong>de</strong> moda.<br />

Neste cenário, a tecnologia também cria novos espaços para os consumi<strong>do</strong>res, tornan<strong>do</strong> o<br />

consumo um sistema global e que traz várias possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo, mas oferecen<strong>do</strong> muitas<br />

vezes pouco valor moral<br />

O tempo <strong>do</strong> indivíduo pós-mo<strong>de</strong>rno é o presente, ten<strong>do</strong> uma apatia <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e uma<br />

<strong>de</strong>spreocupação com o futuro.<br />

Dentro da socieda<strong>de</strong>-cultural <strong>de</strong> consumo está surgin<strong>do</strong> um novo conceito, o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentável. A proposta que rompe com os antigos mo<strong>de</strong>los econômicos é a primeira que integra<br />

uma economia viável, ecologicamente correta, socialmente justa e culturalmente aceitável.<br />

A nova verda<strong>de</strong> traz consigo a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>linear o perfil <strong>do</strong> novo <strong>de</strong>signer, um<br />

profissional responsável pelo processo e pela gestão <strong>de</strong> insumos envolvi<strong>do</strong>s em sua criação.<br />

Basean<strong>do</strong>-se no conceito <strong>de</strong> que a indústria e sustentabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m coexistir, a indústria têxtil,<br />

responsável por 17,5% <strong>do</strong> PIB (2008) relativo à indústria <strong>de</strong> transformação, não po<strong>de</strong> ficar aquém<br />

da realida<strong>de</strong> que está surgin<strong>do</strong>. O <strong>de</strong>signer <strong>de</strong> moda tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> participar <strong>de</strong>ste processo <strong>de</strong><br />

mudança.<br />

Os têxteis orgânicos representam alternativas as essas problemáticas, que visam promover a<br />

sustentabilida<strong>de</strong> da produção. A produção orgânica <strong>de</strong> algodão é insignificante comparada à<br />

produção <strong>do</strong> algodão sem preocupação com o meio ambiente, mas tu<strong>do</strong> isso é somente o começo<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> revolução.<br />

Pensan<strong>do</strong> com otimismo, o estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong> propor uma transformação pelo “modus operandi” a partir<br />

da concepção das idéias <strong>do</strong>s <strong>de</strong>signers <strong>de</strong> moda.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

TRAJES ESPECIAIS PARA DEFICIENTES FÍSICOS E VISUAIS<br />

Letícia Nascimento <strong>de</strong> Souza<br />

Profª. Drª. Ylara Hellmeister Pedrosa (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A <strong>de</strong>ficiência sen<strong>do</strong> ela física ou visual abrange não só as funções motoras e a diminuição da<br />

resposta visual, como também vários outros fatores que influenciam no mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada ser<br />

humano.<br />

A partir <strong>de</strong> cada <strong>do</strong>ença individual, é possível <strong>de</strong>finir as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada porta<strong>do</strong>r. Com um<br />

vestuário sob medida é possível valorizar a auto-estima, que muitas vezes é abalada pela<br />

<strong>de</strong>pressão.<br />

Com o intuito <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r como este segmento funciona, este trabalho visa à compreensão sobre o<br />

que po<strong>de</strong> ser ofereci<strong>do</strong> para adaptar um vestuário, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> uma mo<strong>de</strong>lagem diferenciada até a<br />

escolha <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s inteligentes e aviamentos que facilitam na hora <strong>de</strong> se vestir.<br />

OBJETIVO<br />

Pesquisar quais são as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência na hora <strong>de</strong> se vestir e o que<br />

po<strong>de</strong> ser ofereci<strong>do</strong> para expressar sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> individual.<br />

METODOLOGIA<br />

Primeiramente, focalizaremos a pesquisa no conceito, causas e fatores <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> cada<br />

<strong>de</strong>ficiência.<br />

Bibliografia relacionada à ergonomia e <strong>do</strong>enças neurológicas.<br />

Entrevistas com mestres, <strong>do</strong>utores e porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência.<br />

Análise <strong>de</strong> filmes e artigos <strong>de</strong> revistas, jornais e internet.<br />

RESULTADOS<br />

Após a análise <strong>de</strong> filmes, livros, entrevistas e diálogos informais foi constata<strong>do</strong> que ainda há muito a<br />

se conquistar nesse segmento.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

É necessário mais pesquisas na área, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> roupa.<br />

A insuficiência <strong>de</strong> profissionais especializa<strong>do</strong>s também atrapalha o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sse<br />

segmento, pois a preocupação vai além <strong>do</strong> la<strong>do</strong> fashion, é necessário à valorização <strong>do</strong> corpo<br />

humano em suas diversas condições.<br />

A moda ainda <strong>de</strong>ve qualida<strong>de</strong>, porém público para consumir essa outra moda, existe.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

PRECONCEITO DE MODA<br />

Marianne Montavoni Tarrega<br />

Profª. Drª. Ylara Hellmeister Pedrosa (orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

“Se a moda é a roupa, ela não é indispensável. E se a moda é uma maneira <strong>de</strong> perceber nosso<br />

cotidiano, então ela é muito mais importante. Dentre tu<strong>do</strong> que se chama arte – pintura, escultura,<br />

etc. -, poucas po<strong>de</strong>m, como a moda ou a música, influenciar tão diretamente as pessoas. A moda é<br />

uma comunicação única, relativa a sensações vividas por uma geração que usa a roupa que<br />

quiser”.<br />

Yohji Yamamoto<br />

(http://www.reve<strong>de</strong>mo<strong>de</strong>.blogspot.com) 2007<br />

Fala-se que moda é profissão <strong>de</strong> gays, ou <strong>de</strong> mulheres que não têm o que fazer. O interesse por<br />

moda é mais feminino, mas quem se aprofunda no assunto, percebe que é mais complica<strong>do</strong> <strong>do</strong> que<br />

se imagina. Não basta pensar em um <strong>de</strong>senho, e costurar, estuda-se e trabalha-se com fios, fibras,<br />

processos químicos, criativida<strong>de</strong>, cores. Talvez esse preconceito seja <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ignorância da<br />

maioria, a qual não sabe o que engloba as áreas da moda.<br />

Muitos ainda consi<strong>de</strong>ram a moda como um fenômeno superficial, mas esquecem que também é um<br />

fenômeno cultural.<br />

Moda é comunicação. Não é apenas um assunto sem graça que mostra tendências <strong>do</strong> que se<br />

usará na próxima estação, moda reflete muito mais <strong>do</strong> que isto, reflete um estilo <strong>de</strong> se comunicar, e<br />

portanto po<strong>de</strong> se tornar um meio <strong>de</strong> transmitir o preconceito.<br />

É o conjunto <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> assumida pelas pessoas no seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vestir. É uma linguagem que<br />

expressa um sistema integra<strong>do</strong>, mutável, que mostra um comportamento.<br />

Há um preconceito concreto no campo da moda, a qual foi julgada e as vezes continua sen<strong>do</strong>,<br />

como algo fútil, mas percebe-se que a cada dia, a área fornece muitos empregos, e tem um<br />

eleva<strong>do</strong> capital <strong>de</strong> giro. Nota-se que o seu consumo cresce muito.<br />

A palavra preconceito, segun<strong>do</strong> o dicionário Aurélio, constitui: ´´ conceito ou opinião forma<strong>do</strong>s<br />

antecipadamente, sem maior pon<strong>de</strong>ração ou conhecimento <strong>do</strong>s fatos; idéia preconcebida ´´. O qual<br />

é realiza<strong>do</strong> das relações entre os homens.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

De acor<strong>do</strong> com o psicólogo Gor<strong>do</strong>n Willard Allport (1954), `` o preconceito é o resulta<strong>do</strong> das<br />

frustrações das pessoas, que em <strong>de</strong>terminadas circunstâncias po<strong>de</strong>m se transformar em raiva e<br />

hostilida<strong>de</strong>. ´´<br />

O preconceito permanece como um problema grave e atual. Há amplo anseio ao tentar-se mudar<br />

um indivíduo com preconceito. Vêem-se nos outros e raramente no próprio sujeito, ao mesmo<br />

tempo é motiva<strong>do</strong> pela ignorância e não-conhecimento <strong>do</strong> outro que é diferente. Po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> até ser<br />

origina<strong>do</strong> pelo me<strong>do</strong>. Leva a discriminação, marginalização e violência.<br />

Existem inúmeras formas <strong>de</strong> preconceito: racial, social, sexual, lingüístico, religioso, espiritual... E<br />

po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>do</strong>s na linguagem, ações e atitu<strong>de</strong>s diárias.<br />

Se <strong>de</strong>sejamos combater o preconceito e a discriminação, a solução não é impor igualda<strong>de</strong><br />

mascarada e fictícia por intermédio <strong>de</strong> leis. E sim, admitir e esclarecer as diferenças, as aparências<br />

e as realida<strong>de</strong>s para que o sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa humana as compreenda e não rejeite o que for<br />

normal e saudável. (Texto extraí<strong>do</strong> <strong>do</strong> livro Renascer Brasil).<br />

OBJETIVO<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é estudar o preconceito, proporcionan<strong>do</strong> aos profissionais da moda uma<br />

reflexão sobre o assunto.<br />

METODOLOGIA<br />

Pesquisa bibliográfica<br />

Análise <strong>de</strong> textos<br />

Pesquisa <strong>de</strong> campo<br />

Entrevistas com profissionais da moda, sociólogos e psicólogos<br />

RESULTADOS<br />

De acor<strong>do</strong> com os textos pesquisa<strong>do</strong>s, concluímos que na moda há preconceito. Dessa forma<br />

percebe-se que referente à moda, o preconceito existe <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>clarada e mascarada. Declarada<br />

quan<strong>do</strong> isola os i<strong>do</strong>sos, os gor<strong>do</strong>s e os diferentes <strong>do</strong>s <strong>de</strong>sfiles. Quan<strong>do</strong> cria moda para um<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> biótipo ou classe social. Mascarada quan<strong>do</strong> admite em seu meio pessoas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />

tipos e níveis sociais, mas não dá as mesmas condições que po<strong>de</strong>riam abranger a to<strong>do</strong>s.<br />

