'Há muito para se economizar nos setores do governo', diz Pinho Moreira sobre prioridades em SC

Segurança e saúde serão prioridades do governador Eduardo Pinho Moreira nos próximos dez meses de trabalho. Para isso, pretende focar esforços para economizar recursos, a exemplo da desativação de 15 agências Regionais de Desenvolvimento (ADR) anunciadas recentemente. Ele declarou ainda que deve haver mudanças de secretários e a união de secretarias em março, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina.

No que se refere à segurança pública, Pinho Moreira afirmou que o governo aposta no reforço do policiamento em Florianópolis e Joinville e citou a autorização recente da compra de 600 viaturas policiais.

Conforme o governador, o Estado apostará na tecnologia para prevenir a criminalidade e declarou que há solução para a superlotação do sistema carcerário. “Por que não usar as tornozeleiras eletrônicas, que o custo é dez vezes menor do que a manutenção em uma cadeia? No entanto, temos 100 no estado sendo usadas, podemos chegar a 2 mil com rapidez”, afirmou.

Pinho Moreira mencionou ainda os quase mil homens admitidos à PM recentemente e disse que a distribuição deles não foi técnica. “Colocamos policiais onde não tem crime. Temos que concentrar em Florianópolis e Joinville”, declarou.

Pinho Moreira explicou que para priorizar as pastas de saúde e de segurança, precisou desativar 15 agências regionais de desenvolvimento (ADR). Com isso, pretende gerar uma economia de R$ 50 milhões que devem ser aplicados nessas áreas.

Segundo Moreira, há muito para ser enxugado em termos de custos do Estado, como recursos destinados a festas culturais e religiosas e benefícios fiscais que estão sendo revistos, declarou.

A respeito da terceirização da saúde, abordou os problemas com organizações sociais, que fazem a gestão de hospitais. Ele também comentou os problemas do Hospital Araranguá, em que os funcionários entraram em greve várias vezes para receber seus direitos.

“O governo não errou, o problema foi a instituição que não cumpriu o contrato”, afirmou. Moreira disse que o Estado pretende firmar contrato com outras organizações sociais, porque o modelo funciona em outras regiões do estado. Segundo Pinho Moreira, em Araranguá, a Justiça demorou para tomar a decisão. “Quando decidiu, o Estado foi lá e agiu”, declarou.

Pinho Moreira afirmou que as sobras do que for enviado para Saúde deve ser destinado mês a mês ao fundo dos hospitais filantrópicos.

Segundo Pinho Moreira, estão autorizados no momento R$ 723 milhões do BNDES e uma parte destes recursos serão para obras estruturantes do Estado. “A metade, R$ 360, acrescida de R$ 180 milhões, serão repassados aos municípios com menos de 10 mil habitantes”, declarou.

Sobre os problemas com as rodovias estaduais, mencionou os 10% do IPVA para manutenção das estradas. “Isso dará em torno de R$ 80 milhões, então, o IPVA que não tinha essa destinação, em 2018 passa a ter. Esses recursos do BNDES [do Fundam 2], quero usar para recuperar as estradas mais urgente”, declarou.

O governador afirmou que não dará início a novas obras e que pode desacelerar outras, se houver carência de recursos. “A lei de responsabilidade fiscal e a legislação eleitoral determinam que a partir de maio, eu só possa fazer obras e ações com recursos em caixa. Por isso, que estou buscando economia”, disse.

Conforme o governador, em março deve mudar os secretários de governo. “Aqueles que são candidatos, talvez deixem de agir em prol do Estado, porque são seres humanos em prol da sua própria eleição. Quero deixar alguns espaços acumulando, planejamento com fazenda, turismo vir para o gabinete do governador”, declarou.