Prefeitura deve convidar grupo de risco sem sintomas do Covid-19 para ocupar hotéis do RJ
A Prefeitura do Rio informou neste sábado (21) que vai solicitar ao Ministério da Defesa um efetivo para abordar pessoas que estiverem na rua sem necessidade.
"Pedimos praças e soldados para circular na Zona Sul e abordar idosos que estejam circulando. É para dizer da solicitação de se preservarem em casa", afirmou. "Vamos pedir que o Exército coloque em cada quarteirão um ou dois soldados", diz.
"Na Barra da Tijuca e na Zona Sul, precisamos diminuir a exposição dessas pessoas. Vamos pedir para que voltem para casa ou sejam breves."
Mercados 24 horas e com delivery
A Prefeitura do Rio também vai pedir a todos os supermercados da cidade que ofereçam serviço de entrega em casa. Em uma coletiva, o prefeito Marcelo Crivella solicitou que os estabelecimentos priorizem idosos nos deliveries.
“Nós também pedimos aos supermercados que, se desejarem, podem trabalhar 24 horas. Hoje [sábado] havia filas enormes de automóveis para estacionar e ir aos supermercados. É muito importante que não façamos aglomerações em lugar nenhum, inclusive nos mercados”, disse Crivella.
Segundo o prefeito, a entrega deve ser feita em até 48 horas.
Crivella anunciou ainda a abertura, das 17h às 20h, de restaurantes populares, para o jantar a partir de quarta-feira (25). A rede já oferece café da manhã e almoço.
Abrigo para doentes
Crivella anunciou que a população de rua será e encaminhada para três abrigos, em Honório Gurgel, no Centro e em Santo Cristo. "É muito importante que a população de rua tenha sua locomoção supervisionada", disse.
"Começamos a ocupar hotéis da cidade para abrigar os idosos que estão em áreas de risco nas comunidades. Eles serão convidados a ocupar esses locais, que estão com atividade muito baixa. Elas ficarão no quarto do hotel. Nós temos uma curva ascendente no nível de contágio e é muito importante que pessoas serão abrigadas fiquem isoladas.", disse.
Foi anunciado, ainda, a medida de distribuir kits com medicamentos básicos de combate aos sintomas, com remédios para febre e dor no corpo, para que não seja necessário procurar a farmácia.
Hospitais de campanha
O hospital de campanha que será construído no Rio Centro deve ficar pronto em um mês, de acordo com o prefeito, e terá 500 leitos, sendo 100 de cuidados críticos e 400 de enfermaria, inicialmente.
"Vamos ter isso pronto em mais ou menos 20 a 30 dias, e o objetivo é esvaziar nossa rede municipal. É uma central de combate contra o coronavírus", disse ele, que afirmou que a estrutura contará com um heliponto.
Transportes alternativos
Crivella afirmou que motoristas de vans que cobrarem a mais pela passagem podem perder a licença pra dirigir.
"Denuncie no 1746 a extorsão, não é possível que em um momento de crise falte solidariedade ao motorista de van e aos donos de mercado. Se isso não for atendido, o motorista da van pode perder a licença, não apenas uma multa, mas perder a licença. Faço um apelo para que haja consciência", disse.
Feiras livres
As feiras livres da cidade deixarão de acontecer semanalmente e passarão a acontecer uma vez a cada 15 dias.
Eventos culturais
Crivella fez um apelo para que os eventos não sejam cancelados e sim adiados. "Todos os eventos, a nossa cidade tem muito, lançamos um app que diz 'não cancele, remarque', a prefeitura dará todo o apoio à essa remarcação, que poderá ser adiantado ou postergado posteriormente", garante.
Aplicativos de transportes
O prefeito afirmou que os aplicativos de transporte e os táxis continuarão circulando pela cidade, mas que pede que os motoristas higienizem o carro, ofereçam álcool gel aos clientes e reduzam o número de pessoas que fazem a viagem dentro de um único veículo.