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plano nacional de silvicultura com espécies nativas e sistemas ...

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Ministério do Meio Ambiente - MMAMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPAMinistério do Desenvolvimento Agrário - MDAMinistério da Ciência e Tecnologia - MCTPLANO NACIONAL DE SILVICULTURA COM ESPÉCIESNATIVAS E SISTEMAS AGROFLORESTAIS – PENSAFBRASÍLIAOUTUBRO - 20061


Luiz Inácio Lula da SilvaPresi<strong>de</strong>nteMinistério do Meio AmbienteMarina SilvaMinistraMinistério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoLuís Carlos Gue<strong>de</strong>s PintoMinistroMinistério do Desenvolvimento AgrárioGuilherme CasselMinistroMinistério da Ciência e TecnologiaSérgio Machado Rezen<strong>de</strong>MinistroSecretaria <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong> e FlorestaJoão Paulo Ribeiro CapobiancoSecretárioPrograma Nacional <strong>de</strong> FlorestasJoberto Veloso <strong>de</strong> FreitasDiretorNelson Barboza LeiteGerente <strong>de</strong> ProjetosEquipe TécnicaAmilton Baggio – Embrapa FlorestasAntenor Pereira Barbosa – INPABernardo Machado Pires – MMA/PNFCássio Trovatto – MDA/SAFEwandro Andra<strong>de</strong> Moreira – MMA/PNFGabriela Schmitz Gomes – Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sementes SulIvan Crespo Silva – SBSAFKazuiyuki Nakayama – CEPLACSidney Carlos Sabbag – MMA/IBAMASilvio Brienza Júnior – Embrapa Amazônia OrientalVera Lex Engel- UNESP/Botucatu- Convidada2


Plano Nacional <strong>de</strong> Silvicultura <strong>com</strong> Espécies Nativas e SistemasAgroflorestais- PENSAFApresentação........................................................................................................................................ 41. Introdução.........................................................................................................................................52. Justificativas..................................................................................................................................... 73. Objetivo Geral.................................................................................................................................. 83.1 Objetivos Específicos................................................................................................................ 84. Área <strong>de</strong> Abrangência........................................................................................................................ 95. Caracterização do Setor Florestal Brasileiro.................................................................................... 96. O Programa Nacional <strong>de</strong> Florestas - PNF...................................................................................... 117. Conceitos e <strong>de</strong>finições....................................................................................................................137.1. Silvicultura..............................................................................................................................137.2. Sistemas agroflorestais - SAFs............................................................................................... 137.3 Conservação da biodiversida<strong>de</strong>............................................................................................... 137.4 Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER.......................................................................147.5 Recuperação <strong>de</strong> Área Degradada.............................................................................................147.6 Público Contemplado...............................................................................................................148. PENSAF......................................................................................................................................... 158.1 Regulamentação.......................................................................................................................158.2 Crédito..................................................................................................................................... 168.3 Assistência Técnica e Capacitação.......................................................................................... 168.4 Disponibilização <strong>de</strong> Insumos (sementes e mudas).................................................................. 168.5 Informação e Pesquisa............................................................................................................. 178.6 Monitoramento e Controle.......................................................................................................179. Componentes do PENSAF............................................................................................................ 179.1 Linhas temáticas ..................................................................................................................... 179.1.1 Sistema <strong>de</strong> Informações................................................................................................... 189.1.2 Ciência e Tecnologia........................................................................................................189.1.3 Disponibilização <strong>de</strong> Insumos: produção <strong>de</strong> sementes e mudas........................................189.1.4 Assistência Técnica e Extensão Rural............................................................................. 199.1.5 Crédito .............................................................................................................................209.1.6 Mercado e Comércio <strong>de</strong> Produtos Florestais................................................................... 209.1.7 Legislação........................................................................................................................ 219.1.8 Monitoramento e Controle do PENSAF.......................................................................... 219.2 Diretrizes..................................................................................................................................219.3 Estratégias <strong>de</strong> Ações................................................................................................................ 229.5 Estimativa orçamentária.......................................................................................................... 229.6 Executores e Parcerias Institucionais.......................................................................................2310 Matriz Lógica................................................................................................................................ 2311. Estimativa Orçamentária


ApresentaçãoO Plano Nacional <strong>de</strong> Silvicultura <strong>com</strong> Espécies Nativas e Sistemas Agroflorestais –PENSAF, faz parte das priorida<strong>de</strong>s do Programa Nacional <strong>de</strong> Florestas <strong>com</strong>o opção paraexpansão da base <strong>de</strong> florestas plantadas e recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas. É oresultado <strong>de</strong> uma ação integrada entre os Ministérios do Meio Ambiente (MMA); daAgricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); da Ciência e Tecnologia (MCT); doDesenvolvimento Agrário (MDA) e organizações da socieda<strong>de</strong> civil.O objetivo <strong>de</strong>ste Plano é estabelecer as condições básicas para o <strong>de</strong>senvolvimentoda <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais que proporcionediretamente rendimentos financeiros para produtores rurais e resulte em amplosbenefícios econômicos, sociais e ambientais para o Brasil.A gran<strong>de</strong> motivação para este Plano apóia-se em resultados <strong>de</strong> experimentações eindicadores <strong>de</strong> crescimento que <strong>de</strong>monstram o extraordinário potencial <strong>de</strong> diversasespécies arbóreas da vegetação brasileira. Assinala-se que estes resultados sãosemelhantes e até mesmo superiores às produtivida<strong>de</strong>s apresentadas pelas espéciesestrangeiras na época em que foram introduzidas no país e que se tornaram a base <strong>de</strong>toda a <strong>silvicultura</strong> brasileira altamente <strong>com</strong>petitiva.No Brasil, a produção <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira dos plantios florestais <strong>com</strong> espécies <strong>de</strong> rápidocrescimento, tanto para uso doméstico <strong>com</strong>o industrial, tornou-se um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sucessomundial a ser seguido. Isto se <strong>de</strong>u a partir <strong>de</strong> investimentos em pesquisa florestal quepropiciaram o <strong>de</strong>senvolvimento e domínio tecnológico necessário à <strong>silvicultura</strong>,permitindo alcançar os atuais índices <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e todos os benefícios sócioambientaisafins. Este exemplo, por meio <strong>de</strong> todo o conhecimento acumulado, po<strong>de</strong>facilmente ser transferido ao <strong>de</strong>senvolvimento e sucesso da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies<strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais.Existe no país gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas aptas à inserção <strong>de</strong> florestas eagroflorestas <strong>de</strong>vendo-se salientar a existência <strong>de</strong> extensas áreas <strong>de</strong>gradadas e <strong>de</strong>Reserva Legal que <strong>de</strong>vem ser, preferencialmente, re<strong>com</strong>postas e manejadas <strong>com</strong>espécies da flora brasileira. Consi<strong>de</strong>rando-se todos estes aspectos, a <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong>espécies <strong>nativas</strong> e os <strong>sistemas</strong> agroflorestais apresentam-se <strong>com</strong>o alter<strong>nativas</strong>potencialmente viáveis para o uso da terra, <strong>com</strong> gran<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> setransformarem em um importante segmento <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> riquezas <strong>com</strong> agregação <strong>de</strong>valores ambientais e inclusão social.Não há dúvidas sobre a viabilida<strong>de</strong> do uso produtivo da diversida<strong>de</strong> florestalbrasileira por meio da <strong>silvicultura</strong> e agrofloresta. Entretanto, para efetivação do<strong>de</strong>senvolvimento que se propõe por este Plano, muitos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong>vem ser superados. Assoluções virão pelo uso <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> política pública e pela implementação <strong>de</strong>trabalhos <strong>de</strong> pesquisa, experimentações, disponibilização <strong>de</strong> conhecimentos, treinamento<strong>de</strong> agentes extensionistas, capacitação <strong>de</strong> profissionais e produtores, formação <strong>de</strong>arranjos produtivos até, a<strong>de</strong>quação da regulamentação e <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> crédito.Assim, inicia-se por este <strong>plano</strong> um somatório <strong>de</strong> esforços e uma política setoriala<strong>de</strong>quada à superação <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s e capaz <strong>de</strong> agilizar a dinâmica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong>ssa <strong>silvicultura</strong> e dos <strong>sistemas</strong> agroflore


1. IntroduçãoEste Plano Nacional <strong>de</strong> Silvicultura <strong>com</strong> Espécies Nativas e SistemasAgroflorestais – PENSAF é a muito tempo uma solicitação da socieda<strong>de</strong> brasileira.Origina-se pelo <strong>de</strong>sequilíbrio cada vez mais acentuado entre a <strong>de</strong>manda e a oferta <strong>de</strong>produtos florestais <strong>de</strong> espécies <strong>nativas</strong> que invariavelmente advém da exploração <strong>de</strong>recursos naturais, pois não há produção significativa proveniente <strong>de</strong> plantaçõesestabelecidas <strong>com</strong> estas espécies.É consenso que esse <strong>de</strong>sequilíbrio po<strong>de</strong>rá ser solucionado pela oferta <strong>de</strong> produtosoriginados <strong>de</strong> plantações florestais e agroflorestais baseadas em espécies <strong>nativas</strong>. Estarealida<strong>de</strong> associada aos diversos fatores sócio-econômicos e ambientais conseqüentes,<strong>de</strong>monstra o evi<strong>de</strong>nte mercado que po<strong>de</strong> ser abastecido por produtos vindos da<strong>silvicultura</strong> e agros<strong>silvicultura</strong>, fazendo transparecer a necessida<strong>de</strong> e oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<strong>de</strong>senvolver um efetivo Plano para estas ativida<strong>de</strong>s.Com base na análise das tendências <strong>de</strong> mercado, é possível concluir que a<strong>de</strong>manda por produtos florestais oriundos <strong>de</strong> plantações <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> <strong>de</strong>verácrescer não apenas no Brasil, mas também em nível mundial. Os consumidores atuaisestão cada vez mais conscientes da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar produtos que não estejam<strong>com</strong>prometidos <strong>com</strong> mo<strong>de</strong>los exploratórios e predatórios das florestas naturais e exigem aadoção <strong>de</strong> técnicas <strong>silvicultura</strong>is necessárias à manutenção da oferta sustentável <strong>de</strong>produtos florestais.O Brasil possui as bases institucionais, científicas e humanas necessárias ao<strong>de</strong>senvolvimento da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais. Essasbases po<strong>de</strong>m ser avaliadas pela análise dos resultados bem sucedidos da <strong>silvicultura</strong>brasileira <strong>com</strong> espécies introduzidas e pela excelência das instituições públicas e privadasque a promoveram. Estas instituições são capazes <strong>de</strong> conduzir esse processo <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento e repetir, <strong>com</strong> as espécies florestais <strong>nativas</strong>, o sucesso conseguido <strong>com</strong>a <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> as espécies estrangeiras.Para se enten<strong>de</strong>r o sucesso da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies introduzidas e possibilitaralcançar o mesmo <strong>com</strong> as espécies <strong>nativas</strong> e <strong>com</strong> agrofloresta, é importante verificar,sucintamente, o contexto histórico. O <strong>de</strong>senvolvimento do setor florestal no Brasil se <strong>de</strong>ua partir <strong>de</strong> uma política setorial especifica estabelecida na década <strong>de</strong> 1960. A importânciada base florestal era evi<strong>de</strong>nte e havia sinais <strong>de</strong> exaustão e distanciamento das fontesma<strong>de</strong>ireiras para o incipiente parque si<strong>de</strong>rúrgico e a crescente importação <strong>de</strong> celulose.Este contexto <strong>de</strong>mandava políticas públicas relacionadas à produção florestal e, induziuem 1965, a edição do atual Código Florestal Brasileiro 1 e em seguida o lançamento dosincentivos fiscais para reflorestamentos.Neste cenário, o Brasil criou as primeiras escolas <strong>de</strong> Engenharia Florestal e<strong>de</strong>senvolveu, a partir <strong>de</strong> fortes investimentos e incentivos públicos, um amplo programa<strong>de</strong> reflorestamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> sucesso baseado, quase que exclusivamente, em espéciesdos gêneros Pínus e Eucalyptus. Esses instrumentos instituíram a formação do capitalhumano e a operacionalização do processo que promoveu nos anos seguintes, o plantio<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> seis milhões <strong>de</strong> hectares <strong>com</strong> espécies florestais e que proporcionou aconsolidação do parque industrial <strong>de</strong> base florestal.1Código Florestal Brasileiro <strong>de</strong> 1965. Lei n 0 4.771.5


