Luiz Otávio avalia temporada e explica permanência no Ceará: 'Tenho gratidão'

Zagueiro confirmou recusa a propostas de clubes como Grêmio e Flamengo

Legenda: Luiz Otávio atuou em 11 partidas na temporada e marcou um gol
Foto: Foto: divulgação / Ceará

Ídolo do Ceará, o zagueiro Luiz Otávio confirmou a recusa de propostas para deixar o clube em 2019. Em entrevista ao programa A Grande Jogada, da TV Diário, o atleta revelou ter ofertas de times como Flamengo e Corinthians, mas reforçou o sentimento de gratidão com a diretoria do Vovô.

"Muitas (ofertas) chegaram direto ao clube, outras com o meu empresário. Mas minha preocupação sempre foi jogar futebol, deixa essa parte para o meu empresário. Tenho um bom relacionamento com o Robinson, mas não é só o presidente me ajudou muito, tenho gratidão a outras pessoas dentro do clube. Infelizmente não aconteceu, tinha que pagar a multa e não pagaram, aí permaneci no Ceará. Estou feliz, tenho planos mais altos no Ceará", afirmou.

O contrato de Luiz Otávio se encerra no fim de 2021. Com 31 anos, o defensor atuou em 11 partidas na temporada e marcou um gol. E o ano foi marcado por superação do atleta, que falhou nos primeiros jogos de 2020.

"Acho que poderia ter dado mais, não pelas falhas contra o Oeste porque se fosse só as falhas não chegaria onde cheguei, mas foi o fato de não estar no meu melhor, não conseguir desenvolver o melhor futebol. Isso não me abalou porque eu podia melhorar, evoluir, e trabalhando na parada foi bom porque eu poderia me cobrar e saber o que pode melhorar, em alguns jogos eu poderia mantive o padrão, outros não. A gente não é máquina, é ser humano, tem que controlar a parte física e técnica", apontou.

No aguardo da liberação das atividades no clube, o jogador segue os treinos em casa. O Diário do Nordeste revelou, nesta terça-feira (28), o protocolo médico elaborado pela diretoria do Ceará para receber os atletas com segurança no retorno dos treinos. A CBF suspendeu as competições e espera aval das entidades sanitárias para manter o calendário de jogos.

Confira outros pontos da entrevista

Quarentena
"O trabalho não parou e mesmo fora do campo, sem os companheiros, continuamos nos trabalhos, fazendo o que gosta, com pouco contato. Fazemos muitos trabalhos, o meu irmão cobra mais que o treinador. Mas temos aproveitado a família, feito coisas que não conseguíamos por causa da correria".

Início da carreira
"Eu sai de Angra dos Reis, Série D do Rio, fui para Madureira, Macaé, Athletico/PR e depois para Icasa e Sampaio Corrêa até viver esse momento com a camisa do Ceará. Agradeço muito a Deus. Quando estava no Sampaio, optava por não sair ou algo não dava verto, quando sai do Icasa estava acertado na Ponte Preta, contrato de três anos, e acabei não indo. Depois teve Linense/SP. Um resumo do que ocorreu com o Luiz Otávio antes".

Evolução técnica
"Eu não era o jogador de hoje. Aprendi um pouco de cada treinador que passou pela minha vida, todo treinador que eu tive oportunidade de trabalhar sempre pergunto o que preciso evoluir. Antes não segui isso à risca, no Athletico/PR não tive essa oportunidade. Já o Ceará acreditou em mim, tive mais tempo para trabalhar. Quando cheguei, tinha descido do Sampaio (para Série C). Aqi tinha Sandro e Rafal Pereira, comecei na reserva até consegui um espaço no time".

Sistema defensivo
"Acho que temos muito a evolui. Lógico que todos tem qualidade, o Tiago, Klaus, Brock, Lacerda, com muito potencial. Não recomeçamos  do zero porque hoje os treinadores têm a metodologia parecida, não é igual anos atrás. A conversa vai ser importante (com Guto), mas a meidda que vai treinando, jogando, vamos nos conhecendo, o entrosamento vem mutio com o tempo".