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Morre, aos 82 anos, o ator Celso Faria

Com mais de 40 longas no currículo, paulista fez parte de filmes 'western spaghetti' e de pornochanchadas
Celso Faria atuou no cinema italiano em faroestes western spaghetti Foto: Reprodução
Celso Faria atuou no cinema italiano em faroestes western spaghetti Foto: Reprodução

RIO — Morreu nesta segunda-feira de enfisema pulmonar no Hospital de Clínicas de Niterói, aos 82 anos, o ator paulistano Celso Faria. Com mais de 40 filmes no currículo, ele esteve presente em diversos longas de pornochanchada e atuou também no cinema italiano, em faroestes western spaghetti .

Nascido em abril de 1932, na capital paulista, Faria estreou no cinema em 1957, com "Rebelião em Vila Rica". Com Mazzaroppi, estrelou "Chofer de praça", dois anos depois. Esteve também em "Dona Violante Miranda" junto a Dercy Gonçalves, além de ser o vilão de "Conceição" (1960).

Após outros longas, mudou-se em 1962 para a Itália a convite do diretor Wladimir Lundgren, e por lá se tornou presença constantes em faroestes. Com o próprio nome ou sob o pseudônimo Tony Andrews, fez diversos papéis nos filmes de Django (vividos por Jack Betts e Anthony Steffen, entre outros) e Sartana. Apesar disso, não participou do clássico de 1966, onde o protagonista é vivido por Franco Nero.

Em 1973, Faria volta ao Brasil, diretamente para as pornochanchadas, entre elas "Café na cama" (1973) e "Confissões de uma viúva moça" (1976), com José Wilker e Sandra Barsotti. Seu estereótipo de mau lhe valeu um papel em "Eu matei Lúcio Flávio" (1979), de Antônio Calmon, e "Escalada da violência" (1982). Com Hugo Carvana na direção, um de seus último trabalhos foi "Vai trabalhar vagabundo 2", de 1991.

Fora das telonas, também atuou em 80 fotonovelas e, na televisão, esteve na produção da TV Manchete "A rainha da vida", de 1987

O corpo do ator será cremado às 16h desta terça-feira no Memorial do Carmo, no Caju.