Inclusão significa participar de algo, fazer parte, compreender, e é exatamente assim que funciona em relação ao tratarmento social do autista, ou seja, necessário compreender suas dificuldades, e ao mesmo tempo permitir que ele participe do convívio social, tratando com os mesmos direitos e respeito.

O primeiro passo para a inclusão do autista acontece dentro da própria família, pois é através dela que aprendemos quando criança como devemos nos comportar e qual nosso papel na sociedade.

No processo de inclusão, a família deve ter metas, ser persistente, ter ajuda de um psicoterapeuta, ter regras bem claras para evitar estresse da criança, e acima de tudo ter bom senso para saber o momento em que se pode permitir algo.

As crianças com Autismo precisam ser estimuladas e isto deve ocorrer em todas as situações do dia a dia, precisam frequentar locais públicos, em contrapartida os pais devem comemorar cada conquista, agir sempre com muito amor, carinho, confiança e acreditar que elas são capazes de aprender.

Entenda o que é autismo

O autismo ou Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio com diferentes níveis, pois para o diagnóstico não necessariamente os pacientes apresentam os mesmos sintomas.

O diagnóstico deve ser realizado por um profissional, e não existem medicamentos específicos para o tratamento.

Entretanto, existem comportamentos que são considerados mais comuns como: a interação social, ou seja no modo de se relacionar, a dificuldade de comunicação, e a questão comportamental, onde os autistas podem ter ações repetitivas e qualquer mudança na rotina incomoda.

Outras características também são muito comuns nos autistas como: a solidão evidente, a fascinação ou desinteresse, ausência de sorriso, repetição de frases, preocupação e afeição, pouca sensibilidade sensorial, agressão.

Sobre a Lei 12.764/2012

Embora no Brasil existam muitas diretrizes gerais de inclusão ao autista, foi criada a Lei nº 12.764/2012 que estabelece uma política nacional de proteção aos direitos da pessoa com autismo, onde os autistas passar oficialmente a ser considerados como pessoas com deficiência.

Dentre os direitos, o autista passa a ser beneficiado com as politicas de inclusão, dentre as quais estão à Educação, onde poderá estudar em escolas regulares de Ensino Fundamental e Médio, públicas e particulares, e ainda caso seja necessário, poderão ter um acompanhante especializado.

Como efetuar essa integração do autista na escola?

A inclusão do autista não é uma tarefa simples, e não se tornará realidade apenas com a criação de uma lei, pois existe falta de conhecimento sobre o assunto, e uma dificuldade para lidar com as diversidades.

Primeiramente, é preciso compreender que não existe um plano rígido a ser aplicado, é preciso observar o autista para estabelecer quais metas serão usadas para possibilitar a sua escolarização.

Também se faz necessário a capacitação dos professores, e toda a rede de ensino precisa estar integrada para compreender que o aluno autista precisa de informações de maneira diferente.

Cada autista deve ser tratado em sua individualidade e singularidade, e para isto a escola tem que traçar estratégias diferenciadas para lidar com cada um de maneira diferente, atuando todos em conjunto, inclusive os pais, possibilitando que a escola se torne uma escola inclusiva.