Os dados são do índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo G1, que permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. O Monitor da Violência é uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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Em 2018, foram registradas 1075 mortes por homicídio doloso (com intenção de matar), lesão corporal seguida de morte e latrocínio (roubo seguido de morte) em Alagoas. E no ano passado, 1459 pessoas foram vítimas dos mesmos tipos de crimes em todo o estado. O levantamento do G1 não considera as mortes em confronto com a polícia.

Em todo o país a redução no número de vítimas de crime violentos foi de 12%. Quase todos os estados tiveram redução, exceto Roraima, que teve alta de 47%, e Tocantins, com alta de 10%.

Casos de roubo com morte fizeram 34 vítimas nos noves primeiros meses deste ano em Alagoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas. Umas delas foi o motorista José Walmir da Silva Calado, em fevereiro. As investigações mostraram que criminosos sequestram o motorista José Walmir para roubar o carro dele e o motaram.

No mês de setembro, um outro latrocínio ganhou repercussão nacional. O vereador por Maceió Silvânio Barbosa (MBD) foi encontrado morto com mais de 20 facadas no apartamento dele, no Benedito Bentes, em Maceió. Henrique Matheus da Silva Sousa foi preso e confessou o crime.

De acordo com os dados da SSP-AL, 1202 pessoas foram vítimas de homícidio doloso (com intenção de matar) e 9 sofreram lesão corporal e morreram.

Sobre a redução de 26% no número de mortes violentas em Alagoas, a Secretaria de Segurança Pública disse que vem realizando há quatro anos um trabalho de enfrentamento ao crime, que possibilitou tirar Alagoas do patamar de mais violento do país depois de mais de uma década nessa posição.

A SSP- AL disse que desde 2015 as polícias Civil e Militar, a Perícia Oficial e o Corpo de Bombeiros trabalham de foram integrada, realizando operação específicas com o objetivo de prender quem tentou ou conseguiu praticar homicídio. E que o êxito do trabalho também se deve à política de integração para as agências de Inteligência das polícias estaduais, que colaboram com as polícias Federal e Rodoviária Federal, resultando em operações conjuntas e desarticulação de organizações criminosas.

Ainda segundo a secretaria, a cúpula da Segurança Pública reúne comandantes de batalhões, diretores da Polícia Civil e integrantes do Sistema Prisional diariamente para discutir o número de homicídios e definir formas de atuação. E cita ainda investimento em logística e reestruração de instalações físicas, como os Centro Integrados de Segurança Pública (CISP), onde as polícias Civil e Militar atuam de forma integrada.

A SSP disse que o programa Força Tarefa foi implatado e atende mais de 25 municípios e, em Maceió, foi lançado o programa Ronda no Bairro, realizando policiamento de proximidade para combater roubos e outros ocorrências. E que o estado está promovendo ações que auxiliam diretamente na redução da violência como a construção de 50 escolas de tempo integral, prevenção e ação social e que vem registrando bons resultados no Sistema Prisional de Alagoas.