Oferecido por

Por Jornal Nacional


Vacinados que contraem Covid contaminam muito menos do que os não imunizados, mostra estudo

Vacinados que contraem Covid contaminam muito menos do que os não imunizados, mostra estudo

Estudos recentes mostram que quando pessoas vacinadas contraem a Covid, elas eliminam o vírus mais rapidamente e transmitem muito menos do que os não imunizados.

Que os imunizados até podem pegar Covid, não há dúvidas. Não há dúvidas também de que, nesses casos, a grande maioria das pessoas vacinadas contrai a forma branda da doença. E agora já se sabe que quem recebe a espetadinha no braço tem mais uma vantagem.

Pesquisadores conseguiram responder a uma pergunta que gerava dúvidas e boataria: quando infectados, vacinados e não vacinados transmitem o vírus da mesma maneira? Estudos recentes indicam que não. Pessoas que não tomaram a vacina contra a Covid são responsáveis pela maior parte das transmissões.

Uma pesquisa publicada no “New England Journal of Medicine” analisou o contágio da Covid entre pessoas que moram na mesma casa, no Reino Unido, e concluiu que quem não estava vacinado houve o dobro de contaminados.

“Isso é um estudo de vida real, é um dado de vida real que mostra que a vacina pode diminuir a transmissão em cerca de 50%. Isso é muito importante”, diz a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Vaccine Institute.

A epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente de um instituto americano que trabalha para aumentar o acesso a vacinas no mundo, reforça que mais de 90% dos casos de Covid estão entre os não vacinados.

“As chances do vacinado se infectar são menores, as chances do vacinado desenvolver uma doença grave são menores e as chances dos vacinados transmitirem também são menores”, explica Denise Garrett.

Os novos estudos ajudam a compreender como as vacinas funcionam para criar uma barreira contra o vírus.

“Um outro trabalho mais recente, publicado ainda em pré-print, mostra que as pessoas vacinadas conseguem eliminar o vírus do seu sistema mais rápido do que os não vacinados. Se elas conseguem eliminar mais rápido, elas vão transmitir por menos tempo, então isso também diminui a taxa de transmissão da doença. Vacinas não são perfeitas, mas são ferramentas de excelência para diminuir o contágio, diminuir a infecção, diminuir a hospitalização e morte. Se a vacina não é perfeita, não pode bobear. Mesmo vacinado precisa continuar usando máscara, precisa continuar tomando cuidado com aglomerações”, afirma a microbiologista Natalia Pasternak, do Instituto Questão de Ciência.

A aposentada Rosa Seabra tomou nesta terça-feira (28) a dose de reforço – para ela e para todos: “A gente não pode pensar só na gente, a gente tem que pensar em todos. Tomem vacina, meu Deus do céu, não pode deixar de tomar”.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!