Atualmente, os resultados econômicos <strong>de</strong>ste setor <strong>de</strong> base florestal, si<strong>de</strong>rúrgico,moveleiro, celulósico e <strong>de</strong> outros produtos, representam relevante importância para abalança <strong>com</strong>ercial brasileira e na geração <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> empregos diretos e em arranjosprodutivos associados. Este sucesso advém <strong>de</strong> pesados investimentos em pesquisas ecapacitação <strong>de</strong> recursos humanos que resultaram no alcance dos melhores índicesmundiais <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> em plantações florestais.Nas fases iniciais <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> plantações <strong>com</strong> espécies florestaisintroduzidas, a produção partia <strong>de</strong> patamares <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> anuais menores que 15metros cúbicos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira por hectare. Atualmente, muitas plantações <strong>com</strong>erciais jáalcançam produtivida<strong>de</strong>s 400% superiores aos patamares iniciais. Esse saltoextraordinário na produtivida<strong>de</strong> foi fruto da <strong>com</strong>petência da ciência florestal brasileira, dosprofissionais e das excelentes condições edafo-climáticas existentes no país e quetambém são apropriados á <strong>silvicultura</strong> e agros<strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong>.Embora a legislação priorize o uso <strong>de</strong> espécies <strong>nativas</strong> nos processos <strong>de</strong>re<strong>com</strong>posição das Reservas Legais, <strong>de</strong> modo geral, as informações técnicas existentesestão dispersas em várias instituições ou, ainda, não são suficientes para possibilitar asua implementação segura. No entanto, existem iniciativas e empreendimentos bemsucedidos, em termos <strong>de</strong> plantios florestais puros e mistos, reflorestamento eflorestamento, assim <strong>com</strong>o <strong>sistemas</strong> agroflorestais nas diversas regiões bioclimáticasbrasileiras, que po<strong>de</strong>riam ser organizadas e disponibilizadas aos interessados e àsocieda<strong>de</strong> em geral.Alguns empreendimentos florestais e agroflorestais <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> possuema<strong>com</strong>panhamento científico sistemático e mostram espécies <strong>com</strong> elevadasprodutivida<strong>de</strong>s, <strong>com</strong>paráveis àquelas obtidas <strong>com</strong> espécies exóticas 2 . As informaçõescientíficas geradas são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, mas se encontram, na maioria dos casos,ainda inacessíveis aos interessados.Experiências bem sucedidas e a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies arbóreas das florestasbrasileiras sinalizam um gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>silvicultura</strong>l eagros<strong>silvicultura</strong>l e, é um dos principais fatores que contribui para a gran<strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> aoPENSAF. O Brasil ainda possui cerca <strong>de</strong> 48% do seu território coberto por remanescentesflorestais sendo a maior e mais significativa parte localizada na Amazônia e o restantedistribuído <strong>de</strong> forma fragmentada na Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal ePampa. Em todos esses biomas são encontradas inúmeras espécies florestais queapresentam utilida<strong>de</strong>s diversas e que potencialmente po<strong>de</strong>m ser aproveitadas nos<strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> produção florestal ou agroflorestal - SAFs.Outro aspecto atrativo à <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e SAFs é adisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s áreas para sua implementação, não havendo <strong>com</strong>petição <strong>com</strong>ativida<strong>de</strong>s agropecuárias. Das áreas já alteradas pelo uso antrópico, existem milhares <strong>de</strong>hectares <strong>de</strong>gradados e disponíveis para uso pela <strong>silvicultura</strong> e agros<strong>silvicultura</strong>. Nestecontexto, <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas crescentes e redução da oferta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>áreas aptas, potencial <strong>de</strong> espécies florestais <strong>nativas</strong>, capacida<strong>de</strong> científica e tecnológica,bem <strong>com</strong>o, importantes reflexos sociais conseqüentes, faz antever amplas possibilida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> benefícios sócio-econômicos para pequenos e médios produtores rurais a partir <strong>de</strong>plantios florestais e agroflorestais baseados em espécies florestais <strong>nativas</strong>.2Embrapa Amazônia Oriental. Belém (PA). 2003. Não Publicado.6


Por todos esses aspectos citados, os Ministérios signatários <strong>de</strong>ste Plano, MeioAmbiente (MMA); Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Ciência e Tecnologia(MCT) e Desenvolvimento Agrário (MDA), reconhecem a importância e possueminteresses <strong>com</strong>uns no <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong>agroflorestais. Neste sentido, estes e outros ministérios articulados <strong>com</strong> o PNF, <strong>de</strong>verãoproporcionar amplas oportunida<strong>de</strong>s e mecanismos <strong>de</strong> integração <strong>de</strong> ações e esforçospara o bom andamento das ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas.Enfim, todas essas consi<strong>de</strong>rações permitem consubstanciar e legitimar aimportância do Plano Nacional <strong>de</strong> Silvicultura <strong>com</strong> Espécies Nativas e SistemasAgroflorestais - PENSAF.2. JustificativasNas últimas décadas, por meio <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quadas políticas e fortes investimentospúblicos e privados, espécies introduzidas que apresentaram facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação,foram submetidas a intensos processos <strong>de</strong> melhoria que resultaram na obtenção <strong>de</strong>elevadas produções <strong>de</strong> matéria prima <strong>com</strong> qualida<strong>de</strong>. Esta produção tem sustentadoativida<strong>de</strong> industrial <strong>de</strong> relevante <strong>de</strong>sempenho no contexto sócio-econômico brasileiro bem<strong>com</strong>o, possibilitou transformar o Brasil em exemplo a ser seguido <strong>com</strong>o um dos lí<strong>de</strong>resmundiais no segmento <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> plantações florestais.No entanto, mesmo existindo um atrativo mercado interno e externo, as produções<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e outros produtos não-ma<strong>de</strong>ireiros originados <strong>de</strong> espécies florestais da florabrasileira vêm sendo obtidos, quase que exclusivamente, a partir da exploraçãoinsustentável dos recursos das florestas naturais, não ocorrendo reflorestamento <strong>com</strong> asespécies utilizadas <strong>com</strong>o seria <strong>de</strong>sejável.Por outro lado, a falta <strong>de</strong> sementes melhoradas geneticamente, o poucoconhecimento tecnológico disponível a respeito da <strong>silvicultura</strong> da maior parte dasespécies <strong>nativas</strong> e a falta <strong>de</strong> disponibilização dos conhecimentos vindos das poucasiniciativas <strong>de</strong> plantio, ainda não permitem a adoção <strong>de</strong> medidas extensivas que possamestimular e favorecer novos empreendimentos sem incorrer em potenciais riscos.Consi<strong>de</strong>rando este contexto e os resultados bem sucedidos dos esforços einvestimentos realizados pelo Governo Brasileiro em décadas passadas <strong>com</strong> as espéciesintroduzidas, vislumbra-se, neste momento, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se implementar açõesvisando utilizar e aproveitar o potencial produtivo das espécies florestais brasileiras. Estepotencial po<strong>de</strong> ser utilizado tanto para produção <strong>de</strong> matéria-prima <strong>com</strong> fins econômicosquanto para trabalhos <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas.Entretanto, verifica-se a imprescindível necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar ou <strong>de</strong>senvolver<strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> produção <strong>silvicultura</strong>l e agroflorestal <strong>com</strong> embasamento científico ea<strong>de</strong>quadas técnicas operacionais. Com esse encaminhamento, a <strong>silvicultura</strong> brasileiraestará contribuindo, além dos aspectos sócio-econômicos, para a conservação dopatrimônio genético e diversificação do segmento florestal, oferecendo produtos <strong>de</strong> altaqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma sustentável.7


