Conselho de Planejamento Urbano do Rio quer investir em iniciativa privada para as zonas Norte e Oeste

Secretário Indio da Costa disse que intenção do novo Conselho, que não é remunerado, é pensar novas operações e formas de melhorar a cidade.

Por Fernanda Rouvenat, G1 Rio


integrantes do Conselho Municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro (COPUR) tomaram posse nesta segunda-feira — Foto: Fernanda Rouvenat / G1

Os integrantes do Conselho Municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro (COPUR) tomaram posse, nesta segunda-feira (16), no Palácio da Cidade, sede da prefeitura, na Zona Sul. De acordo com o secretário de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa, o Conselho tem como objetivo pensar novas operações e formas de melhorar a cidade, com a participação da iniciativa privada.

Para Indio da Costa, as zonas Norte e Oeste da cidade serão os principais focos desse novo Conselho para direcionar as parcerias público-privadas.

"A intenção da gente atender as necessidades da Zona Norte e da Zona Oeste, que acabam esquecidas. Bangu, Realengo, Padre Miguel, e toda área da Leopoldina e Zona Norte que acabam não tendo tanta atenção do poder público como deveria. A nossa intenção é pensar a cidade como um todo, sobretudo nas áreas que tem menos investimentos, como a gente vai atrair investimento privado pra essas regiões da cidade", disse o secretário.

O Conselho tem duração de dois anos, não é remunerado e seus membros não trabalham direto para a Prefeitura, de acordo com Indio da Costa. O presidente do COPUR, Augusto Ivan de Freitas Pinheiro, afirmou que o investimento na infraestrutura de transportes, tendo o trem como ponto de partida os trens, será um dos principais pontos para ser discutido pelo Conselho.

"É pensar essas duas áreas como as áreas de maior concentração de pessoas da cidade, são as áreas que mais crescem, são as áreas que têm uma infraestrutura de transportes razoavelmente boa, múltipla, trem, metrô, ônibus, e ver como é que a gente pode melhorar ainda mais essa situação e usar como eixo principal o trem. Ter o trem como grande parceiro e como um motor de desenvolvimento dessa área", afirmou Augusto.

A reformulação das áreas por onde passam os trens também foi um dos pontos citado pelo presidente do COPUR.

"Hoje, o trem transporta pessoas, mas não ajuda as áreas por onde ele passa. Melhorar a questão do comércio, trazer novas atividades de emprego(...) A própria estação do trem pode se transformar em troca de recurso financeiro. A prefeitura pode usar essa região, que hoje é uma área que não paga IPTU, e transformar aquilo em uma área, em parte, ocupada", explicou Augusto

Secretário de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação, Indio da Costa, e presidente do COPUR, Augusto Pinheiro — Foto: Fernanda Rouvenat / G1