Mulheres em cargos de liderança devem aumentar 50% em 2021
ZRG Brasil prevê aumento de 50% no número de mulheres nos Conselhos de Administração em 2021.
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Publicado em:25/01/2021 às 08:00
Atualizado em:25/01/2021 às 08:00
Ao que alguns estudos indicam, o mercado de cargos de lideranças das empresas pode ser um pouco mais aberto às mulheres em 2021. Um estudo realizado pela ZRG Brasil, empresa global de Executive Search e consultoria em lideranças, mostra essa tendência.
O levantamento indica um aumento de 50% na participação de mulheres nos conselhos de administração. A pesquisa ouviu 30 presidentes de empresas de grande e médio porte de diversos segmentos, entre os meses de novembro e dezembro de 2020.
A constatação é de que existe uma forte intenção por parte dos executivos em ampliar o número de mulheres na composição dos conselhos dessas companhias. Se isso realmente acontecer, eles deverão passar pela temporada de renovação dos boards nos próximos meses de março e abril.
Outra preocupação evidenciada no levantamento é de aumentar outros índices de diversidade, como cor, etnia, orientação sexual, formação, idade, região, entre outros. Esse movimento pode ser considerado uma resposta às manifestações por diversidade tão evidenciadas nos últimos anos.
O intuito das empresas é de buscar mais variedade de ideias na construção de planejamentos estratégicos para os próximos anos. Uma preocupação cada vez mais presente, como destaca Denys Monteiro, CEO da ZRG Brasil.
"Trata-se de um processo importante e necessário nas empresas, que têm trabalhado fortemente nos últimos anos para garantir melhores condições de trabalho e, principalmente, para obterem um modelo de gestão mais diverso e inclusivo."
Denys afirma que essa é uma tendência muito forte. As empresas devem cada vez mais ir em direção à diversidade. Durante as consultorias e avaliações 360º dos Conselhos das empresas da ZRG, ele nota que a tônica frequente é uma busca de entendimento e aprimoramento nas questões relativas a todo tipo de diversidade.
O país está acima da média global, que é 29%, e ainda teve um aumento de 9% na representatividade feminina em cargos de liderança, se comparado aos números de 2019. Isso mostra que há realmente uma tendência de crescimento.
Mas um ponto negativo é que elas ainda têm salários menores. Uma outra pesquisa, realizada pela empresa de recrutamento online Catho, mostra que mulheres em cargos de liderança como gerentes e diretoras ganham, em média, 23% a menos do que homens.
O mesmo levantamento mostrou que a remuneração é desigual em todos os níveis de escolaridade. Profissionais do gênero feminino com maior grau, como pós-graduação, MBA ou especialização, chegam a receber 47% a menos em relação aos homens.
MetLife é 2° colocada entre melhores empresas no estudo Mulheres na Liderança
Em um outro levantamento, realizado com 162 grandes empresas brasileiras pela Women in Leadership in Latin America, Valor Econômico e editora Globo, a MetLife foi reconhecida na segunda colocação entre as empresas de seguros no estudo Mulheres na Liderança.
A pesquisa tem o objetivo de identificar as melhores práticas e políticas que estimulam a equidade de gênero e promoção de mulheres na liderança das principais empresas brasileiras. No ranking geral, a seguradora ocupa a 63° colocação, entre 162 companhias participantes.
"Nós ficamos muito felizes com esse reconhecimento vindo dos nossos colaboradores, pois o resultado mostra o quanto estamos trabalhando e nos empenhando pela diversidade. Temos como meta criar um ambiente aberto e inclusivo, onde todos tenham oportunidades equivalentes. E esperamos melhorar a cada ano."
A declaração é da Daniela Dall'Acqua, Diretora de RH da MetLife. A empresa tem, atualmente, 47% de mulheres na liderança. Além disso, um comitê de Mulheres de Atitude promove reuniões periódicas para identificar situações, propor iniciativas e discutir temas de interesse dos funcionários para promover melhorias na companhia e na sociedade.
Outras iniciativas propostas pela companhia com o mesmo viés são os comitês GLAM (Pessoas LGBTQ+), MDA (Pessoas com Deficiência) e Presença Afro.
