Por Natalia Filippin, G1 PR — Curitiba


Cliente diz ter recebido pizza com pedaço mordido, em Curitiba — Foto: Arquivo pessoal/Ruan de Lima

O médico de Curitiba, Ruan de Lima, afirmou ter recebido uma pizza com um pedaço mordido, na noite de domingo (6).

Ele estava no apartamento, no bairro Alto da Glória, com outras três pessoas. À noite, eles resolveram fazer o pedido em uma pizzaria do bairro Alto da XV, por meio de aplicativo de delivery.

Ao G1 ele contou que já havia feito pedidos no mesmo local e que confiava no atendimento.

"Pedimos duas pizzas. Uma veio certinha e a outra não. Ligamos, o entregador veio e entregou outra e, dessa vez, veio pior ainda. Era metade frango e metade quatro queijos e veio com o lacre rompido e com um dos pedaços mordidos. Ficamos chocados e com nojo. Ninguém comeu", disse ele.

Segundo Lima, além de na primeira vez ter sido entregue a pizza errada no apartamento dele, na segunda entrega do motoboy ninguém conseguiu comer a pizza, que acabou sendo jogada fora.

"Acho que foi o atendimento mais estranho que eu recebi na vida. Deve ter vindo da outra casa que também tinha recebido a pizza trocada. Ele [entregador] destrocou mas sem conferir, sem buscar uma pizza nova. Também não conversou, não pediu desculpa, não falou nada, só entregou daquele jeito", comentou o médico.

Um dos responsáveis pela franquia no Alto da XV afirmou que lamenta o ocorrido, que assumiram o erro, mas que o serviço de entrega é terceirizado. Além disso, disse que não é essa a experiência que eles esperam passar para o cliente e que vão ressarcir o dinheiro e dar uma pizza nova.

Lima disse que mesmo recebendo o dinheiro de volta, tem receio de pedir novamente no local.

"Agora da medo, né. A gente comentou que chega um produto na sua casa que alguém já abriu e encostou a boca já é horrível, ainda mais como aconteceu em época de Covid-19", relatou.

O que diz o Procon

A coordenadora do Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR), Cláudia Silvano, orientou para que sempre os clientes confiram antes se os produtos estão lacrados e bem fechados, para tentar evitar problemas como este.

"Quando você tem uma cadeia de fornecimento, essas coisas infelizmente acabam acontecendo, aí vai do dono do estabelecimento tomar a medida correta o mais rápido possível. Acho que a empresa tem que reavaliar os processos, e o cliente nunca receber se estiver violado", disse.

De acordo com Cláudia, situações como esta "quebram" a confiança do cliente e geram constrangimento.

"Se não houve o consumo do produto, basta a devolução do dinheiro ou o envio de uma nova pizza toda correta. Mas, se o cliente quiser alguma compensação a mais, por exemplo, uma indenização, aí é um caso concreto que vai ter que ser avaliado. Alimento pode estar com cabelo, com bicho, mas se você não chegou a comer, não há como falar em dano moral, é dano patrimonial", explicou.

A coordenadora do Procon-PR ainda comenta que o fornecedor disponibilizar produtos lacrados aos clientes faz com que a empresa dê uma certa garantia de qualidade, de preocupação com o produto e com a pessoa que vai consumir.

"Essa foi, certamente, uma situação péssima. Então, uma dica é: consumidor fique atento, e fornecedor também porque se ele manda lacrado, pelo menos você tem mais certeza que não foi erro na empresa, mas sim no trajeto de repente. É uma lição para todo mundo. Ficar atento aos detalhes", concluiu.

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