Deve ser ressaltado que os fatores limitantes para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> plantações florestais <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais sóserão superados por meio <strong>de</strong> um amplo programa <strong>de</strong> pesquisas e experimentações, queexigirão, <strong>de</strong>ntre outros, recursos financeiros, apoio governamental e mão-<strong>de</strong>-obracapacitada para continuida<strong>de</strong> a médio e longo prazo. Esse esforço <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ráveldimensão que envolve o emprego <strong>de</strong> recursos dispersos pela socieda<strong>de</strong>, somente po<strong>de</strong>ráser efetivado se precedido <strong>de</strong> consistente planejamento e gestão governamental quepermita a integração sinérgica dos órgãos <strong>de</strong> ensino, <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong> assistência técnica,extensão rural, fomento e crédito.Essas são as principais justificativas que permitem ao Governo Brasileiro, por meiodo Programa Nacional <strong>de</strong> Florestas do Ministério do Meio Ambiente e os Ministérios daAgricultura Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário e <strong>de</strong> Ciência eTecnologia a elaborarem e institucionalizarem formalmente este Plano Nacional <strong>de</strong>Silvicultura <strong>com</strong> Espécies Nativas e Sistemas Agroflorestais.3. Objetivo GeralO PENSAF tem por objetivo criar condições favoráveis à utilização <strong>de</strong> espéciesflorestais <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais <strong>com</strong> fins <strong>de</strong> produção <strong>com</strong>ercial queproporcione aumento da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus produtos e resulte em significativosbenefícios sociais, econômicos e ambientais.3.1 Objetivos Específicos●●●●●●Disponibilizar um sistema <strong>de</strong> informações sobre <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e<strong>sistemas</strong> agroflorestais, incluindo o levantamento <strong>de</strong> experiências regionais bemsucedidas e os conhecimentos existentes que se encontram dispersos ementida<strong>de</strong>s públicas e privadas tais <strong>com</strong>o universida<strong>de</strong>s, instituições <strong>de</strong> pesquisa,empresas florestais, organizações sociais, iniciativas particulares, produtores ruraise outros, em forma <strong>de</strong> manuais publicados e um banco <strong>de</strong> dados interativo e“online”.Implantação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento visando o avanço nageração <strong>de</strong> novos conhecimentos e <strong>de</strong> tecnologias para melhoria dos diferentes<strong>sistemas</strong> produtivos usando espécies florestais <strong>nativas</strong>.Ampliar a oferta <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong> espécies florestais <strong>nativas</strong> <strong>com</strong> boaqualida<strong>de</strong> genética e fisiológica.Inserção estruturada da <strong>silvicultura</strong> <strong>de</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestaisno Sistema <strong>de</strong> Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER);Estabelecer linhas <strong>de</strong> crédito para fomento às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong>espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais;Desenvolvimento <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias produtivas relacionadas a produtos originados da<strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais.8


ma<strong>de</strong>ira tropical produzida na Amazônia foi extraída ilegalmente e sob evi<strong>de</strong>nte caráter <strong>de</strong>insustentabilida<strong>de</strong>.Além disso, a produção ma<strong>de</strong>ireira na Amazônia não é condizente <strong>com</strong> toda apotencialida<strong>de</strong> existente. Apesar da região abrigar expressiva parcela do estoque mundial<strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira tropical, o sistema <strong>de</strong> produção regional ainda é centrado na exploraçãoseletiva <strong>de</strong> poucas espécies. De mais <strong>de</strong> 3.000 espécies arbóreas já catalogadassomente para a Amazônia, apenas 280 são aproveitadas industrialmente e 80% daprodução é alimentada por apenas 40 espécies (Schulze et al., 2005).No que se refere à ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> florestas <strong>nativas</strong> da Amazônia, cerca <strong>de</strong> 85% daprodução é consumida no país, principalmente sul e su<strong>de</strong>ste. Estes dados <strong>de</strong>monstram ogran<strong>de</strong> mercado consumidor <strong>de</strong>ntro do próprio território brasileiro e <strong>com</strong>o, <strong>de</strong> modo geral,os outros biomas brasileiros exauriram sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fornecimento para estemercado.Estima-se que 15% do consumo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira serrada no Brasil são <strong>de</strong>stinados paraa fabricação <strong>de</strong> móveis, dos quais apenas 1/3 vêm <strong>de</strong> plantações florestais. Consi<strong>de</strong>randoo consumo anual <strong>de</strong> 20 milhões <strong>de</strong> m 3 , observa-se que já existe uma <strong>de</strong>manda atual <strong>de</strong>cerca <strong>de</strong> um milhão <strong>de</strong> m 3 <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira só para este setor, <strong>com</strong> gran<strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>expansão da participação <strong>de</strong> espécies <strong>nativas</strong> neste segmento, <strong>de</strong>vido às exigências <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria-prima.Dados da FAO (2005b) mostram que o reflorestamento <strong>com</strong>ercial na AméricaLatina po<strong>de</strong> aumentar em quatro milhões <strong>de</strong> hectares até 2020, respon<strong>de</strong>ndo por umaprodução <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira roliça <strong>de</strong> 800 milhões <strong>de</strong> m 3 . Neste cenário, a indústria brasileira <strong>de</strong>base florestal po<strong>de</strong>rá dobrar as exportações até 2020 e respon<strong>de</strong>r por cerca <strong>de</strong> 6% do<strong>com</strong>ércio mundial.A estrutura das exportações brasileiras também vem se modificando,principalmente em função da ampliação das restrições <strong>de</strong> caráter ambiental na Europa,on<strong>de</strong> o maior potencial <strong>de</strong> crescimento tem sido para móveis que utilizam matéria-prima<strong>de</strong> plantações florestais.O crescimento no mercado inter<strong>nacional</strong> ocorre tanto para produtos primários,ma<strong>de</strong>ira roliça, serrada e laminada, <strong>com</strong>o em <strong>de</strong>rivados, <strong>com</strong> maior nível <strong>de</strong>industrialização, painéis e chapas, mas principalmente <strong>de</strong>sses últimos (FAO, 2005 ; ITTO,2004). Aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda futura sem <strong>de</strong>gradar as florestas naturais somente po<strong>de</strong>rá serconseguido se aumentarmos a eficiência e eficácia da produção, da exploração, daconversão da matéria-prima, além <strong>de</strong> se promover a expansão da base plantaçõesflorestais <strong>com</strong>o ponto crucial para garantir o suprimento das <strong>de</strong>mandas existentes.Neste contexto, a diversificação <strong>de</strong> matéria-prima, <strong>com</strong> a introdução <strong>de</strong> novasespécies que atendam padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> exigidos pelo mercado inter<strong>nacional</strong>, bem<strong>com</strong>o uma maior oferta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> reflorestamentos, em atendimento as exigênciasambientais dos países consumidores, será um marco para o <strong>de</strong>senvolvimento do país.Alia-se ao contexto a existência <strong>de</strong> imensas áreas convertidas já <strong>de</strong>gradadas,passíveis <strong>de</strong> re-incorporação ao processo produtivo e que representa, segundoestimativas, somente na Amazônia cerca <strong>de</strong> 16,5 milhões <strong>de</strong> hectares. Estas áreas, pormeio <strong>de</strong> reflorestamento ou agrofloresta, po<strong>de</strong>m contribuir significativamente para oaumento <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> elevado valor econômico, <strong>com</strong>o também diminuir acrescente pressão sobre as florestas <strong>nativas</strong>.10


Embora as informações existentes estejam esparsas e em uma fase inicial, háindicativos <strong>de</strong> que conhecimentos técnicos e científicos sobre espécies florestais <strong>nativas</strong> esobre <strong>sistemas</strong> agroflorestais já po<strong>de</strong>m ser utilizados. Estes conhecimentos po<strong>de</strong>riamsubsidiar a implementação imediata <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> plantações florestais, <strong>de</strong> pesquisase experimentações práticas que levem a utilização <strong>de</strong> áreas disponíveis e aoabastecimento do mercado ma<strong>de</strong>ireiro.Como exemplo <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> áreas disponíveis, cita-se a Amazônia brasileira on<strong>de</strong> aadoção <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> fomento para <strong>sistemas</strong> agroflorestais, em pelo menos 10% daárea que entra anualmente em pousio 3 , po<strong>de</strong>ria proporcionar o reflorestamento <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 80 a 160 mil hectares por ano, envolvendo, segundo IBGE (1996), 800 milproprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> agricultura familiar.Enfim, além dos potenciais apresentados pela caracterização do setor florestalbrasileiro, a gran<strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> advém da oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participação no crescentemercado ma<strong>de</strong>ireiro. Um resumo <strong>de</strong> dados estatísticos dos segmentos envolvidos naprodução florestal <strong>de</strong>monstra que anualmente, só <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras amazônicas, há umexpressivo crescimento das exportações que saltou <strong>de</strong> U$S 381 milhões em 1994 paraU$S 943 milhões em 2004, aliados a um mercado brasileiro da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> U$S 757milhões. Verifica-se, portanto, que este <strong>com</strong>ércio anual totaliza U$S 1,7 bilhões e quepo<strong>de</strong> ser abastecido, em parte, por produtos vindos da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> eda agrofloresta.6. O Programa Nacional <strong>de</strong> Florestas - PNFO Programa Nacional <strong>de</strong> Florestas – PNF, criado pelo Decreto n° 3.420 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong>abril <strong>de</strong> 2000, é um programa prioritário da Presidência da República <strong>com</strong>oreconhecimento da importância do setor florestal para o Brasil.É um programa inserido na estrutura do Ministério do Meio Ambiente coor<strong>de</strong>nadopela Secretaria <strong>de</strong> Biodiversida<strong>de</strong> e Florestas que, por meio da articulaçãogovernamental, promove a integração multisetorial organizada na forma da ComissãoNacional <strong>de</strong> Florestas - CONAFLOR. A <strong>com</strong>issão conta <strong>com</strong> 37 membros entrerepresentantes governamentais fe<strong>de</strong>rais e estaduais, órgãos <strong>de</strong> meio ambiente,instituições <strong>de</strong> pesquisas, setor empresarial, organizações não governamentais euniversida<strong>de</strong>s e tem a missão <strong>de</strong> fornecer as diretrizes para implementação das ações doPNF.Neste contexto, cabe ao Ministério do Meio Ambiente, por meio do PNF, promovera articulação institucional no sentido <strong>de</strong> implementar projetos voltados para o<strong>de</strong>senvolvimento do setor <strong>de</strong> base florestal brasileiro e para conservação dos recursosflorestais. Para tanto, mantém importantes relações institucionais que envolvem osseguintes ministérios:●●Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: crédito rural, regulamentaçãoe normatização <strong>de</strong> sementes e mudas florestais;Ministério da Ciência e Tecnologia: ciência e tecnologia florestal e mecanismos <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento limpo (MDL);3Período <strong>de</strong> tempo entre um plantio agrícola e o subseqüente que permite o crescimento <strong>de</strong> umavegetação conhecida <strong>com</strong>o vegetação <strong>de</strong> pousio ou capoeira que tem a função <strong>de</strong> acumular biomassavegetal e o restabelecimento do ciclo biogeoquímico <strong>de</strong> nutrientes.11