Através <strong>do</strong> reconhecimento da existência <strong>de</strong> preconceito cabe, portanto, aos profissionais<br />

envolvi<strong>do</strong>s no mun<strong>do</strong> da moda criar e gerenciar condições para eliminar esse mal.<br />

A moda é universal, veste, abriga, comunica emoções, atitu<strong>de</strong>s e realiza os sonhos envolven<strong>do</strong> a<br />

to<strong>do</strong>s os sujeitos da socieda<strong>de</strong>. E esse envolvimento <strong>de</strong>ve ser total, <strong>de</strong> forma a atingir a to<strong>do</strong>s sem


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

nenhum preconceito.<br />

“ Roupas são pequenos truques para se levar uma vida melhor ou pelo menos como se quer... "<br />

Marcelo Sommer (2007)


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE<br />

SÃO PAULO<br />

FORMAÇÃO DE PROFESSORES


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A ATIVIDADE DOCENTE E ESTIMULADORA NO DESPERTAR DA LEITURA E<br />

INTERPRETAÇÃO DE MUNDO, PELO PROCESSO CRIATIVO E EXPRESSIVO DA ARTE<br />

Rita <strong>de</strong> Cássia Silva Escobar Apparício<br />

Profª. Ms. Maria Alcântara Macha<strong>do</strong> (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

INTRODUÇÃO<br />

A presente Iniciação Científica foi baseada na primeira experiência como educa<strong>do</strong>ra em arte<br />

<strong>de</strong>senvolvida na Escola Estadual Morato <strong>de</strong> Oliveira na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Suzano para a 5ª série <strong>do</strong> ensino<br />

fundamental II para alunos na faixa etária <strong>de</strong> 11 a 30 anos, no perío<strong>do</strong> noturno, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

professora eventual.<br />

As aulas <strong>de</strong> <strong>Artes</strong> não seguiam um planejamento preven<strong>do</strong> ativida<strong>de</strong>s seqüenciais, com<br />

orientações pertinentes <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento processual. Os alunos perguntavam se era tema<br />

livre. Ficávamos curiosos para enten<strong>de</strong>r o que eles queriam dizer com “tema livre” e obtivemos a<br />

explicação que se podia <strong>de</strong>senhar o que quisesse sem nenhum critério. Conversamos com a classe<br />

e foi traça<strong>do</strong> um plano <strong>de</strong> aula para sensibilizar a turma sobre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expressar pela<br />

arte e com ela enxergarmos um mun<strong>do</strong> sob outro prisma, <strong>de</strong> uma maneira única e individual <strong>de</strong><br />

cada ser. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as dificulda<strong>de</strong>s da turma em ter condições <strong>de</strong> comprar o material básico<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arte, foram solicitadas <strong>do</strong>ações a diversas entida<strong>de</strong>s que<br />

pu<strong>de</strong>ssem colaborar, e também trabalhamos com sucatas <strong>do</strong>adas pelo comércio <strong>de</strong> alimentos ao<br />

fornecerem caixas vazias <strong>de</strong> papelão ou ma<strong>de</strong>ira.<br />

Pu<strong>de</strong>mos perceber ainda, que a maior dificulda<strong>de</strong> levantada era principalmente por não terem<br />

confiança <strong>de</strong> que eram capazes <strong>de</strong> realizar as tarefas propostas para o aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> Arte. Pelo<br />

fato <strong>de</strong> sermos iniciantes na área profissional, e somente agora estar ten<strong>do</strong> o primeiro contato<br />

específico com o processo <strong>de</strong> aprendizagem, apresentamos no momento os primeiros passos <strong>de</strong><br />

uma fundamentação didático-pedagógica, para embasar as nossas observações não nos<br />

pren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos estu<strong>do</strong>s mais avança<strong>do</strong>s sobre o assunto. Levantamos as necessida<strong>de</strong>s da classe e<br />

pu<strong>de</strong>mos verificar que eles não tinham <strong>de</strong> fato como obter recursos para custear os materiais <strong>de</strong><br />

arte nem maiores condições para recorrerem a instrumentos e materiais alternativos existentes no<br />

contexto ambiental.<br />

A qualquer dificulda<strong>de</strong> na realização <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> arte era usa<strong>do</strong> muito <strong>de</strong> diálogo para<br />

incentivá-los afirman<strong>do</strong> que eles eram capazes <strong>de</strong> produzir algo criativo e belo. Instigávamos que<br />

fosse <strong>de</strong>sperta<strong>do</strong> o potencial imaginário e a criativida<strong>de</strong>, presente em cada um <strong>do</strong>s alunos, e juntos<br />

conseguíamos o envolvimento nas fases <strong>de</strong> expressão pelos caminhos da arte ao atingirem a


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

solução da ativida<strong>de</strong> proposta. Cada aluno tinha um potencial mais rico que o outro e<br />

observávamos que o que faltava era reforçar e <strong>de</strong>senvolver a capacida<strong>de</strong> cria<strong>do</strong>ra para promover<br />

que construíssem o seu conhecimento através da <strong>de</strong>scoberta para integrar com o psicológico <strong>do</strong><br />

aluno e dar novas formas <strong>de</strong> se expressarem.<br />

Um <strong>do</strong>s nossos alunos era o Alexandre e nunca nos esqueceremos <strong>de</strong>le. Em certo dia durante a<br />

aula <strong>de</strong> arte, foi solicita<strong>do</strong> que a classe <strong>de</strong>senhasse o que mais gostasse, pois não iríamos interferir<br />

na escolha. O aluno Alexandre pediu para <strong>de</strong>senhar na lousa, o que logo consentimos. Para a<br />

nossa surpresa ele <strong>de</strong>senhou um revolver calibre 38 com perfeição, sombreamento, textura e em<br />

ressalte. Ficamos surpreendi<strong>do</strong>s com o <strong>de</strong>senho não só pela perfeição <strong>do</strong>s traços e formas, mas<br />

choca<strong>do</strong>s por ser este o objeto. Afirmamos ao aluno que o <strong>de</strong>senho estava bem executa<strong>do</strong> mas<br />

que gostaríamos que ele fizesse a seguinte reflexão: O que po<strong>de</strong>ria sair <strong>de</strong>ste revólver? E a seguir<br />

ele <strong>de</strong>senhou um projétil perfeito. Ainda assim forçamos o raciocínio <strong>de</strong>le e afirmamos: “Alexandre,<br />

nós perguntamos o que po<strong>de</strong>ria sair <strong>de</strong>ste revólver, pense um pouquinho mais e imagine”.<br />

Percebemos que o aluno ficou em silêncio e negan<strong>do</strong> com a cabeça; falou que o que ele <strong>de</strong>senhou<br />

era o que po<strong>de</strong>ria sair daquela arma.<br />

Pegamos o giz e com um leve sorriso para o aluno <strong>de</strong>senhamos, no lugar <strong>do</strong> projétil, flores que<br />

caiam <strong>do</strong> revolver e afirmamos: “Se <strong>de</strong>ssa arma saíssem flores o mun<strong>do</strong> seria bem melhor e não<br />

haveria tanta violência em nossas vidas”. Foi um momento pequeno, sabemos, talvez uma pequena<br />

semente tenha si<strong>do</strong> plantada no coração <strong>de</strong>le. Ficamos gratifica<strong>do</strong>s com a experiência, pois<br />

percebemos que o aluno parou para pensar no que estava ocorren<strong>do</strong> e para nós isto já era uma<br />

gran<strong>de</strong> vitória.<br />

Tínhamos por missão incentivar a classe a pensar e repensar este la<strong>do</strong> criativo que to<strong>do</strong>s trazem<br />

consigo. Exercitar to<strong>do</strong>s os senti<strong>do</strong>s para <strong>de</strong>senvolver o ato <strong>de</strong> imaginar ao expressar novos<br />

olhares para a compreensão <strong>do</strong> que era ensina<strong>do</strong>.<br />

Devemos educar para a felicida<strong>de</strong> que levam aos caminhos da cultura <strong>de</strong> paz. Devemos amar o<br />

que fazemos e a quem dirigimos o nosso aprendiza<strong>do</strong> para que o conteú<strong>do</strong> seja compreendi<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> significativo pelo nosso aluno, ancoran<strong>do</strong>-se em conhecimentos prévios <strong>de</strong> cada um.<br />

Devemos compartilhar e dar espaço para que o aluno também expresse a sua opinião e dê a sua<br />

colaboração utilizan<strong>do</strong> os recursos imaginários que a criativida<strong>de</strong> possibilita resultan<strong>do</strong> em um<br />

“pensar novo” no que é coloca<strong>do</strong> com o aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> Arte. To<strong>do</strong>s nós apren<strong>de</strong>mos com o dia-adia,<br />

principalmente com a vivência e experiência <strong>do</strong> cotidiano <strong>de</strong> nossos alunos. Percebemos que o<br />

aluno motiva<strong>do</strong> participa mais da aula e elabora trabalhos excelentes, pois damos a chance <strong>de</strong> que<br />

se expressem, respeitan<strong>do</strong> a sua opinião e maneira <strong>de</strong> fazer as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Arte.<br />

O que se preten<strong>de</strong>u com esta pesquisa foi comparar esta situação vivenciada na escola estadual<br />

