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DIVERSIDADE

Presença de mulheres em conselhos deve crescer 50% este ano, aponta ZRG Brasil

Denys Monteiro, CEO da ZRG Brasil

A forte pressão por mais diversidade nos Conselhos de Administração deve resultar em um aumento de 50% na presença de mulheres a partir de março ou abril, que é quando acontece a temporada de renovação dos mandatos dos conselheiros nas companhias abertas

A previsão é da empresa de recrutamento de altos executivos ZRG Brasil, que ouviu 30 presidentes de Conselhos de Administração de companhias abertas ao longo dos meses de novembro e dezembro.

— É nítida a intenção das lideranças em ampliar o número de mulheres na composição dos conselhos e também em relação a outros índices de diversidade, como cor, etnia, orientação sexual, idade — diz Denys Monteiro, CEO da ZRG Brasil. — Além da cobrança de investidores por um plano de ação em relação a questões ESG (ambiental, social e de governaça), as empresas entendem que isso é um fator cada vez mais importante para atrair e reter talentos.

Atualmente, as mulheres ocupam cerca de 10% das vagas titulares nos conselhos de administração. Se essa fatia subir para 15%, como prevê o levantamento da ZRG, ainda será metade da meta mínima de alguns movimentos como o 30% Club, que como o nome sugere, defende a presença de pelo menos 30% de mulheres nos boards.

No Reino Unido, onde surgiu o movimento 30% Club, as 100 maiores empresas listadas na Bolsa de Londres alcançaram a marca de 30% de mulheres no conselho em 2018.

Neste momento, a diversificação dos conselhos vai se pautar principalmente pela questão de gênero.

— Mulher é mais fácil identificar e há mais oferta. Os outros índices devem avançar de forma mais lenta pois dependem também de questões mais estruturais. É preciso trabalhar ativamente para que a gente avance, sobretudo na questão racial — diz.

 

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