●●●●●●●●●Ministério do Desenvolvimento Agrário: integração <strong>com</strong> as políticas <strong>de</strong> assistênciatécnica e extensão rural e assentamentos;Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio: ca<strong>de</strong>ias produtivas e<strong>com</strong>ercialização;Ministério da Educação: capacitação científica, programas <strong>de</strong> educação e formaçãoprofissional;Ministério da Fazenda: mecanismos financeiros <strong>de</strong> crédito nacionais einternacionais;Ministério da Integração Nacional: fundos constitucionais;Ministério do Interior: programas especiais, políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regional erevitalização do Rio São Francisco;Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: programa plurianual, metas,ativida<strong>de</strong>s, custos, períodos;Ministério <strong>de</strong> Minas e Energia: empreendimentos elétricos, energias renováveis,biomassa, biodisel;Ministério do Trabalho e Emprego: geração <strong>de</strong> trabalho e renda <strong>com</strong> ativida<strong>de</strong>sflorestais e condições <strong>de</strong> trabalho.O Programa Nacional <strong>de</strong> Florestas é constituído <strong>de</strong> projetos que são concebidos eexecutados <strong>de</strong> forma participativa e integrada pelos governos fe<strong>de</strong>ral, estaduais, distrital emunicipais e a socieda<strong>de</strong> civil organizada tendo os seguintes objetivos:I - estimular o uso sustentável <strong>de</strong> florestas <strong>nativas</strong> e plantadas;II - fomentar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reflorestamento, notadamente em pequenas proprieda<strong>de</strong>srurais;III - recuperar florestas <strong>de</strong> preservação permanente, <strong>de</strong> reserva legal e áreas alteradas;IV - apoiar as iniciativas econômicas e sociais das populações que vivem em florestas;V - reprimir <strong>de</strong>smatamentos ilegais e a extração predatória <strong>de</strong> produtos e subprodutosflorestais, conter queimadas aci<strong>de</strong>ntais e prevenir incêndios florestais;VI - promover o uso sustentável das florestas <strong>de</strong> produção, sejam nacionais, estaduais,distrital ou municipais;VII - apoiar o <strong>de</strong>senvolvimento das indústrias <strong>de</strong> base florestal;VIII -ampliar os mercados interno e externo <strong>de</strong> produtos e subprodutos florestais;IX - valorizar os aspectos ambientais, sociais e econômicos dos serviços e dos benefíciosproporcionados pelas florestas públicas e privadas;X - estimular a proteção da biodiversida<strong>de</strong> e dos ecos<strong>sistemas</strong> florestais.Em todo este contexto que envolve a articulação intitucional e os objetivos do PNF,especialmente visando estimular o estabelecimento <strong>de</strong> plantações florestais <strong>com</strong> espécies<strong>nativas</strong> e ampliação do mercado <strong>de</strong> seus produtos que se propõe este Plano Nacional <strong>de</strong>Silvicultura <strong>com</strong> Espécies Nativas e Sistemas Agroflorestais-PENSAF em parceria entre o12


Ministério do Meio Ambiente e os ministérios signatários, da Agricultura Pecuária eAbastecimento, do Desenvolvimento Agrário e da Ciência e Tecnologia.7. Conceitos e <strong>de</strong>finiçõesBuscando-se proporcionar entendimento e orientações gerais sobre os temasintegrantes do Plano, são listados a seguir alguns conceitos e <strong>de</strong>finições.7.1. SilviculturaA <strong>silvicultura</strong> tem <strong>com</strong>o objetivo o manejo científico das florestas para produzir <strong>de</strong>forma continuada bens e serviços e se refere às seguintes formações florestais (Inoue etal., 1983; Yared, 1996):●Floresta pura: é aquela que tem apenas uma espécie arbórea plantada;●Floresta mista: possui mais <strong>de</strong> uma espécie arbórea plantada em uma mesmaárea.7.2. Sistemas agroflorestais - SAFsOs <strong>sistemas</strong> agroflorestais constituem-se em modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistema produtivo quecontempla o plantio <strong>com</strong>binado <strong>de</strong> árvores e culturas agrícolas <strong>com</strong> ou sem a presença <strong>de</strong>animais em uma mesma área sob bases sustentáveis.O PENSAF contempla <strong>de</strong> forma ampla todas as possibilida<strong>de</strong>s oferecidas pelatecnologia <strong>de</strong> SAFs. Assim, diferentes modalida<strong>de</strong>s ou arranjos espaciais <strong>de</strong> SAFs serãoconsi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>ntro da seguinte classificação (Alvim; Virgens; Araújo, 1989; Montagnini,1993):●●●Sistemas silvi-agrícolas: Combinação <strong>de</strong> árvores <strong>com</strong> cultivos agrícolasSistemas silvipastoris: Combinação <strong>de</strong> árvores <strong>com</strong> a criação <strong>de</strong> animais;Sistemas agro-silvipastoris: Combinação <strong>de</strong> árvores <strong>com</strong> cultivos agrícolas ecriação <strong>de</strong> animais.7.3 Conservação da biodiversida<strong>de</strong>O plantio <strong>de</strong> espécies florestais <strong>nativas</strong>, além <strong>de</strong> visar os aspectos sócioeconômicose <strong>de</strong> recuperação ambiental, <strong>de</strong>sempenha relevante contribuição àconservação da biodiversida<strong>de</strong>.A implementação da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e dos <strong>sistemas</strong> agroflorestaisproporcionará a conservação genética das espécies pelo uso produtivo. Isso resultará naampliação da base genética à medida que a dinâmica florestal permite a ocorrência <strong>de</strong>interações ecofisiológicas e a evolução das espécies, mesmo que manejadas emplantações florestais.13


7.4 Assistência Técnica e Extensão Rural – ATERPelo Decreto nº 4.739, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2003, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> AssistênciaTécnica e Extensão Rural – passaram a ser coor<strong>de</strong>nadas pelo Departamento <strong>de</strong> Ater -Dater, da Secretaria da Agricultura Familiar – SAF, do Ministério do DesenvolvimentoAgrário – MDA. No mesmo ano, foi instituída a Política Nacional <strong>de</strong> Ater, <strong>de</strong> forma<strong>de</strong>mocrática e participativa, em articulação <strong>com</strong> diversos setores do governo fe<strong>de</strong>ral,assim <strong>com</strong>o os segmentos da socieda<strong>de</strong> civil, li<strong>de</strong>ranças das organizações <strong>de</strong>representação dos agricultores familiares e dos movimentos sociais.A Política Nacional <strong>de</strong> Ater preten<strong>de</strong> contribuir para uma ação institucional capaz<strong>de</strong> implantar e consolidar estratégias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento rural sustentável, estimulando ageração <strong>de</strong> renda e <strong>de</strong> novos postos <strong>de</strong> trabalho. Entre os pilares fundamentais que asustentam, <strong>de</strong>staca-se o respeito à pluralida<strong>de</strong> e às diversida<strong>de</strong>s sociais, econômicas,étnicas, culturais e ambientais do país, o que implica na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incluir enfoques<strong>de</strong> gênero, <strong>de</strong> geração, <strong>de</strong> raça e <strong>de</strong> etnia nas orientações <strong>de</strong> projetos e programas.Sobretudo, cabe enfatizar que a busca da inclusão social da população rural brasileiramais pobre será elemento central <strong>de</strong> todas as ações orientadas pela Política Nacional <strong>de</strong>Ater.7.5 Recuperação <strong>de</strong> Área DegradadaConsi<strong>de</strong>ra-se <strong>com</strong>o área <strong>de</strong>gradada para fins <strong>de</strong> aplicação da <strong>silvicultura</strong> <strong>de</strong>espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais, para efeito <strong>de</strong> re-incorporação ao processoprodutivo, àquela que não possui mais sua cobertura vegetal original e que per<strong>de</strong>u acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção econômica para fins agrícolas, pecuários ou florestais.7.6 Público Contempladoa) produtor rural familiar: aquele que utiliza mão-<strong>de</strong>-obra familiar e/ou assalariada,a produção é <strong>de</strong> subsistência <strong>com</strong> eventual venda <strong>de</strong> exce<strong>de</strong>ntes, faz uso <strong>de</strong>alguma tecnologia na proprieda<strong>de</strong>, e eventualmente têm acesso ao crédito.b) produtor rural: utiliza mão-<strong>de</strong>-obra assalariada e permanente a produção visamercados local e <strong>de</strong> exportação e possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar mecanização,tecnologias mo<strong>de</strong>rnas e acesso ao crédito.c) produtor empresarial: utiliza mão-<strong>de</strong>-obra assalariada e permanente, a produçãovisa mercados local e <strong>de</strong> exportação, utiliza mecanização e tecnologiasmo<strong>de</strong>rnas e tem acesso ao crédito.d) entida<strong>de</strong>s públicas e organizações sociais: instituições que se propõem arealizar os fomentos florestais e agroflorestais em áreas alteradas <strong>de</strong> interessesocioeconômico.14