<strong>de</strong> Suzano, com a escola particular e pública neste momento atual, para verificar como o professor<br />

instiga no aluno a <strong>de</strong>scoberta <strong>do</strong> potencial imaginário ativa<strong>do</strong> pela criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um, para<br />

uma melhor expressão <strong>do</strong> universo da arte. Ressaltamos a importância da interação <strong>do</strong> professor e<br />

aluno em sala <strong>de</strong> aula para que atinjam os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s. Essa interação eleva a auto-


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

estima <strong>do</strong>s protagonistas e colabora para que se sintam envolvi<strong>do</strong>s em um processo <strong>de</strong><br />

aprendizagem atingin<strong>do</strong>-se os objetivos propostos pelo educa<strong>do</strong>r.<br />

O professor <strong>de</strong>verá estimular o aluno a apren<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>scobrir, pensar, interpretar para melhor<br />

assimilar o conhecimento, perceber a importância <strong>de</strong>sta nova <strong>de</strong>scoberta cultural para a sua vida. O<br />

professor é acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> um “educa<strong>do</strong>r” que <strong>de</strong>verá estar atualiza<strong>do</strong> em seus saberes sobre arte<br />

e educação, ser o media<strong>do</strong>r da leitura e interpretação <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>, estimulan<strong>do</strong> a formação artística e<br />

estética <strong>do</strong>s alunos, contribuin<strong>do</strong> para a formação <strong>do</strong> cidadão.<br />

OBJETIVOS GERAIS<br />

Proporcionar condições ao educan<strong>do</strong> para expressar e comunicar pela arte, manten<strong>do</strong> a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

busca pessoal e ou coletiva, articulan<strong>do</strong> a percepção, a cognição, a imaginação, a emoção, a<br />

sensibilida<strong>de</strong> e a reflexão.<br />

Estimular a autoconfiança para a produção artística e o conhecimento estético.<br />

Respeitar a própria produção, a <strong>do</strong>s colegas e o patrimônio preserva<strong>do</strong> na socieda<strong>de</strong>.<br />

OBJETIVOS ESPECÍFICOS<br />

Estimular novos olhares, leituras e releituras <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma criativa e expressiva pela arte,<br />

ativida<strong>de</strong> prazerosa e relevante para a formação <strong>do</strong> homem no exercício da cidadania.<br />

Reconhecer o potencial criativo da criança e <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente pelas práticas educacionais<br />

expressivas, construtivas e reconstrutivas.<br />

I<strong>de</strong>ntificar a arte enquanto registro <strong>de</strong> fatos históricos das diversas culturas.<br />

METODOLOGIA<br />

Realização <strong>de</strong> pesquisa bibliográfica quantitativa com enfoque qualitativo; relatos <strong>de</strong> experiências;<br />

entrevistas com o pessoal <strong>do</strong>cente e discente e estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> casos.<br />

RESULTADOS<br />

Com a pesquisa realizada com os corpos <strong>do</strong>cente e discente das escolas particulares e públicas<br />

preten<strong>de</strong>mos:<br />

• I<strong>de</strong>ntificar o perfil profissional <strong>do</strong>s professores <strong>de</strong> Arte que atuam no Ensino Fundamental II<br />

e <strong>do</strong> Ensino Médio.<br />

• Reconhecer as bases que fundamentam as práticas educativas a<strong>do</strong>tadas na área da Arte<br />

pelos <strong>do</strong>centes entrevista<strong>do</strong>s.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

• Analisar os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s junto aos <strong>do</strong>centes, alunos e Coor<strong>de</strong>nação Pedagógica para<br />

verificar o aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> arte.<br />

• Interpretar e Documentar os da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma quantitativa, com enfoque qualitativo.<br />

• Verificar a importância da criativida<strong>de</strong> para ativar o imaginário como ferramenta para melhor<br />

compreensão e expressão <strong>do</strong>s caminhos da arte.<br />

“Para o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s saberes <strong>de</strong> experiência <strong>do</strong>cente levou-se em<br />

consi<strong>de</strong>ração que estes têm origem na prática cotidiana da profissão.<br />

Sen<strong>do</strong> elementos <strong>de</strong> práxis, po<strong>de</strong>m refletir tanto a dimensão da razão<br />

instrumental, que implica um saber-fazer ou saber-agir, tais como<br />

habilida<strong>de</strong>s e técnicas, como a dimensão da razão interativa ou<br />

comunicativa, que permite julgar, <strong>de</strong>cidir, adaptar <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os<br />

condicionamentos <strong>do</strong> contexto e da situação”. (Julieta Clazans-(org.)e<br />

outros. 1999.p.32.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

VII CONGRESSO DE INICIAÇÃO<br />

CIENTÍFICA<br />

DO CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS<br />

ARTES DE SÃO PAULO<br />

RELAÇÕES INTERNACIONAIS


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

MODELAGEM DO COMPORTAMENTO ELEITORAL DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS<br />

BRASILEIRA E NORTE-AMERICANA<br />

Kelly <strong>de</strong> Souza Ferreira<br />

Prof. Dr. Humberto <strong>de</strong> Paiva Junior (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

As primeiras formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia surgiram na Grécia antiga com os “Cleisthens” por volta <strong>de</strong> 508<br />

a.C. Era uma eleição um tanto peculiar; a cada <strong>de</strong>z anos a população votava no político que eles<br />

queriam ver exila<strong>do</strong> e se nenhum <strong>do</strong>s candidatos recebesse mais <strong>de</strong> 6.000 votos to<strong>do</strong>s<br />

permaneciam em seus cargos, porém, se um obtivesse uma maioria <strong>de</strong> votos superior a 6.000 era<br />

manda<strong>do</strong> ao exílio.<br />

As eleições atualmente já não são mais regidas <strong>de</strong>sta forma. No Brasil to<strong>do</strong>s os cidadãos com<br />

ida<strong>de</strong> apta para votar (maiores <strong>de</strong> 16 anos), possuem o direito e o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> comparecer às urnas<br />

periodicamente a cada quatro anos para eleger seus governantes. Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, país<br />

orgulhoso <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>mocracia, o voto é facultativo, um direito que o eleitor usufrui apenas se o<br />

<strong>de</strong>sejar, cada esta<strong>do</strong> possui sua própria forma <strong>de</strong> reger o pleito e o registro <strong>de</strong> eleitores é renova<strong>do</strong><br />

a cada ano com os eleitores que <strong>de</strong>sejam ou não votar. Em ambos os sistemas quem vota acredita<br />

que exprime sua vonta<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> a forma <strong>de</strong>mocrática a extensão máxima <strong>do</strong> direito ao sufrágio; há<br />

a expectativa <strong>de</strong> uma participação ampla <strong>do</strong>s eleitores.<br />

Ocorre assim uma <strong>de</strong>mocracia concorrente, que possui um valor instrumental para a produção <strong>de</strong><br />

governantes legítimos, e as eleições também têm funções <strong>de</strong> garantir que as vonta<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus<br />

constituintes sejam representadas.<br />

Por esses tantos motivos o comportamento eleitoral tornou-se alvo da inerente curiosida<strong>de</strong><br />

humana, ten<strong>do</strong> a primeira pesquisa <strong>de</strong> intenção <strong>de</strong> voto feita em 1938 pelo Instituto Gallup nos<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Os primeiros mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> comportamento eleitoral surgiram logo em<br />

seguida na década <strong>de</strong> 40 com os estu<strong>do</strong>s origina<strong>do</strong>s da linha psicológica <strong>de</strong> Gestalt e Kurt Lewin.<br />

No Brasil, a preocupação com o comportamento eleitoral começou por volta da década <strong>de</strong> 50,<br />

ten<strong>do</strong> como pioneiro Azis Simão, que pesquisou sobre o voto operário em São Paulo. Seus<br />

estu<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70 são constituí<strong>do</strong>s basicamente <strong>de</strong> abordagens<br />

sociológicas e psicossociológicas, procuran<strong>do</strong> sempre analisar a maneira com que os fenômenos<br />

como a industrialização e urbanização afetam o voto.<br />

Não se preten<strong>de</strong> esgotar toda a produção teórica sobre esse assunto, por esta razão no primeiro<br />

capitulo a revisão bibliográfica pren<strong>de</strong>-se em três correntes com fontes epistemológicas distintas, o


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

mo<strong>de</strong>lo sociológico, psicossociológico e escolha racional, focan<strong>do</strong>-se nos principais autores (ou<br />

grupo <strong>de</strong> associa<strong>do</strong>s) <strong>de</strong> cada corrente.<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo <strong>de</strong>ssa pesquisa <strong>de</strong> iniciação científica é propor um mo<strong>de</strong>lo comportamental eleitoral que<br />

permita, tanto a estimação da probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong> um candidato à presidência, como a<br />

análise <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong>s eleitores e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s fatores conjunturais mais relevantes para a<br />

<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> uma eleição. Tal mo<strong>de</strong>lo permitirá a análise exploratória <strong>de</strong> cenários, através da<br />

avaliação <strong>do</strong>s impactos na opinião pública acarreta<strong>do</strong>s por eventos que perturbem as variáveis<br />

explicativas <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo matemático.<br />

Esse trabalho contribuirá para a linha <strong>de</strong> pesquisa em méto<strong>do</strong>s quantitativos aplica<strong>do</strong>s à simulação<br />

e análise <strong>de</strong> agentes internacionais.<br />

Para a concretização <strong>de</strong>sse objetivo serão atendidas as seguintes metas:<br />

1) Calibrar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escolha discreta que explique a relação entre a preferência revelada<br />

<strong>do</strong>s eleitores, observada ao longo <strong>de</strong> uma série histórica <strong>de</strong> eleições presi<strong>de</strong>nciais<br />

realizadas no Brasil e nos EUA, e as condições socioeconômicas <strong>do</strong>s eleitores, a reputação<br />

