Após greve, Metrô volta a funcionar nesta sexta-feira em SP

Paralisação surpreendeu muitos passageiros na manhã desta quinta que dependiam do transporte público para se locomover. Rodízio voltou a valer.

Por G1 SP


Linhas do metrô ainda funcionam parcialmente, com exceção da amarela

Após a paralisação dos funcionários do Metrô de São Paulo nesta quinta-feira (18), o sistema de transporte voltou a funcionar normalmente às 4h40 desta sexta-feira (19). Por conta da mobilização feita pela categoria, as estações que foram parcialmente abertas ao longo do dia tinham voltado a ser fechadas excepcionalmente às 22h desta quinta-feira.

O rodízio de veículos, que ficou suspenso nesta quinta (18), voltou a valer na capital paulista. O rodízio restringe a circulação de veículos no centro expandido da cidade de acordo com a placa dos carros, nos períodos da manhã, das 7h às 10h, e da tarde, das 17h às 20h. Às sextas-feiras, o rodízio restringe veículos com finais de placas 9 e 0. A Zona Azul, que estava liberada, também voltou a ser cobrada.

A paralisação dos metroviários de São Paulo surpreendeu muitos passageiros na manhã desta quinta que dependiam do transporte público para se locomover. O Metrô de São Paulo operou parcialmente devido a uma paralisação da categoria contra a privatização da linha 5-Lilás do Metrô e 17-Ouro de monotrilho. Apenas a Linha 4- Amarela, que é administrada pela iniciativa privada, funcionou normalmente.

Na saída do Terminal Tietê, de onde partem e chegam ônibus interestaduais, na Avenida Cruzeiro do Sul, uma das vias mais movimentadas da Zona Norte da capital paulista, passageiros se aglomeravam para tentar entrar nos ônibus já lotados. Um funcionário da SPTrans (São Paulo Transportes) orientava os usuários.

Na Avenida Paulista, no começo da manhã, muita gente só soube da paralisação após sair de casa para o trabalho.

Secretário de Transportes de SP defende concessão de linhas do metrô

Na Justiça

Na tarde de quinta, a 12ª Vara da Fazenda Pública da Capital concedeu uma liminar para suspender licitação e, consequentemente, o leilão do controle de operações e manutenção das Linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo, previsto para esta sexta-feira (19).

Horas depois, o presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, derrubou a liminar. Com isso, o leilão poderá ser realizado normalmente na manhã desta sexta.

O pedido de suspensão de liminar foi formulado pelo Metrô e pelo governo de São Paulo após proibição em 1ª instância da 12ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

"A paralisação do certame provocará o retardamento do procedimento licitatório e, por conseguinte, da entrega da operação comercial, em detrimento da expectativa de expansão do serviço público de transporte metroviário à população", disse o presidente do TJ.

Em nota, a assessoria da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, órgão que administra o Metrô, informou que o leilão pretende "ceder a operação comercial das duas linhas ao setor privado pelo período de 20 anos".

"O lance mínimo é de R$ 189,6 milhões e a expectativa é de R$ 3 bilhões de investimentos e reinvestimentos ao longo do prazo da permissão. O critério de julgamento será o de maior valor oferecido, em moeda corrente nacional, pela outorga fixa da concessão", disse o comunicado.

Mapa das linhas do Metrô e CPTM em São Paulo — Foto: Editoria de Arte/G1