8. PENSAFEste Plano Nacional <strong>de</strong> Silvicultura <strong>com</strong> Espécies Nativas e SistemasAgroflorestais- PENSAF é especialmente consonante ao tema do Programa Nacional <strong>de</strong>Florestas que visa a expansão da base <strong>de</strong> florestas plantadas e recuperação <strong>de</strong> áreasalteradas, e tem por missão, criar os meios que facilitem e promovam o <strong>de</strong>senvolvimentoe multiplicação da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais.O <strong>de</strong>senvolvimento e multiplicação <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s busca ampliar oabastecimento dos mercados interno e externo <strong>com</strong> seus produtos e proporcionarasignificativos benefícios econômicos, sociais e ambientais para o Brasil.As bases para o <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e dos<strong>sistemas</strong> agroflorestais serão criadas por meio da utilização dos mecanismos <strong>de</strong>promoção <strong>de</strong>nominados instrumentos <strong>de</strong> políticas públicas que são os meios <strong>de</strong>implementação e efetivação da ação governamental para o alcance dos interesses sociaise ambientais priorizados.Os instrumentos <strong>de</strong> políticas públicas utilizados pelo PNF são: Regulamentação,Crédito, Assistência Técnica e Capacitação, Disponibilização <strong>de</strong> Insumos: sementes emudas, Informação e Pesquisa, Monitoramento e Controle.8.1 RegulamentaçãoRegulamentação é uma ativida<strong>de</strong> da Administração Pública econsubstancia-se na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> que dispõe o po<strong>de</strong>r executivo <strong>de</strong> explicar a lei para suacorreta execução, ou <strong>de</strong> expedir <strong>de</strong>cretos autônomos sobre matéria ainda nãodisciplinada por lei¹. Esta faculda<strong>de</strong> visa permitir a fiel execução das normas que regem<strong>de</strong>terminada ativida<strong>de</strong>. Isso é imprescindível, pois além <strong>de</strong> garantir a aplicação efetiva daconstituição e das leis, permite suprir lacunas originadas da imprevisibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certosfatos e circunstâncias que reclamam providências imediatas da Administração Pública.Neste contexto, regulamentação é um importante instrumento <strong>de</strong> política públicaque possibilita ao governo praticar a gestão sobre <strong>de</strong>terminados temas. Dessa forma, noBrasil, os atos normativos disciplinam todas as fases da ativida<strong>de</strong> florestal, explicitandoregras tanto sobre florestas naturais quanto em florestas plantadas. De maneira geral, aativida<strong>de</strong> florestal apresenta uma normatização <strong>com</strong>plexa e burocrática. A legislação,tanto fe<strong>de</strong>ral quanto estadual, que rege as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> plantio, colheita e transporte <strong>de</strong>produtos <strong>de</strong> florestas plantadas não a<strong>com</strong>panhou a gran<strong>de</strong> evolução setorial.Para mudar este cenário, mantendo-se o respeito a Constituição e as leis fe<strong>de</strong>rais,o PNF tem procurado i<strong>de</strong>ntificar normas fe<strong>de</strong>rais que inci<strong>de</strong>m sobre a ativida<strong>de</strong> florestal etem buscado implementar modificações que visam proporcionar a agilização dosprocedimentos <strong>de</strong> licenciamento e autorizações. A legislação tem sido alvo <strong>de</strong> estudos,discussões e propostas <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação à nova realida<strong>de</strong> do setor florestal. A finalida<strong>de</strong> éa<strong>de</strong>quar as regras à nova dinâmica e realida<strong>de</strong> do setor florestal buscando promover seu<strong>de</strong>senvolvimento sustentável.15


8.2 CréditoO setor florestal dispõe hoje <strong>de</strong> algumas alter<strong>nativas</strong> <strong>de</strong> crédito <strong>com</strong> recursosnormalmente disponibilizados no sistema financeiro, por meio <strong>de</strong> sua re<strong>de</strong> bancária, <strong>com</strong>prazos, carências e garantias a<strong>de</strong>quadas para ativida<strong>de</strong> florestal <strong>de</strong> ciclo rápido e <strong>de</strong>médio prazo.As alter<strong>nativas</strong> <strong>de</strong> crédito existentes são <strong>de</strong>nominadas Pronafflorestal, Propflora,FCO, FNO e FNE, e são orientadas ao financiame


8.5 Informação e PesquisaConsi<strong>de</strong>ra-se <strong>com</strong>o instrumento básico para <strong>de</strong>senvolvimento do setor florestal aexistência <strong>de</strong> um eficiente sistema <strong>de</strong> informações para obtenção do conjunto <strong>de</strong>conhecimentos sobre <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais e queseja susceptível


9.1.1 Sistema <strong>de</strong> InformaçõesConsi<strong>de</strong>ra-se <strong>com</strong>o instrumento primário <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e paraimplementação do PENSAF, a existência <strong>de</strong> um eficiente sistema <strong>de</strong> disponibilização <strong>de</strong>conhecimentos sobre <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais e queseja constantemente atualizado e disponível “online” à socieda<strong>de</strong>.O PENSAF <strong>de</strong>verá promover o planejamento e a implementação <strong>de</strong> um eficientesistema <strong>de</strong> informação e <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação sobre os conhecimentos existentes e sobre osque serão <strong>de</strong>senvolvidos pela ciência, especialmente em Programas <strong>de</strong> Pesquisa eDesenvolvimento e pelas ativida<strong>de</strong>s executadas <strong>de</strong>vendo ser facilmente acessivelespecialmente para produtores rurais e empreen<strong>de</strong>dores.9.1.2 Ciência e TecnologiaO PENSAF visa promover um inovador e eficiente meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sócioeconômicoa partir da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais. Paraisso é necessário produzir e disponibilizar um conjunto organizado <strong>de</strong> conhecimentocientífico e tecnológico aplicado a toda a ca<strong>de</strong>ia produtiva relacionada a este segmento.Assim, <strong>de</strong>vem ser assegurados investimentos para pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>curto, médio e longo prazo para produzir e disponibilizar conhecimentos científicos etecnológicos necessário para alcance dos objetivos do <strong>plano</strong>.A pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>vem contemplar todas as etapas do sistema <strong>de</strong>produção das espécies <strong>nativas</strong> selecionadas para os diferentes biomas: sementes,mudas, técnicas <strong>de</strong> cultivo, manejo, colheita, tecnologias para uso da ma<strong>de</strong>ira e produtosnão ma<strong>de</strong>iráveis.9.1.3 Disponibilização <strong>de</strong> Insumos: produção <strong>de</strong> sementes e mudasA ativida<strong>de</strong> <strong>silvicultura</strong>l e agroflorestal qualificada visando maior retorno sócioeconômicoexige primariamente quantificação e qualificação técnica dos propágulosempregados.O setor <strong>de</strong> produção e <strong>com</strong>ércio <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong> espécies florestais<strong>nativas</strong> <strong>de</strong>monstra ser incipiente e carente <strong>de</strong> procedimentos estruturantes eorganizacionais <strong>de</strong>vendo ser fortalecido e otimizado os potenciais das re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sementesda Amazônia, da Amazônia Meridional, da Caatinga, do Cerrado, da Mata Atlântica, Sul,Rio São Paulo, Rioesba e do Pantanal, que totalizam oito re<strong>de</strong>s que abrangem todos osBiomas do Brasil. Neste contexto, <strong>de</strong>ntre outras, <strong>de</strong>verão ser consi<strong>de</strong>radas as seguintesações estruturantes:●●Definir mecanismos <strong>de</strong> financiamento e recursos para o setor;Implementação <strong>de</strong> Áreas <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Sementes - ACSs, Áreas Produtoras <strong>de</strong>Sementes – APSs e Pomares <strong>de</strong> Sementes - PSs, para fornecimento <strong>de</strong> sementesdas espécies prioritárias;18


●●●●●●●Criação <strong>de</strong> um fundo rotativo <strong>de</strong> fomento para a produção <strong>de</strong> sementes visandoaten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> Recuperação <strong>de</strong> Áreas Degradadas - RAD, <strong>de</strong> ReservaLegal - RL, Áreas <strong>de</strong> Preservação Permanente - APPs, SAFs e <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong><strong>nativas</strong>;Criação <strong>de</strong> Bancos <strong>de</strong> Germoplasma a partir <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação - UCs eAPPs;Criação <strong>de</strong> incentivos, isenções, para produção e áreas <strong>de</strong> sementes;Demarcação <strong>de</strong> áreas e a construção e reestruturação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s Regionais <strong>de</strong>Coleta, Beneficiamento e Armazenamento (URCAs) e Centros Regionais <strong>de</strong>Referências (CRRs);Geração e disponibilização <strong>de</strong> informações referentes aos protocolos para omanejo <strong>de</strong> sementes e mudas florestais;Criação <strong>de</strong> protocolos <strong>de</strong> produção, mo<strong>de</strong>lagem, sistema <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> estudo eapoiar a realização <strong>de</strong> pesquisa visando o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologiaspara espécies prioritárias;Aprimorar o processo <strong>de</strong> cre<strong>de</strong>nciamento <strong>de</strong> produtores e fiscalização da produção<strong>de</strong> sementes e mudas florestais.Além <strong>de</strong> todos os aspectos citados, outras ações po<strong>de</strong>m ser apoiadas epromovidas tais <strong>com</strong>o a espacialização das ofertas e <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> sementes e mudas,a<strong>com</strong>panhamento dos fluxos, caracterização da infra-estrutura e capacida<strong>de</strong> instalada,promover técnicas <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> caracterização fenotípica <strong>de</strong> matrizes, <strong>de</strong>finir normase procedimentos, <strong>de</strong>senvolver mecanismos <strong>de</strong> certificação e promover um programa <strong>de</strong>propaganda e <strong>com</strong>unicação social sobre o tema.9.1.4 Assistência Técnica e Extensão RuralA Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER assume relevante importância noprocesso <strong>de</strong> fazer chegar aos empreen<strong>de</strong>dores e produtores rurais os conhecimentos ehabilida<strong>de</strong>s sobre as técnicas e práticas <strong>silvicultura</strong>is <strong>de</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong>agroflorestais. A missão da ATER é orientar tecnicamente o produtor e as <strong>com</strong>unida<strong>de</strong>senvolvidas e <strong>de</strong>monstrar os respectivos benefícios econômicos, sociais e ambientais dasplantações florestais e SAFs, bem <strong>com</strong>o estimular os empreen<strong>de</strong>dores a reconheceremas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o alternativa diferenciada <strong>de</strong> negócio.No Brasil, <strong>de</strong> maneira geral, não há tradição <strong>de</strong> ATER especializada para aativida<strong>de</strong> florestal e a <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> ainda é <strong>de</strong>sconhecida. Portanto,<strong>de</strong>verá ser proporcionado ao extensionista o conhecimento correto <strong>de</strong> <strong>com</strong>o gerir eadministrar a ativida<strong>de</strong> e <strong>com</strong>o apontar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> se utilizar os instrumentosdisponíveis sejam públicos, privados, particulares, <strong>de</strong> ações individuais ou coletivas.O extensionista <strong>de</strong>verá apoiar o produtor no <strong>de</strong>senvolvimento sustentável daativida<strong>de</strong> florestal e agroflorestal e para tanto <strong>de</strong>ve ser provido <strong>de</strong> percepção conceitual<strong>de</strong> todo o contexto técnico, econômico, social, institucional, das ca<strong>de</strong>ias produtivas,19