<strong>do</strong>s candidatos, a conjuntura econômica <strong>do</strong> país e o contexto político interno e externo<br />

relevante para os eleitores durante cada eleição;<br />

2) Mensurar a influência das variáveis sociais, econômicas e políticas sobre os resulta<strong>do</strong>s<br />

eleitorais, bem como o papel da reputação <strong>do</strong>s candidatos;<br />

3) Verificar se as diferenças entre os mo<strong>de</strong>los matemáticos calibra<strong>do</strong>s para o Brasil e EUA<br />

são significativas;<br />

4) Com base nas variáveis <strong>do</strong>s mo<strong>de</strong>los matemáticos, traçar o perfil estatístico <strong>do</strong>s eleitores<br />

brasileiros e norte-americanos.<br />

JUSTIFICATIVA<br />

Em princípio para estimar a chance <strong>de</strong> um candidato numa eleição qualquer, basta uma pesquisa<br />

<strong>de</strong> intenção <strong>de</strong> voto realizada através <strong>de</strong> uma amostra significativa <strong>de</strong> eleitores. Porém, tais<br />

pesquisas representam apenas a condição presente <strong>de</strong> uma eleição, informan<strong>do</strong> muito pouco sobre<br />

o comportamento <strong>do</strong>s eleitores e suas reações potenciais a eventos futuros que alterem o contexto<br />

político, econômico ou eleitoral em curto prazo. Por essa razão, o <strong>de</strong>senrolar das campanhas<br />

eleitorais <strong>de</strong> cada candidato segue a estratégia da tentativa e erro, que não <strong>de</strong>ixa margem para<br />

projeções, planejamento ou uma avaliação mais objetiva <strong>de</strong> cenários possíveis e suas<br />

conseqüências.<br />

Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comportamento eleitoral permite enten<strong>de</strong>r a importância <strong>do</strong>s fatores intervenientes


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

nas escolhas <strong>do</strong>s eleitores, <strong>de</strong>svendan<strong>do</strong> indiretamente sua estrutura <strong>de</strong> valores. Também<br />

possibilita traçar um perfil das preferências e valores <strong>do</strong>s eleitores e comparar sua evolução ao<br />

longo <strong>do</strong> tempo ou suas diferenças nacionais e internacionais. O mo<strong>de</strong>lo comportamental<br />

estabelece uma relação <strong>de</strong> causa e efeito, útil para a exploração <strong>de</strong> cenários possíveis e estimação<br />

das conseqüências <strong>de</strong> novas estratégias <strong>de</strong> campanha, ou a ocorrência <strong>de</strong> eventos, nacionais ou<br />

internacionais, que afetem a opinião pública.<br />

METODOLOGIA<br />

O presente trabalho <strong>de</strong> iniciação cientifica, embasa<strong>do</strong> pelas teorias sociológica, psicossociológica e<br />

escolha racional, obtidas através <strong>de</strong> livros, textos publica<strong>do</strong>s em revistas cientificas e trabalhos<br />

realiza<strong>do</strong>s em instituições universitárias. As teorias encontradas forneceram as variáveis a serem<br />

pesquisadas, utilizou-se <strong>de</strong> livros, pesquisas eleitorais e banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s estatísticos para a<br />

construção e alimentação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo que foi construí<strong>do</strong> com o uso <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo binário <strong>de</strong> regressão<br />

linear Logit.<br />

RESULTADOS<br />

A pesquisa realizada trouxe à luz as peculiarida<strong>de</strong>s e idiossincrasias <strong>do</strong>s eleitores brasileiros e<br />

americanos.<br />

O eleitor brasileiro vota analisan<strong>do</strong> o que melhorou no governo anterior e se é melhor dar um voto<br />

para a continuida<strong>de</strong> (situação), ou um voto ao candidato da oposição. Mostran<strong>do</strong> assim que o voto<br />

é retrospectivo. A mídia e marketing auxiliam a fixar a imagem que os eleitores possuem <strong>do</strong>s<br />

candidatos em disputa.<br />

O eleitor americano dá uma maior ênfase na imagem <strong>de</strong> seu candidato, procuran<strong>do</strong> nestas<br />

características que consigam se i<strong>de</strong>ntificar. Características estas que se modificam <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

a conjuntura nacional e a projeção americana no sistema internacional.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

COMPARAÇÃO DO PERFIL DE COMPORTAMENTO ELEITORAL DE ELEITORES<br />

BRASILEIROS E NORTE-AMERICANOS<br />

Paulo Roberto Franceschini Meireles<br />

Prof. Dr. Humberto <strong>de</strong> Paiva Junior (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Neste trabalho analisa-se o perfil comportamental <strong>do</strong>s eleitores no Brasil e nos EUA. Com base em<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> comportamento eleitoral, análise histórica das eleições em cada país e comparação <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s econômicos e sociais é traça<strong>do</strong> não somente um perfil <strong>do</strong> eleitor, mas um roteiro <strong>de</strong> análise<br />

conjuntural que auxilia a estimação <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> eleições em ambos os países.<br />

Este tipo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> é recente. Nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s se inicia em mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 1950, com o contexto<br />

da segunda guerra mundial e o início da polarização mundial nos blocos capitalista e socialista. No<br />

Brasil, o fato <strong>de</strong> termos uma <strong>de</strong>mocracia nova traz o início <strong>de</strong>stes tipos <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> para mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

1990, com a eleição <strong>de</strong> Collor – A primeira eleição direta <strong>de</strong>mocrática <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> final da ditadura.<br />

Estudar o comportamento <strong>de</strong> um eleitor nem <strong>de</strong> longe é simples. Engloba estu<strong>do</strong>s e análises que<br />

vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s históricos, passan<strong>do</strong> por da<strong>do</strong>s socioeconômicos, chegan<strong>do</strong> a estu<strong>do</strong>s<br />

psicológicos <strong>do</strong> eleitor. Porém é com base em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sua história e <strong>de</strong> seus meios <strong>de</strong><br />

expressão que po<strong>de</strong>remos enten<strong>de</strong>r qual é a formação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> povo, histórico e<br />

socialmente.<br />

OBJETIVOS<br />

Os objetivos <strong>de</strong>ste trabalho se divi<strong>de</strong>m em duas frentes. Inicialmente a <strong>de</strong>finição, com base em<br />

análises históricas e em estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> comportamento eleitoral, <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong> eleitor <strong>de</strong> cada país, <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> e <strong>de</strong>monstrar como ocorreu o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ao longo da história. Com base nesta<br />

<strong>de</strong>finição, po<strong>de</strong>-se criar mo<strong>de</strong>los ulteriores que possam ajudar na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> chances <strong>de</strong> vitória <strong>de</strong><br />

um candidato, com base nos mo<strong>de</strong>los estabeleci<strong>do</strong>s e seus pressupostos.<br />

METODOLOGIA<br />

Para a realização <strong>de</strong>ste trabalho, inicialmente foi realiza<strong>do</strong> um amplo levantamento bibliográfico <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> a se i<strong>de</strong>ntificar as variáveis que outros pesquisa<strong>do</strong>res e autores que <strong>de</strong>batem esse assunto<br />

a<strong>do</strong>tam em suas análises sobre o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>do</strong> eleitor. Ten<strong>do</strong> isto <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>, foi realizada<br />

uma pesquisa histórica, com o intuito <strong>de</strong> se <strong>de</strong>finir o contexto <strong>de</strong> diversas eleições realizadas nos


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

países estuda<strong>do</strong>s ao longo <strong>de</strong> sua história, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua in<strong>de</strong>pendência até os dias atuais.<br />

Para cada eleição estudada realizou-se uma busca <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s concretos sobre o perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong><br />

levan<strong>do</strong>-se em conta as variáveis que os mo<strong>de</strong>los encontra<strong>do</strong>s <strong>de</strong>finem. Comparan<strong>do</strong> as mesmas,<br />

segun<strong>do</strong> uma estrutura <strong>de</strong> avaliação criada nesse trabalho foi possível <strong>de</strong>finir um perfil <strong>do</strong> eleitor e<br />

criar um mo<strong>de</strong>lo ulterior <strong>de</strong> voto em ambos os países.<br />

RESULTADOS<br />

Com base nos da<strong>do</strong>s levanta<strong>do</strong>s, análise <strong>do</strong> contexto histórico e comparação <strong>de</strong> ambas as<br />

dimensões histórica e econômica foi possível <strong>de</strong>finir um perfil <strong>do</strong> eleitor, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> quais são os<br />

pressupostos <strong>de</strong> seu voto, o que é leva<strong>do</strong> mais ou menos em consi<strong>de</strong>ração quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> pelo<br />

candidato X ou Y. É interessante não só enten<strong>de</strong>r as motivações por trás das <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong>s<br />

eleitores, mas também saber como as escolhas foram feitas e o que foi leva<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração.<br />

Quanto ao voto brasileiro, com os mo<strong>de</strong>los apresenta<strong>do</strong>s e os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>s foi possível<br />

chegar à seguinte máxima: O eleitor brasileiro vota por <strong>de</strong>sempenho, ou seja, escolhe aquele<br />

candidato que mais trouxe ou trará benefícios para sua vida. Pu<strong>de</strong>mos associar este voto com o<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Downs que fora <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às analogias <strong>de</strong>ste com o voto histórico <strong>do</strong> eleitor.<br />

Foi possível ainda, com a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ste mo<strong>de</strong>lo, trabalhar com a idéia <strong>de</strong> quais variáveis tem um<br />

peso maior <strong>do</strong> que as outras e, com isso, criar um mo<strong>de</strong>lo ulterior para uma possível projeção para<br />

futuras eleições.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, o voto americano difere completamente <strong>do</strong> brasileiro. Foi possível chegar a<br />

