Alerj e PM farão trabalho conjunto para atender parentes de policiais mortos

Corporação e Comissão de Direitos Humanos vão unir forças para dar amparo aos familiares de policiais assassinados. Ideia é que trabalho comece na próxima semana. 

Por Nicolás Satriano, G1 Rio


Comandante-geral, Wolney Dias se reúne com deputado Marcelo Freixo — Foto: Daniela Orofino/Arquivo Pessoal

Começa na próxima semana uma ação conjunta da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro com a Polícia Militar fluminense. O objetivo é unir forças na assistência aos parentes de policiais mortos - só este ano, já são 11 policiais (civis e militares) assassinados. O tema foi debatido na tarde desta segunda-feira (16) numa reunião entre o presidente da comissão, deputado Marcelo Freixo (PSOL) e o comandante-geral da corporação, coronel Wolney Dias.

"A Comissão [de Direitos Humanos] já faz um trabalho com a família de policiais mortos, só que isso nunca foi institucionalizado. Sempre tivemos dificuldade para ter acesso às famílias. Agora, elas [as famílias] serão atendidas pela PM e comissão em parceria", afirmou Freixo ao G1.

Embora as duas instituições já tivessem serviços de auxílio aos policiais, a institucionalização dessa ajuda é inédita no Rio. O atendimento em conjunto irá contemplar, por exemplo, assistência psicológica, jurídica e social.

"Temos que parar com essa ideia que Direitos Humanos e Segurança Pública são coisas distintas", afirmou Freixo. Sobre as dez mortes de policiais militares já registradas este ano, Freixo comentou: "São dez PMs mortos esse ano. É um número absurdo. Não se pode naturalizar uma coisa dessas".

Também na próxima semana, na terça-feira (24), está prevista uma reunião com representantes da Polícia Civil e Defensoria Público do RJ.