ambiental, consi<strong>de</strong>rando ainda, a recuperação produtiva <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas. OPENSAF requer uma perfeita e organizada ação <strong>de</strong> integração institucional capaz <strong>de</strong>alcançar todos os agentes da ca<strong>de</strong>ia produtiva do setor e, visando todos estes sentidos,<strong>de</strong>verá ser promovido o sistema <strong>de</strong> ATER ligado à <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e<strong>sistemas</strong> agroflorestais.9.1.5 CréditoO apoio financeiro àqueles que não possuem capital próprio para investimentos éum importante instrumento promotor da expansão <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s produtivas. Neste sentido<strong>de</strong>ve-se implementar linhas <strong>de</strong> crédito a<strong>de</strong>quadas ao <strong>de</strong>senvolvimento da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong>espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais.As linhas <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong> apoio à ativida<strong>de</strong> florestal existentes hoje são o PRONAFFlorestal, FNE Ver<strong>de</strong>, FNO Floresta, FCO Pronatureza, PROPFLORA, BB Florestal e, <strong>de</strong><strong>de</strong> maneira geral, não são a<strong>de</strong>quadas à <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong>. Portanto,<strong>de</strong>verão sofrer as a<strong>de</strong>quações necessárias à realida<strong>de</strong> do PENSAF.Para os propósitos do PENSAF, é importante garantir linhas <strong>de</strong> créditodiferenciadas conforme exigências temporais e econômicas da ativida<strong>de</strong>. Os períodos <strong>de</strong>carência e os prazos <strong>de</strong>verão ser proporcionais a maturação dos empreendimentos. Paracada mo<strong>de</strong>lo <strong>silvicultura</strong>l ou agroflorestal implantado <strong>de</strong>verá ser consi<strong>de</strong>rado o montante<strong>de</strong> colheita, que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> forma total ou escalonada no curto, médio e longo prazo erespectiva capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento das obrigações <strong>de</strong> financiamento.As linhas <strong>de</strong> crédito a<strong>de</strong>quadas <strong>com</strong> um maior prazo <strong>de</strong> pagamento proporcionaráampla atrativida<strong>de</strong> à empreen<strong>de</strong>dores que po<strong>de</strong>m se inserir no mercado e ca<strong>de</strong>iaprodutiva do segmento agroflorestal e <strong>silvicultura</strong>l. Devem ser consi<strong>de</strong>radas tambémpossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> integração <strong>com</strong> as linhas <strong>de</strong> crédito agrícola e a aplicação <strong>de</strong> recursosda Reposição Florestal, <strong>de</strong>stacando-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar esforços nosentido <strong>de</strong> se viabilizar mecanismos <strong>de</strong> financiamento e incentivos para plantiosrelacionados aos processos <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> Reserva Legal e produção <strong>de</strong>sementes e mudas.Serão verificadas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> fundos setoriais específicos e,<strong>de</strong>ntre outros, atrativos incentivos para empreendimentos ambientalmente a<strong>de</strong>quados, ouseja, que tenham áreas <strong>de</strong> reserva legal e preservação permanente conforme critérioslegais e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da vegetação. É importante que sejam <strong>de</strong>senvolvidos mecanismosque promovam a integração <strong>com</strong> os programas <strong>de</strong> fomento <strong>de</strong>senvolvido pela iniciativaprivada e outros agentes financiadores.9.1.6 Mercado e Comércio <strong>de</strong> Produtos FlorestaisO PENSAF incrementará o mercado e o <strong>com</strong>ércio <strong>de</strong> produtos, subprodutosflorestais, todos os serviços da produção, beneficiamento, transformação bem <strong>com</strong>o dosserviços ambientais inerentes seja em âmbito <strong>nacional</strong> ou voltado para o mercadoexportador. Po<strong>de</strong>-se, também, consi<strong>de</strong>rar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver nichosespecíficos <strong>de</strong> mercado e projetos <strong>de</strong> Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo - MDL.20


Serão conduzidos estudos sistemáticos do mercado permanente, eventual, <strong>de</strong>infra-estrutura, capacitação, <strong>de</strong> bens e serviços, através <strong>de</strong> diagnósticos ou investigaçõesque permitam visualizar toda a ca<strong>de</strong>ia setorial e indicar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gestão ouinvestimentos privados ou governamentais .Será possível i<strong>de</strong>ntificar e sistematizar os principais produtos florestais,levantando-se a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, oferta e estratégia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>. Paratanto, o objetivo é <strong>de</strong>senvolver um catálogo eletrônico <strong>de</strong> produtos, disponível na internet,<strong>com</strong> imagens dos produtos, métodos <strong>de</strong> produção, matérias primas empregadas, serviços<strong>de</strong> entrega, preços, mapa <strong>de</strong> localização e en<strong>de</strong>reço <strong>com</strong>pleto dos fornecedores e das<strong>com</strong>unida<strong>de</strong>s envolvidas.9.1.7 LegislaçãoO uso <strong>de</strong> recursos naturais e <strong>de</strong>ntre eles as ativida<strong>de</strong>s florestais e suas subativida<strong>de</strong>sinerentes, estão subordinados a leis e outras normas imperativas quegovernam suas ações e que implicam em obrigação <strong>de</strong> obediência e sanção em casos <strong>de</strong>transgressão. Existem diversas leis e outros instrumentos infra-legais que inci<strong>de</strong>m sobreativida<strong>de</strong>s <strong>silvicultura</strong>is e agrárias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a conservação dos solos, uso <strong>de</strong> recursoshídricos, proteção da fauna, uso e transformação da cobertura vegetal, produção <strong>de</strong>sementes e mudas, transporte e <strong>com</strong>ercialização dos produtos florestais.O entendimento e o respeito <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores a estas normas bem <strong>com</strong>o, suaaplicação pelos agentes outorgados, em muitos casos, têm sido apontados <strong>com</strong>o fatoresinibidores da ampliação <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>silvicultura</strong>is e agroflorestais. Neste contexto, oinstrumento <strong>de</strong> regulamentação <strong>de</strong>verá promover a<strong>de</strong>quações necessárias à reversão<strong>de</strong>ste aspecto.O PENSAF promoverá a a<strong>de</strong>quada interpretação às normas e treinamento dosagentes públicos envolvidos bem <strong>com</strong>o, <strong>de</strong>ve fomentar nas instâncias legislativas aelaboração <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> aperfeiçoamentos e a<strong>de</strong>quações re<strong>com</strong>endadas que visemfacilitar a produção florestal e uso sustentável dos recursos naturais e especialmente noque for referente a <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais.9.1.8 Monitoramento e Controle do PENSAFTodos os <strong>plano</strong>s são <strong>com</strong>postos por quatro etapas: planejamento, execução,monitoramento e controle e, correção. Projetos bem planejados, são executados <strong>de</strong>ntrodo tempo previsto e <strong>de</strong>mandam pouco tempo <strong>de</strong> monitoramento e controle e, quase nãonecessitam <strong>de</strong> correções. Os projetos a serem apoiados pelo PENSAF <strong>de</strong>verão ser<strong>de</strong>senvolvidos neste contexto e monitorados e, caso necessário, aplicadas medidascorretivas que possibilitem o alcance dos objetivos e metas propostas.9.2 DiretrizesAs diretrizes <strong>de</strong>finidas para o PENSAF visam indicar <strong>de</strong> maneira ampla objetivosestruturantes que permitam reconhecer e examinar cuidadosamente os diferentesaspectos relacionados e que facilitem a <strong>de</strong>finição e execução <strong>de</strong> ações. Indicam ainda, o21


conjunto <strong>de</strong> instruções acessíveis pela socieda<strong>de</strong> e tem o propósito <strong>de</strong> aprimorar econsolidar a ativida<strong>de</strong> <strong>silvicultura</strong>l <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais. Foram<strong>de</strong>finidas as seguintes diretrizes:●●●●●●●●●Estruturar um sistema <strong>de</strong> informações <strong>silvicultura</strong>is e agroflorestais;Gerar, validar e disponibilizar tecnologias e processos;Prestar serviços <strong>de</strong> assistência técnica e extensão rural;Definir e ampliar o número <strong>de</strong> espécies prioritárias e a oferta <strong>de</strong> sementes emudas;Aproveitar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos e serviços <strong>de</strong> espécies florestais <strong>nativas</strong>;Estabelecer e aperfeiçoar mecanismos <strong>de</strong> financiamento;Valorizar ambientalmente e economicamente os serviços ambientais;A<strong>de</strong>quar e harmonizar as legislações fe<strong>de</strong>rais e estaduais;Estruturar um sistema <strong>de</strong> educação sobre espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong>agroflorestais.9.3 Estratégias <strong>de</strong> AçõesPara implementação segura e exitosa das Diretrizes do PENSAF, foram priorizadasestratégias <strong>de</strong> ação vinculadas a cada diretriz, e estão sintetizadas na Matriz Lógica.9.4 Período <strong>de</strong> execuçãoO PENSAF visa alcançar seus objetivos gerais em um período <strong>de</strong> 10 anos e, nestesentido, o conjunto <strong>de</strong> ações necessário as linhas temáticas foram or<strong>de</strong>nados <strong>de</strong> formaque sua execução ocorra simultaneamente, ou seqüencialmente, visando proporcionarotimização e <strong>com</strong>plementarida<strong>de</strong> entre elas.Para cada estratégia <strong>de</strong> ação foram <strong>de</strong>finidos períodos <strong>de</strong> execução conforme asrespectivas <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>s e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conclusão. A previsão temporal estásintetizada na Matriz Lógica e po<strong>de</strong>rá ser atualizada ao longo <strong>de</strong>ste período conforme adinâmica <strong>de</strong> implementação e <strong>de</strong>senvolvimento do PENSAF.9.5 Estimativa orçamentáriaA estimativa orçamentária consi<strong>de</strong>ra um período <strong>de</strong> 10 anos para implementaçãodo Plano e baseia-se na experiência orçamentária das instituições elaboradoras doPENSAF, na <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> e dimensão das diretrizes priorizadas e no período <strong>de</strong>execução.Foram estimados recursos financeiros para cada linha temáticain<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente e subdivididos por linha <strong>de</strong> ação. Conforme a dinâmica e evoluçãodas ações implementadas po<strong>de</strong> haver redimensionamentos e priorizações que visem a22