<strong>de</strong>finição <strong>do</strong> voto <strong>de</strong>les como um voto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, ou seja, o eleitor americano ten<strong>de</strong> a escolher<br />

aquele candidato com o qual mais se i<strong>de</strong>ntifica, com aquele que supostamente <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ria os<br />

mesmos princípios e que melhor representaria o eleitor. Foi possível com isso associar este voto<br />

com o mo<strong>de</strong>lo psicológico e assim <strong>de</strong>finir as variáveis mais importantes crian<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong><br />

um mo<strong>de</strong>lo ulterior para futuras eleições.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

GESTÃO ESTRATÉGICA DA INTEGRAÇÃO FÍSICA SUL-AMERICANA<br />

Guilherme Grimbergrs Siepierski<br />

Prof. Dr. Nilson Arújo <strong>de</strong> Souza (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

O efetivo processo <strong>de</strong> integração física sul-americano tem como marco inicial, no ano <strong>de</strong> 1960, a<br />

criação da Associação Latino-Americana <strong>de</strong> Livre Comércio (ALALC), que se transformou mais<br />

tar<strong>de</strong>, em 1980, na Associação Latino-Americana <strong>de</strong> Integração (ALADI). Esta última permitiu a<br />

institucionalização e a realização <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s, tais como o Pacto Andino (CAN) e o Merca<strong>do</strong> Comum<br />

<strong>do</strong> Sul (MERCOSUL), com vista à formação <strong>de</strong> sub-blocos regionais.<br />

Esse recente processo <strong>de</strong> integração, com seus 48 anos <strong>de</strong> história, vem passan<strong>do</strong> por<br />

transformações que o <strong>de</strong>ixam cada vez mais próximo <strong>de</strong> uma consolidação bem sucedida, a<br />

exemplo <strong>do</strong> mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> bloco econômico que conhecemos atualmente, a União Européia.<br />

Des<strong>de</strong> o início <strong>do</strong>s anos 1990, o Itamarati <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a unificação <strong>do</strong> MERCOSUL e da CAN, para a<br />

criação <strong>de</strong> um novo bloco econômico que adquira uma voz mais ativa no cenário internacional, a<br />

almejada União das Nações Sul-Americanas - UNASUL (antiga Comunida<strong>de</strong> Sul-Americana <strong>de</strong><br />

Nações – CASA). A efetivação <strong>de</strong>sse projeto é <strong>de</strong> suma importância para o Brasil, não só no que<br />

diz respeito às questões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m comercial, mas também em questões estratégicas. Os acor<strong>do</strong>s<br />

para sua criação foram firma<strong>do</strong>s em maio <strong>de</strong> 2008.<br />

Nesse contexto, <strong>de</strong>paramo-nos com um importante órgão que está liga<strong>do</strong> diretamente aos<br />

interesses brasileiros na questão da integração física da América Latina, o programa <strong>de</strong> Iniciativa<br />

para a Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), que é o objeto <strong>de</strong> análise<br />

<strong>de</strong>ste projeto <strong>de</strong> iniciação científica.<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo da pesquisa é analisar, <strong>de</strong>ntro da área que engloba a integração física da América<br />

Latina, os projetos que foram apresenta<strong>do</strong>s pelo programa <strong>de</strong> Iniciativa para a Integração da Infra-<br />

Estrutura Regional Sul- Americana (IIRSA), <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a perspectiva <strong>do</strong>s respectivos governos<br />

sul-americanos e <strong>de</strong>mais participações da socieda<strong>de</strong> civil.<br />

Analisa-se também o impacto na economia interna <strong>do</strong> Brasil, as conseqüências das ações já<br />

tomadas e as possíveis implicações que <strong>de</strong>corram <strong>de</strong> projetos futuros.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

METODOLOGIA<br />

Na análise <strong>de</strong>sta temática, parte-se <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que pre<strong>do</strong>mina na economia contemporânea o<br />

processo <strong>de</strong> regionalização por meio da conformação <strong>de</strong> blocos regionais.<br />

Na nossa pesquisa, tomam-se como referência para a coleta <strong>de</strong> informações fontes bibliográficas,<br />

sites, artigos jornalísticos e acadêmicos publica<strong>do</strong>s na forma impressa ou digitaliza<strong>do</strong>s, e visitas<br />

para coletar <strong>de</strong>poimentos que serão usa<strong>do</strong>s no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> projeto sobre a integração<br />

física da América <strong>do</strong> Sul.<br />

RESULTADOS<br />

1.1. Estágios <strong>de</strong> integração<br />

Zona <strong>de</strong> livre Comércio: uma zona <strong>de</strong> livre comércio consiste em uma integração através da qual<br />

os países membros eliminam as barreiras ao livre comércio, como, por exemplo, barreiras<br />

aduaneiras. Normalmente, a redução das tarifas po<strong>de</strong> significar tarifa zero. Um problema em<br />

relação à zona <strong>de</strong> livre comércio é como impedir que produtos importa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fora <strong>do</strong>s países<br />

membros circulem livremente entre estes, usan<strong>do</strong> os privilégios concedi<strong>do</strong>s apenas aos membros<br />

<strong>do</strong> acor<strong>do</strong>. A solução <strong>de</strong>ste problema se encontra no Certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Origem, que exige um mínimo<br />

<strong>de</strong> participação nacional <strong>de</strong> um <strong>do</strong>s países membros para que produtos importa<strong>do</strong>s se beneficiem<br />

da zona <strong>de</strong> livre comércio.<br />

União Aduaneira: uma união aduaneira é uma área <strong>de</strong> livre comércio em combinação com a TEC<br />

(Tarifa Externa Comum). Po<strong>de</strong>-se dizer que a TEC é uma instituição econômica, assim como o<br />

certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> origem. Instituição econômica esta que faz com que os países estabeleçam uma<br />

política <strong>de</strong> importação comum. Dentro <strong>de</strong> uma união aduaneira, não é mais necessário o certifica<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> origem, pois to<strong>do</strong>s os países <strong>de</strong>ntro da união possuem a mesma tarifa <strong>de</strong> importação.<br />

Merca<strong>do</strong> Comum: Nesta etapa, além da livre circulação <strong>de</strong> bens e serviços e da proteção externa<br />

comum, é permitida a livre mobilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s fatores produtivos entre os Países-Membros. Isto é, “a<br />

liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento não se restringe aos produtos, mas abrange também os fatores <strong>de</strong><br />

produção (capital e mão-<strong>de</strong>-obra), sen<strong>do</strong> a política comercial uniforme em relação a países nãomembros”.<br />

União Econômica ou Monetária: ocorre quan<strong>do</strong> países que já formam um merca<strong>do</strong> comum criam<br />

uma moeda única e optam por uma política comum em assuntos monetários, muitas vezes<br />

conduzi<strong>do</strong>s por um Banco Central em comum. Há, nesta etapa, a unificação econômica, monetária,<br />

fiscal e cambial, envolven<strong>do</strong> em alguns casos a renúncia da “soberania nacional” em temas<br />

acorda<strong>do</strong>s.<br />

União Política: Também chamada por alguns autores <strong>de</strong> integração econômica total, esta etapa<br />

vem sen<strong>do</strong> propugnada por <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s autores que acreditam em uma integração econômica<br />

total. “Essa fase implica no livre <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> bens, serviços e fatores <strong>de</strong> produção, além da


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

completa igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> condições para os agentes econômicos, pois o acor<strong>do</strong> prevê idênticas<br />

políticas econômicas e sociais, administradas por autorida<strong>de</strong>s supranacionais”.<br />

1.2. IIRSA – A integração em xeque<br />

“Esta iniciativa é um processo multisetorial que preten<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver e integrar as áreas <strong>de</strong><br />

transporte, energia e telecomunicações da América <strong>do</strong> Sul, em <strong>de</strong>z anos.”<br />

De acor<strong>do</strong> com o próprio site <strong>do</strong> projeto, a Iniciativa <strong>de</strong> Integração da Infra-estrutura Regional Sul-<br />

Americana (IIRSA) é um plano que almeja estabelecer um diálogo entre as principais autorida<strong>de</strong>s<br />

responsáveis pela infra-estrutura nos <strong>do</strong>ze países sul-americanos engaja<strong>do</strong>s no projeto (Brasil,<br />

Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Guiana, Suriname, Peru, Equa<strong>do</strong>r, Venezuela e<br />

Colômbia). Seu principal objetivo é o <strong>de</strong>senvolvimento da infra-estrutura sob uma visão regional <strong>do</strong><br />

continente, buscan<strong>do</strong> a integração física entre os países da América <strong>do</strong> Sul e um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

territorial que seja eqüitativo e ao mesmo tempo sustentável para to<strong>do</strong>s os seus membros.<br />

1.2.1. Origem e estrutura<br />

A iniciativa para a formulação da IIRSA surgiu da Cúpula <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>ntes da América <strong>do</strong> Sul,<br />

realizada em Brasília entre os dias 30 <strong>de</strong> agosto e primeiro <strong>de</strong> setembro <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2000. Na<br />

ocasião, seus participantes estabeleceram a realização <strong>de</strong> ações conjuntas que impulsionassem o<br />

processo <strong>de</strong> integração política, social e econômica sul-americano, incluin<strong>do</strong> nesse a mo<strong>de</strong>rnização<br />

da infra-estrutura regional e ações específicas que estimulassem a integração e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

em sub-regiões mais isoladas <strong>do</strong> continente.<br />

O projeto da IIRSA é estrutura<strong>do</strong> em seis gran<strong>de</strong>s áreas que dirigem to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> sua<br />

implementação, que são: Comitê <strong>de</strong> Direção Executiva (CDE); Coor<strong>de</strong>nações Nacionais; Grupos<br />

Técnicos Executivos (<strong>de</strong> processos setoriais e <strong>de</strong> eixos <strong>de</strong> integração) e o Comitê <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação<br />