1-8 Matriz LógicaLinha temática Diretriz Estratégias <strong>de</strong> ação Período <strong>de</strong>execução(ano)Sistema <strong>de</strong>InformaçõesEstruturar um sistema <strong>de</strong>informações <strong>silvicultura</strong>is eagroflorestaisLevantar conhecimentos e tecnologiasexistentes sobre espécies prioritárias para<strong>sistemas</strong> <strong>de</strong> produção florestal eagroflorestal por biomaRecursosestimadosmilhões R$1º 0,4Diagnosticar experiências bem sucedidas 1º 0,4Elaborar e publicar manuais <strong>com</strong> osconhecimentos e experiências regionaisexistentes e disponibilizar um banco <strong>de</strong>dados interativo e “online”.Promover seminários (5) sobre <strong>silvicultura</strong><strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong>agroflorestais para estudantes <strong>de</strong> nívelmédio e superior.Produzir material <strong>de</strong> divulgação sobreespécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestais.Realizar campanhas educativas na rádio,TV e escolas públicas esclarecendo para asocieda<strong>de</strong> sobre a importância dasespécies <strong>nativas</strong> e dos <strong>sistemas</strong>agroflorestais.Manter atualizado o sistema <strong>de</strong>informações1º - 2 º 0,51º - 10º 0,31º - 10º 0,51º - 10º 3,0Total 6,1ExecutoresUniversida<strong>de</strong>s, InstituiçõesPúblicas <strong>de</strong> Pesquisa eIniciação Científica, ONGsGoverno Fe<strong>de</strong>ral, SecretariasEstaduais, ONGs1º - 10º 1,0 Universida<strong>de</strong>s, InstituiçõesPúblicas <strong>de</strong> Pesquisa eIniciação Científica, ONGs


2-8 Matriz LógicaLinha temática Diretriz Estratégias <strong>de</strong> ação Período <strong>de</strong>execução(ano)Ciência eTecnologiaGerar, validar edisponibilizartecnologias eprocessosFomentar pesquisas e realizar treinamento <strong>de</strong>pessoal para coleta, produção, beneficiamento earmazenamento <strong>de</strong> sementes florestais <strong>nativas</strong>Fomentar pesquisas e realizar treinamento <strong>de</strong>pessoal para produção <strong>de</strong> mudas florestais<strong>nativas</strong>Fomentar pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>tecnologias <strong>silvicultura</strong>is <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong>Fomentar pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>tecnologias agroflorestaisRecursosestimadosmilhões R$1º - 5 º 5,01º - 5 º 5,01º - 10 º 3,01º - 10º 3,0ExecutoresUniversida<strong>de</strong>s, InstituiçõesPúblicas <strong>de</strong> Pesquisa eIniciação Científica, ONGsPromover 2 seminários para a exposição dosprincipais resultados alcançados5º e 10º 0,2Total 16,2


3-8 Matriz LógicaLinhatemáticaInsumos:Sementese MudasDiretriz Estratégias <strong>de</strong> ação Período <strong>de</strong>execução(ano)Ampliar a oferta <strong>de</strong>sementes e mudas<strong>de</strong> espécies florestaispotenciais paraestabelecimento <strong>de</strong>plantações florestaisImplantar quatro Àreas <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Sementes –ACS por Bioma para espécies vegetais <strong>nativas</strong>,aplicando a metodologia <strong>de</strong> marcação <strong>de</strong> matrizesImplantar duas Unida<strong>de</strong>s Regionais <strong>de</strong> Coleta,Beneficiamento e Armazenamento – URCA porBioma <strong>com</strong> infra-estrutura para produção, coleta,beneficiamento, armazenamento e pólo <strong>de</strong><strong>com</strong>ercializaçãoImplantar em cada bioma dois Pomares <strong>de</strong>Sementes por MudasEstruturar dois viveiros florestais por Bioma <strong>com</strong>capacida<strong>de</strong> individual para produção <strong>de</strong> 1 milhão <strong>de</strong>mudas <strong>nativas</strong> anualmenteElaborar material informativo sobre a localização,estrutura, contatos, espécies disponíveis e custosdas:a) sementes nas URCAsb) mudas nos respectivos viveiros implantadosRecursosestimadosmilhões R$1º - 5º 5,01º - 5º 6,01º - 5º 8,01º - 10º 4,01º - 10º 0,3Total 23,3ExecutoresUniversida<strong>de</strong>s,Entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa,Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Sementes,Secretarias Estaduais,Cooperativas e ONGsSecretarias Estaduais eONGs


4-8 Matriz LógicaLinha temática Diretriz Estratégias <strong>de</strong> ação Período <strong>de</strong>execução(ano)Assistência Técnica eExtensão Rural emAtivida<strong>de</strong>s FlorestaisPrestar serviços <strong>de</strong>extensão florestal eeducação ambientalpara assentamentos <strong>de</strong>reforma agrária,pequenos e médiosprodutores ruraisCapacitar 2.000 extensionistas e agentesmultiplicadores para prestação <strong>de</strong> assistênciatécnica sobre plantações <strong>de</strong> espécies <strong>nativas</strong>,<strong>sistemas</strong> agroflorestais e a<strong>de</strong>quação ambiental<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s ruraisPromover 25 cursos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>sementes e mudas, reflorestamento, créditorural, fruticultura, agroindústria e <strong>sistemas</strong>agroflorestais para técnicos e produtores ruraisPrestar ATER diferenciada e qualificada para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s florestais eagroflorestais, a<strong>de</strong>quação ambiental e acessoàs linhas <strong>de</strong> crédito para 5.000 produtoresruraisRealizar 5 eventos <strong>de</strong> intercâmbio entre asinstituições prestadoras do serviço <strong>de</strong>capacitação e <strong>de</strong> assistência técnica paratroca <strong>de</strong> experiências, tecnologias einformaçõesRecursosestimadosmilhõesR$1º - 5º 3,01º - 5º 1,251º - 10 º 105º - 10º 0,5Total 14,75ExecutoresUniversida<strong>de</strong>s,EMATERs, ONGs,Secretarias Estaduais,Associações eCooperativas


5-8 Matriz LógicaLinhatemáticaCréditoDiretriz Estratégias <strong>de</strong> ação Período <strong>de</strong>execução(ano)Estabelecer e a<strong>de</strong>quarmecanismos <strong>de</strong>financiamentoLevantar as <strong>de</strong>mandas potenciais porcrédito para a implantação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong><strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e<strong>sistemas</strong> agroflorestaisRealizar estudos <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>econômica para a implantação <strong>de</strong>distintos projetos <strong>de</strong> SAFsA<strong>de</strong>quar o BB Florestal, Pronaf florestal,Propflora e os Fundos Constitucionaispara a <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong>Promover a securitização <strong>de</strong> florestas(Cédulas do Produtor Rural – CPR)Fomentar parcerias entre iniciativasprivadas e agentes financiadoresCapacitar agentes financeiros, técnicos eempreen<strong>de</strong>doresAperfeiçoar mecanismos para a aplicação <strong>de</strong> recursos dareposição florestalCriar linhas <strong>de</strong> financiamento paraprodução <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong>espécies florestais <strong>nativas</strong> e para arecuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> reserva legalRecursosestimadosmilhões R$Executores1º - 2º 1,5 Universida<strong>de</strong>s,Secretarias Estaduais,ONGs, EMATEREs1º - 3º 3,0 Universida<strong>de</strong>s, ONGs,Instituições <strong>de</strong> Pesquisa1º - 2º ---- BC, Agentes Financeiros(BB, BASA, BNB, CEF,BNDES), MDA e MAPA1º - 5 º ----1º - 5º ----1º - 5º 3,01º - 10º ----Total 7,5Empresas privadas,ONGs, Governo Fe<strong>de</strong>ral eAgentes FinanceirosMDA, MAPA,FNMA/MMA, IBAMA1º - 5º ---- Banco Central, AgentesFinanceiros (BB, BASA,BNB, CEF, BNDES),MMA, MDA e MAPA


7-8 Matriz LógicaLinha temática Diretriz Estratégias <strong>de</strong> ação Período <strong>de</strong>execução(ano)LegislaçãoA<strong>de</strong>quar e harmonizaras legislações fe<strong>de</strong>raise estaduaisPropor a<strong>de</strong>quações na legislação e estimulare promover pactos fe<strong>de</strong>rativosPromover a introdução <strong>de</strong> disciplinas sobre<strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong>agroflorestais nos currículos <strong>de</strong> ensino médioe superior dos cursos vinculados às ciênciasagráriasAtivar as <strong>com</strong>issões <strong>de</strong> sementes e mudasnos EstadosApoiar a a<strong>de</strong>quação do setor <strong>de</strong> sementes emudas conforme a legislação vigente (Lei nº10.711/03)Elaborar cartilhas <strong>com</strong> a legislaçãopertinente à prática da <strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong>espécies <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong> agroflorestaispara o produtor rural (MP 2166-67, IN 08/03,Lei nº 10.711/03). Foco na Reserva Legal eAPP.Recursosestimadosmilhões R$1º - 5º -----1º - 5º -----1º - 5º 2,51º - 10º 51º - 3º 1Total 8,5ExecutoresGoverno Fe<strong>de</strong>ral (MEC,MDIC, MAPA, MDA,INCRA, MMA), GovernosEstaduais, ÓrgãosEstaduais <strong>de</strong> MeioAmbiente, IBAMA


8-8 Matriz LógicaLinha temática Diretriz Estratégias <strong>de</strong> ação Período <strong>de</strong>execução(ano)Monitoramento econtrole doPENSAFGestão do PENSAFFormalizar um Conselho Gestor <strong>com</strong><strong>de</strong>finição <strong>de</strong> regimento interno,periodicida<strong>de</strong> e temas a serem discutidospara a condução das diretrizesMonitorar as Instituições executoras econtrolar as metas físicas (ativida<strong>de</strong>sprevistas/realizadas) e o orçamento dosprojetos aprovados para a implantação dasdiretrizesRecursosestimadosmilhões R$1º - 10º 0,51º - 10º 0,5Total 1,0ExecutoresGoverno Fe<strong>de</strong>ral (MEC, MDIC,MAPA, MDA, INCRA, MMA),Governos Estaduais, ÓrgãosEstaduais <strong>de</strong> Meio Ambiente,IBAMA e representantes daSocieda<strong>de</strong> Civil


uma mesma fase <strong>com</strong>o po<strong>de</strong>m ser verificados períodos coinci<strong>de</strong>ntes na Matriz Lógica eCronograma. As fases <strong>de</strong> implementação do PENSAF são sucintamente <strong>de</strong>scritas aseguir e <strong>de</strong>monstradas no Fluxograma do Plano, mantendo-se sempre o conceito <strong>de</strong>disponibilização <strong>de</strong> informações para empreen<strong>de</strong>dores e produtores rurais.12.1 Primeira faseNa primeira fase, será <strong>de</strong>senvolvido um sistema <strong>de</strong> informações que proporcionaráa reunião e disponibilização <strong>de</strong> informações e <strong>de</strong> conhecimentos necessários ao<strong>de</strong>senvolvimento e implementação do Plano e para promoção <strong>de</strong> empreendimentos.12.2 Segunda faseNa segunda fase, será implementado um programa <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimentotecnológico que subsidie a operacionalização das linhas temáticas. Serão escolhidasespécies prioritárias por bioma, visando a disponibilização <strong>de</strong> informações e <strong>de</strong> resultadosmais específicos e <strong>com</strong>pletos, que permitam a promoção <strong>de</strong> maiores empreendimentos econsolidação das ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> produção.12.3 Terceira faseNa terceira fase, serão consolidados os <strong>com</strong>ponentes do Plano e aperfeiçoados osmecanismos e instrumentos <strong>de</strong> política pública, alcançando os resultados <strong>de</strong>sejados peloPENSAF.12.4 Fluxograma <strong>de</strong> implementação do PENSAF33


12.4 Fluxograma <strong>de</strong> Implementação do PENSAFFase ISistema <strong>de</strong> InformaçõesFlorestais1 - Silvicultura- Escolha <strong>de</strong> espécies- Sementes, propagação- Fisiologia, solos e nutrição- Genética e melhoramentoFase IIPrograma <strong>de</strong> P & DLevantamento <strong>de</strong> InformaçõesFase IIIInstrumentos <strong>de</strong> PolíticaPúblicaRegulamentaçãoAssistência Técnicae Capacitação2 - Manejo Florestal- Florestas equiâneas- Florestas inequiâneas- Mensuração e inventário- Sensoriamento remoto- Geoprocessamento3 -Tecnologia e Utilização <strong>de</strong>Produtos Florestais4 - Meio AmbienteSeleção <strong>de</strong> EspéciesPrioritárias por BiomaImplementação <strong>de</strong> Pesquisase ExperimentaçãoCréditoInformação e PesquisaIncentivoMonitoramento e ControleProdutor34


12.5 Cronograma <strong>de</strong> implementação do PENSAFDiretrizes Fase I2° ano1- Estruturar um sistema <strong>de</strong> informações<strong>silvicultura</strong>is e agroflorestais.2- Gerar, validar e disponibilizar tecnologias eprocessos.3- Ampliar a oferta <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong>espécies florestais potenciais paraestabelecimento <strong>de</strong> plantações florestais.4- Prestar serviços <strong>de</strong> extensão florestal eeducação ambiental.5- Estabelecer e aperfeiçoar mecanismos <strong>de</strong>financiamento.6- Aproveitar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos eserviços <strong>de</strong> espécies florestais <strong>nativas</strong>.7- A<strong>de</strong>quar e harmonizar as legislaçõesfe<strong>de</strong>rais e estaduais.8- Gestão do PENSAF.Fase II3°- 5° anoFase III5°- 10° anoLegenda13. Resultados esperados do PENSAF+ Intenso- IntensoOs principais resultados esperados após a implantação do Plano, serão:●●●Domínio <strong>silvicultura</strong>l e tecnológico <strong>de</strong> pelo menos cinco espécies florestais <strong>nativas</strong>e <strong>sistemas</strong> agroflorestais por bioma brasileiro.Aumento da disponibilização <strong>de</strong> produtos florestais sustentáveis advindos <strong>de</strong>plantações florestais <strong>com</strong> espécies <strong>nativas</strong> e <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> agroflorestais.Diversificação da


●●●●●Conservação dos solos e dos recursos hídricos.Conservação da biodiversida<strong>de</strong>.Capacitação em técnicas <strong>silvicultura</strong>is e <strong>sistemas</strong> agroflorestais.Recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> Reserva Legal.Recuperação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gradadas <strong>com</strong> a incorporação das mesmas aosprocessos produtivos.14. Monitoramento e a<strong>com</strong>panhamentoPara a<strong>com</strong>panhamento, a<strong>de</strong>quações e realimentação do PENSAF, haverá umsistemático monitoramento mediante os seguintes mecanismos: a) re<strong>de</strong> <strong>de</strong> intercâmbio <strong>de</strong>informações entre as instituições parceiras e os ministérios responsáveis; b) reuniõesperiódicas do conselho gestor, e c) organização <strong>de</strong> seminários e eventos <strong>de</strong> intercâmbiopara atualizar o direcionamento do Plano <strong>com</strong> a socieda<strong>de</strong>.15. VigênciaO PENSAF tem "status" <strong>de</strong> programa permanente no âmbito das açõesestruturantes dos Ministérios signatários, <strong>com</strong> vigência <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos sendo consi<strong>de</strong>radauma fase inicial <strong>de</strong> implantação e consolidação técnica <strong>de</strong> um ano.16. Literatura Consultada●●●●Aimex. 2000. Associação das Indústrias Exportadoras <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>iras do Estado doPará. Belém, Pará.Alvim, R. Virgens, A. <strong>de</strong> C.; Araújo, A. C. Agros<strong>silvicultura</strong> <strong>com</strong>o ciência <strong>de</strong> ganhardinheiro <strong>com</strong> a terra: recuperação antecipada <strong>de</strong> capital no estabelecimento <strong>de</strong>culturas perenes arbóreas. Boletim Técnico. CEPLAC, Ilhéus, n. 161, 1989, 36 p.Bacha, C. J. C.; Barros, A.L.M. Reflorestamento no Brasil: evolução recente eperspectivas para o futuro. Scientia Forestalis, n. 66, p. 191-203, 2004.CEPLAC. Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. 2004. Programa <strong>de</strong><strong>silvicultura</strong>, conservação produtiva <strong>de</strong> espécies arbóreas <strong>nativas</strong> e <strong>sistemas</strong>agroflorestais sustentados nos ecos<strong>sistemas</strong> mata Atlântica e floresta Amazônica.60p. Impresso.● Código Florestal Brasileiro <strong>de</strong> 1965. Lei n0 4.771.36


●●●FAO. Global Forest Resources Assessment 2000: main report. Roma: Food andAgriculture Organization of the United Nations, 2002. 512 p. (FAO Forestry Papersn. 140).FAO. Global Forest Resources Assessment 2005. progress towards sustainableforest management. Roma: Food and Agriculture Organization of the UnitedNations, 2005 (a). (FAO Forestry Paper No. 147).FAO. Trends in wood products 1961-2003. Roma: Food and AgricultureOrganization of the United Nations, 2005 (b).● Gorini, A.P.F. A indústria <strong>de</strong> móveis no Brasil.São Paulo: Abimóvel, 2000. 80 p.●●●Guéron, A.L.; Garrido, V.Móveis e ma<strong>de</strong>ira <strong>com</strong> potencial para crescer. Revista daMa<strong>de</strong>ira, v. 15, n. 92, p. 4-13, 2005.IBGE. 1996. Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística. Anuário. Rio <strong>de</strong> Janeiro.PNF. 2002. Programa Nacional <strong>de</strong> Florestas.● Inoue, M. T. et al. 1983. A Silvicultura <strong>de</strong> Espécies Nativas. Curitiba: FUPEF. 56 p.● ITTO. Annual Review and Assessment of the World Timber Situation 2004.Yokohama: International Tropical Timber Organization, 2004. 255 p. (Document GI-7/04).● Lamprecht, H. 1990. Silvicultura nos Trópicos. Rossdorf: GTZ. 343 p.●Lentini, M; Pereira, D.; Celentano, D.; Pereira, R. Fatos Florestais da Amazônia2005. Belém: Instituto do Homem e Meio Ambiente na Amazônia, 2005. 138 p.● Meirelles, H.L; Direito Administrativo Brasileiro, 2000. p 118.●●●●●Montagnini, F. et al. Sistemas agroforestales, principios y aplicaciones en los trópicos.2 ed. rev. y aum. San José: Organización para Estudios Tropicales, 1992. 662 p.NAIR, P.K.R. An introduction to agroforestry. Dordrecht: Kluwer, 1993. 499 p.Pasquis, R.; Machado, L. <strong>de</strong> O. 2004. Reforma agrária em áreas alteradas:alternativa sócio-ambiental na Amazônia.www.sur.iucn.org/ces/portugues/in<strong>de</strong>x.cfm?toi=articulo&idpasado=225&numerorevista=7.Referência Ma<strong>de</strong>ira. Setor ma<strong>de</strong>ireiro pe<strong>de</strong> passagem e respeito. RevistaReferência Ma<strong>de</strong>ira, v. 6, n. 33, p.22-27,2004.Russel, C.E. 1983. Nutrient cycling and productivity of native and plantation forestsat Jari Florestal, Pará, Brasil. Georgia Athens. p133. (These PhD.).Schulze, M; Vidal, E.; Grogan, J.; Zwee<strong>de</strong>, J.; Zarlin, D. Ma<strong>de</strong>iras Nobres emperigo. Ciência Hoje, v. 36, n. 214, p. 66-69.37


● Sem autor. Exportações projetam indústrias do setor. Revista da Ma<strong>de</strong>ira, n. 14, v.84, 2004. p. 20-24.●●Sobral, L.; Veríssimo, A.; Lima, E.; Azevedo, T.; Smeraldi, R. Acertando o alvo2:consumo <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira amazônica e certificação florestal no Estado <strong>de</strong> São Paulo.Belém: Instituto do Homem e Meio Ambiente na Amazônia, 2002. 72 p.SCA. 2000. Secretaria <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nação da Amazônia. Proposta técnica paraformulação do PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ALTERADAS NAAMAZÔNIA – MMA. Convênio MMA/IPAM nº2000 CV/000122.● Smeraldi, R.; Veríssimo, A. 1999. Acertando o alvo. São Paulo. 41p.●Yared, J.A.C. 1996. Efeitos <strong>de</strong> <strong>sistemas</strong> <strong>silvicultura</strong>is na florística e estrutura <strong>de</strong>florestas secundárias e primárias, na Amazônia Oriental. Viçosa: UFV. 192p. Tesedoutorado.17. Agra<strong>de</strong>cimentosO presente Plano não po<strong>de</strong>ria ser realizado sem a colaboração <strong>de</strong> instituições esem o valioso conhecimento acumulado por pesquisadores e técnicos. Em especial, aequipe técnica expressa sinceros agra<strong>de</strong>cimentos aos Ministérios do Meio Ambiente; daAgricultura, Pecuária e Abastecimento; da Ciência e Tecnologia; e do DesenvolvimentoAgrário, especialmente as instituições vinculadas Comissão Executiva do Plano daLavoura Cacaueira (CEPLAC), Empresa Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária (EmbrapaAmazônia Oriental e Embrapa Florestas), Instituto Nacional <strong>de</strong> Pesquisa da Amazônia(INPA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(IBAMA), e as organizações não-governamentais Re<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> SistemasAgroflorestais (REBRAF), Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Sistemas Agroflorestais (SBSAF) eRe<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sementes Sul.38

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