Técnica (CCT).<br />

1.2.2. Ativida<strong>de</strong>s e Metas<br />

A IIRSA concentra seus esforços, juntamente com as instituições multilaterais e os países<br />

envolvi<strong>do</strong>s, em três gran<strong>de</strong>s áreas: a construção <strong>de</strong> uma visão estratégica <strong>de</strong> integração física sulamericana;<br />

os eixos <strong>de</strong> integração e <strong>de</strong>senvolvimento (EID) e os processos setoriais <strong>de</strong> integração<br />

(PSI).<br />

1.2.3. Os Eixos <strong>de</strong> Integração<br />

Os eixos <strong>de</strong> integração e <strong>de</strong>senvolvimento pre<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s como áreas <strong>de</strong> ação da iniciativa foram<br />

<strong>do</strong>ze inicialmente, mas posteriormente resumiram-se em <strong>de</strong>z, atualmente <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>s no site da


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

IIRSA, que são:<br />

• Eixo Andino;<br />

• Eixo Andino <strong>do</strong> Sul;<br />

• Eixo Inter-oceânico <strong>de</strong> Capricórnio;<br />

• Eixo da Hidrovia Paraguai – Paraná (Bacia <strong>do</strong> Prata)<br />

• Eixo <strong>do</strong> Amazonas;<br />

• Eixo <strong>do</strong> Escu<strong>do</strong> das Guianas;<br />

• Eixo <strong>do</strong> Sul;<br />

• Eixo Inter-oceânico Central;<br />

• Eixo MERCOSUL – Chile;<br />

• Eixo Peru – Brasil – Bolívia.<br />

1.2.4. Os impasses da integração<br />

Crescentes protestos e manifestações <strong>de</strong> ambientalistas e organizações não-governamentais vêm<br />

adquirin<strong>do</strong> um papel respeitável quanto à implementação <strong>do</strong>s eixos <strong>de</strong> integração e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento (EID).<br />

Algumas mudanças feitas na estrutura <strong>do</strong>s EID obrigam governos e parcelas da socieda<strong>de</strong> civil a<br />

dialogarem cada vez mais sobre formas pacíficas e plausíveis para a realização <strong>de</strong> tal iniciativa. A<br />

integração regional sul-americana e a IIRSA passam a ser mais <strong>do</strong> que nunca focos <strong>de</strong> tensões,<br />

estratégias e <strong>de</strong>senvolvimento rumo à unificação e ao fortalecimento <strong>de</strong> um bloco econômico mais<br />

consolida<strong>do</strong>.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

A ENERGIA COMO FATOR DE INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA<br />

Larissa Araújo Rodrigues<br />

Prof. Dr. Nilson Araújo (Orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Ao longo da história, o temor diante <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong> abastecimento energético vem nortean<strong>do</strong><br />

políticas públicas e privadas, tanto no que diz respeito à produção, como também aos preços da<br />

energia. A política <strong>do</strong>s preços, por exemplo, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>monstrada através <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is choques <strong>do</strong><br />

petróleo ocorri<strong>do</strong>s na década <strong>de</strong> 1970, que aumentaram drasticamente o preço <strong>do</strong> combustível,<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a questões basicamente políticas. Hoje, ainda nos <strong>de</strong>paramos com o petróleo atingin<strong>do</strong><br />

preços exorbitantes, e que foram, mais uma vez, causa<strong>do</strong>s por fatores políticos presentes no<br />

cenário internacional. Essa questão vem geran<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> repercussão, já que, como <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong><br />

ao longo da história, a preocupação mundial com uma crise no setor energético fez com que a<br />

energia se tornasse também uma das principais causas <strong>de</strong> conflitos internacionais.<br />

A problemática <strong>de</strong> um possível <strong>de</strong>sabastecimento já é fonte <strong>de</strong> diversos <strong>de</strong>bates acadêmicos, já<br />

que a energia é um fator crucial ao <strong>de</strong>senvolvimento econômico em qualquer ponto <strong>do</strong> planeta. Isso<br />

levou, ao longo <strong>do</strong> tempo, à percepção da necessida<strong>de</strong> da utilização racional <strong>do</strong>s recursos e da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se investir no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> outras fontes <strong>de</strong> energia, que possibilitariam<br />

uma mudança ou, pelo menos, certa diversificação na matriz energética mundial. O<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas novas fontes <strong>de</strong> energia vem ganhan<strong>do</strong> cada vez mais espaço nas<br />

agendas governamentais, bem como nas organizações internacionais.<br />

Entretanto, diante <strong>de</strong> tantas divergências <strong>de</strong> interesse na geopolítica energética mundial, po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>stacar um outro ponto motiva<strong>do</strong> pela alta <strong>de</strong>manda energética, que é justamente a percepção<br />

<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> que, se uni<strong>do</strong>s em torno <strong>de</strong> um interesse comum, seus ganhos superam suas<br />

divergências.<br />

Isso se torna ainda mais relevante se consi<strong>de</strong>rarmos que, para os países da América Latina, o<br />

papel da energia é ainda mais significativo. Isso pelo fato <strong>de</strong> que, já que a energia está presente em<br />

toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva, a falta <strong>de</strong>la gera <strong>de</strong>semprego e se torna um fator <strong>de</strong> restrição ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento econômico. Esse é um fator crucial em uma região on<strong>de</strong> as nações em sua<br />

totalida<strong>de</strong> apresentam problemas no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas economias.<br />

Outro ponto é que, através da cooperação, as nações, além <strong>de</strong> terem suas <strong>de</strong>mandas mais<br />

facilmente atendidas, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à proximida<strong>de</strong> geográfica em que se encontram, promovem benefícios<br />

a toda à região, que se torna mais pacífica e integrada, possibilitan<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> outros acor<strong>do</strong>s


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

e alianças. Além <strong>do</strong> mais, em negociações entre países próximos e com certa semelhança cultural,<br />

o diálogo entre as partes po<strong>de</strong> ser mais facilmente <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> e torna-se ainda maior a<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimentos e laços estreitos. Diante disso, é preciso notar que dificilmente se<br />

po<strong>de</strong> encontrar no mun<strong>do</strong> uma região que possua elementos <strong>de</strong> integração tão fortes como na<br />

América Latina, já que sua história, cultura, línguas e composição social são agentes <strong>de</strong> uma<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> regional com alto potencial, ainda que pouco explora<strong>do</strong>.<br />

Muito importante é que a integração torna mais fácil o atendimento da <strong>de</strong>manda energética a<br />

preços razoáveis, questão trivial para as economias <strong>do</strong>s países importa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fontes energéticas<br />

e que vêm encontran<strong>do</strong> dificulda<strong>de</strong>s frente aos altos preços aplica<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong> internacional,<br />

incompatível com suas economias.<br />

Fato é que o compartilhamento <strong>de</strong> interesses incentiva a formação espontânea <strong>de</strong> alianças e<br />

acor<strong>do</strong>s. Inúmeros blocos e trata<strong>do</strong>s já foram firma<strong>do</strong>s com o objetivo <strong>de</strong> integrar os países <strong>do</strong><br />

continente. Apenas como exemplo po<strong>de</strong>mos citar a formação da ALALC em 1960, da ALADI em<br />

1980, da Comunida<strong>de</strong> Andina em 1969, <strong>do</strong> MERCOSUL em 1991 e <strong>do</strong> bloco mais recente, a<br />

UNASUL, em 2008. Já é notória também a presença <strong>de</strong> alianças <strong>de</strong> cooperação no próprio âmbito<br />

energético. Alguns exemplos concretos são o projeto hidrelétrico <strong>de</strong> Itaipu, entre Brasil e Paraguai,<br />

inicia<strong>do</strong> na década <strong>de</strong> 1960 e <strong>do</strong> gasoduto construí<strong>do</strong> pelo Brasil e Bolívia.<br />

OBJETIVOS<br />

Neste trabalho, focamos a junção das problemáticas <strong>do</strong> <strong>de</strong>sabastecimento energético e da<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento socioeconômico, para então explicar as motivações que<br />

promovem as políticas <strong>de</strong> integração regional <strong>de</strong> caráter energético na América Latina, que têm<br />

si<strong>do</strong> observadas ao longo da história, mas principalmente, e com mais força, no início <strong>do</strong> século<br />

XXI. Dentro da apresentação <strong>de</strong> tais iniciativas, foi indispensável sua análise histórica e também<br />

política, para que se tentasse compreen<strong>de</strong>r se a orientação das atuais políticas governamentais<br />

está <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a proposta da integração energética.<br />

Após o estu<strong>do</strong> das fontes energéticas e <strong>do</strong>s projetos, objetivou-se obter um quadro da atual<br />

situação <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> integração energética na América Latina, para que fosse possível<br />

estabelecer tendências para o cenário geopolítico regional. Tentou-se também compreen<strong>de</strong>r se<br />

existem fatores geopolíticos liga<strong>do</strong>s ao fornecimento <strong>de</strong> energia que po<strong>de</strong>riam indicar o rumo que<br />

as relações internacionais tomarão, bem como enten<strong>de</strong>r se seria possível, com a utilização<br />

conjunta <strong>de</strong> recursos energéticos, fortalecer relações através da formatação <strong>de</strong> um bloco, como a<br />

UNASUL.<br />

METODOLOGIA<br />

Nesta pesquisa, baseamo-nos nas teorias integracionistas e na visão <strong>do</strong> sistema internacional<br />

dividi<strong>do</strong> em blocos, concentran<strong>do</strong>-nos na visão regionalista <strong>do</strong> mesmo. Partimos <strong>do</strong> pressuposto <strong>de</strong>


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

que, a partir <strong>do</strong>s anos 1990, está claro o processo <strong>de</strong> sub-regionalização e <strong>de</strong> que a integração<br />

econômica não po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>tida por falta <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> política, já que o processo <strong>de</strong> integração<br />

possui valor simbólico, ao qual nenhuma força política tem a pretensão <strong>de</strong> opor-se.<br />

Para realizar esta análise, foram utilizadas bibliografias sobre a temática da integração regional,<br />

sobre as teorias <strong>de</strong> Relações Internacionais que explicam tal fenômeno e sobre o processo político<br />

e econômico que afetava os países durante o <strong>de</strong>senrolar <strong>do</strong>s diversos projetos <strong>de</strong> cooperação que<br />

verificamos neste trabalho. Para a análise <strong>de</strong> tais projetos, foram utilizadas informações<br />

provenientes <strong>do</strong>s ministérios envolvi<strong>do</strong>s, das empresas estatais e privadas, das organizações<br />

internacionais, bem como das inúmeras matérias e notícias que foram publicadas, já que, por<br />

alguns se tratarem <strong>de</strong> projetos recentes, nota-se a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar livros publica<strong>do</strong>s sobre<br />

os mesmos.<br />

RESULTADOS<br />

Após a análise sobre o processo <strong>de</strong> integração da América Latina, sobre as matrizes energéticas e<br />

os projetos <strong>de</strong> cooperação nessa esfera, bem como sobre as políticas a<strong>do</strong>tadas por alguns<br />

governos ao longo <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>mos chegar a alguns pontos conclusivos sobre o<br />

tema proposto.<br />

Ficou claro que, nas últimas duas décadas, e principalmente na última, os esforços para se colocar<br />

em prática o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> cooperação no âmbito energético foram leva<strong>do</strong>s<br />

adiante pelos países da região. Nesse senti<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>mos citar a ação pre<strong>do</strong>minante <strong>do</strong> Brasil e <strong>de</strong><br />

países como Venezuela e Bolívia, por conta da postura a<strong>do</strong>tada por seus governos, da<br />

complementarida<strong>de</strong> energética entre eles e da convergência <strong>de</strong> interesses. Foi observa<strong>do</strong> que os<br />

três países a<strong>do</strong>taram posturas muito mais claras <strong>do</strong> que as que <strong>de</strong>tinham anteriormente, a respeito<br />

<strong>do</strong> impulso da<strong>do</strong> à integração regional. Aqui, faz-se necessário reafirmar que o estu<strong>do</strong> foi<br />

estritamente basea<strong>do</strong> nas iniciativas <strong>de</strong> infra-estrutura e obras <strong>de</strong> cunho energético, sem consi<strong>de</strong>rar<br />

a esfera comercial.<br />

É também notório que as estatais à frente <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> hidrocarbonetos, principalmente no Brasil e<br />

na Venezuela, possuem papel crucial à integração energética da região, tanto por a<strong>do</strong>tarem<br />

diretrizes que priorizam a integração, como por realmente levarem adiante um processo <strong>de</strong><br />

internacionalização, que consoli<strong>do</strong>u a presença <strong>de</strong> ambas quase que na totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s países da<br />

região, culminan<strong>do</strong>, conseqüentemente, em diversos projetos, estu<strong>do</strong>s e incremento da relação<br />

entre os países.<br />

Após a análise, é possível afirmar que existem fatores geopolíticos liga<strong>do</strong>s à iniciativa <strong>de</strong> integração<br />

estudada, pois, por se tratar <strong>de</strong> fontes energéticas, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>scartar as potencialida<strong>de</strong>s que<br />

são encontradas em mais ou menos quantida<strong>de</strong> em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s países. Daí justifica-se o motivo<br />

pelo qual Brasil, Venezuela e Bolívia estão presentes na maioria <strong>do</strong>s tópicos relaciona<strong>do</strong>s à energia<br />

na região, já que apresentam potencialida<strong>de</strong>s energéticas mais elevadas que os outros países.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

O cenário energético na América Latina é muito promissor. Como vimos, a região é muito rica em<br />

petróleo, gás natural, energia hidrelétrica e, agora, em biocombustíveis. Fazen<strong>do</strong> essa<br />

consi<strong>de</strong>ração e adicionan<strong>do</strong> a ela os fatores políticos, que, como dissemos, encontram-se<br />

favoráveis às iniciativas da integração energética, po<strong>de</strong>mos concluir que a integração colaborará<br />

em muito para que tais países consigam prosseguir com suas políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

socioeconômico, cada um à sua maneira. Se for dada continuida<strong>de</strong> a tal postura, é possível criar<br />

expectativas para que a integração energética evi<strong>de</strong>ncie no cenário internacional as<br />

potencialida<strong>de</strong>s encontradas nesses países, realizan<strong>do</strong> até um trabalho <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> imagem,<br />

que culminará em uma aproximação com países <strong>de</strong> outras regiões, que, como sabemos, trazem, na<br />

forma <strong>de</strong> índices mais eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> investimentos estrangeiros ou comércio, uma situação favorável<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tais países.<br />

Com isso, é necessário que as políticas integracionistas a<strong>do</strong>tadas, bem como suas iniciativas sejam<br />

levadas adiante com afinco, para que não seja perdi<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o avanço já logra<strong>do</strong> até o momento e<br />

que também não se <strong>de</strong>ixe esvaziar uma união que só ten<strong>de</strong> a levar ao fortalecimento <strong>do</strong>s países e<br />

da região como um to<strong>do</strong>.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

BRASIL, VENEZUELA E MERCOSUL NO IMAGNÁRIO DA POLÍTICA EXTERNA<br />

DOS ESTADOS UNIDOS<br />

Mariana <strong>de</strong> Souza Quirino Bordini<br />

Profª. Drª. Verônica Sales Pereira (Orienta<strong>do</strong>ra)<br />

Prof. Dr. Sidney Ferreira Leite (co-orienta<strong>do</strong>r)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Este trabalho analisa o imaginário político na relação entre Brasil - Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s – Venezuela e<br />

busca saber qual é a imagem que os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s têm sobre o posicionamento <strong>do</strong> Brasil em<br />

relação ao processo <strong>de</strong> integração da Venezuela ao Mercosul. Não há um trabalho específico que<br />

aborda a questão <strong>do</strong> imaginário político nesse contexto. Embora existam estu<strong>do</strong>s sobre as relações<br />

entre Brasil e Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, estes não apenas se referem a outros contextos históricos, mas<br />

também não se atêm numa análise específica sobre as imagens que os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s têm sobre<br />

o Brasil. Já os estu<strong>do</strong>s existentes sobre o imaginário político referem-se à imagem que os Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s têm sobre a América Latina em geral. Assim, preten<strong>de</strong>-se com esse trabalho preencher<br />

essa lacuna.<br />

Primeiramente, é <strong>de</strong> interesse a compreensão da importância <strong>do</strong> Brasil na América Latina e sua<br />

posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque no Mercosul. Além disso, o Brasil vem atrain<strong>do</strong> interesses da maior potência<br />

<strong>do</strong> cenário internacional, os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua gran<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> etanol. Os norteamericanos<br />

querem usar o etanol para diminuir a <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> petróleo <strong>de</strong> países “pouco<br />

amigáveis”, como Venezuela e Irã.<br />

Nesse mesmo contexto internacional, a Venezuela vem se <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> referen<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

2004 que coloca Hugo Chávez no po<strong>de</strong>r. A política externa <strong>do</strong> então presi<strong>de</strong>nte venezuelano se<br />

caracteriza pela tentativa <strong>de</strong> aglutinar um projeto <strong>de</strong> esquerda na América Latina. O fato <strong>de</strong> a<br />

Venezuela possuir uma das maiores reservas <strong>de</strong> petróleo <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, favoreceria a viabilização<br />

<strong>de</strong>sse projeto e a colocaria numa posição <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança.<br />

Por sua vez, o governo G. Bush acusa o governo <strong>de</strong> Hugo Chávez <strong>de</strong> ser uma força<br />

i<strong>de</strong>ologicamente negativa entre seus países vizinhos, pois tal governo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> esquerda,<br />

tornan<strong>do</strong>-se assim um adversário <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s. Devi<strong>do</strong> a esse “jogo <strong>de</strong> interesses” é<br />

importante para os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s saber o posicionamento brasileiro em relação à Venezuela.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

OBJETIVOS<br />

O objetivo <strong>de</strong>sse trabalho é apreen<strong>de</strong>r esse sistema <strong>de</strong> imagens que emergem nos discursos, nas<br />

falas, nas representações, a sua dinâmica e funcionamento: quais relações eles ocultam para<br />

manter um sistema <strong>de</strong> <strong>do</strong>minação; <strong>de</strong> quais mitos políticos eles se servem para reorganizar<br />

relações não muito claras <strong>de</strong> rivalida<strong>de</strong> ou aliança; como eles reinventam tradições visan<strong>do</strong> manter<br />

equilíbrios em contextos cuja mudança é bastante rápida e instável.<br />

Essa proposta <strong>de</strong> pesquisa preten<strong>de</strong>, assim, mostrar a imagem que os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s têm sobre o<br />

papel <strong>do</strong> Brasil diante da participação da Venezuela no cenário regional, mais especificamente, da<br />

América no contexto <strong>de</strong> integração <strong>do</strong> Sul. Preten<strong>de</strong>-se estudar as relações entre essa imagem e<br />

as relações existentes entre Brasil – Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Brasil – Mercosul. Além disso, procura-se<br />

i<strong>de</strong>ntificar, ao longo da história recente, em especial, - entre o fracasso da Alca e a entrada da<br />

Venezuela no Mercosul - quais são os elementos <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> mudança nessas imagens e<br />

analisar o po<strong>de</strong>r bran<strong>do</strong>, utiliza<strong>do</strong> pelos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, a partir <strong>do</strong> imaginário político.<br />

METODOLOGIA<br />

A meto<strong>do</strong>logia usada para essa pesquisa será a análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarações <strong>do</strong> governo, concentran<strong>do</strong>se<br />

nos discursos da secretária <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> Con<strong>do</strong>leezza Rice. Não obstante, serão utiliza<strong>do</strong>s artigos<br />

da mídia escrita norte-americana, encontra<strong>do</strong>s em sites da Internet e revistas, e também leitura <strong>de</strong><br />

livros que falam a respeito <strong>do</strong> tema. Iremos utilizar técnicas <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> discursos, e para isso é<br />

<strong>de</strong> extrema importância verificar os “pequenos <strong>de</strong>talhes”, buscar as palavras-chaves, analisar os<br />

indícios, estudar cada um <strong>de</strong>les num contexto discursivo mais amplo.<br />

O referencial teórico sobre os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e suas relações com a América Latina, baseou-se na<br />

discussão crítica <strong>de</strong>senvolvida por autores como Joseph Nye, que analisa o po<strong>de</strong>r bruto e po<strong>de</strong>r<br />

bran<strong>do</strong> <strong>do</strong>s EUA ; Cristina Pecequilo e Paulo Fagun<strong>de</strong>s Vizentini, que estudam as relações políticas<br />

<strong>do</strong>s países aborda<strong>do</strong>s nesse trabalho; João Feres Jr. que analisa o imaginário <strong>do</strong>s EUA sobre a<br />

América Latina; e Luiz Alberto Moniz Ban<strong>de</strong>ira, que estuda as relações entre o Brasil e os Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s; entre outros. Já o levantamento conceitual é basea<strong>do</strong> em autores como Noberto Bobbio<br />

que <strong>de</strong>fine o conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia; P. Braillard, que discute as teorias das Relações<br />

Internacionais; C. Castoriadis, P. Burke, C. Ginzburg, R.Girar<strong>de</strong>t que estudam as diversas formas<br />

<strong>de</strong> imagem e imaginário; e E.Hobsbawn, que aborda o conceito <strong>de</strong> tradição inventada, entre<br />

outros.<br />

CONCLUSÕES<br />

As conclusões preliminares da pesquisa encontram uma freqüência significativa <strong>do</strong> termo<br />

“<strong>de</strong>mocracia” nas entrevistas concedidas por Con<strong>do</strong>leezza Rice. Este termo, não é explica<strong>do</strong>, em<br />

momento algum; o que nos leva a investigar os significa<strong>do</strong>s implícitos, ou não ditos <strong>de</strong>sta noção. A<br />

análise mostra também a recorrência <strong>do</strong> termo “livre comércio”, cuja menção próxima ao termo


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

<strong>de</strong>mocracia, sugere que um <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia seja a <strong>de</strong>fesa <strong>do</strong> livre comércio.<br />

Além disso, verificamos com certa freqüência nos discursos uma série <strong>de</strong> omissões, tais como a<br />

vonta<strong>de</strong>, por parte <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> não querer “misturar” sua visão sobre a Venezuela e<br />

seus interesses comerciais com o Brasil, ten<strong>do</strong> em vista que o Brasil possui boas relações com a<br />

Venezuela, ao mesmo tempo em que é um importante parceiro comercial. A tentativa <strong>de</strong> contornar<br />

a visão <strong>de</strong> que a superpotência possui algo “contra” a Venezuela ou especificadamente “contra”<br />

Hugo Chávez é significativa e também, as omissões <strong>de</strong> nomes para não dizer claramente com<br />

quais países os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s têm boas relações ou não.<br />

Portanto, essa série <strong>de</strong> indícios, <strong>de</strong>ixa claro a tentativa <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>de</strong> manter boas<br />

relações com o Brasil, visan<strong>do</strong> seus interesses comerciais e também pelo fato <strong>de</strong> que o Brasil é<br />

importante para “ frear” politicamente a Venezuela, pois esta representaria um “perigo” para o<br />

restante da América Latina.


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Autores<br />

Alcântara, Maria Aparecida<br />

Alexandre, Ellen Cristina<br />

Almeida, Euzita Clei<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Almeida, Marisa Cândi<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

Álvares, Kátia Salvany Felinto<br />

Alves, Evilaine Rosa<br />

Amaral, Liliane Simi<br />

Andreoli, Eliane Aparecida<br />

Apparício, Rita <strong>de</strong> Cássia Silva Escobar<br />

Avendãno, Luis Emiliano Costa<br />

Barbieri, André Andra<strong>de</strong><br />

Barbosa, Daniela Braga<br />

Bassi, Gustavo Mo<strong>de</strong>na<br />

Bastos, Cristiana Moreira<br />

Belotti, Camila <strong>de</strong> Lima<br />

Bene<strong>de</strong>tto, Maira Car<strong>do</strong>so <strong>de</strong><br />

Bordini, Mariana <strong>de</strong> Souza Quirino<br />

Buonano, Débora Gigli<br />

Buonano, Débora Gigli<br />

Carvalho, Agda Regina <strong>de</strong><br />

Carvalho, Sergio Lage Teixeira <strong>de</strong><br />

Cucolicchio, Mariana Escanhoela<br />

Cury, Luiz Fernan<strong>do</strong><br />

Damião, Kelly Cristina<br />

Duarte, Fernanda Mencaroni Parreira<br />

Favarão, Patrícia Lipparelli<br />

Favero, André Casari<br />

Favero, Anna Gabriela Mercaldi


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Ferreira, Jéferson Rodrigues<br />

Ferreira, Kelly <strong>de</strong> Souza<br />

Fonseca, Patrícia Helena S.<br />

Fransciquetti, Márcio<br />

Gama, Marisa <strong>do</strong>s Santos<br />

Garcia, Sueli<br />

Garrocini, Claudia Aparecida<br />

Gaspar, Waldir José<br />

Gervastoski, Márcia Regina<br />

Giovannini, Eddie Humberto<br />

Gomes, Ana Paula Pinto<br />

Gomes, Anna Carolina Solano<br />

Gouveia, Nathalia Pessoa Matias<br />

Graça, Juliana Correira Savelli<br />

Gragnani, Giovani Chrysostomo<br />

Hatagima, Gustavo<br />

Hellmeister, Ylara Pedrosa<br />

Henriques, Flávia<br />

Iwakami, Luiza Naomi<br />

Jallageas, Nei<strong>de</strong><br />

Junqueira, Luiza<br />

Keri, William<br />

Kim, Nam Kyung<br />

Lauriano, Jaime<br />

Leite, Sidney Ferreira<br />

Longhi, Carla Reis<br />

Macha<strong>do</strong>, Lara Anastácia Lopes<br />

Macha<strong>do</strong>, Luís Carlos<br />

Maciel, Loenne Ane R.<br />

Martinez, Joan Villà


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Masaracchia, Clarissa Esperança<br />

Mathias, José Ronal<strong>do</strong> Alonso<br />

Mattos, Bruno Gonçalves <strong>de</strong><br />

Meirelles, Paulo Roberto Fraceschini<br />

Milani, Fabiana Lólis<br />

Miranda, Tales Alexandro Miguel<br />

Moraes, Felipe<br />

Moraes, Flávio Luiz Marcon<strong>de</strong>s Bueno <strong>de</strong><br />

Nakasone, Claudinei Benitez Luque<br />

Natalino, Tiago Santos<br />

Navarro, Wu<br />

Neves, André Moreira<br />

Nogueira, Cristina Tamiris<br />

Nogueira, Laura Mannis<br />

Oliveira, Bruna Baltuz Leme <strong>de</strong><br />

Oliveira, Danilo Leôncio <strong>de</strong> Souza<br />

Ortegosa, Márcia Aparecida<br />

Paiva Junior, Humberto <strong>de</strong><br />

Palermo, Sabrina Carolina<br />

Paulinelli, Danielle Franzon<br />

Pelegrini, Beatriz Alcici<br />

Penkal, Sandra<br />

Pereira, Verônica Sales<br />

Pezuti, Paloma<br />

Pirró, Lúcia Fernanda <strong>de</strong> Souza<br />

Ramos, Deise Carvalho<br />

Ramuski, Eduar<strong>do</strong> Salles<br />

Reis, Dilenia Oliveira<br />

Rios, Alessandra<br />

Rodrigues, Larissa Araújo


VII <strong>Congresso</strong> <strong>de</strong> Iniciação Científica <strong>do</strong> <strong>Centro</strong> Universitário <strong>Belas</strong> <strong>Artes</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />

Rosa, Aline<br />

Sabor, Diego <strong>de</strong> Campos<br />

Santos Junior, Natalício Batista <strong>do</strong>s<br />

Santos, A<strong>de</strong>mir Pereira <strong>do</strong>s Santos<br />

Santos, Camila Alves<br />

Santos, Guilherme William U<strong>do</strong><br />

Santos, Márcia <strong>do</strong>s<br />

Siepierski, Guilherme Grimbegrs<br />

Silva, Aline Canola<br />

Silva, Andressa Alves<br />

Silva, Breno Morita Forastieri da<br />

Silva, Emerson Soares da<br />

Siqueira, Edva Ferreira <strong>de</strong><br />

Souza, Bárbara <strong>de</strong> Oliveira<br />

Souza, Daniele Pinto Carvalho <strong>de</strong><br />

Souza, Fábio Leme <strong>de</strong><br />

Souza, Letícia Nascimento <strong>de</strong><br />

Souza, Nilson Araújo <strong>de</strong><br />

Tagawa, Akie Cavalcanti<br />

Tarrega, Mariane Montavoni<br />

Tateyama, Tiago Barbosa<br />

Teixeira, Carolina Martins <strong>de</strong> Menezes<br />

Todaka, Stéfany Aguiar<br />

Tole<strong>do</strong>, Pámela<br />

Tosin, Natália Belesso<br />

Whitaker, Múcio<br />

Yoshizaki, Daniela<br />

Zampieri, Stephanie Mori Taylor

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!